O Programa de Pós Graduação em Física e Astronomia da Univap é avaliado com conceito 4 na Capes e tem por objetivo formar pesquisadores e profissionais que atuem para o desenvolvimento da Física Espacial, Astronomia e Física da Matéria Condensada no país, visando qualificar graduados em curso superior nas áreas de Física, Astronomia, Matemática, Química, Computação, Engenharias e correlatas.
Os alunos do Programa participam em projetos e desenvolvimento de novos equipamentos (fotômetros, interferômetros e espectrômetros), modelamento e análise de dados em Física Espacial e Astronomia, estudo de novos materiais, materiais supercondutores e semicondutores e caracterização de materiais biológicos. O trabalho é desenvolvido com os docentes-pesquisadores do Programa e em cooperação com grupos de pesquisa de instituições nacionais e do exterior.
O Programa oferece uma infraestrutura que inclui laboratórios e observatórios próprios no Campus em São José dos Campos e em vários pontos do Brasil, como Brasópolis (MG), Palmas (TO), Manaus (AM) e Jataí (GO) e Araguatins (TO), além de possuir um centro de computação de alto desempenho. Os alunos e pesquisadores do Programa têm acesso e são usuários frequentes de observatórios astronômicos de classe internacional como o Gemini e SOAR.
Objetivo
O Mestrado e Doutorado em Física e Astronomia da Univap tem por objetivo formar pesquisadores e profissionais que atuem para o desenvolvimento da Física Espacial, Astronomia e Física da Matéria Condensada no país, visando qualificar graduados em curso superior nas áreas de Física, Astronomia, Matemática, Química, Computação, Engenharias e correlatas.
Área de Concentração I - Astrofísica
Linhas de Pesquisa:
• Supernovas do Tipo Ia, Variáveis Cataclísmicas e Binárias de Raios-X
• Astrofísica extragaláctica
• Astroquímica experimental
• Física Solar
• Simulações numéricas de galáxias em colisão
Área de Concentração II- Física Espacial
Linhas de Pesquisa:
• Física da atmosfera superior
• Física da ionosfera
• Física da mesosfera
• Estudo do acoplamento troposfera-mesosfera / mesosfera-ionosfera
• Física da relação Sol-Terra (clima espacial)
• Física Solar
• Estudo das inter-relações Sol-Terra-Clima por meio de registros observacionais e naturais
Área de Concentração III- Física da Matéria Condensada
Linhas de Pesquisa:
• Estudo das propriedades termomecânicas das ligas amorfas de carbono nitrogênio hidrogenadas
• Estudo da composição bioquímica da pele humana por espectroscopia Raman in vivo
• Estudo da composição bioquímica de materiais biológicos por espectroscopia Raman e imageamento por FT-IR
• Diagnóstico de doenças por Nanossonda
COORDENAÇÃO
Prof. Valdir Gil Pillat
VICE
Prof. Alexandre Soares de Oliveira
Área de Concentração I - Astrofísica
Alexandre Soares de Oliveira
Tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica Estelar, atuando principalmente nos seguintes temas: variáveis cataclísmicas, binárias de raios-X e instrumentação astronômica.
Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
Tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica Extragaláctica, atuando principalmente nos seguintes temas: dinâmica de sistemas estelares a partir das abordagens observacional e numérica através do modelamento por simulações numéricas de N-corpos; dinâmica.
Oli Luiz Dors Junior
Tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica do Meio Interestelar e Astrofísica Extragaláctica, atuando principalmente nos seguintes temas: regiões HII, evolução química de galaxias e galáxias com núcleos ativos.
Paulo Eduardo Freire Stecchini
Tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica estelar, atuando nas linhas de binárias de raios X e Supersoft X-ray Sources, especialmente com dados de raios X. Possui experiência também em instrumentação em astronomia de raios X.
Sergio Pilling Guapyassu de Oliveira
Atua nas áreas de Laboratório de Astrofísica ou Astroquímica Experimental, Astrobiologia, Física Experimental e Fisico-Química com ênfase em Espectroscopia Molecular (TOF-MS) e Espectroscopia Infravermelho(FTIR).
Área de Concentração II- Física Espacial
Alan Prestes
Tem experiência na área de Física Solar-Terrestre, atuando principalmente nos seguintes temas: Atividade solar, Relação Sol-Terra-Clima, Meio interplanetário, Atividade Geomagnética, Registros Naturais e Análise de séries temporais.
Alexandre Tardelli
Tem experiência na área Física espacial, Física da relação Sol - Terra, e Física da Ionosfera atuando principalmente nos seguintes temas: Camada F3, Múltiplas estratificações da região F, Ionosfera equatorial e de baixas latitudes, Irregularidades ionosféricas - Bolhas e Blobs de plasma.
Arian Ojeda González
Atua na área de Geociências: com interesse em análise de séries temporais de grandezas geofísicas, física de plasmas astrofísicos, processamento de dados, análise espectral, distúrbios interplanetários, tempestades geomagnéticas, e física da Ionosfera.
Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella
Atua nas áreas de Física Espacial, Aeronomia e Propagação de Onda de Radio trabalhando principalmente com os seguintes temas: monitoramento ionosférico por meio do GPS, ionossondas e imageadores, modelagem e previsão de cintilação ionosférica, aplicações com GPS, efeitos ionosféricos sobre os sistemas de posicionamento global (GNSS), modelagem atmosférica e radiotomografia ionosférica.
Paulo Roberto Fagundes
Tem experiência na área de Física Espacial, Física da relação Sol - Terra, Física da Atmosfera Superior e Física da ionosfera.
Valdir Gil Pillat
Tem experiência na área de Ciência da Computação e Física da ionosfera, com ênfase em Inteligência Artificial, atuando principalmente nos seguintes temas: ionosfera, ionograma, lógica nebulosa (fuzzy), linguagens de programação e modelo ionosférico.
Virginia Klausner de Oliveira
Tem experiência na área de Geociências, com enfâse em aeronomia e geofísica espacial. Também, atua na área de processamento de sinais, tendo experiência na utilização, desenvolvimento e aprimoramento de ferramentas matemáticas.
Área de Concentração III - Física da Matéria Condensada
Leandro José Raniero
Tem experiência na deposição/caracterização de dispositivos semicondutores de filmes finos, na síntese/caracterização de nanopartículas e, na funcionalização de superfície de nanoestruturas com proteínas, DNA e fotossensibilizadores. Formação em elipsometria espectroscópica, espectroscópia ótica (UV-visível, infravermelho e Raman) e sistema de deposição utilizando gases reativos.
Lúcia Vieira
Possui Mestrado e Doutorado em Ciência no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, na área de Física e Química de materiais para uso espacial, com títulos de Mestre e Doutor em Ciência obtidos em 2000 e 2004, respectivamente. Implementou e Contribuiu para consolidar o Laboratório de Tribologia no INPE no período de 2004-2008. Participou no período de 2008 como prof. Visitante no Argonne National Laboratory em Chicago. Aprovou 10 recursos de projetos de pesquisa da FAPESP, 7 recursos de projetos de pesquisa CNPq, 1 da AEB- Agencia Espacial Brasileira. Concluiu Programa de Pós-Doutorado em física no ITA pelo Programa Nacional de pós-doutorado - PNPD / 2009-2010.
PRIMEIRO SEMESTRE
FIS 602 - Eletrodinâmica I | 4,0
FIS 603 - Métodos Matemáticos e Análises de Sinais | 4,0
FIS 610 - Seminários em Física e Astronomia | 2,0
TOTAL DE CRÉDITOS: 10,0
SEGUNDO SEMESTRE
Disciplina Eletiva de Acordo À Área de Concentração e Trabalho de Dissertação | ---
FIS 654 - Introdução à Computação Científica | 4,0
FIS 601- Mecânica Quântica | 4,0
TOTAL DE CRÉDITOS: 8,0
A disciplina de Formação Específica, em geral será escolhida conforme segue abaixo:
DISCIPLINA | ÁREA DE CONCENTRAÇÃO
FIS 605 - Física Espacial I | Física Espacial
FIS 614 - Atrofísica Fundamental | Astrofísica
FIS 644 - Espectroscopia óptica: Princípios e Aplicações | Física da Matéria Condensada
DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA
DISCIPLINAS | CRÉDITOS
FIS 639 - Astrobiologia | 4,0
FIS 615 - Astrofísica do Meio Interestelar I | 4,0
FIS 647 - Astrofísica do Meio Interestelar II | ---
FIS 614 - Astrofísica Fundamental | 4,0
FIS 619 - Astrofísica Observacional I | 4,0
FIS 648 - Astrofísica Observacional II | ---
FIS 635 - Astronomia Extragaláctica | 4,0
FIS 638 - Astroquímica | 4,0
FIS 641 - Biópsia Óptica por Espectroscopia Raman e FT-IR | 4,0
FIS 627 - Dinâmica da Alta Atmosfera | 4,0
FIS 643 - Dinâmica de Sistemas Estelares I | 4,0
FIS 646 - Dinâmica de Sistemas Estelares II | ---
FIS 621- Eletrodinâmica II | 4,0
FIS 644 - Espectroscopia Óptica: Princípios e Aplicações | ---
FIS 636 - Estrelas Variáveis | 4,0
FIS 628 - Física da Ionosfera | 4,0
FIS 631 - Física da Magnetosfera Externa | 4,0
FIS 606 - Física da Relação Sol-Terra | 4,0
FIS 622 - Física de Plasma I | 4,0
FIS 608 - Física do Estado Sólido | 4,0
FIS 653 - Física dos Raios Cósmicos | 4,0
FIS 605 - Física Espacial I | 4,0
FIS 618 - Física Espacial II
FIS 652 - Física Molecular | 4,0
FIS 632 - Física Solar | 4,0
FIS 634 - Formação Estelar | 4,0
FIS 645 - Fundamentos de Propagação de Ondas na Ionosfera | ---
FIS 633 - Luminescência Atmosférica | 4,0
FIS 637 - Mecânica Celeste e Astronomia Dinâmica | 4,0
FIS 629 - Mecânica Clássica | 4,0
FIS 604 - Mecânica de Fluídos | 4,0
FIS 630 - Mecânica Estatística | 4,0
FIS 609 - Metodologia do Ensino Superior | 3,0
FIS 607 - Métodos de Caracterização de Materiais | 4,0
FIS 640 - Óptica Aplicada e Lasers | 4,0
FIS 649 - Radioastronomia | 4,0
FIS 650 - Radiofísica do Sol | 4,0
FIS 651 - Radiointerferometria | 4,0
FIS 624 - Seminários em Física e Astronomia II | 4,0
FIS 625 - Seminários em Física e Astronomia III | 4,0
FIS 626 - Seminários em Física e Astronomia IV | 4,0
FIS 642 - Técnicas de Caracterização de Materiais | 4,0
FIS 611 - Tópicos Especiais em Astronomia | 4,0
FIS 613 - Tópicos Especiais em Física da Matéria Condensada | 4,0
FIS 612 - Tópicos Especiais em Física Espacial | 4,0
TOTAL DE CRÉDITOS: 159,0
Os pesquisadores e alunos do nosso Programa utilizam variadas infraestruturas para o desenvolvimento das pesquisas científicas. Estes laboratórios e observatórios estão localizados no campus em São José dos Campos (SP) e em outros pontos do Brasil, como Palmas (TO), Manaus (AM), Jataí (GO) e Araguatins (TO). Além desta infraestrutura própria, os pesquisadores e alunos do Programa têm acesso e são usuários frequentes de observatórios astronômicos nacionais e de classe internacional como o Gemini, SOAR e o Radio Interferômetro Nobeyama.
Laboratórios:
Laboratório Nanotecplasma
Laboratório Biotecplasma
Laboratório de Astrofísica Extragaláctica e Meio Interestelar
Laboratório de Astroquímica e Astrobiologia (LASA)
Laboratório de Computação de Alto Desempenho
Laboratório de Física Espacial
Laboratório de Registros Naturais
Observatório Astronômico da Univap
O programa de Física e Astronomia dispõe de três áreas de concentração: (1) Física Espacial, (2) Física da Matéria Condensada e (3) Astrofísica. O aluno deverá cursar disciplinas de Formação Básica para a área por ele escolhida, bem como disciplinas de Formação Específica, cuja oferta depende da demanda específica a cada semestre. Normalmente as disciplinas de Formação Específica são focalizadas em aspectos específicos da pesquisa de uma determinada área.
Cada disciplina cursada na pós-graduação corresponde a um determinado número de créditos. Uma unidade de crédito corresponde a 16 horas de aulas. Na prática cada uma das disciplinas normais do programa corresponde a 4 créditos ou 64 horas/aula.
O aluno deverá completar um mínimo de 60 créditos para obter o título de doutor, distribuídos da seguinte forma:
12 ou mais créditos em disciplinas de Formação Básica;
8 ou mais créditos em disciplinas de Formação Específica;
30 créditos correspondentes à Tese de Doutorado;
Poderão ser computados créditos obtidos no Mestrado, a critério da Comissão Interna do Programa.
A duração regular do curso de Doutorado é de 48 meses, sendo admitida a permanência máxima de 60 meses. Os estudantes que não concluírem o curso no prazo estabelecido serão desligados do Programa de Pós-Graduação.
Os créditos relativos às disciplinas devem ser obtidos prioritariamente nos primeiros 2 anos do curso, enquanto que o terceiro e quarto anos são voltados exclusivamente para a pesquisa e a redação da tese.
DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO BÁSICA
DISCIPLINAS | CRÉDITOS
FIS 606 - Física da Relação Sol-Terra | 4,0
FIS 608 - Física do Estado Sólido | 4,0
FIS 616 - Processos Radiativos | 4,0
FIS 617 - Estrutura e Evolução Estelar | 4,0
FIS 619 - Astrofísica Observacional | 4,0
FIS 618 - Física Espacial I | 4,0
FIS 620 - Estrutura Galáctica | 4,0
FIS 622 - Física de Plasma I | 4,0
FIS 640 - Óptica Aplicada e Lasers | 4,0
FIS 602 - Eletrodinâmica I | 4,0
FIS 603 - Métodos Matemáticos e Análises de Sinais | 4,0
FIS 654 - Introdução à Computação Científica | 4,0
FIS 601 - Mecânica Quântica | 4,0
FIS 629 - Mecânica Clássica | 4,0
FIS 630 - Mecânica Estatística | 4,0
TOTAL DE CRÉDITOS: 60,0
DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA
DISCIPLINAS | CRÉDITOS
FIS 639 - Astrobiologia | 4,0
FIS 615 - Astrofísica do Meio Interestelar I | 4,0
FIS 647 - Astrofísica do Meio Interestelar II | ---
FIS 614 - Astrofísica Fundamental | 4,0
FIS 648 - Astrofísica Observacional II | ---
FIS 635 - Astronomia Extragaláctica | 4,0
FIS 638 - Astroquímica | 4,0
FIS 641 - Biópsia Óptica por Espectroscopia Raman e FT-IR | 4,0
FIS 627 - Dinâmica da Alta Atmosfera | 4,0
FIS 643 - Dinâmica de Sistemas Estelares I | 4,0
FIS 646 - Dinâmica de Sistemas Estelares II
FIS 602 - Eletrodinâmica II | 4,0
FIS 644 - Espectroscopia Óptica: Princípios e Aplicações | ---
FIS 636 - Estrelas Variáveis | 4,0
FIS 628 - Física da Ionosfera | 4,0
FIS 631 - Física da Magnetosfera Externa | 4,0
FIS 606 - Física da Relação Sol-Terra | 4,0
FIS 608 - Física do Estado Sólido | 4,0
FIS 653 - Física dos Raios Cósmicos | 4,0
FIS 605 - Física Espacial I | 4,0
FIS 652 - Física Molecular | 4,0
FIS 632 - Física Solar | 4,0
FIS 634 - Formação Estelar | 4,0
FIS 645 - Fundamentos de Propagação de Ondas na Ionosfera | ---
FIS 654 - Introdução à Computação Científica | 4,0
FIS 633 - Luminescência Atmosférica | 4,0
FIS 637 - Mecânica Celeste e Astronomia Dinâmica | 4,0
FIS 629 - Mecânica Clássica | 4,0
FIS 604 - Mecânica de Fluídos | 4,0
FIS 630 - Mecânica Estatística | 4,0
FIS 601 - Mecânica Quântica I | 4,0
FIS 623 - Metodologia do Ensino Superior | 4,0
FIS 607 - Métodos de Caracterização de Materiais | 4,0
FIS 603 - Métodos Matemáticos e Análise de Sinais | 4,0
FIS 640 - Óptica Aplicada e Lasers | 4,0
FIS 649 - Radioastronomia | 4,0
FIS 650 - Radiofísica do Sol | 4,0
FIS 651 - Radiointerferometria | 4,0
FIS 624 - Seminários em Física e Astronomia II | 4,0
FIS 625 - Seminários em Física e Astronomia III | 4,0
FIS 626 - Seminários em Física e Astronomia IV | 4,0
FIS 642 - Técnicas de Caracterização de Materiais | 4,0
FIS 611 - Tópicos Especiais em Astronomia | 4,0
FIS 613 - Tópicos Especiais em Física da Matéria Condensada | 4,0
FIS 612 - Tópicos Especiais em Física Espacial | 4,0
TOTAL DE CRÉDITOS: 160,0
DISSERTAÇÕES 2006
Título Estudo da ionosfera em baixas latitudes através do modelo computacional LION e comparação com parâmetros ionosféricos observados
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoValdir.pdf
Autor (a) Valdir Gill Pillat
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes e Prof. Dr. José Augusto Bittercourt
Data: Março 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Observações ionosféricas realizadas com ionossondas do tipo CADI, em São José dos Campos (23.2 o S, 45.9 o W; dip latitude 17.6 o S) e em Palmas (10.2ºS, 48.2ºW; dip latitude 5.7ºS), em condições de atividade solar máxima e mínima, são apresentadas e comparadas com resultados obtidos pelo modelo matemático LowLatitude Ionosphere Model, denominado modelo LION, que simula o comportamento dinâmico da ionosfera em baixas latitudes. No modelo LION, a evolução temporal e a distribuição espacial da densidade e velocidades das partículas ionosféricas são calculadas por um conjunto de equações dependente do tempo, acopladas a um sistema de equações não-lineares da continuidade e momentum para os íons O + , O2 + , NO + , N2 + e N + , levando em conta a fotoionização das espécies atmosféricas, pela radiação solar extrema ultravioleta, as reações químicas e iônicas de produção e perda, e os processos de transporte do plasma, incluindo os efeitos ionosféricos do vento neutro termosférico, a difusão do plasma e à deriva do plasma eletromagnético. O campo magnético da Terra é representado por um dipolo magnético inclinado e centrado. Esta configuração de acoplamento das equações não-lineares é resolvida ao longo de uma dada linha de campo em um quadro de referência movendo verticalmente, no plano do meridiano magnético, com a velocidade da deriva do plasma eletromagnético. Os resultados do modelo reproduzem adequadamente as principais características e o comportamento dinâmico da ionosfera em baixas latitudes sobre condições magnéticas calmas, para atividade solar máxima e mínima. Detalhes da comparação das observações ionosféricas, com os resultados do modelo são apresentados e discutidos.
Título Estudo de ondas planetárias na ionosfera em baixas latitudes e região equatorial
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoAranha.pdf
Autor (a) Sérgio Luis Aranha
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes e Prof. Dr. Fábio Becker Guedes
Data: Janeiro 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
A ionossonda digital conhecida como CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde ), está operando em São José dos Campos (23.2o S, 45.9o W; latitude 17.6o S) e Palmas (10.2o S, 48o W, latitude 5.5o S), desde agosto de 2000 e abril de 2002 respectivamente. Estas duas estações de sondagem ionosférica estão localizadas abaixo da crista sudeste da anomalia equatorial (São José dos Campos) e próximo à região equatorial (Palmas). O presente perfil da densidade eletrônica da região F será estudado, considerando as variações causadas por distúrbios geomagnéticos e as mudanças nos aspectos físicos da ionosfera, causados por essas variações. A propagação de ondas planetárias é um fator importante na variação da movimentação da ionosfera no seu dia-a-dia. Nessa investigação nos utilizamos à técnica do uso das multi-freqüências, sondando as variações das alturas virtuais da ionosfera, observadas em ambas estações, investigando como a camada F é modulada por oscilações do tipo ondas planetárias. Considerou-se a possibilidade de influências de origem solar na geração de ondas planetárias (variação da rotação solar e tempestades geomagnéticas). Nesse presente estudo, foram utilizadas observações de junho de 2003 a maio de 2005. O presente estudo indica a presença de oscilações com períodos de 2 dias (observações com períodos de 3 dias podem estar associados com as oscilações quase-2-dias), 4dias, 10dias,16 dias que são períodos relacionados com ondas do tipo planetárias gerada por forças troposféricas durante todo o dia.
Título Estudo das propriedades estruturais das ligas amorfas de carbono nitrogênio hidrogenadas
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoEliane.pdf
Autor (a) Eliane Souza dos Santos
Orientação Prof. Dr. Johny Vilcarromero López
Data: Maio 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Devido às interessantes características e possibilidades de aplicação dos filmes finos de carbono amorfo, objetivou-se neste trabalho o estudo das propriedades estruturais das ligas de carbono nitrogênio hidrogenadas preparadas pela técnica rf-magnetron sputtering, bem como a obtenção de filmes finos com a máxima quantidade possível de ligações simples (sp3). Utilizou-se Argônio para geração de plasma e consequente bombardeamento do alvo de grafite. O sputtering do alvo de grafite foi depositado em substratos de silício. A pressão total de trabalho, de 7.0 x 10-3 mbar (0,7 Pa) dentro da câmara de deposição, e a temperatura do substrato, em 50 ºC, foram mantidas constantes para obtenção de todas as amostras de carbono amorfo nesse trabalho. Estes parâmetros foram predeterminados a partir de experiências realizadas na obtenção do carbono amorfo na literatura e adaptadas no laboratório ao sistema de deposição por plasma utilizado. Os resultados para compreensão e correlação das propriedades estruturais foram obtidos por várias medidas, tais como, perfilometria, espectroscopia de transmissão no infravermelho e espectroscopia Raman. Numa primeira etapa, variando-se apenas a potência de radiofrequência, foram preparados filmes finos de carbono amorfo (a-C), onde se escolheu a amostra que possui uma razão Id/Ig de 0,7 e quantidade de ligações sp3 ao redor de 15% de acordo com o modelo dos três estágios de Robertson. As amostras de a-C realizadas com valores mais baixos de potências de radiofrequência tiveram menor taxa de deposição e os filmes obtidos com potência de radiofrequência a partir de 200W não tiveram boa aderência no substrato. Estão presentes na estrutura desses filmes as seguintes ligações moleculares: CHn fora do plano, e as ligações simples e duplas CC. Os melhores resultados foram obtidos com potência de radiofrequência igual a 50 e 100W. Foram preparadas, em outras duas etapas, duas séries de amostras de carbono amorfo nitrogenado; uma com potência de radiofrequência igual a 100W e outra com 50W, introduzindo o N2 numa variação do fluxo dentro da câmara de 0 até 100 sccm. Em geral, os melhores resultados nesta etapa, foram os obtidos com as amostras preparadas com fluxo de N2 variando de 10 a 30 sccm. As amostras obtidas nestas duas etapas com fluxo de N2 igual a 10 sccm tiveram mais baixa razão Id/Ig, em torno de 0,6, mas a amostra obtida com potência de radiofrequência igual a 100W teve aproximadamente 17% de ligações sp3, 2% a mais que a amostra obtida com potência de radiofrequência igual a 50W. É possível que as estruturas dos filmes de a-C e a-CN sejam constituídas de pequenos clusters de grafite nanocristalino. Os espectros FTIR das amostras de a-CN são mais intensos que os das amostras a-C devido ao maior momento dipolar das ligações N. As estruturas dos filmes de a-CN desta experiência são compostas pelas seguintes ligações moleculares: C−N, C=C, C=N, C≡N, CHn fora do plano, CHn e NH. Numa última etapa, foram preparadas amostras de filmes finos de amorfos hidrogenados de carbono-nitrogênio com potência de radiofrequência igual a 100W, fluxo de nitrogênio fixo em 20 sccm e o fluxo de H2 variando de 0 a 70 sccm. Neste grupo, foi obtido razão Id/Ig em torno de 0,3, relacionado à amostra preparada com fluxo de H2 igual a 10 sccm. Esta amostra apresentou em torno de 50% de ligações sp3. As amostras de a-CN:H não apresentaram uniformidade em todos os filmes o que não permitiu uma ampla discussão sobre seus efeitos; neste estudo são discutidos somente alguns resultados interessantes.
Título Procura por objetos estelares jovens e substelares em torno da nuvem de Musca
Autor (a) Deidimar Alves Brissi
Orientação Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Hickel
Data: julho 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
A nuvem escura de Musca possui a forma de um filamento de 3,8º x 0,2º, localizada cerca de 10º fora do plano galáctico, e distante entre 120 a 150 pc do Sol, com massa estimada entre 140 e 550 massas solares. Neste trabalho nós selecionamos 432 campos de 20’ x 20’ em torno da nuvem com dimensões de 6º x 8º (–13º < bgal < –5º; 298º < lgal < 304º) totalizando uma área 48 graus 2 o que inclui a direção da nuvem e uma ampla região em torno, investigados através do catálogo fotométrico do 2MASS nas bandas J, H e Ks para extrair as magnitudes das fontes de cada campo, totalizando 1.459.012 fontes. Construímos diagramas cor-cor [(J–H) x (H–Ks)] e cor magnitude [Ks x (H–Ks)] e [H x (J–H)] e determinamos a magnitude limite para a completeza da amostra em cada banda, para cada campo. Com base nestes diagramas, selecionamos 299 fontes posicionadas fora da região de ocupação da seqüência principal. Procuramos informações adicionais de cada candidato a objeto estelar jovem em outros catálogos da literatura, a fim de confirmar a natureza destas fontes, através da análise de imagens (somente fontes puntiformes foram consideradas) e da distribuição espectral de energia. Após estes processos, obtivemos 284 candidatos a objetos estelares jovens. Construímos um diagrama Luminosidade x Temperatura e com base nele determinamos a classificação para cada fonte, de acordo com a temperatura de corpo negro ajustada (ou da temperatura bolométrica), sua luminosidade; bem como trajetórias evolutivas de objetos estelares jovens. Calculamos a massa de cada candidato e as respectivas idades usando o modelo evolutivo de MYERS et al. (1998) A maior parte destes objetos mostrou-se de classes II e III. Devido às incertezas na determinação da luminosidade dos objetos e das próprias limitações do uso da fotometria para classificações, uma futura investigação espectroscópica será necessária a fim de confirmar a real natureza destes objetos. Assim, verificaremos as seguintes possibilidades: objetos de sequência principal com índices de cor avermelhados devido à extinção da nuvem; gigantes do fundo pertencentes ao ramo assintótico das gigantes; objetos extragalácticos como quasares ou se realmente são objetos estelares jovens.
Título A parte inferior da sequência principal na região de Zeta Ophiuchi
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoSarita.pdf
Autor (a) Sarita Pereira de Carvalho
Orientação Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Hickel
Data: julho 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Apresentamos um estudo visando encontrar objetos estelares jovens (OEJs) e objetos substelares em uma área de 24 graus 2 próximas da estrela tipo O9.5V ζ Ophiuchi (lgal = 7º e bgal = 21º), a partir de dados do catálogo fotométrico 2MASS (Two Micron All Sky Survey)1; no infravermelho próximo, bandas J (1,25μm), H (1,65μm) e Ks (2, 17μm). Utilizamos somente fontes com qualidade de fotometria A ou B, fornecendo-nos dados mais confiáveis. Foram traçados os Diagramas Cor-Magnitude H×(J-H) e K×(H-K), e cor-cor (J-H)×(H-K), onde demarcamos regiões de ocupação para a sequência principal, gigantes vermelhas e anãs tipos T/L, utilizando dados de TOKUNAGA, A.T.. 1999, e VRBA, F.J.; MATHIEU, R.D.; STROM, K.M.; STROM, S.E.; GRASDALEN, G.L. 1975. Efetuamos a separação de candidatos a OEJs posicionados à direita da sequência principal, ou seja, que apresentavam índice de cor avermelhados, levando-se em consideração as barras de erros; bem como de candidatos a anãs-marrons, posicionados à esquerda da sequência principal. As imagens dos candidatos foram verificadas no DSS-II (bandas B e R do visível) e 2MASS (J, H e Ks do infravermelho próximo), excluindo fontes que não apresentavam imagens puntiformes. Nestes critérios de redução chegamos a 133 candidatos a OEJs e objetos sub-estelares. A consulta a outros catálogos da literatura revelou a presença de 3 TTaurii (únicas conhecidas na região), 6 gigantes vermelhas variáveis e 2 quasares nesta amostra. Estimamos de forma independente, que cerca de 10% dos candidatos podem ser estrelas gigantes vermelhas (AGB), contaminando a nossa amostra. Calculamos as luminosidades, temperaturas bolométricas e determinamos a massa e idade de cada candidato, através do modelo evolutivo de MYERS et al.(1998). A distância utilizada de (116 ± 52) pc, do Sol, foi determinada através de paralaxe média de um grupo de 28 estrelas com paralaxes pré-determinadas pelo satélite Hipparcos, na direção da nossa região de estudo. A maioria dos candidatos tem massas entre 0,09 e 1,5 M , com idades entre 3×105 e 2×106 anos (grande concentração entre 5×105 e 106 anos), estando na fronteira entre as Classes II e III. Comparando estas distribuições e idades, verificamos que a concentração dos candidatos a OEJs neste estágio evolutivo mostra que provavelmente possuem uma origem comum, concordando com o cenário de formação estelar estimulada a partir da explosão de uma supernova em uma estrela binária da qual ζ Ophiuchi fazia parte. Neste cenário, ela teria sido arremessada da Associação Estelar Scorpius Superior pela explosão, ocorrida há cerca de 1,5×106 anos atrás.
Título Análise estatística e ondeletas aplicada ao vento solar e densidade de prótons
Autor (a) Paulo César Vieira
Orientação Prof. Dr. Mauricio José Alves Bolzam
Data: Agosto 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho tem, por objetivo, investigar como as propriedades estatísticas de duas variáveis solares sofrem a influência do ciclo de atividade solar. Para tal, foram obtidas séries temporais de velocidade do vento solar e densidade de prótons do período de 1996 até 2004, excetuado o ano de 1998, e submetidas a algumas técnicas estatísticas. Além disso, a transformada em ondeletas foi utilizada não somente como uma ferramenta de apoio para as técnicas estatísticas, mas principalmente para permitir compreender a presença da intermitência e das chamadas estruturas coerentes que introduzem a questão da não-estacionaridade nas séries temporais estudadas. Os resultados indicaram que, para ambas as variáveis, os dois momentos estatísticos (coeficiente de assimetria e achatamento) sofreram importante aumento em seus valores em direção as menores escalas para o período de máxima atividade solar, se comparado com a atividade moderada. Este resultado também pode ser notado através da variabilidade do espectro, de ambas as variáveis, obtidos via Espectro Global em Ondeletas, mostrando a influência da atividade solar nestas. Além disso, mostraram uma primeira diferença entre ambas as variáveis utilizadas aqui. Esta diferença é interessante, pois é o primeiro ponto que reflete as peculiaridades entre ambas as variáveis. Este aspecto também foi notado no estudo do coeficiente de correlação entre as grandes e pequenas escalas. Neste estudo notou-se um máximo de correlação entre os períodos de 1 a 3 dias para a densidade de prótons e, entre 5 a 10 dias para a velocidade do vento solar. Além disso, apenas o vento solar foi sensível ao ciclo solar, corroborando o fato do item anterior mostrando a diferença entre ambas as variáveis. O uso do Espectro Cruzado em Ondeleta de ambas as variáveis mostraram uma forte correlação entre ambas no intervalo de 25 a 40 dias, sem uma distinção clara para ambos os ciclos de atividade solar. Esta correlação forte entre as variáveis no intervalo de 25 a 40 dias pode estar revelando a importância de fenômenos de grande escala no escoamento turbulento. Dada a esta importância destes fenômenos, foram calculados os momentos estatísticos nas séries temporais filtrados Passa-Alta (PA) e Passa-Baixa (PB) além das séries originais de ambas as variáveis solares. O resultado mais importante ocorreu para o vento solar, ou seja, apresentaram elevados valores da curtose para r < 1000 na componente PB em relação às outras duas. Além disso, os valores do coeficiente de assimetria sofreram aumentos também para a componente PB. Tal comportamento reflete o fato da presença de ECs nesta componente PB e que estas contribuem de algum modo para a intermitência. Estes resultados também foram observados para os dois ciclos de atividade solar, porém, em menor intensidade no período CA para ambos os momentos estatísticos. Este resultado para o vento solar não foi encontrado para a densidade de prótons em nenhuma das duas condições do ciclo solar, revelando outra importante diferença entre ambas as variáveis solares.
Título Influência das propriedades estruturais e parâmetros de deposição sobre a dureza e a tensão (stress) intrínseca dos filmes finos amorfos de carbono-nitrogênio
Autor (a) Paulo César de Matos
Orientação Prof. Dr. Johny Vilcarromero López
Data: Setembro 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Os filmes finos amorfos de carbono-nitrogênio vêm ganhando importância crescente devido à variada gama de aplicações atuais e principalmente ao grande potencial de aplicações futuras. Realmente, a combinação simultânea de propriedades químicas, óticas, magnéticas, elétricas e mecânicas faz destes filmes uma alternativa única como revestimento protetivo de componentes eletromecânicos. Este trabalho utilizou a técnica rf-magnetron sputtering para o crescimento de filmes em substratos de silício sob pressão de 0,7 Pa (7,0 x 10-3 mbar) e temperatura mantida dentro de 50 ± 5 °C. O gás escolhido para o bombardeamento do alvo foi o Argônio. O objetivo do trabalho foi conseguir o melhor balanceamento entre a dureza e o stress intrínseco dos filmes tentando-se simultaneamente maximizar o primeiro e minimizar o segundo e, ainda, relacioná-los com os parâmetros do processo de deposição e propriedades estruturais. Numa primeira etapa, produziram-se amostras com filmes de carbono amorfo obtidas a partir de potências de radiofrequência de 30 a 480 W. Na segunda etapa, os filmes foram gerados introduzindo-se na câmara de deposição, além do argônio, o gás N2 em fluxos variando de 0 a 100 cm3/min, obtendo-se filmes amorfos de ligas CNx. Na terceira e última etapa, geraram-se filmes de ligas amorfas CN hidrogenadas obtidas a partir da introdução na câmara de gás do gás H2 em fluxos de 0 a 70 cm3/min. O indicador utilizado em cada etapa para definir o melhor nível do parâmetro que se variou no processo, foi à participação percentual estimada das ligações atômicas do tipo sp3. Assim, na primeira etapa, as potências escolhidas foram de 50 e 100 W que apresentaram participação sp3 em torno de 15%. Na segunda, a faixa para o fluxo de nitrogênio entre 0 e 30 cm3/min apresentou as mais altas participações das ligações sp3, entre 15 e 17%. Na terceira etapa, os filmes a-CN:H produzidos com fluxo de H2 variando de 0 a 70 cm3/min e de N2, fixo em 20 cm3/min, gerou filmes com até 50% de ligações sp3 quando o fluxo de hidrogênio foi de 10 cm3/min. As taxas de deposição foram crescentes quando se elevaram a potência e fluxo de nitrogênio, e decrescentes na terceira etapa, à medida que se aumentou o fluxo de hidrogênio. Este decréscimo teve como causa provável o resputtering cujo efeito prático foi à geração de filmes bastante desuniformes e de muito baixa espessura média (em torno de 100 nm). As durezas médias obtidas para os filmes de carbono amorfo atingiram o máximo de 15,5 GPa quando a potência de radiofrequência ficou no mínimo, isto é, 30 W. Na segunda etapa, a introdução de nitrogênio reduziu a dureza para a faixa 7,5 a 8,0 GPa e, na terceira etapa, os filmes a-CN:H chegaram ao máximo de 11,9 GPa quando o fluxo de H2 ficou em 10 cm3/min, reduzindo-se à medida que se aumentava o fluxo do gás. Quanto ao stress intrínseco, os filmes a-CN apresentaram valores próximos de 0, com exceção das amostras produzidas com o mais alto fluxo de nitrogênio (100 cm3/min). Esta amostra apresentou um stress compressivo de 0,150 GPa, mesmo tendo a mais baixa percentagem de ligações sp3. Trata-se de um valor interessante, já que filmes compressivos são associados a maior densidade, menor nível de defeitos e mais altas participações de ligações sp3. A combinação de durezas numa faixa mediana com o stress compressivo relativamente alto é desejável para aplicações que priorizem nos filmes, baixa fricção e aderência confiável ao substrato, sem perda excessiva de dureza. Quanto aos filmes a-CN:H, à medida que se elevou o fluxo na câmara, o stress médio compressivo reduziu-se de 0,095 GPa até próximo de 0, porém com margens de erro excessivamente altas provocadas provavelmente pela grande desuniformidade dos filmes e espessuras médias muito baixas.
DISSERTAÇÕES 2007
Título Determinação da densidade eletrônica no pico da camada F ionosférica utilizando as imagens na emissão do OI-777,4 nm
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoTomas.pdf
Autor (a) Tomás Ferreira de Freitas
Orientação Prof. Dr. José Ricardo Abalde Guede e Yogeshwar Sahai
Data: Janeiro 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
O trabalho estuda a dinâmica espaço temporal da camada F ionosférica sobre a região de São Jose dos Campos – SP, utilizando dois equipamentos: o fotômetro imageador all-sky, equipamento óptico projetado para medir a luminescência noturna e funcionando no filtro de interferência para o oxigênio atômico no comprimento de onda 777,4 nm, OI 777,4 nm, e a ionossonda digital CADI, equipamento de radiofrequência, que opera na banda de 1 Mhz a 20 Mhz aproximadamente. Foram analisadas imagens em OI 777,4 nm no período de máximo solar, nos anos de 2000 a 2002 nos imageadores instalados no Campus Urbanova da UNIVAP em São José dos Campos, SP (23,21º S, 45,86º O) e no Observatório Pico dos Dias – OPD do Laboratório Nacional de Astronomia – LNA/CNPq em Brasópolis, MG (22,53º S, 45,57º O) conjuntamente com dados da ionossonda digital instalada na UNIVAP – Campus Urbanova. Foram escolhidas 7 noites de observação em São José dos Campos: 31 de outubro de 2000, 21, 22, 24, 26 e 27 de fevereiro de 2001 e 15 de outubro de 2001 para o cálculo da densidade eletrônica de plasma. Os dados coletados em ambos equipamentos foram analisados com programas desenvolvidos pelo Grupo de Física e Astronomia da UNIVAP: UASDA para o fotômetro imageador e UDIDA para a ionossonda digital. Foi feita a correlação linear dos dados dessas sete noites e calculada a função de transferência entre a frequência crítica de plasma, fp, ou densidade eletrônica do plasma, ne, [ ne =1,24.104 fp 2 ] obtida dos dados da digissonda e a intensidade da emissão OI 777,4 nm, J 777,4, [ n(e)2 α (J 777,4) ], obtida dos dados do imageador. A partir desta relação de calibração e com as imagens em OI 777,4 nm obtivemos mapas topográficos da densidade eletrônica do plasma no pico da camada F ionosférica ou da sua frequência crítica para qualquer noite e período observado. O processo permite termos os valores da densidade eletrônica de plasma e frequência crítica do plasma ionosférico a qualquer tempo independente de termos ou não irregularidades ionosféricas presentes o que é uma significativa contribuição aos valores que se podem extrapolar dos dados da digissonda para essas situações.
Título Efeitos de supertempestades geomagnéticas na camada F ionosférica sobre o setor brasileiro estudados por GPS
Autor (a) Alessandro José de Abreu
Orientação Prof. Dr. Yogeshwar Sarai e Prof. Dr. Fábio Becker Guedes
Data: Março 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo estudar o comportamento da camada F ionosférica em regiões equatorial e de baixa latitude no setor brasileiro durante eventos com intensos distúrbios geomagnéticos que inclui supertempestades (considerando como critério o |Dst| > 250 nT) no período descendente do ciclo solar 23 entre os anos de 2000 e 2005, sendo este um dos assuntos relevantes relacionados ao Tempo Espacial (“Space Weather”). Foram analisados nove eventos com intensos distúrbios geomagnéticos durante este período. Pode-se mencionar que o evento de maio de 2005 é considerado como “High Intensity, Long Duration Continuous AE Activity (HILDCAA)”, que é uma intensa e contínua atividade do índice AE. Para estudar os efeitos dessas supertempestades geomagnéticas sobre a camada F ionosférica no setor brasileiro, foram analisados os dados do sistema de posicionamento global (GPS) de estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sinais GPS (RBMC) e da rede “International GNSS Service (IGS)” com latitude dip cobrindo 1,2º N (perto do equador geomagnético) a 20,7º S (mais afastadas do equador geomagnético) estando aproximadamente alinhadas ao longo do campo geomagnético, a fim de se obter medidas do conteúdo total de elétrons na vertical (VTEC) e flutuações de fase ou taxas de variações do TEC (ROT). Pode-se mencionar que os efeitos observados durante esses eventos foram muito variados nas regiões equatorial e de baixa latitude no setor brasileiro. Os efeitos observados incluem penetração pontual de campos elétricos magnetosféricos de alta latitude, TIDs devido ao aquecimento “Joule”, incomum formação de anomalia equatorial ionosférica e geração e supressão de irregularidades ionosféricas equatorial na camada F.
Título Espectroscopia Raman na biomolécula de cisteína
Autor (a) Edmilson Tadeu Martins
Orientação Herculano da Silva Marinho
Data: Junho 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
A espectroscopia Raman tem sido usada com muito sucesso no estudo de novos materiais. Além disso, por ser uma técnica interdisciplinar, tem aplicação direta em várias áreas do conhecimento, como bioquímica, biologia, farmacologia e recentemente, diagnóstico precoce de doenças. Neste trabalho, aplicamos esta técnica ao estudo dos modos vibracionais do aminoácido L-cisteína em sua estrutura monoclínica. Estudando a evolução com a temperatura dos modos vibracionais entre 500 – 1020 cm-1 fomos capazes de distinguir três grupos de modos vibracionais de acordo com o comportamento de sua frequência: (i) os modos de “stretching” do CS e “rocking” do CH2 apresentaram um amolecimento incomum acima de 50 K; (ii) os modos “rocking” do CO2 e do NH3 apresentaram um amolecimento incomum entre 50 – 200 K, com recomposição do comportamento esperado acima de 200 K e (iii) os modos “bending” do CCN e do SH bem como o modo “stretching” do CC e os outros modos do CO2 apresentaram o comportamento esperado devido à expansão térmica. A ocorrência destes diferentes regimes de comportamento está de acordo com o que foi relatado na literatura para biomoléculas maiores (lisozima, mioglobina, etc), porém sem uma interpretação conclusiva a respeito da origem deste comportamento. Nossos resultados possibilitaram uma interpretação simples destas transições como ocorrendo em função da dinâmica de quebra e recomposição das pontes de hidrogênio do sistema. Abaixo de 50 K a biomolécula apresenta-se com sua estrutura monoclínica estável, entre 50-200 K há o processo de rompimento das pontes de hidrogênio que estabilizam a estrutura e acima de 200 K estas pontes são recompostas por moléculas de água adsorvidas no meio intermolecular. Esta interpretação contrasta com outras suposições da literatura que se baseiam em efeitos mais complexos, como transições quânticas dinâmicas, para explicar este fenômeno.
Título Caracterização das propriedades físicas e campo magnético da Nuvem Escura de alta latitude galáctica DC315.8-27.5
Autor (a) Dinalva Aires de Sales
Orientação Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Hickel
Data: Outubro 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo feito para a nuvem escura de alta latitude galáctica DC315.8-27.5, que tem como coordenadas galácticas l = 315,8 o e b = -27,5 o. Ela é uma nuvem formada por dois pequenos glóbulos (~2’ cada), na ponta de uma estrutura filamentar menos densa (vista na emissão em 100μm - IRAS) que se estende por cerca de 2º, quase perpendicular ao plano galáctico. Primeiramente, fizemos a determinação de distância utilizando 3 métodos: (i) através de paralaxe, utilizamos fontes do catálogo Hipparcos (SCHAERER et al., 1997); (ii) com o Diagrama de Wolf (WOLF, 1923), tendo resultado pouco significativo, em consequência da pequena densidade de estrelas na direção da nuvem; (iii) aplicando a distância fotométrica, na qual utilizamos dados do catálogo 2MASS (bandas J, H e Ks) para construir diagramas cor×cor, dos quais retirarmos Av e determinarmos a distância. Analisamos dados da polarização linear no óptico para as bandas B, V e R (Johnson-Cousins), que foram obtidos no observatório do Pico dos Dias – LNA. A nuvem escura apresenta um bom alinhamento nos vetores de polarização (~100º), com grau de polarização médio de 2,2%. Separamos estrelas comuns às três bandas observadas e com o ajuste da lei de Serkowski, verificamos que os grãos são levemente maiores que a média do meio interestelar (lmax ~ 0,66 μm). Calculamos o campo magnético perpendicular à linha de visada para DC315.8-27.5, utilizando formulações de CHANDRASEKHAR-FERMI (1953) e um fator de correção introduzida por PADOAN et al. (2001) e chegamos ao valor estimado de 15μG. A nuvem escura de alta latitude galáctica DC315.8-27.5 encontra-se na vizinhança solar (~150pc) e os grãos de poeira que a compõem têm um bom alinhamento com o campo magnético, que tem papel fundamental na estrutura da nuvem.
Título Estudo da propagação de ondas de gravidade na ionosfera em baixas latitudes usando técnicas de rádio sondagem
Autor (a) Virginia Klausner de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Dezembro 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
Utilizou-se sondagem ionosférica através de uma ionossonda tipo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde) localizada em São José dos Campos (23,2o S; 45,9o O; dip latitude 17,6o S) na região do máximo da anomalia equatorial, durante o período de atividade solar máxima entre setembro de 2000 a agosto de 2001 e atividade solar mínima entre janeiro de 2006 a dezembro de 2006. Neste estudo foram observados tanto dias calmos como dias geomagneticamente perturbados. Utilizando gráficos de alta resolução temporal (100 segundos), notou-se que o perfil vertical de densidade eletrônica observado apresentou uma forte perturbação ondulatória e tais perturbações foram atribuídas à propagação de ondas de gravidade na região F. Este trabalho tem o objetivo de apresentar e discutir as variações ocorridas nos gráficos de isofreqüência causadas pela propagação de ondas de gravidade em função do ciclo solar. Para isso, as ondas de gravidade foram classificadas de acordo com a variação de amplitude vertical em três grupos distintos: fraca (amplitude < 40 km), moderada (40 km = amplitude = 60 km) e forte (amplitude > 60 km). Verificou-se a variação sazonal em função do ciclo solar dos três grupos de ondas distintos observados. Este trabalho, também, apresenta e discute os principais parâmetros (período, comprimento de onda vertical e velocidade vertical de fase) para ondas de gravidade fracas e moderadas/fortes em função do ciclo solar. Durante a atividade solar máxima, as ondas de gravidade fracas observadas em dias calmos apresentaram períodos entre 30 a 60 minutos, comprimentos de onda vertical entre 200 a 500 km e velocidade de fase entre 60 a 180 m/s. Em alguns eventos, a propagação das ondas de gravidade na região F pode causar uma intensa perturbação no perfil vertical na densidade eletrônica e favorece a ocorrência de formação de uma camada adicional, denominada camada F3, durante o período diurno.
DISSERTAÇÕES 2008
Título Estudos de eventos do tempo espacial (“space weather”) e a ocorrência de bolhas de plasmas ionosféricas no setor brasileiro e japonês usando sondagem ionosférica
Autor (a) Rodolfo de Jesus
Orientação Prof. Dr. Yogeshwar Sahai e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Linha de Pesquisa
Resumo
O objetivo do trabalho é estudar eventos do tempo espacial (“space weather”) e a ocorrência de bolhas de plasmas ionosféricas no setor brasileiro e japonês usando sondagem ionosférica. Foram analisados os dados ionosféricos obtidos em S. J. Campos (Brasil) durante o período de outubro de 2000 a setembro de 2001 (atividade solar alta – ASA) e março de 2005 a fevereiro de 2006 (atividade solar baixa – ASB) e comparados com as observações de sondagem ionosféricas obtidos em Okinawa (Japão) durante este mesmo período. Foi feita a comparação entre estas duas estações porque elas têm latitudes similares, mas longitudes com diferença de 12 horas local. Também se utilizou dado da sondagem ionosférica da rede das ionossondas digitais da UNIVAP localizadas em S. J. Campos (23.2º S, 45.9º O), Palmas (10.2º S, 48.8º O) e Manaus (2.9º S, 60.0º O), obtidos durante dois eventos de tempestades geomagnéticas intensas (dezembro de 2006) e muito intensas (novembro de 2004), para estudar a influência sobre a região F da ionosfera em regiões equatorial e baixa latitude no setor brasileiro. As comparações durante ASA e ASB em SJC mostram que a presença de spread-F do tipo range está mais forte, em geral, durante ASA do que ASB, mas em OKI a ocorrência de spread-F do tipo range, em geral, durante ASA e ASB não apresentam muita diferença. As comparações entre SJC e OKI durante ASA no solstício de dezembro mostram que enquanto em SJC apresenta máxima ocorrência de spread-F do tipo range, em OKI essa ocorrência é praticamente nula. Por outro lado, durante os meses de maio até agosto (solstício de junho) normalmente não ocorre spread-F do tipo range em SJC, mas durante o período de julho até setembro verifica-se ocorrência de spread-F do tipo range em OKI. As comparações entre SJC e OKI referente ASB não mostram tendências de diferença tão clara. Nos dois eventos de tempestades geomagnéticas investigadas (novembro de 2004, MAN e SJC; dezembro de 2006 PAL e SJC) foram observadas penetração pontual de campos elétricos magnetosféricos, iniciado durante a fase principal da tempestade geomagnética, resultando numa rápida subida da camada F durante o período de pôr-do-sol. Também foi observado Travelling Ionospheric Disturbances (TIDs) propagando-se de sul para norte devido ao aquecimento Joule na região auroral, resultando em fortes oscilações da camada F. Verificou-se a geração de bolhas de plasmas no primeiro evento (novembro de 2004) durante as noites de 06-07 (geomagneticamente calmo), 07-08 e 08-09 (geomagneticamente perturbados). Pode-se mencionar que durante as noites de 09-10 e 10-11 de novembro de 2004 só ocorre spread-F após a meia noite em MAN, pois a subida (deriva vertical do plasma ionosférico) da camada F na hora do pôr-do-sol foi inibida pelos ventos termosféricos perturbados. No primeiro evento as variações em foF2 foram mais acentuadas na noite de 10-11 em comparação com a média dos dias calmos e em MAN indicam a fase positiva da tempestade enquanto em SJC indicam a fase negativa. No segundo evento (dezembro de 2006) bolhas de plasma são observadas durante as noites de 13-14 (geomagneticamente calmo), 14-15 (geomagneticamente perturbado), com elevação da camada no pôr-do-sol mais rápido (mais acentuado) durante o distúrbio geomagnético de 14 de dezembro. No segundo evento (PAL e SJC) as variações em foF2 não mostram muita diferença em comparação com a média dos dias calmos.
Título Espectroscopia Raman Diferencial
Autor (a) Mário Augusto da Silva Martins
Orientação Prof. Dr. Herculano da Silva Martinho e Prof. Dr. Airton Abrahao Martin
Linha de Pesquisa
Resumo
A maior vantagem da técnica de espectroscopia Raman comparada com as outras técnicas de análise é o fato da mesma promover investigações bioquímicas em diferentes tipos de materiais. Particularmente, esta técnica de análise tem um grande interesse no setor biomédico por ser uma importante ferramenta analítica de pesquisa. Porém, amostras biológicas são espécimes muito fluorescentes, podendo ter seus espectros Raman mascarados, tornando-se impossível o processo de identificação dos mesmos. Este trabalho apresenta um método para a redução ou eliminação dos efeitos da fluorescência sobre os espectros Raman de amostras biológicas. Este método baseia-se em recuperar as bandas Raman usando a Espectroscopia Raman Diferencial. Os espectros diferenciais são gerados através da subtração de dois espectros similares de uma amostra biológica, obtidos através de um pequeno deslocamento na linha do laser de excitação (SERDS), onde cada espectro é capturado usando linhas do laser de excitação muito próximas. A primeira linha do laser é centralizada em um comprimento de onda definido (l ) e a segunda é deslocada por um pequeno valor conhecido ( Dl ). Foram desenvolvidos dois diferentes tipos de sistemas ópticos, cada um com diferentes finalidades. O primeiro deles é usado no estudo de amostras biológicas “In Vitro” e o segundo é usado no estudo de amostras biológicas “In Vivo”. Os resultados indicam um grande avanço nesta área de pesquisa. Fato este que pode ser comprovado, comparando-se o espectro final obtido de um sistema Raman Diferencial com um espectro final obtido de um sistema FT-Raman, em análises idênticas. Com a finalidade de se mostrar às diferenças entre os dois sistemas, serão realizadas comparações entre alguns parâmetros de ambos sistemas, indicando as principais vantagens em que o sistema Raman Diferencial tem sobre o sistema FT-Raman, como por exemplo: menor tempo para aquisição de espectros; possibilidade de mudança da fonte excitadora (laser), sem que haja significativas mudanças no circuito óptico; possibilidade de redução de escala do circuito óptico; baixo custo; entre outros.
Título Estudo estatístico da ocorrência do spread-F na região brasileira em função do ciclo solar
Autor (a) Rosália Gomes Francisco
Orientação Prof. Dr. Fábio Becker-Guedes e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta dissertação apresenta um estudo detalhado da taxa de ocorrência dos três tipos de Spread-F, range, frequência e misto (range+freqüência) para duas localidades: Palmas (TO) (10,2° S; 48,2° O; mag. dip 5,5° S), próximo ao equador geomagnético, e São José dos Campos (SP) (23,2° S; 45,9° O; mag. dip 17,6° S), na região de baixas latitudes, próximo à crista da anomalia equatorial. Na realização deste estudo foram analisadas as noites de espalhamento e também o total de horas de permanência do SpreadF. Os dados coletados foram obtidos através dos monitoramentos ionosféricos realizados por duas ionossondas digitais tipo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde). O período analisado para a coleta de dados compreende os meses de abril de 2002 até fevereiro de 2007. Este estudo mostrou que as taxas de ocorrência de espalhamento obtidas para a região de baixas latitudes são sempre menores que aquelas encontradas na região equatorial. Essa diferença diminui muito ao ser analisado apenas o espalhamento tipo frequência. Observou-se que a taxa de ocorrência do Spread-F tipo range nas duas localidades são maiores nos meses de solstício de verão e equinócio de setembro e menores nos meses de solstício de inverno e equinócio de março. Em São José dos Campos a taxa de observação do Spread-F tipo range é reduzida quando as observações se aproximam dos anos de atividade solar mais baixa nos meses de solstício de verão e equinócios. O oposto ocorre no inverno onde, próximo aos anos de atividade solar baixa, a taxa de ocorrência cresce um pouco em relação aos anos anteriores. O Spread-F tipo frequência apresenta porcentagens de ocorrência menores quando as observações são feitas próximo ao mínimo de atividade solar no inverno em Palmas. Em São José dos Campos houve um acréscimo na taxa de ocorrência desse tipo de espalhamento com a redução da atividade solar. O Spread-F tipo misto apresentou taxas com os maiores valores nos meses de equinócio em ambas as localidades, notadamente o equinócio de março em Palmas e o equinócio de setembro em São José dos Campos. Uma classificação adicional dos espalhamentos quanto à intensidade também foi realizada.
TESES 2010
Título Características das ondas de gravidade observadas na região central do Brasil
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/lazaro_messias.pdf
Autor (a) Lázaro Messias de Almeida
Orientação Prof. Dr. Cristiano Max Wrasse e José Ricardo Abalde Guede
Linha de Pesquisa
Resumo
O principal objetivo do presente trabalho de dissertação foi caracterizar as ondas de gravidade observadas em Palmas (TO) (10,16ºS, 48,26ºO), na região central do Brasil. As ondas de gravidade foram observadas utilizando um imageador all-sky para medir as emissões do OH, entre setembro de 2007 e dezembro de 2008. Neste período foram observadas ondas do tipo banda, ripple e frente mesosférica, perfazendo um total de 160 eventos. As ondas de gravidade analisadas foram divididas, segundo sua morfologia, em bandas e ripples. A grande maioria das bandas apresentou as seguintes características: comprimento de onda horizontal entre 10 e 35 km; período observado entre 5 e 25 minutos e velocidade de fase observada entre 5 e 60 m/s. As bandas apresentaram uma anisotropia na direção de propagação, com direção preferencial para norte e sul. Os ripples apresentaram características semelhantes às bandas, com comprimento de onda entre 5 e 15 km; período observado de 5 a 15 minutos e velocidade de fase entre 5 e 30 m/s. Assim como as bandas, os ripples também apresentaram direção preferencial de propagação para norte e sul. As características das ondas de gravidade observadas em Palmas (TO) foram comparadas com outras observações realizadas no Brasil durante os últimos 15 anos. Todas as ondas observadas no Brasil apresentam características semelhantes, sendo que as ondas observadas próximo ao equador apresentam velocidades de fase maiores que nas outras regiões. Para explicar a variação sazonal na direção de propagação das ondas de gravidade, foram utilizados mapas de radiação de onda longa (OLR) para localizar regiões com intensa atividade convectiva (OLR < 220 W.m-2) na baixa atmosfera. Nos períodos de verão e outono as possíveis fontes de ondas de gravidade estão bem correlacionadas com atividades convectivas localizadas, principalmente, à oeste e à noroeste de Palmas.
Título Estruturas finas tipo U e tipo J presentes nas rádios emissões solares em ondas dessimétricas
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/jose_augusto.pdf
Autor (a) José Augusto Souza e Silva Dutra
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes e Prof. Dr. José Roberto Cecatto
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho é apresentada a análise de 5 estruturas finas presentes nas emissões rádiosolares, observadas pelo rádio espectrógrafo “Brazilian Solar Spectroscope” (BSS), na faixa de frequências dessimétricas (1000 – 2500 MHz), entre junho de 2000 e outubro de 2001. Com base em suas características morfológicas identificadas nos espectros dinâmicos, as estruturas finas foram classificadas como tipo U ou tipo J. Tais estruturas são variantes das emissões tipo III e suportam as hipóteses de geração por mecanismo de emissão de plasma, a partir da interação de feixes de elétrons acelerados nos “flares” se propagando ao longo das estruturas magnéticas fechadas com o plasma da atmosfera solar confinado. As características espectrotemporais das 5 estruturas finas foram medidas nos espectros dinâmicos e os parâmetros do agente e da fonte emissora foram determinados. Os valores obtidos são: a densidade de fluxo das emissões é inferior a 20 – 80 s.f.u.; o comprimento dos arcos magnéticos é da ordem de (0,3 – 5,1) x 1010 cm; a velocidade dos feixes de elétrons está no intervalo de (0,47 – 1,16) x 105 km/s; a temperatura do cume dos arcos magnéticos é (2,5 – 15,5) x 106 K; e o limite inferior para a intensidade dos campos magnéticos na região do plasma confinado é de 7 – 22 G. Os resultados obtidos são discutidos e comparados com determinações publicadas na literatura.
Título Espectroscopia e imageamento da galáxia com anel polar AM2020-504
Autor (a) Priscila Freitas Lemes
Orientação Prof. Dr. Irapuan de Oliveira Rodrigues Filho e Maximiliano Luis Faúndez-Abans
Linha de Pesquisa
Resumo
Sabe-se hoje que as interações entre Galáxias são muito comuns. Em certos tipos de interação as galáxias formam sistemas conhecidos como galáxias com anel polar (PRGs), compostos por uma galáxia hospedeira de tipo lenticular, elíptica ou espiral, rodeada por um anel de gás e estrelas que orbitam em um plano aproximadamente polar. Este trabalho tem como objetivo estudar a PRG AM2020-504, que provavelmente foi formada por acréscimo, cenário em que a galáxia hospedeira coleta material de uma doadora e d¬a origem ao anel. O sistema foi observado no telescópio de 1,60m do OPDLNA (espectroscopia e imageamento) Obtivemos uma velocidade sistêmica de 5045 km s-1. A morfologia e a curva de rotação indicam que a galáxia hospedeira é uma elíptica (WHITMORE et al., 1987; ARNABOLDI et al., 1993). O mapa de cor B-R mostra que o anel é mais azul em relação a galáxia hospedeira, o que já era de se esperar, pois o anel provavelmente provem de um objeto mais jovem que a galáxia hospedeira. Na imagem de cor I e nos mapas de cor B-I e V-I, encontramos um filamento entre o núcleo e o bojo da galáxia principal, nunca antes citado. Foram detectados ainda, no mapa de cor B-R e na imagem V alguns nódulos encontrados a NW do anel, sendo prováveis locais de formação de estrelas. Analisando as linhas espectrais da galáxia foi possível elaborar o diagrama de Coziol et al. (1999), onde constatamos que o anel tem características de regiões HII e a galáxia tem núcleo ativo.
TESES 2012
Doutorando: Rodolfo de Jesus
Título: Estudo do tempo espacial (space weather) e sua influência sobre a região F ionosférica no setor brasileiro
Palavras-chave: Ionosfera, Tempo espacial, Tempestades Geomagnéticas, HILDCAAs, Camada F, Ionossonda, GPS.s
Data: 23 de março de 2012
Orientador(es): Fernando Luís Guarnieri / Yogeshwar Sahai
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Doutorando: Alessandro José de Abreu
Título: Estudo do papel das ondas planetárias e dos distúrbios ionosféricos na geração de irregularidades ionosféricas equatoriais
Palavras-chave: Ionosfera, Camada F, Irregularidades Ionosféricas Equatoriais, Ondas Planetárias, Tempestades Geomagnéticas
Data: 28 de agosto de 2012
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes / Yogeshwar Sahai
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TESES 2014
Doutorando: Priscila Freitas Lemes
Título: Análise espectro-fotométrica de candidatas a galáxias com anel polar.
Palavras-chave: Galáxia com anel polar, galáxias em interação, galáxias com núcleo ativo, cinemática de galáxia, imageamento e espectroscopia.
Data: junho 2014
Orientador(es): Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
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TESES 2015
Doutorando: Deise Aparecida Rosa
Título: Efeitos de interações em pares de galáxias com o Gemini/GMOS
Palavras-chave: Interação de galáxias, densidade eletrônica, síntese de população estelar, evolução química.
Data: fevereiro 2015
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior
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Doutorando: Alexandre Bergantini Souza
Título: MEstudo de produção de moléculas de interesse astrobiológico em experimentos simulando a lua Encélado na presença de fótons UV, raio-x, elétrons e íons rápidos.
Palavras-chave: Astroquímica experimental no estado sólido, Encélado, FTIR, TOFMS, fotólise, radiólise.
Data: março 2015
Orientador(es): Sérgio Pilling Guapyassú de Oliveira
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Doutorando: Will Robson Monteiro Rocha
Título: Modelagem computacional do ambiente circunstelar de protoestrelas empregando dados de gelo bombardeados por raios cósmicos simulados em laboratório.
Palavras-chave: Gelo astrofísico, astroquímica experimental, NKABS, RADMC-3D, Elias 29, raios cósmicos.
Data: agosto 2015
Orientador(es): Sérgio Pilling Guapyassú de Oliveira
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Doutorando: Danilo Maciel Lopes Gusmão
Título: Estudo das regiões HII Ultracompactadas por espectroscopia de alta resolução espacial
Palavras-chave: Região HII Ultracompactada, estrelas de altas massas, formação estelar, PCA
Data: agosto 2015
Orientador(es): Cássio Leandro Dal Ri Barbosa e Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
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TESES 2016
Doutorando: Alexandre Tardelli
Título: Estudo de Múltiplas Estratificações da Camada-F Ionosférica em Regiões de Baixa Latitude e Equadorial
Palavras-chave: Camada F3, quarta estratificação StF-4, Ionosfera equatorial e de baixa latitude
Data: 25/02/2016
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
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Doutorando: Caren da Silva Lorensi
Título: Resposta dos anéis de crescimento de Araucaria angustifolia(Bertol.)O.Kuntze da região sul do Brasil aos forçantes geofísicos e climáticos
Palavras-chave: Ciclo solar, Dendrocronologia, Araucaria angustifolia, Séries temporais, ENOS
Data: 26/02/2016
Orientador(es): Alan Prestes
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Doutorando: Rafael Douglas Cunha da Silva
Título: Estudo de emissões solares tipo II métricas associadas a ejeções de massa coronal (CMES) e ondas no ultravioleta extremo (Ondas EUV)
Palavras-chave: Emissão solar tipo II métrica, onda de choque coronal, Ejeção de Massa Coronal (CME), Onda EUV;e-Callisto
Data: 23/03/2016
Orientador(es): Francisco Carlos Rocha Fernandes
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Doutorando: Josafa Carvalho Aguiar
Título: Caracterização das espécies de Leishmania e Trypanosoma por espectroscopia no infravermelho por Transformada de Fourier
Palavras-chave: Trypanosoma cruzi, Trypanosoma rangeli, Leishmania;Espectroscopia FT-IR, Análise de Cluster, Deconvolução de banda
Data: 16/08/2016
Orientador(es): Leandro José Raniero
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TESES 2017
Doutorando: Zuleika Auxiliadora da Luz Sodre
Título: Investigação de emissões solares Tipo I associadas a tempestades de
ruído em ondas métricas
Palavras-chave: Tempestade de ruído (RNS), região ativa, flares, campo magnético fotosférico, espectro de potência
Data: 31/03/2017
Orientador(es): Francisco Carlos Rocha Fernandes
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Doutorando: Fredson de Araujo Vasconcelos
Título: Processamento energético de mundos gelados no sistema solar exterior: influência de UV, raios-x e raios cósmicos na físico-química de ambientes ricos em N2 e CH4
Palavras-chave: Astroquímica experimental, Espectroscopia de infravermelho, Gelos Astrofísicos, Fótons, Raios cósmicos, Sistema solar exterior
Data: 14/06/2017
Orientador(es): Sergio Pilling Guapyassu de Oliveira
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Doutorando: Flavia Elaine Coelho
Título: Estudo de características de blobs de plasma ionosférico observadas no setor brasileiro
Palavras-chave: Bolhas de plasma, blobs de plasma, irregularidades ionosféricas, fotômetro imageador, satélite DMSP
Data: 23/08/2017
Orientador(es): José Ricardo Abalde Guede
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Doutorando: Lucas Antonio Carita
Título: Detecção de ordem e caos em órbitas estelares imersas em potenciais de galáxias barradas pelo método SALI
Palavras-chave: Orbitas estelares, Galáxias barradas, caos
Data: 18/12/2017
Orientador(es): Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
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DISSETAÇÕES 2011
Título Caracterizando os mecanismos de formação de estrelas de alta massa
Autor (a) Daniel Maciel Lopes Gusmão
Orientação Prof. Dr. Cássio Leandro Dal Ri Barbosa e Alexandre Soares de Oliveira
Data: Fevereiro 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
As fases iniciais de formação de estrelas de alta massa são fortemente obscurecidas pela alta densidade do material que as formam. Desta maneira, os mecanismos que levam uma estrela de 8 massas solares ou mais a se formar ainda permanecem controversos. Dois modelos foram propostos para descrever a formação de estrelas de alta massa: formação por disco de acreção ou por coalescência de estrelas de baixa massa. Este trabalho apresenta uma discussão de ambos os modelos e apresenta 4 situações hipotéticas de formação estelar as quais privilegiam o cenário de coalescência favorecidos pela acreção competitiva. O objetivo desta dissertação foi contextualizar as teorias envolvidas em cada cenário e buscar na literatura regiões de formação estelar que apresentam condições iniciais similares às obtidas pelas simulações. Como resultado das situações, encontramos 28 regiões de um total de 253 com condições compatíveis com o cenário de formação de estrela de alta massa por coalescência. O cenário mais frequente de formação de estrelas de alta massa oriundo das situações é condizente com a formação de estrelas de 10-15 massas solares, representando 86% das 28 regiões selecionadas. Como resultado geral, encontramos que o cenário de formação de estrelas de alta massa por disco de acreção é o mais frequente e eficiente na formação de estrelas massivas, pelo menos até um limite de 20 massas solares.
Título Cinemática e densidade eletrônica do gás ionizado nos sistemas de galáxias em interação AM1256-433 & AM1401-324
Autor (a) Deise Aparecida Rosa
Orientação Prof. Dr. Ângela Cristina Krabbe e Prof. Dr. Irapuan de Oliveira Rodrigues Filho
Data: Março 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, apresentamos um estudo observacional sobre os efeitos das interações na cinemática do gás ionizado e na densidade eletrônica nas galáxias dos sistemas AM1256-433 e AM1401-324. Os dados consistem de espectros de fenda longa na faixa de comprimento de onda de 3446-7251A, obtidos com o espectrógrafo multi objeto do Gemini Sul (GMOS-S). As curvas de rotação foram obtidas para a galáxia espiral perturbada do sistema AM1256-433, para a galáxia isolada PGC543979, encontrada no campo visual deste mesmo sistema, e para a galáxia primaria do sistema AM1401-324. Desvios significativos de velocidades radiais nas curvas de rotação é simétricas foram detectados para as posições de fendas observadas da galáxia espiral perturbada e primária dos sistemas AM1256-433 e AM1401-324, respectivamente. Estes desvios ocorrem provavelmente devido à interação com outras galáxias. A estimativa da massa dinâmica foi derivada para cada galáxia, usando a amplitude da curva de velocidade de rotação deprojetada das galáxias. Para a galáxia espiral perturbada do sistema AM1256-433, foi obtida uma massa dinâmica de 6x1010 massas solares dentro de um raio de 23 kpc. No caso da PGC543979, uma galáxia isolada, foi encontrada uma massa de 7,3x109 massas solares e uma amplitude de velocidade deprojetada de 66 km s-1, para um raio de 7 kpc. Do mesmo modo, para a galáxia primária do sistema AM1401-324, a massa obtida foi de 3,7x109 M dada uma amplitude de velocidade deprojetada de 44 km s-1 e um raio de 8 kpc. Variações significativas de densidades eletrônicas foram obtidas entre as regiões HII da galáxia espiral perturbada e para a galáxia primária dos sistemas AM1256-433 e AM1401-324. Em relação à galáxia isolada PGC543979, não foi possível determinar a densidade eletrônica, porque as linhas do [SII] estavam deslocadas para o vermelho, ultrapassando a área de abrangência do espectro, devido ao deslocamento Doppler. Densidades eletrônicas variando de 1 < Ne < 919 cm-3 foram obtidas para a galáxia espiral perturbada da AM1256-433. Para a galáxia primária do sistema AM1401-324, as variações de densidades eletrônicas foram de 2 < Ne < 1312 cm-3.
Título Estudo das irregularidades ionosféricas da região E durante um período de atividade solar mínima
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/Lilian00346.pdf
Autor (a) Lilian Piecha Moor
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes e Prof. Dr. Márcio Tadeu de Assis Honorato
Data: Junho 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta dissertação de mestrado tem como objetivo apresentar um estudo da ocorrência de irregularidades de plasma da região F ionosférica ao longo da mesma linha do longo da mesma linha do meridiano magnético durante um período de acentuado mínimo solar, que corresponde ao ano de 2008. As irregularidades de plasma encontradas na região F da ionosfera equatorial são geradas por uma instabilidade no plasma (instabilidade do tipo Rayleigh-Taylor). As instabilidades podem ser geradas logo após o por do Sol e são associadas ao pico pré-reversão do campo elétrico zonal, que causa uma rápida subida da camada F. Mas, também podem ser geradas durante a noite, quando uma rápida subida da camada F é observada, geralmente associadas a períodos geomagneticamente perturbados. Contudo os processos eletrodinâmicos que levam a formação e evolução das irregularidades ionosféricas na região F equatorial, ainda são assuntos de intensa pesquisa. Para este estudo foram utilizadas observações realizadas por duas ionossondas e dois receptores GPS localizados nos sítios de Palmas (10°12’ S; 48°21’ O; Dip latitude 7°73’ S) e de São José dos Campos (23°7’ S; 45°52’ O; Dip latitude 19°61’ S), próximo da região equatorial e baixa latitude, respectivamente, sobre o setor brasileiro. Durante o período de atividade solar mínima pode-se notar quatro padrões distintos de ocorrência de “spread-F”: (a) O primeiro e mais comum é quando observamos spread-F somente na região equatorial (irregularidade ionosférica que fica confinada na região equatorial); (b) O segundo caso, também comum, é quando há geração de spread-F na região equatorial e depois de algum tempo observa-se o surgimento de spread-F em baixas latitudes (chamado de irregularidades ionosférica de grande escala); (c) O terceiro caso, esporádico, é quando observamos spread-F somente em baixas latitudes; e (d) O quarto e último caso, é quando ocorre spread-F em baixas latitudes e posteriormente em regiões equatoriais. Foram discutimos os possíveis mecanismos de geração de irregularidades de plasma. Verificou-se que os distúrbios ionosféricos propagantes de média escala, ou MSTIDs (do inglês, Medium Scale Traveling Ionospheric Disturbances) podem estar associadas à geração de spread-F em baixas latitudes durante o período de baixa atividade solar. Posteriormente foi realizada uma comparação entre os dados de ionossonda e os dados de GPS. Neste trabalho também foi realizada uma análise da variação sazonal do spread-F ao longo de 2008 para os dois sítios de observação. Foi verificado que a eletrodinâmica da ionosfera podem ter comportamentos bastante diferenciados entre períodos de atividade solar baixa e atividade solar alta.
Título Estudo estatístico e multifractal em séries temporais
Autor (a) Alexandre Tardelli
Orientação Prof. Dr. Mauricio José Alves Bolzam e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Agosto 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
O estudo dos fenômenos físicos provenientes das Relações Sol-Terra tem atraído a atenção de diversos pesquisadores, não somente devido aos possíveis impactos da atividade solar sobre o clima terrestre como também às conseqüências dos chamados distúrbios solares sobre a Terra como um todo. Esses sistemas físicos exibem características auto-organizadas, cujas propriedades globais são independentes dos detalhes no qual são analisados e, assim, são denominados como um Sistema Complexo (SC). Alguns métodos da Física Estatística têm sido utilizados para a compreensão de diversos Sistemas Complexos tal como na área da Geofísica. Neste trabalho buscou-se compreender os fenômenos físicos de padrões intermitente que ocorrem na Ionosfera, através de dados coletados em estações GPS instaladas em duas cidades brasileiras: São José dos Campos SP e Belém PA. Para o estudo, foi utilizada a Análise Multifractal. Para obtermos o espectro de singularidade das séries temporais VTEC de SJC e Belém, utilizou-se da ferramenta matemática Módulo Máximo da Transformada de Ondeleta (MMTO).
DISSERTAÇÕES 2012
Título Estudo de radioemissão solar Tipo II e sua associação com flare solar e ejeção de massa coronal
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/rafael_silva.pdf
Autor (a) Rafael Douglas Cunha da Silva
Orientação Prof. Dr. Airton Abrahão Martin
Data: Março 2012
Linha de Pesquisa
Resumo
Este estudo apresenta os resultados obtidos com a produção e caracterização das ligas Heusler Ni50+y (Mn25 -xFex)Ga25-y preparadas pela técnica de moagem de alta energia, seguida de um posterior tratamento térmico. Do ponto de vista estrutural, as amostras produzidas foram caracterizadas por difratometria de raios-X, e os resultados indicaram a presença tanto da estrutura austenitíca quanto das fases martensíticas do tipo NM, para as amostras como moídas, e 7M para as amostras tratadas termicamente, após 3 horas de moagem. Também foi possível identificar a presença de fases secundárias do tipo MnO nas amostras sem ferro, e da fase Ga4Fe3 nas amostras dopadas com ferro. A morfologia das amostras foi analisada por microscopia eletrônica de varredura, evidenciando a presença de pequenas partículas numa escala de micro a nanômetros, dominantemente de formato granular. Medidas de EDS mostraram que houve pouca variação na estequiometria inicial destas amostras. A caracterização magnética realizada por meio de um magnetômetro de amostra vibrante nas vizinhanças da transição de fase magnética, confirmou que a ocorrência de transição do tipo ferroparamagnética, com temperatura crítica (Tc) próxima do ambiente. Medidas de magnetização em função do campo aplicado mostraram que estas amostras saturam para campos máximos de 1,5T, e que a magnetização de saturação é reduzida nas amostras com maior quantidade de ferro. Determinamos a variação de entropia magnética que caracteriza o efeito magnetocalótico, através de medidas de isotermas de campo, a variação de entropia em um campo magnético máximo de 1,5T. As amostras apresentaram um efeito magnetocalórico típico das estruturas granulares, com curvas de entropia bastante alargadas o que indicam um alto poder de refrigeração, o que foi confirmado com um RCP máximo de 70,48 J/Kg. Da análise das amostras produzidas se observa que o método de moagem em moinho do tipo vibratório é uma rota adequada para a produção destas ligas.
Título Estudo do Acoplamento Mesosfera Ionosfera Através de Ondas de Gravidade
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissAlanMonteiro.pdf
Autor (a) Alan de Andrade Monteiro
Orientação Prof. Dr. Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella e Prof. Dr. Fábio Vargas
Data: Março 2012
Linha de Pesquisa
Resumo
Objetivando estudar o acoplamento mesosfera-ionosfera através das características de propagação vertical de Ondas de Gravidade (GWs), foram conduzidas, ao longo do ano de 2008, observações destas duas regiões da atmosfera terrestre mediante a utilização de um imageador “All Sky” e uma ionossonda digital modelo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde). Ambos os equipamentos foram operados no observatório da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), na cidade de São José dos Campos (23,2° S; 45,9º O). Também foram utilizados dados de vento obtidos através do Radar Meteórico SkyMet, localizado na cidade de Cachoeira Paulista (22,7° S; 45,0º O) e operado pelos pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Através do imageador foram observadas, em altitudes mesosféricas, as emissões de luminescência atmosférica do OH e OI557,7 nm e, em altitudes ionosféricas, a emissão do OI630,0 nm. A análise da propagação vertical de uma GW da mesosfera à ionosfera foi fundamentada na comparação de seus valores de comprimento de onda, velocidade de fase e período, estimados em altitudes mesosféricas e ionosféricas, além da comparação de suas velocidades de fase com o valor do vento na mesma direção da GW. Para cada análise foram realizados os cálculos dos valores das velocidades verticais e horizontais de grupo, através dos quais foi possível confirmar a propagação vertical de uma GW da mesosfera à ionosfera, determinando-se o intervalo de tempo necessário para a GW alcançar a ionosfera e a distância horizontal percorrida por esta GW durante este intervalo de tempo. Pela primeira vez foram apresentadas estimativas de velocidade de grupo vertical e horizontal sobre o setor brasileiro utilizando os parâmetros medidos das ondas de gravidade que se propagaram da mesosfera até a ionosfera. Dentre 2208 eventos de ondas de gravidade mesosféricas estimadas com o imageador, nove eventos foram potencialmente caracterizados como verticalmente propagantes da mesosfera à ionosfera. As ondas com tais características apresentaram comprimentos horizontais distribuídos entre 50 e 59 km, velocidades de fase entre 40 e 49 m/s, períodos de 20 a 29 minutos, velocidades verticais de grupo de até 9 m/s e velocidades horizontais de grupo entre 30 e 39 m/s. Estas ondas podem ser classificadas em altitudes ionosféricas como Distúrbios Ionosféricos Propagantes de Média Escala (MSTIDs), pois seus períodos variaram entre 10 minutos e 1 hora, e as velocidades de fase foram inferiores a 300 m/s. Neste trabalho foi possível verificar que podem ocorrer mudanças nas direções de propagação de fase das GWs quando elas se propagam da mesosfera à ionosfera, possivelmente devido a gradientes horizontais de vento que proporcionaram que as frentes de ondas experimentassem rotação. As GWs classificadas como verticalmente propagantes da mesosfera à ionosfera (observadas com o imageador) apresentaram ainda forte tendência de se propagarem entre 0° e 45° quando observadas na mesosfera, e entre 0° e 90° quando observadas na ionosfera. As ondas diurnas estimadas na ionosfera através da utilização da ionossonda apresentaram, em sua maioria, períodos superiores a 100 minutos, amplitudes de até 40 km, velocidades verticais de grupo variando entre 6 e 10 m/s, e comprimentos verticais variando entre 26 a 50 km. As ondas observadas a partir dos gráficos de isofrequência revelaram, para todos os eventos nos dias que antecederam às observações dos imageadores, não estarem associadas a ondas de gravidade.
Título Valores Típicos de Campo Magnético e Plasma do Vento Solar Relacionado a Eventos HILDCAAs/ Quase-HILDCAAs
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissSilvioLeiteSerra.pdf
Autor (a) Silvio Leite Serra
Orientação Prof. Dr. Alan Prestes
Data: Abril 2012
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho teve a finalidade de estudar eventos geomagnéticos relacionados à atividade AE contínua de longa duração e alta intensidade (High Intensity Long Duration Continuous AE Activity - HILDCAA) com os critérios que os definem flexibilizados, relacionando-os a perturbações no meio interplanetário, ocorridos no período de 1998 a 2007, por meio da análise estatística dos parâmetros interplanetários e magnetosféricos. Considerando a rigidez dos critérios originais pertencentes aos eventos HILDCAAs identificou-se poucos eventos, não permitindo uma análise estatisticamente significativa. Relacionada a essa rigidez foi considerada a flexibilização de alguns dos critérios de identificação, possibilitando aumentar significativamente o número de eventos encontrados, e assim, verificar quais as condições típicas no meio interplanetário que são as mais propícias para geração destes eventos. Assim sendo, realizou-se uma análise dos quatro critérios de identificação de eventos HILDCAAs a fim de se checar qual foi o mais importante para que esta "nova classe" de eventos, aqui denominados "Eventos quase-HILDCAAs", obtenha o maior número de candidatos em relação aos candidatos a eventos HILDCAAs originais. A análise dos critérios flexibilizados foi realizada no intervalo entre os anos de 1998 a 2001. A partir destas análises foram determinados os eventos que ocorreram durante o período de 1998 a 2007. Dos quatro critérios relacionados ao índice AE e utilizados para se caracterizar os eventos HILDCAAs, apenas o critério que considera a "Atividade AE Contínua" foi modificado. Segundo a definição de eventos HILDCAAs o valor do índice AE não deve atingir valores abaixo de 200 nT por períodos mais longos que duas horas durante a ocorrência do evento. Com a elaboração deste novo critério ficou estabelecido que: "Não devem ocorrer quedas no índice AE abaixo de 200 nT por períodos maiores que quatro horas durante o intervalo analisado". A partir deste novo critério foram encontrados 150 eventos quase-HILDCAAS no período. Posteriormente a análise dos dados destes eventos, verificou-se que os valores típicos dos parâmetros do meio interplanetário para ocorrência de eventos quase-HILDCAAs apresentaram os seguintes valores: densidade de prótons menor que o valor médio (6,1 cm-3), módulo da velocidade maior que 500 km/s, temperatura de prótons maior 1,1 x 105 K, módulo do campo magnético menor que o valor médio (7 nT). Estas são características típicas de feixes rápidos. Isto confirma o que já era indicado por alguns autores, que estes eventos têm uma forte dependência da ocorrência de feixes rápidos. E observou-se que os eventos quase-HILDCAAs ocorrem principalmente na fase descendente do ciclo solar quando feixes rápidos têm um aumento significativo de ocorrência, além de apresentarem uma variação sazonal.
DISSERTAÇÕES 2013
Título Estudo da relação entre o campo magnético e a intensidade de raios cósmicos no meio interplanetário via redes neurais
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissAlessandro.pdf
Autor (a) Alessandro Gerson Moura Izzo de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Marlos Rockenbach da Silva
Data: Fevereiro 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
No meio interplanetário, as relações entre os raios cósmicos e o campo magnético são significativamente importantes na compreensão do Clima Espacial, cuja ação sobre a Terra e seus habitantes é indiscutível e em alguns momentos inclusive ameaçadora. Todavia essas relações permanecem obscuras o bastante para não haver ainda um modelo matemático que as represente satisfatoriamente bem. No intuito de produzir indícios e evidências que auxiliem o desenvolvimento desses modelos, este projeto de pesquisa propõe aplicar um recurso computacional relativamente novo: os perceptrons de múltiplas camadas, modelo típico e amplamente estudado de rede neural, com a finalidade de simular a intensidade de raios cósmicos, determinada segundo o método de Rockenbach (2010), em função da relação intrínseca entre as componentes do Campo Magnético Interplanetário (Interplanetary Magnectic Field - IMF), no sistema de coordenadas GSE, em períodos de severa atividade do Clima Espacial causada pela ação de eventos de origem solar, em especial as ejeções de massa coronal interplanetárias (Interplanetary Coronal Mass Ejection - ICMEs). A capacidade do perceptron de reproduzir o perfil de variação de raios cósmicos durante um desses períodos tendo por base o que assimilou em uma outra época distinta, pode indicar o quão intensamente o perfil depende do IMF. Os resultados mostraram que simulações produzidas por perceptrons que contam com elementos de memória e retroalimentação são mais semelhantes aos eventos observados. Também se conclui que com o auxílio de novos instrumentos de análise as observações de solo podem fornecer dados de qualidade equiparável ou mesmo superior aos fornecidos pela tecnologia espacial.
Título Deriva zonal do plasma ionosférico no setor brasileiro durante um período de mínima extrema atividade solar
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissFlaviaCoelho.pdf
Autor (a) Flávia Elaine Coelho
Orientação Prof. Dr. Joé Ricardo Abalde Guede e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Fevereiro 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho apresenta estudos das velocidades de deriva zonal das irregularidades de plasma de grande escala, para altitude de emissão fixa a 280 km e altitudes variáveis, durante um período de extremo mínimo solar, entre os anos de 2006 a 2010. As irregularidades encontradas na região F são geradas devido a uma instabilidade que ocorre no plasma, instabilidade do tipo Rayleigh - Taylor, logo após o por do sol e sua geração é associada ao pico pré-reversão do campo elétrico, o qual causa a rápida subida da camada F. No trabalho foram utilizadas medidas de aeroluminescência em OI 630.0 nm obtidas através de fotômetros imageadores, auxiliados com dados de ionossondas digitais do tipo CADI, para encontrar as altitudes de emissão variáveis, ambos instalados em duas regiões sobre o setor brasileiro, baixa latitude (São José dos Campos-SP; 23,21°S, 45,86°O, dip latitude 18,95°S), no campus da UNIVAP no Urbanova e região equatorial (Palmas-TO; 10,28°S, 48,33°O, dip latitude 6,65°S) no campus da ULBRA. Foram analisadas ao total 18 noites de ocorrências de bolhas de plasma, 09 noites na região de baixa latitude e 09 noites na região equatorial, para os dois casos: altitude fixa de emissão de 280 km e altitudes variáveis. Para São José dos Campos, as velocidades máxima e mínima encontradas para altitude de emissão fixa, foram de: 116+_ 7 m/s e 57 +_ 15 m/s e uma média das velocidades de 84 +_ 18 m/s e para Palmas as velocidades de altitude fixa encontradas em máxima e mínima foram de: 119 +_ 6 m/s e 58 +_ 10 m/s e uma média de 89 +_ 13 m/s. No caso de altitudes variáveis de emissão, para São José dos Campos, 08 noites foram analisadas, chegando a um valor máximo e mínimo de: 105 +_ 7 m/s e 70 +_ 11 m/s e um valor médio de 87 +_ 12 m/s, e para Palmas, 04 noites foram estudadas, e as velocidades máxima e mínima encontradas: 111 +_ 5 m/s e 68 +_ 9 m/s e uma média das velocidades de deriva zonal de 85 +_ 10 m/s.
Título Identificação e análise de correntes tipo I métricas registradas pelo Callisto-Blen no período de 30 de julho a 09 de Agosto de 2011
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissZuleika.pdf
Autor (a) Zuleika Auxiliadora da Luz Sodré
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes
Data: Fevereiro 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, é apresentada a análise de correntes tipo I, radio emissões solares que, quando observadas por instrumentos com alta resolução espectral e temporal, apresentam aparência complexa e sequências com pelo menos 4 emissões tipo I individuais (banda estreita e curta duração), separação inferior a 1 segundo e aproximadamente a mesma frequência central. As emissões tipo I são as menos estudadas, portanto o conhecimento sobre os detalhes dos mecanismos físicos responsáveis pelas mesmas ainda não são plenamente compreendidos, motivando e justificando estudos como o realizado nesta Dissertação. Na análise foram usados dados de emissões tipo I observados pelo espectrógrafo CALLISTO-BLEN, na faixa de frequências métricas (170-870 MHz), no período de 30 de julho a 09 de agosto de 2011. Com base nas características morfológicas identificadas nos espectros dinâmicos 225 correntes tipo I foram selecionadas. Aplicando metodologia desenvolvida no decorrer do trabalho, as seguintes características espectro-temporais das correntes tipo I foram medidas nos espectros dinâmicos: frequência central na faixa de 200 a 400 MHz; largura banda de 1 a 150 MHz; duração total de 20 a 600 segundos; deriva em frequência na faixa de -3 a +3 MHz/s. Os parâmetros físicos determinados apresentam os seguintes valores: densidade eletrônica de 0; 5 a 1; 64 cm3; velocidade radial de -1600 a +1500 km/s; campo magnético entre 2,2 e 3,3 G; altura da fonte 0; 9 a 1; 1 Ro. Os resultados obtidos são discutidos e comparados com valores encontrados na literatura.Neste trabalho, é apresentada a análise de correntes tipo I, radio emissões solares que, quando observadas por instrumentos com alta resolução espectral e temporal, apresentam aparência complexa e sequências com pelo menos 4 emissões tipo I individuais (banda estreita e curta duração), separação inferior a 1 segundo e aproximadamente a mesma frequência central. As emissões tipo I são as menos estudadas, portanto o conhecimento sobre os detalhes dos mecanismos físicos responsáveis pelas mesmas ainda não são plenamente compreendidos, motivando e justificando estudos como o realizado nesta Dissertação. Na análise foram usados dados de emissões tipo I observados pelo espectrógrafo CALLISTO-BLEN, na faixa de frequências métricas (170-870 MHz), no período de 30 de julho a 09 de agosto de 2011. Com base nas características morfológicas identificadas nos espectros dinâmicos 225 correntes tipo I foram selecionadas. Aplicando metodologia desenvolvida no decorrer do trabalho, as seguintes características espectro-temporais das correntes tipo I foram medidas nos espectros dinâmicos: frequência central na faixa de 200 a 400 MHz; largura banda de 1 a 150 MHz; duração total de 20 a 600 segundos; deriva em frequência na faixa de -3 a +3 MHz/s. Os parâmetros físicos determinados apresentam os seguintes valores: densidade eletrônica de 0; 5 a 1; 64 cm3; velocidade radial de -1600 a +1500 km/s; campo magnético entre 2,2 e 3,3 G; altura da fonte 0; 9 a 1; 1 Ro. Os resultados obtidos são discutidos e comparados com valores encontrados na literatura.
Título Estudo de espessura equivalente ionosférica durante um ano de baixa atividade solar
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissMarcelo.pdf
Autor (a) Marcelo Henrique Duarte Silva
Orientação Prof. Dr. Márcio Tadeu de Assis Honorato Muella
Data: Abril 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho de pesquisa de mestrado tem como objetivo estudar o comportamento da ionosfera sobre o setor brasileiro durante um ano de mínimo solar, que compreende o período entre março de 2009 à fevereiro de 2010. Neste trabalho é analisado pela primeira vez sobre o setor brasileiro o comportamento da espessura equivalente ionosférica (\tau), sua dependência latitudinal, temporal e sazonal. Os períodos sazonais foram divididos em solstício de inverno (maio, junho, julho e agosto), solstício de verão (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro) e equinócios (março, abril, setembro e outubro). Para se entender a forma de distribuição da densidade eletrônica da ionosfera estima-se o parâmetro denominado como espessura equivalente ionosférica. No entanto para isso foram realizadas observações da densidade eletrônica no pico da camada F2 (NmF2) e do conteúdo eletrônico total (TEC) obtidos, respectivamente, por meio de duas ionossondas digitais e dois receptores GPS, sendo uma instalada na estação equatorial de Palmas (10°12’ S; 48°21’ O; dip latitude 7°73’S) e outra na estação de baixa latitude de São José dos Campos (23°7’ S; 45°52’ O; dip latitude 19°61’ S) situada sob a crista sul da anomalia equatorial Appleton. Os resultados obtidos mostraram que o comportamento da espessura equivalente ionosférica é semelhante em ambas às estações e períodos sazonais, de forma que os mínimos valores ocorrem durante após a meia noite antes do amanhecer e os máximos valores ocorrem durante o dia. No solstício de verão e nos equinócios, a espessura equivalente ionosférica atinge maiores amplitudes em relação ao solstício de inverno. Na comparação latitudinal, Palmas exibe uma espessura equivalente ionosférica maior durante o dia, exceto no período de solstício de inverno. Em São José dos Campos, um intenso pico da espessura equivalente ionosférica é observado após o pôr do Sol durante o solstício de inverno. A temperatura da atmosfera neutra (Tn) estimada a partir dos valores de espessura equivalente ionosférica apresentou um comportamento semelhante em ambas as estações durante os três períodos sazonais. Uma revisão sobre a atmosfera neutra e a ionosfera, incluindo seus efeitos sobre os sinais de rádio, a metodologia do estudo proposto, e os resultados esperados, são apresentados.
Título Estudo observacional de duas candidatas a progenitoras de Supernovas do Tipo IA.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissHelder.pdf
Autor (a) Helder José Farias Lima
Orientação Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira
Data: Maio 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho tem como objetivo o estudo observacional de candidatas a progenitoras de supernovas do tipo Ia (SNIa), sua caracterização fotométrica e espectral, a determinaçãoo de períodos orbitais e o estudo das derivadas temporais destes períodos para a compreensão do seu papel nos modelos de estrutura e evolução destas progenitoras. Foram realizadas observações fotométricas e espectroscópicas, com os telescópios do Observatório do Pico dos Dias e com o telescópio SOAR, de dois objetos: QU Carinae e U Scorpii. A variável cataclísmica QU Carinae apresenta estados distintos de luminosidade, com variações de 0,5 mag em escalas de tempo de dias, que se assemelham ao comportamento das estrelas V Sagittae, também candidatas a progenitores de SNIa. Sua curva de luz e dominada por flickering e não mostra sinais de modulação orbital. O principal objetivo foi investigar seu período orbital, que ainda não possui con firmação de nitiva na literatura. Determinou-se, por meio da velocidade radial da linha de He II 4686 A, o período orbital de 10,95 h. Também foram encontrados, pela primeira vez, sinais da modulação orbital nas suas curvas de luz, restritos aos dados de estado mais baixo de luminosidade. QU Car apresenta características que podem ser associadas ao mecanismo de Accretion Wind Evolution (AWE), proposto por Hachisu e Kato (2003) para modelar a transferência de matéria, a presença de fortes ventos na anã branca e a emissão de raios X supermoles nas V Sge e nas Binárias de Raios X Supermoles (CBSS). A nova recorrente U Scorpii, por sua vez, é assemelhada aos objetos da classe das CBSS. A motivação deste trabalho sobre U Sco foi a determinação da variação do seu perodo orbital, que apresentava indícios de uma derivada temporal negativa (MATSUMOTO et al., 2003). O sinal da derivada do período orbital tem importância fundamental na discriminação entre os dois paradigmas evolutivos e estruturais - DIMT ou WDMT - das CBSS. Apesar de duplicar a base temporal dos dados históricos usados na determinação da variação do período, os dados deste trabalho mostram uma variação nula deste período. A efeméride linear deste sistema binário foi refinada.
Título Radiólise da molécula de glicina empregando íons pesados em ambientes astrofísicos simulados: implicações em astroquímica e astrobiologia.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissWilliamary.pdf
Autor (a) Williamary Portugal
Orientação Sérgio Pilling Guapyassú de Oliveira
Data: Agosto 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho estudamos a estabilidade da molécula de glicina na sua forma zwiteriônica cristalina, conhecida como alfa-glycina (+NH3CH2COO-) sob a ação de íons rápidos simulando os raios cósmicos pesados. Os experimentos foram realizados em uma câmara de ultra - alto vácuo acoplada à linha experimental do IRRSUD, no acelerador de íons pesados GANIL (Grand Accélérateur National d'Ions Lourds), em Caen, França. As amostras foram bombardeadas em duas temperaturas (14 e 300 K) por íons de 58Ni11+ a 46 MeV até a fluência de 1 x 1013 íons cm-2. A evolução química da amostra foi avaliada in-situ usando um Espectrômetro de Infravermelho por Transformada de Forrier (FTIR). A seção de choque de dissociação da glicina, considerando a ruptura da ligação C-N apenas sob a ação de íons de 58Ni11+ a 46 MeV, foi de 3 x 10-12 cm2 em baixa temperatura. Um valor aproximadamente 23 vezes maior que a dissociação determinada em temperatura ambiente. Para a amostra bombardeada a 14 K foi possível determinar as seções de choque de formação e de dissociação de novas espécies produzidas tais como OCN-, CO2, CN- e H2O. A formação de H2O sugere a existência de ligação peptídica entre moléculas de glicina. A meia vida da glicina bombardeada no meio interestelar (nuvens densas) foi estimada em 1.1 x 104 anos (300 K) e 1.6 x 103 anos (14 K). No sistema solar, os valores foram de 1.2 x 103 anos (300 K) e 2.8 x103 anos (14 K). É possível observar que a amostra estudada em alta temperatura no meio interestelar teve menor taxa de destruição. Com esses valores de meia vida, concluímos que a glicina sobreviveria à formação do sistema solar se protegida da ação direta dos raios cósmicos galácticos, como por exemplo, no interior de superfícies cometárias ou de grãos interestelares (abaixo de 20micrometros de material). Acredita-se que moléculas como a alfa-glicina podem estar presentes em ambientes espaciais que sofreram modificações aquosas tais como o interior de cometas, meteoritos e planetesimais. Portanto, o estudo da estabilidade da glicina, nestes ambientes, traz à tona conhecimentos futuros sobre o papel da espécie na química pré-biótica na Terra, para auxiliar nas descobertas sobre a origem da vida como nós conhecemos.
TESES 2018
Doutorando: Claudio De Sousa Castro
Título: Determinação de Metalicidade em Núcleos Ativos de Galáxias Seyfert 2
Palavras-chave: Astronomia; AGN; Metalicidade.
Data: 15 de março de 2018
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior/ Mônica Cardaci
Texto completo
Doutorando: Flávio Roony Evangelista Barbosa
Título: Estudo das Irregularidades Ionosféricas de Grande e Média Escala Durante Períodos Geomagneticamente Calmo e Perturbado.
Palavras-chave: Irregularidades ionosféricas; Pôr do sol; Camada F; Comportamento; Anomalia; Intensificação.
Data: 30 de agosto de 2018
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
Texto completo
Doutorando: Víctor de Souza Bonfim
Título: Estudo Teórico Experimental de Espécies Químicas em Gelos Astrofísicos: Reatividade e Espectroscopia no Infravermelho
Palavras-chave: Astroquímica experimental; Raios X; Termoquímica; Gelos Astrofísicos; Espectroscopia no Infravermelho (FTIR); PCM.
Data: 26 de março de 2018
Orientador(es): Sergio Pilling Guapyassú de Oliveira
Texto completo
Doutorando: Marcelo Henrique Duarte Silva
Título: Variabilidades das Cintilações Ionosféricas no Setor Brasileiro Durante Períodos Geomagneticamente Calmos e Perturbados
Palavras-chave: Ionosfera equatorial; Irregularidades ionosféricas; Tempestades geomagnéticas; Campos elétricos perturbados; GPS; Cintilação; ROTI; Modelagem ionosférica.
Data: 01 de março de 2018
Orientador(es): Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella/Arian Ojeda González
Texto completo
Doutorando: Iuri Rojahn da Silva
Título: Relações entre o Crescimento da Ocotea Porosa (Nees & Mart.) Barroso e as Forçantes Climatológicas do Sudeste do Paraná.
Palavras-chave: Dendrocronologia; Imbuia; Análise espectral; Variações climáticas e solares
Data: 30 de junho de 2018
Orientador(es): Alan Prestes/Virginia Klausner de Oliveira
Texto completo
Doutorando: Antonio Nilson Laurindo Sousa
Título: Soluções Analíticas da Equação de Grad-Shafranov e o Estudo de Lâminas de Corrente
Palavras-chave: Lâmina de Corrente; Equação de Grad-Shafranov; Região de Difusão; Pontos Neutros Tipo-X; Pontos Neutros Tipo-O.
Data: 24 de maio de 2018
Orientador(es): Arian Ojeda González/Alan Prestes
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TESES 2019
Doutorando: Fabrícia de Almeida Cortez Pereira
Título: Buracos Negros Supermassivos em Fusão Circundados por Discos de Gás: Taxas de Acreção e Taxas de Eventos de Ondas Gravitacionais
Palavras-chave: Buracos Negros Supermassivos, Discos de Acreção, Simulações Numéricas, Ondas Gravitacionais
Data: 08 de março de 2019
Orientador(es): Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
Texto completo
Doutorando: Alexandre Jose de Oliveira e Silva
Título: Modelagem da Atmosfera Solar Acima de Regiões Ativas com Diagnóstico em Rádio
Palavras-chave: geral – Sol: radiofrequência – Sol: atmosfera solar – Sol: campo magnético – Extrapolação de campo livre de força – Transferência radiativa
Data: 27 de março de 2019
Orientador(es): Caius Lucius Selhorst
Texto completo
Doutorando: Brunno Augusto Gomes Ribeiro
Título: Estudo do sistema ionosfera-termosfera durante eventos extremos de clima espacial (tempestades geomagnéticas), no decorrer da fase descendente do ciclo solar 24
Palavras-chave: Tempestades geomagnéticas. Ionosfera. GPS. Ionossonda. All-sky.
Data: 17/09/2020
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
Texto Completo
Doutorando: Maukers Alem Lima Dias
Título: Estudo das variações diária e mensal da anomalia de ionização equatorial (EIA) sobre o setor brasileiro durante 2016 (fase decrescente do ciclo solar 24)
Palavras-chave: EIA. TEC. Variabilidade diária e mensal. IRI-2016.
Data: 29/09/2020
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
Texto Completo
Doutorando: Sarita Pereira de Carvalho
Título:
Palavras-chave:
Data: 15/10/2020
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior
Doutorando: Olavo de Osti Comparato Filho
Título: Diferenciação bioquímica e colorimétrica entre as espécies Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides Lutzii
Palavras-chave: Diferenciação bioquímica. Espectroscopia no infravermelho. FT-IR. Paracoccidioides brasiliensis. lutzii. Paracoccidioides nanopartículas de ouro
Data: 23/11/2020
Orientador(es): Leandro José Raniero
Texto Completo
Doutorando: Rosemeire Apa. Rosa Oliveira
Título: Caracterização geométrica de nuvens magnéticas interplanetárias por meio de experimentos computacionais
Palavras-chave: Nuvens magnéticas. Método da mínima variância. Método livre e força. Degeneração. Eixo do tubo de fluxo
Data: 01/04/2021
Orientador(es): Arian Ojeda González / Valdir Gil Pillat
Texto Completo
Doutorando: Nathanne Cristina Vilela Rost
Título: Iron oxide nanoparticles synthesis optimized by design of experiments and magnetic particle imaging performance of magnetoliposomes
Palavras-chave: Iron oxide nanoparticles; Chemical coprecipitation; Design of experiments; Magnetoliposomes; Magnetic particle imaging.
Data: 25/08/2021
Orientador(es): Leandro José Raniero / Carlos M. Rinaldi-Ramos
Texto Completo
Doutorando: Fabrício Moreira Freitas
Título:
Palavras-chave:
Data: 29/11/2021
Orientador(es): Sérgio Pilling G. de Oliveira
Doutorando: Adriana Ribeiro da Silva
Título:
Palavras-chave:
Data: 06/12/2021
Orientador(es): Ângela Cristina Krabbe
Doutorando: Adriano Francisco Monteiro dos Santos
Título:
Palavras-chave:
Data: 08/12/2021
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior
DISSERTAÇÕES 2018
Título Processamento de Gelos Contendo H2O, CO2 , CH4 e NH3 por Íons Energéticos e suas Implicações na Lua Encélado e em Nuvens Moleculares
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Marina.pdf
Autor (a) Marina Gomes Rachid
Orientação Prof. Dr. Sergio Pilling Guapyassú de Oliveira
Data: 21 de agosto de 2018
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, simulou-se em laboratório o processamento de gelos astrofísicos por íons de oxigênio em dois regimes de energia: íons com 15,7 MeV de energia (regime eletrônico) e com 108 keV de energia (regime nuclear). Os íons utilizados são análogos as partículas componentes de magnetosferas planetárias e partículas energéticas expelidas pelo Sol (raios cósmicos solares). No Sistema Solar, essas partículas são responsáveis por diversas transformações físico-químicas na superfície de luas e outros corpos gelados, contribuindo para o aumento da complexidade química nesses ambientes. As composições dos gelos estudados foram H2O:CO2:CH4 (10:1:1) e H2O:CO2:CH4:NH3 (10:1:1:1), e as amostras foram irradiadas a temperaturas representativas de regiões frias de nuvens moleculares (12 K) e gelos do Sistema Solar exterior (35 K e 72 K). Os experimentos foram realizados utilizando os feixes de íons ARIBE e IRRSUD, ambos parte do complexo de laboratórios do acelerador de íons pesados GANIL (Grand Accélérateur National d’íons Lourds), em Caen, na França. As transformações físico-químicas das amostras criogênicas foram monitoradas in-situ por Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). Novas espécies moleculares formadas durante a irradiação foram identificadas nos espectros infravermelho, como CO, OCN−, CH3OH, C2H6, HCN, CN−, HNCO, HCO, CO3 e H2CO. As seções de choque efetivas de destruição (ou de formação, para as espécies produzidas) para a irradiação com íons keV são da ordem de 10−16 - 10−15 cm−2 , enquanto os valores para a irradiação com íons MeV são da ordem de 10−14 - 10−13 cm−2 . Foi possível definir e caracterizar o equilíbrio químico nas amostras congeladas e estimar o tempo que um gelo exposto ao bombardeio por íons keV ou MeV leva para entrar em equilíbrio químico sob diferentes fluxos de partículas. Usando os resultados de abundância percentual no equilíbrio (EBR, do inglês Equilibrium Branching Ratio) a temperatura constante, estimou-se a taxa de ejeção de moléculas de água por íons keV e MeV em toda a superfície de Encélado. Comparando a abundância das espécies moleculares produzidas nos experimentos a 72 K e 35 K com diferentes projéteis, verificou-se que a composição química de Encélado é melhor reproduzida pelos experimentos com íons MeV. Para os experimentos irradiados a 12 K, estimou-se a densidade de coluna das espécies dessorvidas da fase sólida em uma nuvem molecular. Verificamos que íons de baixa energia podem contribuir efetivamente para a abundância na fase gasosa de espécies químicas em nuvens moleculares, pois a maioria das moléculas quantificadas no equilíbrio químico atingiria densidades de coluna detectáveis em rádio e infravermelho em períodos de tempo compatíveis com o tempo de vida de nuvens moleculares (107 - 108 anos).
Título Resposta Biológica de Halobacterium Salinarum NRC-1 em Simulação ao Ambiente Marciano.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Thays.pdf
Autor (a) Thays Pontes Bentes
Orientação Prof. Dr. Ângela Cristina Krabbe e Prof. Dr. Fabio Rodrigues
Data: 27 de fevereiro de 2018.
Linha de Pesquisa
Resumo
A existência de arqueias halófilas viáveis em sedimentos de idade geológica (milhões de anos) reforça a capacidade da vida microbiana halofílica pretérita ter a possibilidade de estar preservada em superfície e sub-superfície marciana. Selecionamos a arqueia halófila Halobacterium salinarum NRC-1 como modelo neste estudo, por ser um microrganismo poliextremófilo, ou seja, que naturalmente resiste a múltiplos fatores estressores no próprio ambiente, conhecido principalmente por depender de altas concentrações de sal para o crescimento, ou mesmo viver incrustada em cristais de sal, ainda viável há centenas de anos. A célula de H. salinarum NRC-1 confere uma adaptabilidade excepcional, consistindo em diferentes tipos de aparatos funcionais que permitem a sobrevivência a extremos de dessecação, radiação UV, radiação ionizante e estresse de oxigênio. Notavelmente, a versatilidade da espécie em diferentes condições pode auxiliar no desenvolvimento de metodologias para busca de vida em Marte, ou nas questões sobre o transporte interplanetário de microrganismos dentro de meteoritos contendo halita. Submetemos a arqueia em condições crescentes de sais de sulfato magnésio e perclorato de sódio e magnésio, essas concentrações foram compatíveis com as detectadas em Marte. H. salinarum NRC-1 apresentou crescimento em todas as concentrações analisadas, desta forma, pode-se considerar a arqueia como uma espécie extremofílica percloratorresistente. Isto permite compreender os limites da vida sob a perspectiva de Marte. Este trabalho buscou explorar como biomoléculas extraídas de H. salinarum NRC-1, podem ser preservadas no ambiente, gerando bioassinatura, ou seja, sinais indiretos de vida. De maneira sucinta, esse microrganismo possui pigmentos essenciais para seu metabolismo, como carotenoides, bacterioruberinas e bacteriorodopsina, que podem ser usadas como bioassinaturas. Esses pigmentos foram analisados por espectroscopia Raman e UV-Visível, incluindo mistura com substratos inorgânicos como CaCO3 e SiO2, além de células lisadas na presença de água destilada e extração com metanol. Essas misturas foram expostas ao UV-C por diferentes tempos de exposição, a fim de verificar a possibilidade da preservação dos carotenoides em contexto marciano. Após análise, concluímos que os cenários impostos para a preservação das biomoléculas em substratos de CaCO3 e SiO2 não conferem proteção aos carotenoides. Percebemos a degradação gradual dos carotenoides de células lisadas e biomoléculas extraídas com metanol durante o tempo de exposição ao UV-C. Propomos diferentes análises para mensurar a degradação de carotenoides e a capacidade de resistência e sobrevivência de H. salinarum NRC-1 em ambiente marciano simulado. Este estudo produziu conhecimentos fundamentais para a compreensão dos limites da vida terrestre, ressaltando os halófilos extremos como os candidatos mais prováveis para sobreviver em Marte.
Título Observações Simultâneas de Irregularidades Ionosféricas com Diferentes Tamanhos de Escala Durante o Mínimo entre os Ciclos Solares 23 e 24.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Pamela.pdf
Autor (a) Pâmela Rita Pereira Meibach Rosa
Orientação Prof. Dr. Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella e Prof. Dr. Virginia Klausner de Oliveira
Data: 28 de fevereiro de 2018.
Linha de Pesquisa
Resumo
Irregularidades ionosféricas são consideradas um dos mais relevantes fenômenos da atmosfera superior nas regiões equatorial e de baixa latitude e têm sido amplamente estudadas, pois denotam as não-homogeneidades observadas na densidade do plasma. As irregularidades podem causar flutuações nas ondas de rádio que interagem com o plasma da ionosfera, interferindo nos sinais de telecomunicações, tanto ionosféricos quanto transionosféricos. O mecanismo mais aceito para explicar a formação das irregularidades é o processo de instabilidade Rayleigh-Taylor, que inicia na base da camada F da ionosfera e aumenta de tamanho à medida que evolui para alturas maiores. As estruturas de irregularidades quando desenvolvidas tendem a derivar para leste acompanhando o movimento natural do plasma, e se estendem ao longo das linhas do campo geomagnético em direção a latitudes mais afastadas do equador. As irregularidades ionosféricas de grande escala (denominadas bolhas de plasma) podem se estender até a região da Anomalia na Ionização Equatorial (EIA) em torno de 15°-20° de latitude magnética, onde intersectam uma região de altos níveis de densidade eletrônica. Durante o processo de formação e desenvolvimento das bolhas de plasma, irregularidades com tamanhos de escala menores gerados por mecanismos secundários de instabilidade podem coexistir com as estruturas de maiores escalas. Irregularidades com diferentes tamanhos de escala horizontais, desde pouco centímetros até centenas de quilômetros, podem ser estudados por meio de diferentes técnicas de observação. Neste estudo foi analisado dados obtidos entre 2008-2010 nas estações de monitoramento ionosférico de São José dos Campos (23,2ºS; 45,9°O) e Palmas (10,2ºS; 48,2ºO), visando verificar assinaturas de irregularidades ionosféricas nos registros simultâneos de diferentes instrumentos de observação (imageador óptico, ionossonda e receptores GPS). Durante os anos de 2008-2010 ocorreu o período de extremo mínimo na atividade solar entre os ciclos 23 e 24, quando a ionosfera global se tornou menos espeça e apresentou níveis reduzidos de densidade eletrônica. Consequentemente, a geração e evolução das irregularidades na ionosfera tropical foram significativamente afetadas. Para monitorar as estruturas de irregularidades de maiores escalas foram analisados dados de emissão de luminescência do OI 6300 registrados por imageadores all-sky, e dados de espalhamentos nos traços da região F em ionogramas gravados por ionossondas digitais. Os espalhamentos nos ionogramas foram classificados quanto ao tipo e intensidade. O monitoramento de estruturas de escalas intermediárias foi realizado a partir de medidas de cintilações na amplitude dos sinais recebidos dos satélites GPS, e a partir das flutuações observadas nas estimativas do conteúdo eletrônico total. Na estação de São José dos Campos foram encontrados 05 eventos de irregularidades com registros simultâneos nas quatro diferentes técnicas de medição, enquanto que em Palmas foram registrados 10 eventos em três técnicas disponíveis. Para cada um dos eventos foram analisadas medidas simultâneas dos parâmetros de altura da base (h’F) e do pico (hpF2) da camada F, da frequência crítica da camada F2 (foF2), da deriva aparente da ionosfera (dh’F/dt) e do conteúdo eletrônico total vertical (VTEC). Adicionalmente, para os eventos observados em São José dos Campos foram estimados os gradientes horizontais na densidade eletrônica. Os mecanismos físicos envolvidos na geração e evolução das irregularidades durante um período em que as condições ionosféricas foram desfavoráveis, serão discutidos com base nas observações coletadas pelos diferentes instrumentos e técnicas, constituindo a principal contribuição deste trabalho.
Título Comparação entre Tempestades de Ruído Solares Tipo I e Padrões de Flutuações Canônicas Via Análise de Spectro Gradiente.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Marco.pdf
Autor (a) Marco Antônio de Ulhôa Cintra
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes e Prof. Dr. Reinaldo Roberto Rocha
Data: 31 de agosto de 2018
Linha de Pesquisa
Resumo
Sabe-se que emissões solares Tipo I são geradas por elétrons não térmicos acelerados por variações estocásticas na configuração magnética das regiões ativas. A maioria das explosões Tipo I é registrada como uma sequência de emissões individuais caracterizando as tempestades de ruído, que também podem ser associadas com a ocorrência de flares solares. Neste caso, a energia dissipativa é adicionada à liberação de energia por pequenas mudanças na distribuição magnética, que contribuem para a manutenção de tempestades de ruído duradouras. No entanto, devido à maior resolução espectral e sensibilidade observacional, detalhes sobre os mecanismos de emissão e duração de explosões do Tipo I precisam ser melhor compreendidos. Neste trabalho, utilizando a técnica espectral baseada no Gradient Pattern Analysis (GPA), analisou-se tempestades de ruído (medidas na forma de séries temporais em comprimentos de onda métricos (263,3 MHz) geradas pelo espectrógrafo suíço BLEN7M e armazenadas no repositório da rede e-CALLISTO (Compound Astronomical Low cost Low frequency Instrument for Spectroscopy and Transportable Observatory). Para fins de caracterizar os padrões de flutuação das explosões solares do Tipo I a análise espectral foi aplicada a séries temporais com diferentes padrões de flutuação considerados canônicos: ruídos 1{f β (White Noise, Pink Noise e Red Noise), caóticas e turbulentas. De acordo com a técnica do espectro gradiente, as séries temporais foram divididas em 11 escalas (iniciando em 3600 pontos) a fim de resultar em espectros com escalas de correlação compatíveis. Como técnicas complementares foram calculados também, para cada série temporal, os espectros de potência via Power Spectral Density (PSD) e Detrended Fluctuation Analysis (DFA). Os resultados indicam que os espectros gradiente de tempestades de ruído solares Tipo I são, no domínio da frequência, incompatíveis com os padrões canônicos das séries temporais de ruídos 1{f β , entretanto apresentam compatibilidade espectral com os dados gerados a partir do padrão turbulento. Portanto, com base na análise espectral apresentada, processos turbulentos específicos, como já previsto na literatura, podem estar relacionados à dinâmica de plasma subjacente responsável pelas emissões solares do Tipo I aqui estudadas. Com base nessa aplicação, discute-se ainda quais as vantagens da técnica GPA sobre as metodologias mais usuais como PSD e DFA.
Título Estudo Do Gelo De Metanol Bombardeado Por Agentes Ionizantes Em Ambientes Astrofísicos Simulados Em Laboratório
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Fabricio.pdf
Autor (a) Fabricio Moreira Freitas
Orientação Prof. Dr. Sergio Pilling Guapyassú de Oliveira
Título Sistema de Imersão para Simulação de N-Corpos em Astrofísica
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Luiz.pdf
Autor (a) Luiz Eduardo Camargo Aranha Schiavo
Orientação Prof. Dr. Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho e Prof. Dr. Valdir Gil Pillat
Data: 26 de fevereiro de 2018
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta dissertação acompanha um estudo de Dinâmica de Sistemas Estelares, especificamente na colisão de galáxias. Para tal é feita uma revisão de conceitos Matemáticos e Físicos que são utilizados na solução do problema de N-Corpos gravitacional. São abordados conceitos utilizados na criação de modelos numéricos de galáxias, algoritmos de cálculo de forças utilizados na sua interação e integradores de tempo para a evolução temporal. Uma revisão de Computação Gráfica é feita para conceituar o funcionamento da classe de softwares utilizados na visualização dos resultados destas simulações. Um grid com 72 simulações de colisão de galáxias foi rodado utilizando o código GADGET-2 e esse grid foi utilizado como objeto de estudo neste trabalho. Os resultados das simulações foram visualizados no GLnemo2, Gadget Viewer e no GraVity, que é uma nova ferramenta de visualização de modelos que teve seu desenvolvimento durante este mestrado. Para o caso específico da visualização utilizando o GraVity, a visualização pode ser feita em modo Desktop ou imerso em Realidade Virtual através do uso de um HMD.
DISSERTAÇÕES 2019
Título Abundância Química da Galáxia Liner UGC 4805 com o SDSS IV MaNGA
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/celso.pdf
Autor (a) Celso Benedito de Oliveira Junior
Orientação Prof. Dr. Ângela Cristina Krabbe
Data: 27 de junho de 2019
Linha de Pesquisa
Resumo
Determinações da abundância química de núcleos ativos de galáxias (agns) e de regiões de formação estelar (SFs) são essenciais para entender a evolução química de galáxias e, por consequência, a evolução química do universo. O método mais confiável para a determinação da abundância química do gás é o tão conhecido método-T𝑒 ou método direto. Esse método se baseia em determinações da temperatura eletrônica da fase de gás de um objeto a partir de medidas de linhas de emissão aurorais, tais como as linhas [O III]𝜆4363 e [N II]𝜆5755, As quais são geralmente muito fracas em objetos com alta metalicidade e/ou baixa excitação. Quando não é possível medir linhas aurorais, pode-se utilizar métodos indiretos ou definidos por métodos de linhas fortes para calcular a metalicidade, geralmente traçada pela abundância do oxigênio. Portanto, a maioria desses métodos indiretos são propostos para regiões de formação estelar, enquanto que para a determinação de abundância química em agns são mais escassos na literutura. Galáxias com um baixa luminosidade em seu núcleo e com NLR com baixa ionização são classificadas como LINERs (do inglês low ionization nuclear emission regions). Essa classe de objetos aparece em cerca de 1/3 das galáxias do universo próximo e a classificação da fonte de ionização desses objetos ainda é um problema aberto na astronomia. Utilizando os dados do survey MANGA (Mapping Nearby Galaxies At Apache Observatory), que compreendem espectroscopia de campo integral em um intervalo de comprimento de onda de 3600 Å a 10000 Å, com uma resolução de R ∼ 2000, investigou-se a abundância química da galáxia liner UGC 4805, através de nove calibrações, dentre os quais sete são voltados para regiões H IIe duas são voltadas para regiões agn. a abundância média calculada foi 12+log(O/H)𝑅0 = 9,01 e uma variação de aproximadamente 1 dex foi encontrada comparando-se os resultados obtidos a partir das nove calibrações.
DISSERTAÇÕES 2020
Título Avaliação de forçantes geofísicas e climáticas em dados dendrocronológicos utilizando a análise de componentes principais
https://biblioteca.univap.br//dados//00004e/00004ee5.pdf
Autor (a) Daniela Oliveira Silva
Orientação Prof. Dr. Alan Prestes e Prof. Dr. Virginia Klausner de Oliveira
Data: 31/01/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
As árvores para se desenvolverem dependem de fatores internos, fatores biológicos, e de fatores externos, fatores ambientais. Fatores biológicos determinam a tendência natural de crescimento da espécie, enquanto os fatores ambientais, como por exemplo a temperatura e a precipitação, influenciam no maior ou menor crescimento dependendo das condições serem favoráveis ou não, ou seja, um meio desfavorável reduz o crescimento, pois ele interfere em diversos processos fisiológicos essenciais. Assim, informações sobre essas variáveis são conservadas em seus anéis de crescimento. O Sol é um dos principais fatores que influenciam neste desenvolvimento, proporcionando a possibilidade da árvore realizar fotossíntese, e por sua influência na temperatura atmosférica. Devido a essa influência direta e indireta, podemos utilizar as árvores como um registro natural da relação Sol-Terra-Clima, avaliando séries temporais dos anéis de crescimento de árvores. Assim, utilizou-se amostras da espécie imbuia, (Ocotea porosa (Nees & Mart) Barroso), coletadas na cidade de General Carneiro, região Sudeste do Estado do Paraná (26º24’01 25"S 51º24’03 91"O), Brasil, para estudar a condições ambientais no passado desta região. As amostras selecionadas para este estudo foram obtidas por meio de Análise de Clusters, que classifica objetos (amostras) com base em suas semelhanças. Com a finalidade de obter melhores resultados, aplicou-se nas séries dendrocronológicas de imbuia o método estatístico Análise de Componentes Principais (Principal Component Analysis - PCA) para analisar os dados obtidos a partir da Análise de Clusters. Estudo este realizado com auxílio do Software Matlab, onde executou-se o cálculo das Componentes Principais (PC). Obtidas as PCs, reconstruiu-se as séries sem a 1ª PC, sendo esta uma estimativa da tendência que melhor representa o crescimento natural de todas as árvores do local. Esta remoção, junto com a criação de uma série dendrocronológica média, faz-se necessária para maximizar os sinais dos fatores climáticos/geofísicos, que influenciaram no desenvolvimento das árvores. Os resultados obtidos pelo método de análise por PCA foram comparados com resultados obtidos em outro estudo das mesmas amostras, que utilizou o método de ajuste de curva polinomial (ACP) para representar a tendência de crescimento de cada árvore, desta forma, validouse a PCA como ferramenta para modelar a tendência de crescimento das árvores. O estudo dendroclimático foi realizado a partir de séries de precipitação e temperatura de reanálise obtidas em estações próximas ao local de estudo. Calculou-se a correlação de Pearson e sua significância entre a série dendrocronológica média e as séries climáticas anuais, mensais, e por estações. Os resultados obtidos mostram que as amostras da espécie imbuia do local de estudo tem estreita relação com a precipitação, apresentando melhor desenvolvimento durante as estações de primavera e verão. A partir desta conclusão, foi realizada a reconstrução dos padrões de precipitação para o local, utilizando a série de precipitação primavera-verão com a série dendrocronológica média, por meio do método de Análise de Componentes Principais e pelo método de Regressão Linear. A correlação entre as séries reconstruidas com a série de precipitação da primavera-verão, durante os anos em que ambas as séries coexistem, deram os valores de 61,97% para a reconstrução da PCA e 39,45%, para a reconstrução da Regressão Linear. Já a correlação entre ambas as séries reconstruídas apresentou uma correlação de 91,02%. Com os resultados apresentados pela PCA para a obtenção da Série Dendrocronológicas Média na reconstrução da precipitação, mostra que este método estatístico pode ser utilizado em todos os passos de análise de um estudo dendrocronológico/dendroclimático.
Título Estudo estatístico das variações de entropia do campo magnético interplanetário no ponto de lagrange L1 nos anos de 1999 a 2001
https://biblioteca.univap.br//dados//000055/000055d1.pdf
Autor (a) Marcus Vinicius Chemello Cardoso
Orientação Prof. Dr. Arian Ojeda González
Data: 10/03/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
A pesquisa teve como foco a estimativa das variações nos valores de entropia no campo magnético interplanetário no ponto de Lagrange L1 no período de 1999 a 2001, utilizando quatro métodos: Entropia Espaço-Temporal (STE), Entropia Espectral (SE), Entropia na análise de quantificação de recorrência (ENTR) e densidade de entropia em período de Recorrência (RPDE). Os dados foram colhidos do satélite ACE e com eles obtidos as séries temporais do campo magnético interplanetário (IMF) e das componentes da velocidade do vento solar. A partir dessa etapa a entropia foi calculada de cada componente do IMF, criando-se para cada método os seguintes índices: 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸, 𝐼𝐸𝑆𝐸, 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅 e 𝐼𝐸𝑅𝑃 𝐷𝐸. A obtenção destes índices possibilitou fazer uma análise estatística da entropia do ano 1999 a 2001 e separar os diferentes tipos de Distúrbios interplanetários (DIs) para estudar suas características. Neste trabalho foram identificados dezoito intervalos Alfvênicos com durabilidade maior que dois dias e vinte intervalos não-Alfvênicos também de longa duração. A correlação linear do 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸 com 𝐼𝐸𝑆𝐸, 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅, e 𝐼𝐸𝑅𝑃 𝐷𝐸 foi de 60, 8%, −82, 2% e 31, 5%, respectivamente. No estudo dos DIs, o 𝐼𝐸𝑆𝐸 e 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅 mostraram resultados semelhantes ao 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸 na caracterização dos eventos. No entanto, o 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸 foi melhor para identificar ICMEs, flux-ropes e MCs. O 𝐼𝐸𝑆𝐸 se mostrou melhor para estudar eventos Alfvênicos de longa duração. Dos métodos utilizados apenas o RPDE não apresentou valores do 𝐼𝐸𝑅𝑃 𝐷𝐸 estatisticamente significativos para caracterizar os DIs. O trabalho deixa em aberto a possibilidade de utilizar de forma automática o 𝐼𝐸𝑆𝐸 e 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅 para estender o estudo estatístico em outros anos. A escolha do máximo do ciclo solar 23 permitiu analisar uma quantidade estatisticamente significativa de DIs, pois num período de mínimo teríamos mais dificuldades para caracterizá-los.
Título Modelos analíticos de uma forma específica da equação de Grad-Shafranov aplicado em plasmas espaciais.
https://biblioteca.univap.br//dados//000055/00005571.pdf
Autor (a) Matheus Felipe Cristaldo de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Arian Ojada González
Data: 27/08/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho é um estudo de uma pesquisa detalhada abrangendo a área da Física Espacial. No qual será elaborada visando uma construção sistemática satisfazendo as teorias aplicadas nas áreas de Física de Plasma, Eletromagnetismo e a Teoria Magnetohidrodinâmica (MHD). Esta construção terá como característica abordar e explicar a construção física-matemática para a obtenção de uma forma especíĄca da equação de Grad-Shafranov, que é uma equação diferencial importante para se fazer estudos de fenômenos físicos no plasma geoespacial. As soluções desta equação podem ser obtidas a partir da fórmula de Walker de 1915. Estas soluções são analíticas e fornecem informações para possíveis morfologias geométricas que um campo magnético possa assumir em determinadas situações físicas que gerem lâminas de corrente bidimensionais. Vários trabalhos como o de Harris (1962), Fadeev (1965), Kan (1963), Manankova (2003), dentre outros, sugeriram vários tipos destas soluções. Elas, em sua grande maioria, são abordadas, revistas, discutidas e melhoradas no sentido de melhor compreensão das propostas que elas trazem. Essas melhoras são apresentadas em gráĄcos e discussões, visando propor argumentos claros que possibilitarão melhores interpretações dos modelos analíticos que são decorrentes de várias publicações nesta área. Algumas características geométricas que essas soluções apresentam como os pontos neutros X, O e ponto singular S foram discutidas para salientar a importância de detectar e apresentar esses pontos que podem trazer interpretações dos fenômenos físicos relativos à morfologia do campo magnético. Na sequencia, é apresentada e sugerida uma nova solução analítica, que possuí uma lâmina de corrente em forma cilíndrica e com características de fractais.
Título Doubly ionized neon ionic abundance of Seyfert 2 nuclei based on infrared and optical emission lines
https://biblioteca.univap.br//dados//000056/00005610.pdf
Autor (a) Mark Armah
Orientação Prof. Dr. Oli Luiz Dors Junior
Data: 19/10/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
O método mais confiável para determinar abundâncias químicas de elementos pesados em nebulas gasosas é o método 𝑇e, que é baseado em medidas de linhas de emissão aurorais (e.g. [O iii]𝜆4363). No entanto, este método gera abundâncias subsolares e irreais para regiões de linhas estreitas (NLRs) de AGNs Seyfert 2. Este problema é chamado “problema de temperatura” e sua origem é uma questão em aberto na astrofísica nebular. A comparação entre abundâncias baseadas em linhas de emissão obsevadas no óptico e infravermelho podem ser usadas para obter o nível de flutuações de temperatura eletrônica em AGNs, geralmente atribuídos à origem do problema de temperatura. Neste trabalho, utilizamos intensidades de linhas de emissão estreitas 36 núcleos de galáxias Seyfert 2 observadas na faixa espectral do óptico e infravermelho compiladas da literatura e utilizadas para calcular a abundância iônica do neônio duas vezes ionizado em relação a do hidrogênio (Ne2+/H+). Esta metodologia torna possível obter o nível de flutuação de temperatura eletrônica necessária para conciliar valores de abundância derivadas a partir de linhas observadas no óptico e no infravermelho. Nós investigamos o uso do decremento Balmer 3 → 2 (H𝛼 𝜆6563 Å) and 4 → 2 (H𝛽 𝜆4861 Å) para corrigir a extinção em Seyfert 2 e encontramos que 𝐼(H𝛼/H𝛽) = 2, 85 produz valores de temperatura electrônia 700 ± 30 K maiores que quando 𝐼(H𝛼/H𝛽) = 3, 10 é considerado. Nossos resultados mostram diferenças (D) entre valores de abundância via linhas no ótico e no infravermelho variando de 0, 1334 ± 0, 0219 a 2, 0636 ± 0, 0151 dex, com um valor médio de 0, 6931 ± 0, 0052 dex. Este valor médio é um fator ∼ 0, 01±0, 01 dex mais alto do que o derivado em regiões II. Nenhuma correlação entre a diferença de abundância iônica do neônio (D) e o parâmetro de ionização (𝑈) foi encontrada para a amostra de objetos. Nós estimamos o nível de flutuação de temperatura em termos do parâmetro 𝑡 2 no intervalo de 0,0006 a 0, 4365 ± 0, 0053 com um valor médio de 0, 1859±0, 0011. Concluímos que, se flutuações de temperatura eletrônica estão presentes em AGNs, esta é mais predominante do que as em H ii regiões.
DISSERTAÇÕES 2021
Título Estudo da ionosfera sobre o equador magnético no setor brasileiro durante diferentes períodos de atividade solar
https://biblioteca.univap.br//dados//000059/0000599a.pdf
Autor (a) Felipe Antonio Cardoso
Orientação Prof. Dr. Valdir Gil Pillat e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: 29/03/2021
Linha de Pesquisa
Resumo
A ionosfera e sua dinâmica de plasma são temas de estudos desde a sua descoberta, compreender a dinâmica desta região da atmosfera terrestre é fundamental para a compreensão dos fatores que influênciam o funcionamento de satélites e equipamentos tecnológicos que suportam sistemas de telecomunicação baseada em sinais eletromagnéticos ou ondas de rádio, cuja aplicabilidade é parte fundamental do dia-a-dia da sociedade humana moderna. Este trabalho utiliza receptores GPS (Global Posioting System) de 19 estações GPS-TEC, da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC), que estão localizados entre ±5˚ de latitude magnética a partir do equador magnético, para analisar o Conteúdo Eletrônico Total (TEC) da ionosfera na região do equador magnético, sobre o setor brasileiro, com o objetivo de identificar as características desta região para os dias geomagneticamente calmos (DST> -30 nT) nos anos de 2015 e 2018. Utilizaram-se ferramentas computacionais desenvolvidas especialmente para este trabalho para organizar os dados obtidos pelos receptores GPS com resolução de 1 minuto, para os 24 meses estudados, permitindo a manipulação eficiente e a obtenção de informação relevante da variação do TEC sobre o equador magnético. Este estudo mostrou que o valor máximo do TEC registrado para períodos de alta atividade é, aproximadamente, duas vezes maior que os valor de TEC máximo registrado nos períodos de baixa atividade solar, para o mesmo período do ano. Observou-se, também, que independente da época do ano, ou período de atividade solar, o mínimo valor de TEC é de ~2,5 TECU e é registrado no horário de 09:00 UT. Os resultados mostram, também, que nos meses de final de inverno, primavera-verão e início de outono, do ano de 2015 (alta atividade solar) o TEC apresenta um segundo pico por volta das 00:00 UT. Também se verificou a viabilidade de utilizar as ferramentas computacionais desenvolvidas neste trabalho para estudar o desenvolvimento de irregularidadesionosféricas em um curto espaço de tempo (dias). Com este objetivo selecionouse o período geomagnético de 27-28 de setembro de 2017 onde foi possível verificar que houve a inibição na evolução de irregularidades ionosféricas durante a fase principal deste período geomagneticamente perturbado.
DISSERTAÇÕES 2014
Título Análise dos erros de rastreio e apontamento de antenas do Brazilian Decimetric Array (BDA)
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoEduardoAlonso.pdf
Autor (a) Eduardo Mena Barreto Alonso
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes
Data: Abril 2014
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise dos erros de rastreio e apontamento em azimute e elevação do sistema de rastreio das 26 antenas do Brazilian Decimetric Array (BDA). Descreve o desenvolvimento das fases do projeto com detalhes dos componentes que fazem parte de cada subsistema. São descritas as rotinas computacionais desenvolvidas para automatizar a realização da análise dos erros apresentados nas antenas do arranjo. Uma metodologia foi desenvolvida para a realização das análises permitindo o conhecimento das condições em que foram feitas as observações. Foram realizadas análises dos erros das antenas nas observações do ano de 2012. Como resultado destas análises, foram selecionadas 5 antenas com erros considerados como críticos. Uma análise detalhada destas antenas mostrou o comportamento dos erros de cada uma delas durante o período das observações. A identificação destes erros possibilitará ao sistema gerar imagens com resolução angular da ordem de 3 minutos de arco. Co isso, permitindo observações a partir das menores linhas de base e combinadas com a alta sensibilidade e precisão, identificar estruturas solares de larga escala, como os buracos coronais, fornecendo assim informações sobre os fluxos gerados a partir destes fenômenos. Com a utilização da metodologia desenvolvida será possível que, nas futuras observações, sejam selecionadas somente as antenas consideradas como apropriadas para garantir a resolução espacial especificada para o sistema.
Título População estelar da região W51 IRS2
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoEvelynMartins.pdf
Autor (a) Evelyn Cristine de Freitas Marques Martins
Orientação Prof. Dr. Cassio Leandro Dal Ri Barbosa
Data: Abril 2014
Linha de Pesquisa
Resumo
W51 IRS2 ´e uma região HII compacta que abriga 3 regiões HII Ultracompactas, inúmeras fontes no infravermelho e faz parte de um dos mais luminosos complexos de formação de estrelas de alta massa da Galáxia. Esse trabalho tem como objetivo o estudo da população estelar através da análise fotométrica da região no infravermelho próximo, nas bandas J, H e K, cuja resolução espacial obtida foi de, respectivamente, 0,15”, 0,12”e 0,11”. A partir dessa análise foi possível determinar o expoente da lei de potência da Função de Massa Inicial em Γ = -1,39 e da Função de Luminosidade em α = 0,18. Foram identificadas ao menos 7 estrelas OB, com o valor da massa luminosa do aglomerado calculado em 3,6 × 104 M
DISSERTAÇÕES 2015
Título Síntese e caracterização de funcionalização de fotos sensibilizador em nanopartícula metálica para terapia fotodinâmica.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoLaisVieira.pdf
Autor (a) Laís de Souza Vieira
Orientação Prof. Dr. Leandro José Raniero
Data: Fevereiro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
A terceira geração de fotossensibilizadores (FS) potencializa a terapia fotodinâmica (TFD) em relação aos da segunda geração, pois aumenta a sua seletividade e eficiência. A TFD é alternativa no tratamento do câncer com base na interação do FS, comprimento de onda específico e oxigênio molecular. O FS é absorvido pelas células e, em seguida, a região é iluminada gerando reações em cascata que resultam em morte celular. A clorina e6 (Ce6) foi modifica quimicamente por uma molécula de tiouréia por meio da química carbodimiida, a fim de aumentar sua afinidade às nanopartículas de ouro (AuNps). A região de absorção da Ce6 entre 650 nm a 680 nm, é ideal para aplicação biológica devido ao baixo coeficiente de absorção de tecido biológico, conhecida como janela terapêutica. As AuNps com diâmetro médio de 22 nm, foram escolhidas pois apresentam uma boa biocompatibilidade. As caracterizações das nanoestruturas foram feitas por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), Espectroscopia no UV-visível (UV-vis), Espectroscopia no Infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR), Espalhamento dinâmico de luz (DLS) e por potencial Zeta. A eficiência deste novo fotossensibilizador foi testada em uma linhagem de células de carcinoma da mama humano (ATCC MD- MB 468). A viabilidade celular e a atividade mitocondrial foram medidas por ensaios colorimétricos e de colorimetria, que mostraram que o FS nanoestruturado não apresenta citotoxicidade quando não irradiado e que a presença das AuNps potencializam o efeito da Ce6. A síntese de um novo FS ligado a AuNps aumentou o efeito da droga administrada, utilizando doses menores quando comparadas a Ce6. Este fato indica que este novo FS pode ser amplamente utilizado em TFD.
Título Análise da variação de brilho nos polos do sol em rádio e em ultravioleta
http://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoAlexandreSilva.pdf
Autor (a) Alexandre José de Oliveira e Silva
Orientação Prof. Dr. Caius Lucius Selhorst
Data: Fevereiro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, é analisada a variação temporal do abrilhantamento de limbo nas regiões polares do Sol em rádio (17 GHz) e sua relação com o brilho médio polar observado em três comprimentos de onda em EUV (171 Å, 304 Å e 1600 Å). Para a análise em 17 GHz, foram usados mapas diários obtidos pelo NoRH (Nobeyama Radioheliograph) entre julho/1992 e junho/2014. Em EUV, as imagens foram obtidas do telescópio AIA (Atmospheric Imaging Assembly), a bordo do satélite SDO (Solar Dynamics Observatory), lançado em 2010. Como a emissão observada em 17 GHz é formada em sua maior parte na cromosfera solar, foram selecionados para a análise em EUV comprimentos de onda formados entre a cromosfera e a região de transição (304 Å, 1600 Å) e um tipicamente coronal (171 Å). O trabalho envolveu duas metodologias distintas: a primeira é o estudo do comportamento das regiões localizadas nas latitudes de ± 60o nos polos do Sol, levando em consideração a variação da inclinação do eixo de rotação do Sol em relação ao plano da eclíptica (B0); a segunda é a elaboração de mapas sinópticos ao redor do limbo solar em um limite de 100” inferior ao raio solar. Os resultados de ambas as análises mostraram: a) redução do brilho polar médio em 17 GHz e da contribuição de estruturas compactas quentes, acima de 1,2 sc (sol calmo), durante o mínimo de atividade solar entre os ciclos 23 e 24; b) redução do brilho médio polar em 17 GHz, 1600 Å e 304 Å com o aumento da atividade no equador solar, enquanto que em 171 Å apresentou aumento da emissão durante o mesmo período; c) o abrilhantamento polar característico da emissão em 17 GHz também foi observado em 1600 Å, porém com pequenas diferenças na distribuição angular e d) correlação entre a presença de buracos coronais nos polos em 171 Å e o aumento do brilho polar em 17 GHz.
Título Um estudo numérico sobre a formação de galáxias com anel polar
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoDinoBeghetto.pdf
Autor (a) Dino Beghetto Junior
Orientação Prof. Dr. Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
Data: Março 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
A interação entre galáxias ´e um evento que ocorre com frequência no universo. Para determinadas interações, sistemas conhecidos como Galáxias com Anel Polar (PRGs, do inglês Polar Ring Galaxies) podem ser formados. Tais sistemas são constituídos por uma galáxia chamada hospedeira e um anel de gás e estrelas orbitando um plano quase perpendicular com relação ao seu plano principal. Neste trabalho foi desenvolvida uma primeira biblioteca de simulações de N-corpos com o objetivo de investigar o espaço de parâmetros necessários `a formação de PRGs. Tal biblioteca está em constante crescimento por meio de novas simulações tomando como base estes primeiros resultados aqui apresentados. Pela geometria de uma PRG, sua formação não pode ser devida a processos seculares intrínsecos de galáxias isoladas. Sendo assim, estes sistemas são formados (a) por interações entre galáxias ou (b) por acréscimo de gás frio dos filamentos cósmicos por uma galáxia. Acredita-se que os mecanismos mais comuns são os do caso (a), e ´e nele que estamos interessados neste trabalho, principalmente quando ocorre acréscimo de gás de uma galáxia por outra, sem necessidade de uma fusão entre elas. A formação por interação requer ´orbitas com geometrias específicas para que o acréscimo de matéria ocorra formando um anel polar. Na nossa biblioteca estamos explorando diferentes razões de massa, inclinações e energias orbitais. A base de dados a ser construída com os resultados das simulações poderá auxiliar futuras pesquisas em interação de galáxias, principalmente sobre formação de anéis polares.
Título Estudo da resposta ionosférica tropical ao aquecimento estratosférico súbito (SSW) polar, utilizando dados de conteúdo eletrônico total
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoFranciscoVieira.pdf
Autor (a) Francisco Vieira
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Novembro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
O evento de aquecimento estratosférico súbito (SSW) é caracterizado por um rápido aumento da temperatura polar estratosférico. O evento ocorre durante o inverno no hemisfério norte e com pouca frequência no hemisfério sul. Esta pesquisa tem como objetivo estudar a resposta ionosférica em baixas latitudes e região equatorial no setor brasileiro durante o evento de aquecimento estratosférico súbito (SSW- Sudden Stratospheric Warming), que ocorreu durante o período entre dezembro 2011 e março de 2012. Nesse sentido, o SSW é caracterizado pelas variações de temperaturas estratosféricas no hemisfério norte com valores entorno de 245 K e 235 K para latitudes de 90ºN e entre 60ºN e 90ºN, respectivamente, para um nível de pressão de 10 hPa (~30 km). Nesta pesquisa foram analisadas 72 estações de GPS da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) com uma ampla extensão latitudinal (2,8ºN - 30,1ºS) e longitudinal (35,2ºW – 67,8ºW), no setor brasileiro. Neste estudo o comportamento da ionosfera é investigado utilizando TEC, inferidos a partir de dados de GPS. Durante o período em que houve o SSW notou-se que houve uma redução do TEC em todo o território brasileiro, durante vários dias e consequentemente a Anomalia de Ionização Equatorial (EIA) foi drasticamente inibida. Este estudo mostra a importância de se estudar o acoplamento vertical entre as várias camadas da atmosfera terrestre e o acoplamento atmosférico inter-hemisférico.
Título Estudo observacional da candidata a variável cataclísmica magnética CSS110225: 112749-054234
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoMatheusPalhares.pdf
Autor (a) Matheus Soares Palhares
Orientação Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira
Data: Setembro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
No âmbito de um projeto de busca por novos objetos da classe de Variáveis Cataclísmicas polares, selecionamos para um estudo observacional detalhado a candidata CSS110225:112749-054234. Este objeto transiente foi descoberto pelo Catalina Real Time Transient Survey (CRTS) em 2011, quando transitou do estado de baixo para alto brilho. Neste trabalho apresentamos a análise de dados na região do óptico espectroscópicos obtidos com telescópio SOAR, juntamente com dados fotométricos e polarimétricos obtidos no OPD/LNA. Nossos espectros mostram linhas de Balmer intensas em emissão, com decremento de Balmer invertido, e a linha de HeII 4686 Å também em emissão, características de espectros de polares em alto estado de transferência de matéria. As velocidades radiais das linhas de Balmer, HeI e HeII apresentam uma modulação senoidal com período de 0,056 dias. As curvas de luz têm variação com amplitude de até 1,5 mag e são dominadas por variações irregulares. Uma das curvas de luz, no entanto, mostra modulação quando binada em fase com o período encontrado na espectroscopia. A CSS110225 apresenta polarização circular relativamente baixa nos filtros V e I, com amplitude menor que 5%. Modulação com o período espectroscópico parece estar presente na curva de polarização do filtro I binada em fase. Não há correlação deste objeto com nenhuma fonte de raios-X. Os dados deste trabalho mostram que CSS110225 tem algumas características compatíveis com as polares, mas não descartam a possibilidade de ser uma polar intermediária. A eventual detecção de modulação associada à rotação da anã branca não sincronizada com o período orbital confirmaria a classificação deste objeto como uma polar intermediária (IP).
DISSERTAÇÕES 2016
Título Resposta Ionosférica as tempestades geomagnéticas desde a região equatorial até além da crista da anomalia de ionização equatorial, durante o ciclo solar 24.
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Bruno_Augusto_Gomes_Ribeiro.pdf
Autor (a) Brunno Augusto Gomes Ribeiro
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Agosto 2016
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho investiga a resposta ionosférica as tempestades geomagnéticas desde a região equatorial até além da crista da anomalia de ionização equatorial (AIE), durante o primeiro semestre de 2013. O estudado foi realizado durante o máximo do ciclo solar 24 (2013-2014). A eletrodinâmica da ionosfera durante períodos perturbados é um dos tópicos mais importantes do Tempo Espacial (“Space Weather”). Neste estudo foi utilizada uma rede de 90 estações de GPS-TEC, distribuídos em numa faixa de 30o x 30o de latitude e longitude. Foram investigadas 8 tempestades geomagnéticas moderadas e intensas, mas para efeito didático faremos a apresentação de apenas 5 eventos. Notou-se nos eventos estudados a ocorrência de distúrbios ionosféricos positivos e negativos, durante a fase principal e de recuperação, respectivamente. Em alguns eventos o comportamento da AIE no setor Leste e Oeste apresentam algumas diferenças na intensidade e tempo de duração. Indicando que a resposta ionosférica no setor Leste e Oeste brasileiro apresentam características diferentes. Porém, uma das tempestades apresentou a propagação de um distúrbio ionosférico propagante (TID) que foi analisado e estudado em detalhe. A TID penetrou no setor brasileiro com velocidade de ~218 m/s e com uma direção de propagação para noroeste.
Título Determinação da abundância química do Argônico em regiões H II
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Caroline_Dambelle_Barroso_Castro.pdf
Autor (a) Caroline d´Ambelle
Orientação Prof. Dr. Oli Luiz Dors Junior
Data: 2016
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho derivamos um Fator de Correção de Ionização (ICF) teórico para ser utilizado em determinações de abundancia do argônio em regiões de formação estelar. Para isso, coletamos da literatura intensidades de linhas de emissão no óptico (3500 Å ≤ λ ≤ 7200 Å) de aproximadamente 150 objetos, classificados como regiões H II e galáxias H II. Com estes dados foi possível estimar a temperatura eletrônica de cada objeto e a abundância iônica do argônio duas vezes ionizado Ar++, como também, a abundância dos íons O+ e O2+ . Os valores destas abundâncias foram comparados com valores preditos por modelos de fotoionização, construídos com o código CLOUDY e, assim, um ICF teórico para o argônio foi derivado. Encontramos que, quando o nosso ICF teórico é utilizado, em geral, derivamos valores maiores para a abundância total do Ar em comparação aos derivados utilizando alguns ICFs puramente teóricos. Também, nossos resultados indicam que a abundância relativa do argônio em relação à do oxigênio parece não depender da metalicidade.
DISSERTAÇOES 2017
Título Detecção Molecular, a baixo custo, do Paracoccidioides Brasiliesis Pelo Método Colorimétrico Label-Free
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Olavo_Osti_Comparato_Filho.pdf
Autor (a) Olavo de Osti Comparato Filho
Orientação Prof. Dr. Leandro José Raniero
Data: Fevereiro 2017
Linha de Pesquisa
Resumo
Nanotecnologia e nanopartículas são temas cada vez mais presentes nas pesquisas e trabalhos científicos. Novas formas de tecnologia que possibilitem o estudo da interação dessas partículas com biomoléculas, tem proporcionado o surgimento de diferentes técnicas de diagnóstico de doenças. O objetivo deste trabalho foi realizar a identificação molecular do fungo Paracoccidioides brasiliensis utilizando nanopartículas de ouro e uma sequência de DNA como uma ferramenta para detecção. Este fungo termodimórfico é causador da Paracoccidioidomicose, doença granulomatosa crônica com grande variedade de manifestações clínicas localizadas ou disseminadas que podem evoluir para a letalidade. Para esse estudo, nanopartículas de ouro foram sintetizadas por redução do cloreto de ouro por citrato de sódio, obtendo-se uma solução com um máximo de absorção em torno de 523 nm, obtendo-se como resultado, partículas com formato esférico e diâmetro médio de 22 nm. As sequências gênicas específicas do Paracoccidioides brasiliensis utilizadas para os testes de complementação de sequência foram GP27 e GP43. A metodologia de detecção colorimétrica de DNA baseada em nanopartícula de ouro escolhida para a identificação do fungo foi a Label-free. Neste método, nanopartículas são cobertas ou não por oligonucleotídeos, permitindo que as mesmas se aglomerem, mudando a coloração da solução, ou não se aglomerem, mantendo a coloração da solução. Os oligonucleotídeos livres das coberturas das partículas seriam complementares às sequências de DNA do fungo; identificando assim, a presença do mesmo. A coloração tendendo para o azul representa o resultado do teste positivo (identificação molecular do fungo), a tendendo para o vinho, o resultado do teste negativo (não identificação). Inicialmente foram estudadas concentrações de soluções salinas (CaCl2, KCl, LiCl, MgCl2.6H2O e NaCl) que seriam responsáveis por induzir o processo de aglomeração. Posteriormente, feitos testes envolvendo oligonucleotídeos e a influência na cobertura da área superficial das nanopartículas. Os testes finais, utilizando a metodologia Label-free demonstraram resultados satisfatórios na identificação molecular do DNA do Paracoccidioides brasiliensis.
Título Estudo Observacional da Variável Cataclísmica Polar 1RXS J174320.1-042953
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Murilo_Martins.pdf
Autor (a) Murilo Martins
Orientação Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira
Data: Maio 2017
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho apresentamos a análise de dados espectroscópicos, fotométricos e polarimétricos de 1RXS J174320.1-042953 (= RXJ1743) obtidos nos observatórios SOAR e OPD. Este objeto foi selecionado como candidato em um projeto que busca encontrar novas Variáveis Cataclísmicas magnéticas (mVC), entre objetos do catálogo CRTS e de fontes de raios X previamente conhecidas. Os melhores candidatos, como RXJ1743, são então sujeitos a um folow-up observacional, afim de confirmar sua classificação. Nossos dados fotométricos apresentam curvas de luz não-eclipsantes e um período orbital de 0,08659 dias consistente, dentro das incertezas, com o período encontrado na literatura. Nós apresentamos uma efeméride do mínimo principal da curva de luz com o período orbital refinado. Nossos dados não apresentam nenhum sinal estável que possa ser associado à rotação da anã branca, um resultado contrário fomentaria a hipótese do sistema ser uma polar intermediária. Os dados polarimétricos revelam alta polarização circular, de até 45%, além de polarização linear menos intensa, de até 10%. Isto confirma RXJ1743 como uma mVC polar. O espectro óptico é típico de polares, sem linhas de absorção associadas à secundária. As velocidades radiais da linha de emissão de He II 4686 Å e da série de Balmer são moduladas com o período orbital. Os perfis das linhas são compostos por duas componentes gaussianas variáveis, uma estreita e uma larga. Concluindo, o nosso folow-up observacional estabelece RXJ1743 como uma polar típica, com um período orbital próximo ao limite inferior do intervalo de períodos das VCs. As perspectivas deste trabalho incluem a modelagem dos dados fotométricos e polarimétricos com o código CYCLOPS, a fim de investigar a geometria e as características físicas da estrutura de acreção próxima à anã branca.
Título Análise da atividade da estrela Kepler-71 utilizando trânsitos planetários
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/eber_aparecido_gusmao.pdf
Autor (a) Eber Aparecido Gusmão
Orientação Prof. Dr. Caius Lucius Selhorst e Prof. Dr. Alexandre S. Oliveira
Data: Agosto 2017
Linha de Pesquisa
Resumo
Um exoplaneta em trânsito na frente do disco de sua estrela-mãe pode ocultar uma mancha estelar causando uma mudança detectável na curva da luz, que permite inferir características físicas da mancha, como tamanho e intensidade. Analisamos as observações do telescópio espacial Kepler da estrela Kepler-71, com o objetivo de estudar as variações nas curvas de luz de 28 trânsitos. Kepler-71 é uma estrela do tipo G8V, com temperatura efetiva de 5591 ± 105 K, com 0,923 ± 0,08 M⊙ e 0,816 ± 0,39 R⊙ orbitada por um planeta tipo Júpiter quente Kepler-71b, com raio de 1,045 RJ. Os parâmetros físicos das manchas estelares são determinados pelo ajuste dos dados em um modelo que simula trânsitos planetários e permite a inclusão de manchas na superfície estelar com diferentes tamanhos, intensidades e posições. Os resultados mostram que Kepler-71 é uma estrela muito ativa, com várias manchas detectadas, com um valor médio de 6 manchas por trânsito com tamanho médio de 0,6 ± 0,13 RP e temperatura média das manchas de 4739 ± 300 K.
DISSERTAÇÕES 2006
Título Estudo da ionosfera em baixas latitudes através do modelo computacional LION e comparação com parâmetros ionosféricos observados
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoValdir.pdf
Autor (a) Valdir Gill Pillat
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes e Prof. Dr. José Augusto Bittercourt
Data: Março 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Observações ionosféricas realizadas com ionossondas do tipo CADI, em São José dos Campos (23.2 o S, 45.9 o W; dip latitude 17.6 o S) e em Palmas (10.2ºS, 48.2ºW; dip latitude 5.7ºS), em condições de atividade solar máxima e mínima, são apresentadas e comparadas com resultados obtidos pelo modelo matemático LowLatitude Ionosphere Model, denominado modelo LION, que simula o comportamento dinâmico da ionosfera em baixas latitudes. No modelo LION, a evolução temporal e a distribuição espacial da densidade e velocidades das partículas ionosféricas são calculadas por um conjunto de equações dependente do tempo, acopladas a um sistema de equações não-lineares da continuidade e momentum para os íons O + , O2 + , NO + , N2 + e N + , levando em conta a fotoionização das espécies atmosféricas, pela radiação solar extrema ultravioleta, as reações químicas e iônicas de produção e perda, e os processos de transporte do plasma, incluindo os efeitos ionosféricos do vento neutro termosférico, a difusão do plasma e à deriva do plasma eletromagnético. O campo magnético da Terra é representado por um dipolo magnético inclinado e centrado. Esta configuração de acoplamento das equações não-lineares é resolvida ao longo de uma dada linha de campo em um quadro de referência movendo verticalmente, no plano do meridiano magnético, com a velocidade da deriva do plasma eletromagnético. Os resultados do modelo reproduzem adequadamente as principais características e o comportamento dinâmico da ionosfera em baixas latitudes sobre condições magnéticas calmas, para atividade solar máxima e mínima. Detalhes da comparação das observações ionosféricas, com os resultados do modelo são apresentados e discutidos.
Título Estudo de ondas planetárias na ionosfera em baixas latitudes e região equatorial
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoAranha.pdf
Autor (a) Sérgio Luis Aranha
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes e Prof. Dr. Fábio Becker Guedes
Data: Janeiro 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
A ionossonda digital conhecida como CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde ), está operando em São José dos Campos (23.2o S, 45.9o W; latitude 17.6o S) e Palmas (10.2o S, 48o W, latitude 5.5o S), desde agosto de 2000 e abril de 2002 respectivamente. Estas duas estações de sondagem ionosférica estão localizadas abaixo da crista sudeste da anomalia equatorial (São José dos Campos) e próximo à região equatorial (Palmas). O presente perfil da densidade eletrônica da região F será estudado, considerando as variações causadas por distúrbios geomagnéticos e as mudanças nos aspectos físicos da ionosfera, causados por essas variações. A propagação de ondas planetárias é um fator importante na variação da movimentação da ionosfera no seu dia-a-dia. Nessa investigação nos utilizamos à técnica do uso das multi-freqüências, sondando as variações das alturas virtuais da ionosfera, observadas em ambas estações, investigando como a camada F é modulada por oscilações do tipo ondas planetárias. Considerou-se a possibilidade de influências de origem solar na geração de ondas planetárias (variação da rotação solar e tempestades geomagnéticas). Nesse presente estudo, foram utilizadas observações de junho de 2003 a maio de 2005. O presente estudo indica a presença de oscilações com períodos de 2 dias (observações com períodos de 3 dias podem estar associados com as oscilações quase-2-dias), 4dias, 10dias,16 dias que são períodos relacionados com ondas do tipo planetárias gerada por forças troposféricas durante todo o dia.
Título Estudo das propriedades estruturais das ligas amorfas de carbono nitrogênio hidrogenadas
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoEliane.pdf
Autor (a) Eliane Souza dos Santos
Orientação Prof. Dr. Johny Vilcarromero López
Data: Maio 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Devido às interessantes características e possibilidades de aplicação dos filmes finos de carbono amorfo, objetivou-se neste trabalho o estudo das propriedades estruturais das ligas de carbono nitrogênio hidrogenadas preparadas pela técnica rf-magnetron sputtering, bem como a obtenção de filmes finos com a máxima quantidade possível de ligações simples (sp3). Utilizou-se Argônio para geração de plasma e consequente bombardeamento do alvo de grafite. O sputtering do alvo de grafite foi depositado em substratos de silício. A pressão total de trabalho, de 7.0 x 10-3 mbar (0,7 Pa) dentro da câmara de deposição, e a temperatura do substrato, em 50 ºC, foram mantidas constantes para obtenção de todas as amostras de carbono amorfo nesse trabalho. Estes parâmetros foram predeterminados a partir de experiências realizadas na obtenção do carbono amorfo na literatura e adaptadas no laboratório ao sistema de deposição por plasma utilizado. Os resultados para compreensão e correlação das propriedades estruturais foram obtidos por várias medidas, tais como, perfilometria, espectroscopia de transmissão no infravermelho e espectroscopia Raman. Numa primeira etapa, variando-se apenas a potência de radiofrequência, foram preparados filmes finos de carbono amorfo (a-C), onde se escolheu a amostra que possui uma razão Id/Ig de 0,7 e quantidade de ligações sp3 ao redor de 15% de acordo com o modelo dos três estágios de Robertson. As amostras de a-C realizadas com valores mais baixos de potências de radiofrequência tiveram menor taxa de deposição e os filmes obtidos com potência de radiofrequência a partir de 200W não tiveram boa aderência no substrato. Estão presentes na estrutura desses filmes as seguintes ligações moleculares: CHn fora do plano, e as ligações simples e duplas CC. Os melhores resultados foram obtidos com potência de radiofrequência igual a 50 e 100W. Foram preparadas, em outras duas etapas, duas séries de amostras de carbono amorfo nitrogenado; uma com potência de radiofrequência igual a 100W e outra com 50W, introduzindo o N2 numa variação do fluxo dentro da câmara de 0 até 100 sccm. Em geral, os melhores resultados nesta etapa, foram os obtidos com as amostras preparadas com fluxo de N2 variando de 10 a 30 sccm. As amostras obtidas nestas duas etapas com fluxo de N2 igual a 10 sccm tiveram mais baixa razão Id/Ig, em torno de 0,6, mas a amostra obtida com potência de radiofrequência igual a 100W teve aproximadamente 17% de ligações sp3, 2% a mais que a amostra obtida com potência de radiofrequência igual a 50W. É possível que as estruturas dos filmes de a-C e a-CN sejam constituídas de pequenos clusters de grafite nanocristalino. Os espectros FTIR das amostras de a-CN são mais intensos que os das amostras a-C devido ao maior momento dipolar das ligações N. As estruturas dos filmes de a-CN desta experiência são compostas pelas seguintes ligações moleculares: C−N, C=C, C=N, C≡N, CHn fora do plano, CHn e NH. Numa última etapa, foram preparadas amostras de filmes finos de amorfos hidrogenados de carbono-nitrogênio com potência de radiofrequência igual a 100W, fluxo de nitrogênio fixo em 20 sccm e o fluxo de H2 variando de 0 a 70 sccm. Neste grupo, foi obtido razão Id/Ig em torno de 0,3, relacionado à amostra preparada com fluxo de H2 igual a 10 sccm. Esta amostra apresentou em torno de 50% de ligações sp3. As amostras de a-CN:H não apresentaram uniformidade em todos os filmes o que não permitiu uma ampla discussão sobre seus efeitos; neste estudo são discutidos somente alguns resultados interessantes.
Título Procura por objetos estelares jovens e substelares em torno da nuvem de Musca
Autor (a) Deidimar Alves Brissi
Orientação Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Hickel
Data: julho 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
A nuvem escura de Musca possui a forma de um filamento de 3,8º x 0,2º, localizada cerca de 10º fora do plano galáctico, e distante entre 120 a 150 pc do Sol, com massa estimada entre 140 e 550 massas solares. Neste trabalho nós selecionamos 432 campos de 20’ x 20’ em torno da nuvem com dimensões de 6º x 8º (–13º < bgal < –5º; 298º < lgal < 304º) totalizando uma área 48 graus 2 o que inclui a direção da nuvem e uma ampla região em torno, investigados através do catálogo fotométrico do 2MASS nas bandas J, H e Ks para extrair as magnitudes das fontes de cada campo, totalizando 1.459.012 fontes. Construímos diagramas cor-cor [(J–H) x (H–Ks)] e cor magnitude [Ks x (H–Ks)] e [H x (J–H)] e determinamos a magnitude limite para a completeza da amostra em cada banda, para cada campo. Com base nestes diagramas, selecionamos 299 fontes posicionadas fora da região de ocupação da seqüência principal. Procuramos informações adicionais de cada candidato a objeto estelar jovem em outros catálogos da literatura, a fim de confirmar a natureza destas fontes, através da análise de imagens (somente fontes puntiformes foram consideradas) e da distribuição espectral de energia. Após estes processos, obtivemos 284 candidatos a objetos estelares jovens. Construímos um diagrama Luminosidade x Temperatura e com base nele determinamos a classificação para cada fonte, de acordo com a temperatura de corpo negro ajustada (ou da temperatura bolométrica), sua luminosidade; bem como trajetórias evolutivas de objetos estelares jovens. Calculamos a massa de cada candidato e as respectivas idades usando o modelo evolutivo de MYERS et al. (1998) A maior parte destes objetos mostrou-se de classes II e III. Devido às incertezas na determinação da luminosidade dos objetos e das próprias limitações do uso da fotometria para classificações, uma futura investigação espectroscópica será necessária a fim de confirmar a real natureza destes objetos. Assim, verificaremos as seguintes possibilidades: objetos de sequência principal com índices de cor avermelhados devido à extinção da nuvem; gigantes do fundo pertencentes ao ramo assintótico das gigantes; objetos extragalácticos como quasares ou se realmente são objetos estelares jovens.
Título A parte inferior da sequência principal na região de Zeta Ophiuchi
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoSarita.pdf
Autor (a) Sarita Pereira de Carvalho
Orientação Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Hickel
Data: julho 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Apresentamos um estudo visando encontrar objetos estelares jovens (OEJs) e objetos substelares em uma área de 24 graus 2 próximas da estrela tipo O9.5V ζ Ophiuchi (lgal = 7º e bgal = 21º), a partir de dados do catálogo fotométrico 2MASS (Two Micron All Sky Survey)1; no infravermelho próximo, bandas J (1,25μm), H (1,65μm) e Ks (2, 17μm). Utilizamos somente fontes com qualidade de fotometria A ou B, fornecendo-nos dados mais confiáveis. Foram traçados os Diagramas Cor-Magnitude H×(J-H) e K×(H-K), e cor-cor (J-H)×(H-K), onde demarcamos regiões de ocupação para a sequência principal, gigantes vermelhas e anãs tipos T/L, utilizando dados de TOKUNAGA, A.T.. 1999, e VRBA, F.J.; MATHIEU, R.D.; STROM, K.M.; STROM, S.E.; GRASDALEN, G.L. 1975. Efetuamos a separação de candidatos a OEJs posicionados à direita da sequência principal, ou seja, que apresentavam índice de cor avermelhados, levando-se em consideração as barras de erros; bem como de candidatos a anãs-marrons, posicionados à esquerda da sequência principal. As imagens dos candidatos foram verificadas no DSS-II (bandas B e R do visível) e 2MASS (J, H e Ks do infravermelho próximo), excluindo fontes que não apresentavam imagens puntiformes. Nestes critérios de redução chegamos a 133 candidatos a OEJs e objetos sub-estelares. A consulta a outros catálogos da literatura revelou a presença de 3 TTaurii (únicas conhecidas na região), 6 gigantes vermelhas variáveis e 2 quasares nesta amostra. Estimamos de forma independente, que cerca de 10% dos candidatos podem ser estrelas gigantes vermelhas (AGB), contaminando a nossa amostra. Calculamos as luminosidades, temperaturas bolométricas e determinamos a massa e idade de cada candidato, através do modelo evolutivo de MYERS et al.(1998). A distância utilizada de (116 ± 52) pc, do Sol, foi determinada através de paralaxe média de um grupo de 28 estrelas com paralaxes pré-determinadas pelo satélite Hipparcos, na direção da nossa região de estudo. A maioria dos candidatos tem massas entre 0,09 e 1,5 M , com idades entre 3×105 e 2×106 anos (grande concentração entre 5×105 e 106 anos), estando na fronteira entre as Classes II e III. Comparando estas distribuições e idades, verificamos que a concentração dos candidatos a OEJs neste estágio evolutivo mostra que provavelmente possuem uma origem comum, concordando com o cenário de formação estelar estimulada a partir da explosão de uma supernova em uma estrela binária da qual ζ Ophiuchi fazia parte. Neste cenário, ela teria sido arremessada da Associação Estelar Scorpius Superior pela explosão, ocorrida há cerca de 1,5×106 anos atrás.
Título Análise estatística e ondeletas aplicada ao vento solar e densidade de prótons
Autor (a) Paulo César Vieira
Orientação Prof. Dr. Mauricio José Alves Bolzam
Data: Agosto 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho tem, por objetivo, investigar como as propriedades estatísticas de duas variáveis solares sofrem a influência do ciclo de atividade solar. Para tal, foram obtidas séries temporais de velocidade do vento solar e densidade de prótons do período de 1996 até 2004, excetuado o ano de 1998, e submetidas a algumas técnicas estatísticas. Além disso, a transformada em ondeletas foi utilizada não somente como uma ferramenta de apoio para as técnicas estatísticas, mas principalmente para permitir compreender a presença da intermitência e das chamadas estruturas coerentes que introduzem a questão da não-estacionaridade nas séries temporais estudadas. Os resultados indicaram que, para ambas as variáveis, os dois momentos estatísticos (coeficiente de assimetria e achatamento) sofreram importante aumento em seus valores em direção as menores escalas para o período de máxima atividade solar, se comparado com a atividade moderada. Este resultado também pode ser notado através da variabilidade do espectro, de ambas as variáveis, obtidos via Espectro Global em Ondeletas, mostrando a influência da atividade solar nestas. Além disso, mostraram uma primeira diferença entre ambas as variáveis utilizadas aqui. Esta diferença é interessante, pois é o primeiro ponto que reflete as peculiaridades entre ambas as variáveis. Este aspecto também foi notado no estudo do coeficiente de correlação entre as grandes e pequenas escalas. Neste estudo notou-se um máximo de correlação entre os períodos de 1 a 3 dias para a densidade de prótons e, entre 5 a 10 dias para a velocidade do vento solar. Além disso, apenas o vento solar foi sensível ao ciclo solar, corroborando o fato do item anterior mostrando a diferença entre ambas as variáveis. O uso do Espectro Cruzado em Ondeleta de ambas as variáveis mostraram uma forte correlação entre ambas no intervalo de 25 a 40 dias, sem uma distinção clara para ambos os ciclos de atividade solar. Esta correlação forte entre as variáveis no intervalo de 25 a 40 dias pode estar revelando a importância de fenômenos de grande escala no escoamento turbulento. Dada a esta importância destes fenômenos, foram calculados os momentos estatísticos nas séries temporais filtrados Passa-Alta (PA) e Passa-Baixa (PB) além das séries originais de ambas as variáveis solares. O resultado mais importante ocorreu para o vento solar, ou seja, apresentaram elevados valores da curtose para r < 1000 na componente PB em relação às outras duas. Além disso, os valores do coeficiente de assimetria sofreram aumentos também para a componente PB. Tal comportamento reflete o fato da presença de ECs nesta componente PB e que estas contribuem de algum modo para a intermitência. Estes resultados também foram observados para os dois ciclos de atividade solar, porém, em menor intensidade no período CA para ambos os momentos estatísticos. Este resultado para o vento solar não foi encontrado para a densidade de prótons em nenhuma das duas condições do ciclo solar, revelando outra importante diferença entre ambas as variáveis solares.
Título Influência das propriedades estruturais e parâmetros de deposição sobre a dureza e a tensão (stress) intrínseca dos filmes finos amorfos de carbono-nitrogênio
Autor (a) Paulo César de Matos
Orientação Prof. Dr. Johny Vilcarromero López
Data: Setembro 2006
Linha de Pesquisa
Resumo
Os filmes finos amorfos de carbono-nitrogênio vêm ganhando importância crescente devido à variada gama de aplicações atuais e principalmente ao grande potencial de aplicações futuras. Realmente, a combinação simultânea de propriedades químicas, óticas, magnéticas, elétricas e mecânicas faz destes filmes uma alternativa única como revestimento protetivo de componentes eletromecânicos. Este trabalho utilizou a técnica rf-magnetron sputtering para o crescimento de filmes em substratos de silício sob pressão de 0,7 Pa (7,0 x 10-3 mbar) e temperatura mantida dentro de 50 ± 5 °C. O gás escolhido para o bombardeamento do alvo foi o Argônio. O objetivo do trabalho foi conseguir o melhor balanceamento entre a dureza e o stress intrínseco dos filmes tentando-se simultaneamente maximizar o primeiro e minimizar o segundo e, ainda, relacioná-los com os parâmetros do processo de deposição e propriedades estruturais. Numa primeira etapa, produziram-se amostras com filmes de carbono amorfo obtidas a partir de potências de radiofrequência de 30 a 480 W. Na segunda etapa, os filmes foram gerados introduzindo-se na câmara de deposição, além do argônio, o gás N2 em fluxos variando de 0 a 100 cm3/min, obtendo-se filmes amorfos de ligas CNx. Na terceira e última etapa, geraram-se filmes de ligas amorfas CN hidrogenadas obtidas a partir da introdução na câmara de gás do gás H2 em fluxos de 0 a 70 cm3/min. O indicador utilizado em cada etapa para definir o melhor nível do parâmetro que se variou no processo, foi à participação percentual estimada das ligações atômicas do tipo sp3. Assim, na primeira etapa, as potências escolhidas foram de 50 e 100 W que apresentaram participação sp3 em torno de 15%. Na segunda, a faixa para o fluxo de nitrogênio entre 0 e 30 cm3/min apresentou as mais altas participações das ligações sp3, entre 15 e 17%. Na terceira etapa, os filmes a-CN:H produzidos com fluxo de H2 variando de 0 a 70 cm3/min e de N2, fixo em 20 cm3/min, gerou filmes com até 50% de ligações sp3 quando o fluxo de hidrogênio foi de 10 cm3/min. As taxas de deposição foram crescentes quando se elevaram a potência e fluxo de nitrogênio, e decrescentes na terceira etapa, à medida que se aumentou o fluxo de hidrogênio. Este decréscimo teve como causa provável o resputtering cujo efeito prático foi à geração de filmes bastante desuniformes e de muito baixa espessura média (em torno de 100 nm). As durezas médias obtidas para os filmes de carbono amorfo atingiram o máximo de 15,5 GPa quando a potência de radiofrequência ficou no mínimo, isto é, 30 W. Na segunda etapa, a introdução de nitrogênio reduziu a dureza para a faixa 7,5 a 8,0 GPa e, na terceira etapa, os filmes a-CN:H chegaram ao máximo de 11,9 GPa quando o fluxo de H2 ficou em 10 cm3/min, reduzindo-se à medida que se aumentava o fluxo do gás. Quanto ao stress intrínseco, os filmes a-CN apresentaram valores próximos de 0, com exceção das amostras produzidas com o mais alto fluxo de nitrogênio (100 cm3/min). Esta amostra apresentou um stress compressivo de 0,150 GPa, mesmo tendo a mais baixa percentagem de ligações sp3. Trata-se de um valor interessante, já que filmes compressivos são associados a maior densidade, menor nível de defeitos e mais altas participações de ligações sp3. A combinação de durezas numa faixa mediana com o stress compressivo relativamente alto é desejável para aplicações que priorizem nos filmes, baixa fricção e aderência confiável ao substrato, sem perda excessiva de dureza. Quanto aos filmes a-CN:H, à medida que se elevou o fluxo na câmara, o stress médio compressivo reduziu-se de 0,095 GPa até próximo de 0, porém com margens de erro excessivamente altas provocadas provavelmente pela grande desuniformidade dos filmes e espessuras médias muito baixas.
DISSERTAÇÕES 2007
Título Determinação da densidade eletrônica no pico da camada F ionosférica utilizando as imagens na emissão do OI-777,4 nm
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/dissertacaoTomas.pdf
Autor (a) Tomás Ferreira de Freitas
Orientação Prof. Dr. José Ricardo Abalde Guede e Yogeshwar Sahai
Data: Janeiro 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
O trabalho estuda a dinâmica espaço temporal da camada F ionosférica sobre a região de São Jose dos Campos – SP, utilizando dois equipamentos: o fotômetro imageador all-sky, equipamento óptico projetado para medir a luminescência noturna e funcionando no filtro de interferência para o oxigênio atômico no comprimento de onda 777,4 nm, OI 777,4 nm, e a ionossonda digital CADI, equipamento de radiofrequência, que opera na banda de 1 Mhz a 20 Mhz aproximadamente. Foram analisadas imagens em OI 777,4 nm no período de máximo solar, nos anos de 2000 a 2002 nos imageadores instalados no Campus Urbanova da UNIVAP em São José dos Campos, SP (23,21º S, 45,86º O) e no Observatório Pico dos Dias – OPD do Laboratório Nacional de Astronomia – LNA/CNPq em Brasópolis, MG (22,53º S, 45,57º O) conjuntamente com dados da ionossonda digital instalada na UNIVAP – Campus Urbanova. Foram escolhidas 7 noites de observação em São José dos Campos: 31 de outubro de 2000, 21, 22, 24, 26 e 27 de fevereiro de 2001 e 15 de outubro de 2001 para o cálculo da densidade eletrônica de plasma. Os dados coletados em ambos equipamentos foram analisados com programas desenvolvidos pelo Grupo de Física e Astronomia da UNIVAP: UASDA para o fotômetro imageador e UDIDA para a ionossonda digital. Foi feita a correlação linear dos dados dessas sete noites e calculada a função de transferência entre a frequência crítica de plasma, fp, ou densidade eletrônica do plasma, ne, [ ne =1,24.104 fp 2 ] obtida dos dados da digissonda e a intensidade da emissão OI 777,4 nm, J 777,4, [ n(e)2 α (J 777,4) ], obtida dos dados do imageador. A partir desta relação de calibração e com as imagens em OI 777,4 nm obtivemos mapas topográficos da densidade eletrônica do plasma no pico da camada F ionosférica ou da sua frequência crítica para qualquer noite e período observado. O processo permite termos os valores da densidade eletrônica de plasma e frequência crítica do plasma ionosférico a qualquer tempo independente de termos ou não irregularidades ionosféricas presentes o que é uma significativa contribuição aos valores que se podem extrapolar dos dados da digissonda para essas situações.
Título Efeitos de supertempestades geomagnéticas na camada F ionosférica sobre o setor brasileiro estudados por GPS
Autor (a) Alessandro José de Abreu
Orientação Prof. Dr. Yogeshwar Sarai e Prof. Dr. Fábio Becker Guedes
Data: Março 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo estudar o comportamento da camada F ionosférica em regiões equatorial e de baixa latitude no setor brasileiro durante eventos com intensos distúrbios geomagnéticos que inclui supertempestades (considerando como critério o |Dst| > 250 nT) no período descendente do ciclo solar 23 entre os anos de 2000 e 2005, sendo este um dos assuntos relevantes relacionados ao Tempo Espacial (“Space Weather”). Foram analisados nove eventos com intensos distúrbios geomagnéticos durante este período. Pode-se mencionar que o evento de maio de 2005 é considerado como “High Intensity, Long Duration Continuous AE Activity (HILDCAA)”, que é uma intensa e contínua atividade do índice AE. Para estudar os efeitos dessas supertempestades geomagnéticas sobre a camada F ionosférica no setor brasileiro, foram analisados os dados do sistema de posicionamento global (GPS) de estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sinais GPS (RBMC) e da rede “International GNSS Service (IGS)” com latitude dip cobrindo 1,2º N (perto do equador geomagnético) a 20,7º S (mais afastadas do equador geomagnético) estando aproximadamente alinhadas ao longo do campo geomagnético, a fim de se obter medidas do conteúdo total de elétrons na vertical (VTEC) e flutuações de fase ou taxas de variações do TEC (ROT). Pode-se mencionar que os efeitos observados durante esses eventos foram muito variados nas regiões equatorial e de baixa latitude no setor brasileiro. Os efeitos observados incluem penetração pontual de campos elétricos magnetosféricos de alta latitude, TIDs devido ao aquecimento “Joule”, incomum formação de anomalia equatorial ionosférica e geração e supressão de irregularidades ionosféricas equatorial na camada F.
Título Espectroscopia Raman na biomolécula de cisteína
Autor (a) Edmilson Tadeu Martins
Orientação Herculano da Silva Marinho
Data: Junho 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
A espectroscopia Raman tem sido usada com muito sucesso no estudo de novos materiais. Além disso, por ser uma técnica interdisciplinar, tem aplicação direta em várias áreas do conhecimento, como bioquímica, biologia, farmacologia e recentemente, diagnóstico precoce de doenças. Neste trabalho, aplicamos esta técnica ao estudo dos modos vibracionais do aminoácido L-cisteína em sua estrutura monoclínica. Estudando a evolução com a temperatura dos modos vibracionais entre 500 – 1020 cm-1 fomos capazes de distinguir três grupos de modos vibracionais de acordo com o comportamento de sua frequência: (i) os modos de “stretching” do CS e “rocking” do CH2 apresentaram um amolecimento incomum acima de 50 K; (ii) os modos “rocking” do CO2 e do NH3 apresentaram um amolecimento incomum entre 50 – 200 K, com recomposição do comportamento esperado acima de 200 K e (iii) os modos “bending” do CCN e do SH bem como o modo “stretching” do CC e os outros modos do CO2 apresentaram o comportamento esperado devido à expansão térmica. A ocorrência destes diferentes regimes de comportamento está de acordo com o que foi relatado na literatura para biomoléculas maiores (lisozima, mioglobina, etc), porém sem uma interpretação conclusiva a respeito da origem deste comportamento. Nossos resultados possibilitaram uma interpretação simples destas transições como ocorrendo em função da dinâmica de quebra e recomposição das pontes de hidrogênio do sistema. Abaixo de 50 K a biomolécula apresenta-se com sua estrutura monoclínica estável, entre 50-200 K há o processo de rompimento das pontes de hidrogênio que estabilizam a estrutura e acima de 200 K estas pontes são recompostas por moléculas de água adsorvidas no meio intermolecular. Esta interpretação contrasta com outras suposições da literatura que se baseiam em efeitos mais complexos, como transições quânticas dinâmicas, para explicar este fenômeno.
Título Caracterização das propriedades físicas e campo magnético da Nuvem Escura de alta latitude galáctica DC315.8-27.5
Autor (a) Dinalva Aires de Sales
Orientação Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Hickel
Data: Outubro 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo feito para a nuvem escura de alta latitude galáctica DC315.8-27.5, que tem como coordenadas galácticas l = 315,8 o e b = -27,5 o. Ela é uma nuvem formada por dois pequenos glóbulos (~2’ cada), na ponta de uma estrutura filamentar menos densa (vista na emissão em 100μm - IRAS) que se estende por cerca de 2º, quase perpendicular ao plano galáctico. Primeiramente, fizemos a determinação de distância utilizando 3 métodos: (i) através de paralaxe, utilizamos fontes do catálogo Hipparcos (SCHAERER et al., 1997); (ii) com o Diagrama de Wolf (WOLF, 1923), tendo resultado pouco significativo, em consequência da pequena densidade de estrelas na direção da nuvem; (iii) aplicando a distância fotométrica, na qual utilizamos dados do catálogo 2MASS (bandas J, H e Ks) para construir diagramas cor×cor, dos quais retirarmos Av e determinarmos a distância. Analisamos dados da polarização linear no óptico para as bandas B, V e R (Johnson-Cousins), que foram obtidos no observatório do Pico dos Dias – LNA. A nuvem escura apresenta um bom alinhamento nos vetores de polarização (~100º), com grau de polarização médio de 2,2%. Separamos estrelas comuns às três bandas observadas e com o ajuste da lei de Serkowski, verificamos que os grãos são levemente maiores que a média do meio interestelar (lmax ~ 0,66 μm). Calculamos o campo magnético perpendicular à linha de visada para DC315.8-27.5, utilizando formulações de CHANDRASEKHAR-FERMI (1953) e um fator de correção introduzida por PADOAN et al. (2001) e chegamos ao valor estimado de 15μG. A nuvem escura de alta latitude galáctica DC315.8-27.5 encontra-se na vizinhança solar (~150pc) e os grãos de poeira que a compõem têm um bom alinhamento com o campo magnético, que tem papel fundamental na estrutura da nuvem.
Título Estudo da propagação de ondas de gravidade na ionosfera em baixas latitudes usando técnicas de rádio sondagem
Autor (a) Virginia Klausner de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Dezembro 2007
Linha de Pesquisa
Resumo
Utilizou-se sondagem ionosférica através de uma ionossonda tipo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde) localizada em São José dos Campos (23,2o S; 45,9o O; dip latitude 17,6o S) na região do máximo da anomalia equatorial, durante o período de atividade solar máxima entre setembro de 2000 a agosto de 2001 e atividade solar mínima entre janeiro de 2006 a dezembro de 2006. Neste estudo foram observados tanto dias calmos como dias geomagneticamente perturbados. Utilizando gráficos de alta resolução temporal (100 segundos), notou-se que o perfil vertical de densidade eletrônica observado apresentou uma forte perturbação ondulatória e tais perturbações foram atribuídas à propagação de ondas de gravidade na região F. Este trabalho tem o objetivo de apresentar e discutir as variações ocorridas nos gráficos de isofreqüência causadas pela propagação de ondas de gravidade em função do ciclo solar. Para isso, as ondas de gravidade foram classificadas de acordo com a variação de amplitude vertical em três grupos distintos: fraca (amplitude < 40 km), moderada (40 km = amplitude = 60 km) e forte (amplitude > 60 km). Verificou-se a variação sazonal em função do ciclo solar dos três grupos de ondas distintos observados. Este trabalho, também, apresenta e discute os principais parâmetros (período, comprimento de onda vertical e velocidade vertical de fase) para ondas de gravidade fracas e moderadas/fortes em função do ciclo solar. Durante a atividade solar máxima, as ondas de gravidade fracas observadas em dias calmos apresentaram períodos entre 30 a 60 minutos, comprimentos de onda vertical entre 200 a 500 km e velocidade de fase entre 60 a 180 m/s. Em alguns eventos, a propagação das ondas de gravidade na região F pode causar uma intensa perturbação no perfil vertical na densidade eletrônica e favorece a ocorrência de formação de uma camada adicional, denominada camada F3, durante o período diurno.
DISSERTAÇÕES 2008
Título Estudos de eventos do tempo espacial (“space weather”) e a ocorrência de bolhas de plasmas ionosféricas no setor brasileiro e japonês usando sondagem ionosférica
Autor (a) Rodolfo de Jesus
Orientação Prof. Dr. Yogeshwar Sahai e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Linha de Pesquisa
Resumo
O objetivo do trabalho é estudar eventos do tempo espacial (“space weather”) e a ocorrência de bolhas de plasmas ionosféricas no setor brasileiro e japonês usando sondagem ionosférica. Foram analisados os dados ionosféricos obtidos em S. J. Campos (Brasil) durante o período de outubro de 2000 a setembro de 2001 (atividade solar alta – ASA) e março de 2005 a fevereiro de 2006 (atividade solar baixa – ASB) e comparados com as observações de sondagem ionosféricas obtidos em Okinawa (Japão) durante este mesmo período. Foi feita a comparação entre estas duas estações porque elas têm latitudes similares, mas longitudes com diferença de 12 horas local. Também se utilizou dado da sondagem ionosférica da rede das ionossondas digitais da UNIVAP localizadas em S. J. Campos (23.2º S, 45.9º O), Palmas (10.2º S, 48.8º O) e Manaus (2.9º S, 60.0º O), obtidos durante dois eventos de tempestades geomagnéticas intensas (dezembro de 2006) e muito intensas (novembro de 2004), para estudar a influência sobre a região F da ionosfera em regiões equatorial e baixa latitude no setor brasileiro. As comparações durante ASA e ASB em SJC mostram que a presença de spread-F do tipo range está mais forte, em geral, durante ASA do que ASB, mas em OKI a ocorrência de spread-F do tipo range, em geral, durante ASA e ASB não apresentam muita diferença. As comparações entre SJC e OKI durante ASA no solstício de dezembro mostram que enquanto em SJC apresenta máxima ocorrência de spread-F do tipo range, em OKI essa ocorrência é praticamente nula. Por outro lado, durante os meses de maio até agosto (solstício de junho) normalmente não ocorre spread-F do tipo range em SJC, mas durante o período de julho até setembro verifica-se ocorrência de spread-F do tipo range em OKI. As comparações entre SJC e OKI referente ASB não mostram tendências de diferença tão clara. Nos dois eventos de tempestades geomagnéticas investigadas (novembro de 2004, MAN e SJC; dezembro de 2006 PAL e SJC) foram observadas penetração pontual de campos elétricos magnetosféricos, iniciado durante a fase principal da tempestade geomagnética, resultando numa rápida subida da camada F durante o período de pôr-do-sol. Também foi observado Travelling Ionospheric Disturbances (TIDs) propagando-se de sul para norte devido ao aquecimento Joule na região auroral, resultando em fortes oscilações da camada F. Verificou-se a geração de bolhas de plasmas no primeiro evento (novembro de 2004) durante as noites de 06-07 (geomagneticamente calmo), 07-08 e 08-09 (geomagneticamente perturbados). Pode-se mencionar que durante as noites de 09-10 e 10-11 de novembro de 2004 só ocorre spread-F após a meia noite em MAN, pois a subida (deriva vertical do plasma ionosférico) da camada F na hora do pôr-do-sol foi inibida pelos ventos termosféricos perturbados. No primeiro evento as variações em foF2 foram mais acentuadas na noite de 10-11 em comparação com a média dos dias calmos e em MAN indicam a fase positiva da tempestade enquanto em SJC indicam a fase negativa. No segundo evento (dezembro de 2006) bolhas de plasma são observadas durante as noites de 13-14 (geomagneticamente calmo), 14-15 (geomagneticamente perturbado), com elevação da camada no pôr-do-sol mais rápido (mais acentuado) durante o distúrbio geomagnético de 14 de dezembro. No segundo evento (PAL e SJC) as variações em foF2 não mostram muita diferença em comparação com a média dos dias calmos.
Título Espectroscopia Raman Diferencial
Autor (a) Mário Augusto da Silva Martins
Orientação Prof. Dr. Herculano da Silva Martinho e Prof. Dr. Airton Abrahao Martin
Linha de Pesquisa
Resumo
A maior vantagem da técnica de espectroscopia Raman comparada com as outras técnicas de análise é o fato da mesma promover investigações bioquímicas em diferentes tipos de materiais. Particularmente, esta técnica de análise tem um grande interesse no setor biomédico por ser uma importante ferramenta analítica de pesquisa. Porém, amostras biológicas são espécimes muito fluorescentes, podendo ter seus espectros Raman mascarados, tornando-se impossível o processo de identificação dos mesmos. Este trabalho apresenta um método para a redução ou eliminação dos efeitos da fluorescência sobre os espectros Raman de amostras biológicas. Este método baseia-se em recuperar as bandas Raman usando a Espectroscopia Raman Diferencial. Os espectros diferenciais são gerados através da subtração de dois espectros similares de uma amostra biológica, obtidos através de um pequeno deslocamento na linha do laser de excitação (SERDS), onde cada espectro é capturado usando linhas do laser de excitação muito próximas. A primeira linha do laser é centralizada em um comprimento de onda definido (l ) e a segunda é deslocada por um pequeno valor conhecido ( Dl ). Foram desenvolvidos dois diferentes tipos de sistemas ópticos, cada um com diferentes finalidades. O primeiro deles é usado no estudo de amostras biológicas “In Vitro” e o segundo é usado no estudo de amostras biológicas “In Vivo”. Os resultados indicam um grande avanço nesta área de pesquisa. Fato este que pode ser comprovado, comparando-se o espectro final obtido de um sistema Raman Diferencial com um espectro final obtido de um sistema FT-Raman, em análises idênticas. Com a finalidade de se mostrar às diferenças entre os dois sistemas, serão realizadas comparações entre alguns parâmetros de ambos sistemas, indicando as principais vantagens em que o sistema Raman Diferencial tem sobre o sistema FT-Raman, como por exemplo: menor tempo para aquisição de espectros; possibilidade de mudança da fonte excitadora (laser), sem que haja significativas mudanças no circuito óptico; possibilidade de redução de escala do circuito óptico; baixo custo; entre outros.
Título Estudo estatístico da ocorrência do spread-F na região brasileira em função do ciclo solar
Autor (a) Rosália Gomes Francisco
Orientação Prof. Dr. Fábio Becker-Guedes e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta dissertação apresenta um estudo detalhado da taxa de ocorrência dos três tipos de Spread-F, range, frequência e misto (range+freqüência) para duas localidades: Palmas (TO) (10,2° S; 48,2° O; mag. dip 5,5° S), próximo ao equador geomagnético, e São José dos Campos (SP) (23,2° S; 45,9° O; mag. dip 17,6° S), na região de baixas latitudes, próximo à crista da anomalia equatorial. Na realização deste estudo foram analisadas as noites de espalhamento e também o total de horas de permanência do SpreadF. Os dados coletados foram obtidos através dos monitoramentos ionosféricos realizados por duas ionossondas digitais tipo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde). O período analisado para a coleta de dados compreende os meses de abril de 2002 até fevereiro de 2007. Este estudo mostrou que as taxas de ocorrência de espalhamento obtidas para a região de baixas latitudes são sempre menores que aquelas encontradas na região equatorial. Essa diferença diminui muito ao ser analisado apenas o espalhamento tipo frequência. Observou-se que a taxa de ocorrência do Spread-F tipo range nas duas localidades são maiores nos meses de solstício de verão e equinócio de setembro e menores nos meses de solstício de inverno e equinócio de março. Em São José dos Campos a taxa de observação do Spread-F tipo range é reduzida quando as observações se aproximam dos anos de atividade solar mais baixa nos meses de solstício de verão e equinócios. O oposto ocorre no inverno onde, próximo aos anos de atividade solar baixa, a taxa de ocorrência cresce um pouco em relação aos anos anteriores. O Spread-F tipo frequência apresenta porcentagens de ocorrência menores quando as observações são feitas próximo ao mínimo de atividade solar no inverno em Palmas. Em São José dos Campos houve um acréscimo na taxa de ocorrência desse tipo de espalhamento com a redução da atividade solar. O Spread-F tipo misto apresentou taxas com os maiores valores nos meses de equinócio em ambas as localidades, notadamente o equinócio de março em Palmas e o equinócio de setembro em São José dos Campos. Uma classificação adicional dos espalhamentos quanto à intensidade também foi realizada.
TESES 2010
Título Características das ondas de gravidade observadas na região central do Brasil
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/lazaro_messias.pdf
Autor (a) Lázaro Messias de Almeida
Orientação Prof. Dr. Cristiano Max Wrasse e José Ricardo Abalde Guede
Linha de Pesquisa
Resumo
O principal objetivo do presente trabalho de dissertação foi caracterizar as ondas de gravidade observadas em Palmas (TO) (10,16ºS, 48,26ºO), na região central do Brasil. As ondas de gravidade foram observadas utilizando um imageador all-sky para medir as emissões do OH, entre setembro de 2007 e dezembro de 2008. Neste período foram observadas ondas do tipo banda, ripple e frente mesosférica, perfazendo um total de 160 eventos. As ondas de gravidade analisadas foram divididas, segundo sua morfologia, em bandas e ripples. A grande maioria das bandas apresentou as seguintes características: comprimento de onda horizontal entre 10 e 35 km; período observado entre 5 e 25 minutos e velocidade de fase observada entre 5 e 60 m/s. As bandas apresentaram uma anisotropia na direção de propagação, com direção preferencial para norte e sul. Os ripples apresentaram características semelhantes às bandas, com comprimento de onda entre 5 e 15 km; período observado de 5 a 15 minutos e velocidade de fase entre 5 e 30 m/s. Assim como as bandas, os ripples também apresentaram direção preferencial de propagação para norte e sul. As características das ondas de gravidade observadas em Palmas (TO) foram comparadas com outras observações realizadas no Brasil durante os últimos 15 anos. Todas as ondas observadas no Brasil apresentam características semelhantes, sendo que as ondas observadas próximo ao equador apresentam velocidades de fase maiores que nas outras regiões. Para explicar a variação sazonal na direção de propagação das ondas de gravidade, foram utilizados mapas de radiação de onda longa (OLR) para localizar regiões com intensa atividade convectiva (OLR < 220 W.m-2) na baixa atmosfera. Nos períodos de verão e outono as possíveis fontes de ondas de gravidade estão bem correlacionadas com atividades convectivas localizadas, principalmente, à oeste e à noroeste de Palmas.
Título Estruturas finas tipo U e tipo J presentes nas rádios emissões solares em ondas dessimétricas
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/jose_augusto.pdf
Autor (a) José Augusto Souza e Silva Dutra
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes e Prof. Dr. José Roberto Cecatto
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho é apresentada a análise de 5 estruturas finas presentes nas emissões rádiosolares, observadas pelo rádio espectrógrafo “Brazilian Solar Spectroscope” (BSS), na faixa de frequências dessimétricas (1000 – 2500 MHz), entre junho de 2000 e outubro de 2001. Com base em suas características morfológicas identificadas nos espectros dinâmicos, as estruturas finas foram classificadas como tipo U ou tipo J. Tais estruturas são variantes das emissões tipo III e suportam as hipóteses de geração por mecanismo de emissão de plasma, a partir da interação de feixes de elétrons acelerados nos “flares” se propagando ao longo das estruturas magnéticas fechadas com o plasma da atmosfera solar confinado. As características espectrotemporais das 5 estruturas finas foram medidas nos espectros dinâmicos e os parâmetros do agente e da fonte emissora foram determinados. Os valores obtidos são: a densidade de fluxo das emissões é inferior a 20 – 80 s.f.u.; o comprimento dos arcos magnéticos é da ordem de (0,3 – 5,1) x 1010 cm; a velocidade dos feixes de elétrons está no intervalo de (0,47 – 1,16) x 105 km/s; a temperatura do cume dos arcos magnéticos é (2,5 – 15,5) x 106 K; e o limite inferior para a intensidade dos campos magnéticos na região do plasma confinado é de 7 – 22 G. Os resultados obtidos são discutidos e comparados com determinações publicadas na literatura.
Título Espectroscopia e imageamento da galáxia com anel polar AM2020-504
Autor (a) Priscila Freitas Lemes
Orientação Prof. Dr. Irapuan de Oliveira Rodrigues Filho e Maximiliano Luis Faúndez-Abans
Linha de Pesquisa
Resumo
Sabe-se hoje que as interações entre Galáxias são muito comuns. Em certos tipos de interação as galáxias formam sistemas conhecidos como galáxias com anel polar (PRGs), compostos por uma galáxia hospedeira de tipo lenticular, elíptica ou espiral, rodeada por um anel de gás e estrelas que orbitam em um plano aproximadamente polar. Este trabalho tem como objetivo estudar a PRG AM2020-504, que provavelmente foi formada por acréscimo, cenário em que a galáxia hospedeira coleta material de uma doadora e d¬a origem ao anel. O sistema foi observado no telescópio de 1,60m do OPDLNA (espectroscopia e imageamento) Obtivemos uma velocidade sistêmica de 5045 km s-1. A morfologia e a curva de rotação indicam que a galáxia hospedeira é uma elíptica (WHITMORE et al., 1987; ARNABOLDI et al., 1993). O mapa de cor B-R mostra que o anel é mais azul em relação a galáxia hospedeira, o que já era de se esperar, pois o anel provavelmente provem de um objeto mais jovem que a galáxia hospedeira. Na imagem de cor I e nos mapas de cor B-I e V-I, encontramos um filamento entre o núcleo e o bojo da galáxia principal, nunca antes citado. Foram detectados ainda, no mapa de cor B-R e na imagem V alguns nódulos encontrados a NW do anel, sendo prováveis locais de formação de estrelas. Analisando as linhas espectrais da galáxia foi possível elaborar o diagrama de Coziol et al. (1999), onde constatamos que o anel tem características de regiões HII e a galáxia tem núcleo ativo.
DISSETAÇÕES 2011
Título Caracterizando os mecanismos de formação de estrelas de alta massa
Autor (a) Daniel Maciel Lopes Gusmão
Orientação Prof. Dr. Cássio Leandro Dal Ri Barbosa e Alexandre Soares de Oliveira
Data: Fevereiro 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
As fases iniciais de formação de estrelas de alta massa são fortemente obscurecidas pela alta densidade do material que as formam. Desta maneira, os mecanismos que levam uma estrela de 8 massas solares ou mais a se formar ainda permanecem controversos. Dois modelos foram propostos para descrever a formação de estrelas de alta massa: formação por disco de acreção ou por coalescência de estrelas de baixa massa. Este trabalho apresenta uma discussão de ambos os modelos e apresenta 4 situações hipotéticas de formação estelar as quais privilegiam o cenário de coalescência favorecidos pela acreção competitiva. O objetivo desta dissertação foi contextualizar as teorias envolvidas em cada cenário e buscar na literatura regiões de formação estelar que apresentam condições iniciais similares às obtidas pelas simulações. Como resultado das situações, encontramos 28 regiões de um total de 253 com condições compatíveis com o cenário de formação de estrela de alta massa por coalescência. O cenário mais frequente de formação de estrelas de alta massa oriundo das situações é condizente com a formação de estrelas de 10-15 massas solares, representando 86% das 28 regiões selecionadas. Como resultado geral, encontramos que o cenário de formação de estrelas de alta massa por disco de acreção é o mais frequente e eficiente na formação de estrelas massivas, pelo menos até um limite de 20 massas solares.
Título Cinemática e densidade eletrônica do gás ionizado nos sistemas de galáxias em interação AM1256-433 & AM1401-324
Autor (a) Deise Aparecida Rosa
Orientação Prof. Dr. Ângela Cristina Krabbe e Prof. Dr. Irapuan de Oliveira Rodrigues Filho
Data: Março 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, apresentamos um estudo observacional sobre os efeitos das interações na cinemática do gás ionizado e na densidade eletrônica nas galáxias dos sistemas AM1256-433 e AM1401-324. Os dados consistem de espectros de fenda longa na faixa de comprimento de onda de 3446-7251A, obtidos com o espectrógrafo multi objeto do Gemini Sul (GMOS-S). As curvas de rotação foram obtidas para a galáxia espiral perturbada do sistema AM1256-433, para a galáxia isolada PGC543979, encontrada no campo visual deste mesmo sistema, e para a galáxia primaria do sistema AM1401-324. Desvios significativos de velocidades radiais nas curvas de rotação é simétricas foram detectados para as posições de fendas observadas da galáxia espiral perturbada e primária dos sistemas AM1256-433 e AM1401-324, respectivamente. Estes desvios ocorrem provavelmente devido à interação com outras galáxias. A estimativa da massa dinâmica foi derivada para cada galáxia, usando a amplitude da curva de velocidade de rotação deprojetada das galáxias. Para a galáxia espiral perturbada do sistema AM1256-433, foi obtida uma massa dinâmica de 6x1010 massas solares dentro de um raio de 23 kpc. No caso da PGC543979, uma galáxia isolada, foi encontrada uma massa de 7,3x109 massas solares e uma amplitude de velocidade deprojetada de 66 km s-1, para um raio de 7 kpc. Do mesmo modo, para a galáxia primária do sistema AM1401-324, a massa obtida foi de 3,7x109 M dada uma amplitude de velocidade deprojetada de 44 km s-1 e um raio de 8 kpc. Variações significativas de densidades eletrônicas foram obtidas entre as regiões HII da galáxia espiral perturbada e para a galáxia primária dos sistemas AM1256-433 e AM1401-324. Em relação à galáxia isolada PGC543979, não foi possível determinar a densidade eletrônica, porque as linhas do [SII] estavam deslocadas para o vermelho, ultrapassando a área de abrangência do espectro, devido ao deslocamento Doppler. Densidades eletrônicas variando de 1 < Ne < 919 cm-3 foram obtidas para a galáxia espiral perturbada da AM1256-433. Para a galáxia primária do sistema AM1401-324, as variações de densidades eletrônicas foram de 2 < Ne < 1312 cm-3.
Título Estudo das irregularidades ionosféricas da região E durante um período de atividade solar mínima
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/Lilian00346.pdf
Autor (a) Lilian Piecha Moor
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes e Prof. Dr. Márcio Tadeu de Assis Honorato
Data: Junho 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta dissertação de mestrado tem como objetivo apresentar um estudo da ocorrência de irregularidades de plasma da região F ionosférica ao longo da mesma linha do longo da mesma linha do meridiano magnético durante um período de acentuado mínimo solar, que corresponde ao ano de 2008. As irregularidades de plasma encontradas na região F da ionosfera equatorial são geradas por uma instabilidade no plasma (instabilidade do tipo Rayleigh-Taylor). As instabilidades podem ser geradas logo após o por do Sol e são associadas ao pico pré-reversão do campo elétrico zonal, que causa uma rápida subida da camada F. Mas, também podem ser geradas durante a noite, quando uma rápida subida da camada F é observada, geralmente associadas a períodos geomagneticamente perturbados. Contudo os processos eletrodinâmicos que levam a formação e evolução das irregularidades ionosféricas na região F equatorial, ainda são assuntos de intensa pesquisa. Para este estudo foram utilizadas observações realizadas por duas ionossondas e dois receptores GPS localizados nos sítios de Palmas (10°12’ S; 48°21’ O; Dip latitude 7°73’ S) e de São José dos Campos (23°7’ S; 45°52’ O; Dip latitude 19°61’ S), próximo da região equatorial e baixa latitude, respectivamente, sobre o setor brasileiro. Durante o período de atividade solar mínima pode-se notar quatro padrões distintos de ocorrência de “spread-F”: (a) O primeiro e mais comum é quando observamos spread-F somente na região equatorial (irregularidade ionosférica que fica confinada na região equatorial); (b) O segundo caso, também comum, é quando há geração de spread-F na região equatorial e depois de algum tempo observa-se o surgimento de spread-F em baixas latitudes (chamado de irregularidades ionosférica de grande escala); (c) O terceiro caso, esporádico, é quando observamos spread-F somente em baixas latitudes; e (d) O quarto e último caso, é quando ocorre spread-F em baixas latitudes e posteriormente em regiões equatoriais. Foram discutimos os possíveis mecanismos de geração de irregularidades de plasma. Verificou-se que os distúrbios ionosféricos propagantes de média escala, ou MSTIDs (do inglês, Medium Scale Traveling Ionospheric Disturbances) podem estar associadas à geração de spread-F em baixas latitudes durante o período de baixa atividade solar. Posteriormente foi realizada uma comparação entre os dados de ionossonda e os dados de GPS. Neste trabalho também foi realizada uma análise da variação sazonal do spread-F ao longo de 2008 para os dois sítios de observação. Foi verificado que a eletrodinâmica da ionosfera podem ter comportamentos bastante diferenciados entre períodos de atividade solar baixa e atividade solar alta.
Título Estudo estatístico e multifractal em séries temporais
Autor (a) Alexandre Tardelli
Orientação Prof. Dr. Mauricio José Alves Bolzam e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Agosto 2011
Linha de Pesquisa
Resumo
O estudo dos fenômenos físicos provenientes das Relações Sol-Terra tem atraído a atenção de diversos pesquisadores, não somente devido aos possíveis impactos da atividade solar sobre o clima terrestre como também às conseqüências dos chamados distúrbios solares sobre a Terra como um todo. Esses sistemas físicos exibem características auto-organizadas, cujas propriedades globais são independentes dos detalhes no qual são analisados e, assim, são denominados como um Sistema Complexo (SC). Alguns métodos da Física Estatística têm sido utilizados para a compreensão de diversos Sistemas Complexos tal como na área da Geofísica. Neste trabalho buscou-se compreender os fenômenos físicos de padrões intermitente que ocorrem na Ionosfera, através de dados coletados em estações GPS instaladas em duas cidades brasileiras: São José dos Campos SP e Belém PA. Para o estudo, foi utilizada a Análise Multifractal. Para obtermos o espectro de singularidade das séries temporais VTEC de SJC e Belém, utilizou-se da ferramenta matemática Módulo Máximo da Transformada de Ondeleta (MMTO).
DISSERTAÇÕES 2012
Título Estudo de radioemissão solar Tipo II e sua associação com flare solar e ejeção de massa coronal
http://web.univap.br/ipd/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/docs/dissertacoes/rafael_silva.pdf
Autor (a) Rafael Douglas Cunha da Silva
Orientação Prof. Dr. Airton Abrahão Martin
Data: Março 2012
Linha de Pesquisa
Resumo
Este estudo apresenta os resultados obtidos com a produção e caracterização das ligas Heusler Ni50+y (Mn25 -xFex)Ga25-y preparadas pela técnica de moagem de alta energia, seguida de um posterior tratamento térmico. Do ponto de vista estrutural, as amostras produzidas foram caracterizadas por difratometria de raios-X, e os resultados indicaram a presença tanto da estrutura austenitíca quanto das fases martensíticas do tipo NM, para as amostras como moídas, e 7M para as amostras tratadas termicamente, após 3 horas de moagem. Também foi possível identificar a presença de fases secundárias do tipo MnO nas amostras sem ferro, e da fase Ga4Fe3 nas amostras dopadas com ferro. A morfologia das amostras foi analisada por microscopia eletrônica de varredura, evidenciando a presença de pequenas partículas numa escala de micro a nanômetros, dominantemente de formato granular. Medidas de EDS mostraram que houve pouca variação na estequiometria inicial destas amostras. A caracterização magnética realizada por meio de um magnetômetro de amostra vibrante nas vizinhanças da transição de fase magnética, confirmou que a ocorrência de transição do tipo ferroparamagnética, com temperatura crítica (Tc) próxima do ambiente. Medidas de magnetização em função do campo aplicado mostraram que estas amostras saturam para campos máximos de 1,5T, e que a magnetização de saturação é reduzida nas amostras com maior quantidade de ferro. Determinamos a variação de entropia magnética que caracteriza o efeito magnetocalótico, através de medidas de isotermas de campo, a variação de entropia em um campo magnético máximo de 1,5T. As amostras apresentaram um efeito magnetocalórico típico das estruturas granulares, com curvas de entropia bastante alargadas o que indicam um alto poder de refrigeração, o que foi confirmado com um RCP máximo de 70,48 J/Kg. Da análise das amostras produzidas se observa que o método de moagem em moinho do tipo vibratório é uma rota adequada para a produção destas ligas.
Título Estudo do Acoplamento Mesosfera Ionosfera Através de Ondas de Gravidade
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissAlanMonteiro.pdf
Autor (a) Alan de Andrade Monteiro
Orientação Prof. Dr. Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella e Prof. Dr. Fábio Vargas
Data: Março 2012
Linha de Pesquisa
Resumo
Objetivando estudar o acoplamento mesosfera-ionosfera através das características de propagação vertical de Ondas de Gravidade (GWs), foram conduzidas, ao longo do ano de 2008, observações destas duas regiões da atmosfera terrestre mediante a utilização de um imageador “All Sky” e uma ionossonda digital modelo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde). Ambos os equipamentos foram operados no observatório da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), na cidade de São José dos Campos (23,2° S; 45,9º O). Também foram utilizados dados de vento obtidos através do Radar Meteórico SkyMet, localizado na cidade de Cachoeira Paulista (22,7° S; 45,0º O) e operado pelos pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Através do imageador foram observadas, em altitudes mesosféricas, as emissões de luminescência atmosférica do OH e OI557,7 nm e, em altitudes ionosféricas, a emissão do OI630,0 nm. A análise da propagação vertical de uma GW da mesosfera à ionosfera foi fundamentada na comparação de seus valores de comprimento de onda, velocidade de fase e período, estimados em altitudes mesosféricas e ionosféricas, além da comparação de suas velocidades de fase com o valor do vento na mesma direção da GW. Para cada análise foram realizados os cálculos dos valores das velocidades verticais e horizontais de grupo, através dos quais foi possível confirmar a propagação vertical de uma GW da mesosfera à ionosfera, determinando-se o intervalo de tempo necessário para a GW alcançar a ionosfera e a distância horizontal percorrida por esta GW durante este intervalo de tempo. Pela primeira vez foram apresentadas estimativas de velocidade de grupo vertical e horizontal sobre o setor brasileiro utilizando os parâmetros medidos das ondas de gravidade que se propagaram da mesosfera até a ionosfera. Dentre 2208 eventos de ondas de gravidade mesosféricas estimadas com o imageador, nove eventos foram potencialmente caracterizados como verticalmente propagantes da mesosfera à ionosfera. As ondas com tais características apresentaram comprimentos horizontais distribuídos entre 50 e 59 km, velocidades de fase entre 40 e 49 m/s, períodos de 20 a 29 minutos, velocidades verticais de grupo de até 9 m/s e velocidades horizontais de grupo entre 30 e 39 m/s. Estas ondas podem ser classificadas em altitudes ionosféricas como Distúrbios Ionosféricos Propagantes de Média Escala (MSTIDs), pois seus períodos variaram entre 10 minutos e 1 hora, e as velocidades de fase foram inferiores a 300 m/s. Neste trabalho foi possível verificar que podem ocorrer mudanças nas direções de propagação de fase das GWs quando elas se propagam da mesosfera à ionosfera, possivelmente devido a gradientes horizontais de vento que proporcionaram que as frentes de ondas experimentassem rotação. As GWs classificadas como verticalmente propagantes da mesosfera à ionosfera (observadas com o imageador) apresentaram ainda forte tendência de se propagarem entre 0° e 45° quando observadas na mesosfera, e entre 0° e 90° quando observadas na ionosfera. As ondas diurnas estimadas na ionosfera através da utilização da ionossonda apresentaram, em sua maioria, períodos superiores a 100 minutos, amplitudes de até 40 km, velocidades verticais de grupo variando entre 6 e 10 m/s, e comprimentos verticais variando entre 26 a 50 km. As ondas observadas a partir dos gráficos de isofrequência revelaram, para todos os eventos nos dias que antecederam às observações dos imageadores, não estarem associadas a ondas de gravidade.
Título Valores Típicos de Campo Magnético e Plasma do Vento Solar Relacionado a Eventos HILDCAAs/ Quase-HILDCAAs
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissSilvioLeiteSerra.pdf
Autor (a) Silvio Leite Serra
Orientação Prof. Dr. Alan Prestes
Data: Abril 2012
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho teve a finalidade de estudar eventos geomagnéticos relacionados à atividade AE contínua de longa duração e alta intensidade (High Intensity Long Duration Continuous AE Activity - HILDCAA) com os critérios que os definem flexibilizados, relacionando-os a perturbações no meio interplanetário, ocorridos no período de 1998 a 2007, por meio da análise estatística dos parâmetros interplanetários e magnetosféricos. Considerando a rigidez dos critérios originais pertencentes aos eventos HILDCAAs identificou-se poucos eventos, não permitindo uma análise estatisticamente significativa. Relacionada a essa rigidez foi considerada a flexibilização de alguns dos critérios de identificação, possibilitando aumentar significativamente o número de eventos encontrados, e assim, verificar quais as condições típicas no meio interplanetário que são as mais propícias para geração destes eventos. Assim sendo, realizou-se uma análise dos quatro critérios de identificação de eventos HILDCAAs a fim de se checar qual foi o mais importante para que esta "nova classe" de eventos, aqui denominados "Eventos quase-HILDCAAs", obtenha o maior número de candidatos em relação aos candidatos a eventos HILDCAAs originais. A análise dos critérios flexibilizados foi realizada no intervalo entre os anos de 1998 a 2001. A partir destas análises foram determinados os eventos que ocorreram durante o período de 1998 a 2007. Dos quatro critérios relacionados ao índice AE e utilizados para se caracterizar os eventos HILDCAAs, apenas o critério que considera a "Atividade AE Contínua" foi modificado. Segundo a definição de eventos HILDCAAs o valor do índice AE não deve atingir valores abaixo de 200 nT por períodos mais longos que duas horas durante a ocorrência do evento. Com a elaboração deste novo critério ficou estabelecido que: "Não devem ocorrer quedas no índice AE abaixo de 200 nT por períodos maiores que quatro horas durante o intervalo analisado". A partir deste novo critério foram encontrados 150 eventos quase-HILDCAAS no período. Posteriormente a análise dos dados destes eventos, verificou-se que os valores típicos dos parâmetros do meio interplanetário para ocorrência de eventos quase-HILDCAAs apresentaram os seguintes valores: densidade de prótons menor que o valor médio (6,1 cm-3), módulo da velocidade maior que 500 km/s, temperatura de prótons maior 1,1 x 105 K, módulo do campo magnético menor que o valor médio (7 nT). Estas são características típicas de feixes rápidos. Isto confirma o que já era indicado por alguns autores, que estes eventos têm uma forte dependência da ocorrência de feixes rápidos. E observou-se que os eventos quase-HILDCAAs ocorrem principalmente na fase descendente do ciclo solar quando feixes rápidos têm um aumento significativo de ocorrência, além de apresentarem uma variação sazonal.
DISSERTAÇÕES 2013
Título Estudo da relação entre o campo magnético e a intensidade de raios cósmicos no meio interplanetário via redes neurais
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissAlessandro.pdf
Autor (a) Alessandro Gerson Moura Izzo de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Marlos Rockenbach da Silva
Data: Fevereiro 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
No meio interplanetário, as relações entre os raios cósmicos e o campo magnético são significativamente importantes na compreensão do Clima Espacial, cuja ação sobre a Terra e seus habitantes é indiscutível e em alguns momentos inclusive ameaçadora. Todavia essas relações permanecem obscuras o bastante para não haver ainda um modelo matemático que as represente satisfatoriamente bem. No intuito de produzir indícios e evidências que auxiliem o desenvolvimento desses modelos, este projeto de pesquisa propõe aplicar um recurso computacional relativamente novo: os perceptrons de múltiplas camadas, modelo típico e amplamente estudado de rede neural, com a finalidade de simular a intensidade de raios cósmicos, determinada segundo o método de Rockenbach (2010), em função da relação intrínseca entre as componentes do Campo Magnético Interplanetário (Interplanetary Magnectic Field - IMF), no sistema de coordenadas GSE, em períodos de severa atividade do Clima Espacial causada pela ação de eventos de origem solar, em especial as ejeções de massa coronal interplanetárias (Interplanetary Coronal Mass Ejection - ICMEs). A capacidade do perceptron de reproduzir o perfil de variação de raios cósmicos durante um desses períodos tendo por base o que assimilou em uma outra época distinta, pode indicar o quão intensamente o perfil depende do IMF. Os resultados mostraram que simulações produzidas por perceptrons que contam com elementos de memória e retroalimentação são mais semelhantes aos eventos observados. Também se conclui que com o auxílio de novos instrumentos de análise as observações de solo podem fornecer dados de qualidade equiparável ou mesmo superior aos fornecidos pela tecnologia espacial.
Título Deriva zonal do plasma ionosférico no setor brasileiro durante um período de mínima extrema atividade solar
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissFlaviaCoelho.pdf
Autor (a) Flávia Elaine Coelho
Orientação Prof. Dr. Joé Ricardo Abalde Guede e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Fevereiro 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho apresenta estudos das velocidades de deriva zonal das irregularidades de plasma de grande escala, para altitude de emissão fixa a 280 km e altitudes variáveis, durante um período de extremo mínimo solar, entre os anos de 2006 a 2010. As irregularidades encontradas na região F são geradas devido a uma instabilidade que ocorre no plasma, instabilidade do tipo Rayleigh - Taylor, logo após o por do sol e sua geração é associada ao pico pré-reversão do campo elétrico, o qual causa a rápida subida da camada F. No trabalho foram utilizadas medidas de aeroluminescência em OI 630.0 nm obtidas através de fotômetros imageadores, auxiliados com dados de ionossondas digitais do tipo CADI, para encontrar as altitudes de emissão variáveis, ambos instalados em duas regiões sobre o setor brasileiro, baixa latitude (São José dos Campos-SP; 23,21°S, 45,86°O, dip latitude 18,95°S), no campus da UNIVAP no Urbanova e região equatorial (Palmas-TO; 10,28°S, 48,33°O, dip latitude 6,65°S) no campus da ULBRA. Foram analisadas ao total 18 noites de ocorrências de bolhas de plasma, 09 noites na região de baixa latitude e 09 noites na região equatorial, para os dois casos: altitude fixa de emissão de 280 km e altitudes variáveis. Para São José dos Campos, as velocidades máxima e mínima encontradas para altitude de emissão fixa, foram de: 116+_ 7 m/s e 57 +_ 15 m/s e uma média das velocidades de 84 +_ 18 m/s e para Palmas as velocidades de altitude fixa encontradas em máxima e mínima foram de: 119 +_ 6 m/s e 58 +_ 10 m/s e uma média de 89 +_ 13 m/s. No caso de altitudes variáveis de emissão, para São José dos Campos, 08 noites foram analisadas, chegando a um valor máximo e mínimo de: 105 +_ 7 m/s e 70 +_ 11 m/s e um valor médio de 87 +_ 12 m/s, e para Palmas, 04 noites foram estudadas, e as velocidades máxima e mínima encontradas: 111 +_ 5 m/s e 68 +_ 9 m/s e uma média das velocidades de deriva zonal de 85 +_ 10 m/s.
Título Identificação e análise de correntes tipo I métricas registradas pelo Callisto-Blen no período de 30 de julho a 09 de Agosto de 2011
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissZuleika.pdf
Autor (a) Zuleika Auxiliadora da Luz Sodré
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes
Data: Fevereiro 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, é apresentada a análise de correntes tipo I, radio emissões solares que, quando observadas por instrumentos com alta resolução espectral e temporal, apresentam aparência complexa e sequências com pelo menos 4 emissões tipo I individuais (banda estreita e curta duração), separação inferior a 1 segundo e aproximadamente a mesma frequência central. As emissões tipo I são as menos estudadas, portanto o conhecimento sobre os detalhes dos mecanismos físicos responsáveis pelas mesmas ainda não são plenamente compreendidos, motivando e justificando estudos como o realizado nesta Dissertação. Na análise foram usados dados de emissões tipo I observados pelo espectrógrafo CALLISTO-BLEN, na faixa de frequências métricas (170-870 MHz), no período de 30 de julho a 09 de agosto de 2011. Com base nas características morfológicas identificadas nos espectros dinâmicos 225 correntes tipo I foram selecionadas. Aplicando metodologia desenvolvida no decorrer do trabalho, as seguintes características espectro-temporais das correntes tipo I foram medidas nos espectros dinâmicos: frequência central na faixa de 200 a 400 MHz; largura banda de 1 a 150 MHz; duração total de 20 a 600 segundos; deriva em frequência na faixa de -3 a +3 MHz/s. Os parâmetros físicos determinados apresentam os seguintes valores: densidade eletrônica de 0; 5 a 1; 64 cm3; velocidade radial de -1600 a +1500 km/s; campo magnético entre 2,2 e 3,3 G; altura da fonte 0; 9 a 1; 1 Ro. Os resultados obtidos são discutidos e comparados com valores encontrados na literatura.Neste trabalho, é apresentada a análise de correntes tipo I, radio emissões solares que, quando observadas por instrumentos com alta resolução espectral e temporal, apresentam aparência complexa e sequências com pelo menos 4 emissões tipo I individuais (banda estreita e curta duração), separação inferior a 1 segundo e aproximadamente a mesma frequência central. As emissões tipo I são as menos estudadas, portanto o conhecimento sobre os detalhes dos mecanismos físicos responsáveis pelas mesmas ainda não são plenamente compreendidos, motivando e justificando estudos como o realizado nesta Dissertação. Na análise foram usados dados de emissões tipo I observados pelo espectrógrafo CALLISTO-BLEN, na faixa de frequências métricas (170-870 MHz), no período de 30 de julho a 09 de agosto de 2011. Com base nas características morfológicas identificadas nos espectros dinâmicos 225 correntes tipo I foram selecionadas. Aplicando metodologia desenvolvida no decorrer do trabalho, as seguintes características espectro-temporais das correntes tipo I foram medidas nos espectros dinâmicos: frequência central na faixa de 200 a 400 MHz; largura banda de 1 a 150 MHz; duração total de 20 a 600 segundos; deriva em frequência na faixa de -3 a +3 MHz/s. Os parâmetros físicos determinados apresentam os seguintes valores: densidade eletrônica de 0; 5 a 1; 64 cm3; velocidade radial de -1600 a +1500 km/s; campo magnético entre 2,2 e 3,3 G; altura da fonte 0; 9 a 1; 1 Ro. Os resultados obtidos são discutidos e comparados com valores encontrados na literatura.
Título Estudo de espessura equivalente ionosférica durante um ano de baixa atividade solar
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissMarcelo.pdf
Autor (a) Marcelo Henrique Duarte Silva
Orientação Prof. Dr. Márcio Tadeu de Assis Honorato Muella
Data: Abril 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho de pesquisa de mestrado tem como objetivo estudar o comportamento da ionosfera sobre o setor brasileiro durante um ano de mínimo solar, que compreende o período entre março de 2009 à fevereiro de 2010. Neste trabalho é analisado pela primeira vez sobre o setor brasileiro o comportamento da espessura equivalente ionosférica (\tau), sua dependência latitudinal, temporal e sazonal. Os períodos sazonais foram divididos em solstício de inverno (maio, junho, julho e agosto), solstício de verão (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro) e equinócios (março, abril, setembro e outubro). Para se entender a forma de distribuição da densidade eletrônica da ionosfera estima-se o parâmetro denominado como espessura equivalente ionosférica. No entanto para isso foram realizadas observações da densidade eletrônica no pico da camada F2 (NmF2) e do conteúdo eletrônico total (TEC) obtidos, respectivamente, por meio de duas ionossondas digitais e dois receptores GPS, sendo uma instalada na estação equatorial de Palmas (10°12’ S; 48°21’ O; dip latitude 7°73’S) e outra na estação de baixa latitude de São José dos Campos (23°7’ S; 45°52’ O; dip latitude 19°61’ S) situada sob a crista sul da anomalia equatorial Appleton. Os resultados obtidos mostraram que o comportamento da espessura equivalente ionosférica é semelhante em ambas às estações e períodos sazonais, de forma que os mínimos valores ocorrem durante após a meia noite antes do amanhecer e os máximos valores ocorrem durante o dia. No solstício de verão e nos equinócios, a espessura equivalente ionosférica atinge maiores amplitudes em relação ao solstício de inverno. Na comparação latitudinal, Palmas exibe uma espessura equivalente ionosférica maior durante o dia, exceto no período de solstício de inverno. Em São José dos Campos, um intenso pico da espessura equivalente ionosférica é observado após o pôr do Sol durante o solstício de inverno. A temperatura da atmosfera neutra (Tn) estimada a partir dos valores de espessura equivalente ionosférica apresentou um comportamento semelhante em ambas as estações durante os três períodos sazonais. Uma revisão sobre a atmosfera neutra e a ionosfera, incluindo seus efeitos sobre os sinais de rádio, a metodologia do estudo proposto, e os resultados esperados, são apresentados.
Título Estudo observacional de duas candidatas a progenitoras de Supernovas do Tipo IA.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissHelder.pdf
Autor (a) Helder José Farias Lima
Orientação Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira
Data: Maio 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho tem como objetivo o estudo observacional de candidatas a progenitoras de supernovas do tipo Ia (SNIa), sua caracterização fotométrica e espectral, a determinaçãoo de períodos orbitais e o estudo das derivadas temporais destes períodos para a compreensão do seu papel nos modelos de estrutura e evolução destas progenitoras. Foram realizadas observações fotométricas e espectroscópicas, com os telescópios do Observatório do Pico dos Dias e com o telescópio SOAR, de dois objetos: QU Carinae e U Scorpii. A variável cataclísmica QU Carinae apresenta estados distintos de luminosidade, com variações de 0,5 mag em escalas de tempo de dias, que se assemelham ao comportamento das estrelas V Sagittae, também candidatas a progenitores de SNIa. Sua curva de luz e dominada por flickering e não mostra sinais de modulação orbital. O principal objetivo foi investigar seu período orbital, que ainda não possui con firmação de nitiva na literatura. Determinou-se, por meio da velocidade radial da linha de He II 4686 A, o período orbital de 10,95 h. Também foram encontrados, pela primeira vez, sinais da modulação orbital nas suas curvas de luz, restritos aos dados de estado mais baixo de luminosidade. QU Car apresenta características que podem ser associadas ao mecanismo de Accretion Wind Evolution (AWE), proposto por Hachisu e Kato (2003) para modelar a transferência de matéria, a presença de fortes ventos na anã branca e a emissão de raios X supermoles nas V Sge e nas Binárias de Raios X Supermoles (CBSS). A nova recorrente U Scorpii, por sua vez, é assemelhada aos objetos da classe das CBSS. A motivação deste trabalho sobre U Sco foi a determinação da variação do seu perodo orbital, que apresentava indícios de uma derivada temporal negativa (MATSUMOTO et al., 2003). O sinal da derivada do período orbital tem importância fundamental na discriminação entre os dois paradigmas evolutivos e estruturais - DIMT ou WDMT - das CBSS. Apesar de duplicar a base temporal dos dados históricos usados na determinação da variação do período, os dados deste trabalho mostram uma variação nula deste período. A efeméride linear deste sistema binário foi refinada.
Título Radiólise da molécula de glicina empregando íons pesados em ambientes astrofísicos simulados: implicações em astroquímica e astrobiologia.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissWilliamary.pdf
Autor (a) Williamary Portugal
Orientação Sérgio Pilling Guapyassú de Oliveira
Data: Agosto 2013
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho estudamos a estabilidade da molécula de glicina na sua forma zwiteriônica cristalina, conhecida como alfa-glycina (+NH3CH2COO-) sob a ação de íons rápidos simulando os raios cósmicos pesados. Os experimentos foram realizados em uma câmara de ultra - alto vácuo acoplada à linha experimental do IRRSUD, no acelerador de íons pesados GANIL (Grand Accélérateur National d'Ions Lourds), em Caen, França. As amostras foram bombardeadas em duas temperaturas (14 e 300 K) por íons de 58Ni11+ a 46 MeV até a fluência de 1 x 1013 íons cm-2. A evolução química da amostra foi avaliada in-situ usando um Espectrômetro de Infravermelho por Transformada de Forrier (FTIR). A seção de choque de dissociação da glicina, considerando a ruptura da ligação C-N apenas sob a ação de íons de 58Ni11+ a 46 MeV, foi de 3 x 10-12 cm2 em baixa temperatura. Um valor aproximadamente 23 vezes maior que a dissociação determinada em temperatura ambiente. Para a amostra bombardeada a 14 K foi possível determinar as seções de choque de formação e de dissociação de novas espécies produzidas tais como OCN-, CO2, CN- e H2O. A formação de H2O sugere a existência de ligação peptídica entre moléculas de glicina. A meia vida da glicina bombardeada no meio interestelar (nuvens densas) foi estimada em 1.1 x 104 anos (300 K) e 1.6 x 103 anos (14 K). No sistema solar, os valores foram de 1.2 x 103 anos (300 K) e 2.8 x103 anos (14 K). É possível observar que a amostra estudada em alta temperatura no meio interestelar teve menor taxa de destruição. Com esses valores de meia vida, concluímos que a glicina sobreviveria à formação do sistema solar se protegida da ação direta dos raios cósmicos galácticos, como por exemplo, no interior de superfícies cometárias ou de grãos interestelares (abaixo de 20micrometros de material). Acredita-se que moléculas como a alfa-glicina podem estar presentes em ambientes espaciais que sofreram modificações aquosas tais como o interior de cometas, meteoritos e planetesimais. Portanto, o estudo da estabilidade da glicina, nestes ambientes, traz à tona conhecimentos futuros sobre o papel da espécie na química pré-biótica na Terra, para auxiliar nas descobertas sobre a origem da vida como nós conhecemos.
DISSERTAÇÕES 2014
Título Análise dos erros de rastreio e apontamento de antenas do Brazilian Decimetric Array (BDA)
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoEduardoAlonso.pdf
Autor (a) Eduardo Mena Barreto Alonso
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes
Data: Abril 2014
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise dos erros de rastreio e apontamento em azimute e elevação do sistema de rastreio das 26 antenas do Brazilian Decimetric Array (BDA). Descreve o desenvolvimento das fases do projeto com detalhes dos componentes que fazem parte de cada subsistema. São descritas as rotinas computacionais desenvolvidas para automatizar a realização da análise dos erros apresentados nas antenas do arranjo. Uma metodologia foi desenvolvida para a realização das análises permitindo o conhecimento das condições em que foram feitas as observações. Foram realizadas análises dos erros das antenas nas observações do ano de 2012. Como resultado destas análises, foram selecionadas 5 antenas com erros considerados como críticos. Uma análise detalhada destas antenas mostrou o comportamento dos erros de cada uma delas durante o período das observações. A identificação destes erros possibilitará ao sistema gerar imagens com resolução angular da ordem de 3 minutos de arco. Co isso, permitindo observações a partir das menores linhas de base e combinadas com a alta sensibilidade e precisão, identificar estruturas solares de larga escala, como os buracos coronais, fornecendo assim informações sobre os fluxos gerados a partir destes fenômenos. Com a utilização da metodologia desenvolvida será possível que, nas futuras observações, sejam selecionadas somente as antenas consideradas como apropriadas para garantir a resolução espacial especificada para o sistema.
Título População estelar da região W51 IRS2
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoEvelynMartins.pdf
Autor (a) Evelyn Cristine de Freitas Marques Martins
Orientação Prof. Dr. Cassio Leandro Dal Ri Barbosa
Data: Abril 2014
Linha de Pesquisa
Resumo
W51 IRS2 ´e uma região HII compacta que abriga 3 regiões HII Ultracompactas, inúmeras fontes no infravermelho e faz parte de um dos mais luminosos complexos de formação de estrelas de alta massa da Galáxia. Esse trabalho tem como objetivo o estudo da população estelar através da análise fotométrica da região no infravermelho próximo, nas bandas J, H e K, cuja resolução espacial obtida foi de, respectivamente, 0,15”, 0,12”e 0,11”. A partir dessa análise foi possível determinar o expoente da lei de potência da Função de Massa Inicial em Γ = -1,39 e da Função de Luminosidade em α = 0,18. Foram identificadas ao menos 7 estrelas OB, com o valor da massa luminosa do aglomerado calculado em 3,6 × 104 M
DISSERTAÇÕES 2015
Título Síntese e caracterização de funcionalização de fotos sensibilizador em nanopartícula metálica para terapia fotodinâmica.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoLaisVieira.pdf
Autor (a) Laís de Souza Vieira
Orientação Prof. Dr. Leandro José Raniero
Data: Fevereiro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
A terceira geração de fotossensibilizadores (FS) potencializa a terapia fotodinâmica (TFD) em relação aos da segunda geração, pois aumenta a sua seletividade e eficiência. A TFD é alternativa no tratamento do câncer com base na interação do FS, comprimento de onda específico e oxigênio molecular. O FS é absorvido pelas células e, em seguida, a região é iluminada gerando reações em cascata que resultam em morte celular. A clorina e6 (Ce6) foi modifica quimicamente por uma molécula de tiouréia por meio da química carbodimiida, a fim de aumentar sua afinidade às nanopartículas de ouro (AuNps). A região de absorção da Ce6 entre 650 nm a 680 nm, é ideal para aplicação biológica devido ao baixo coeficiente de absorção de tecido biológico, conhecida como janela terapêutica. As AuNps com diâmetro médio de 22 nm, foram escolhidas pois apresentam uma boa biocompatibilidade. As caracterizações das nanoestruturas foram feitas por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), Espectroscopia no UV-visível (UV-vis), Espectroscopia no Infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR), Espalhamento dinâmico de luz (DLS) e por potencial Zeta. A eficiência deste novo fotossensibilizador foi testada em uma linhagem de células de carcinoma da mama humano (ATCC MD- MB 468). A viabilidade celular e a atividade mitocondrial foram medidas por ensaios colorimétricos e de colorimetria, que mostraram que o FS nanoestruturado não apresenta citotoxicidade quando não irradiado e que a presença das AuNps potencializam o efeito da Ce6. A síntese de um novo FS ligado a AuNps aumentou o efeito da droga administrada, utilizando doses menores quando comparadas a Ce6. Este fato indica que este novo FS pode ser amplamente utilizado em TFD.
Título Análise da variação de brilho nos polos do sol em rádio e em ultravioleta
http://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoAlexandreSilva.pdf
Autor (a) Alexandre José de Oliveira e Silva
Orientação Prof. Dr. Caius Lucius Selhorst
Data: Fevereiro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, é analisada a variação temporal do abrilhantamento de limbo nas regiões polares do Sol em rádio (17 GHz) e sua relação com o brilho médio polar observado em três comprimentos de onda em EUV (171 Å, 304 Å e 1600 Å). Para a análise em 17 GHz, foram usados mapas diários obtidos pelo NoRH (Nobeyama Radioheliograph) entre julho/1992 e junho/2014. Em EUV, as imagens foram obtidas do telescópio AIA (Atmospheric Imaging Assembly), a bordo do satélite SDO (Solar Dynamics Observatory), lançado em 2010. Como a emissão observada em 17 GHz é formada em sua maior parte na cromosfera solar, foram selecionados para a análise em EUV comprimentos de onda formados entre a cromosfera e a região de transição (304 Å, 1600 Å) e um tipicamente coronal (171 Å). O trabalho envolveu duas metodologias distintas: a primeira é o estudo do comportamento das regiões localizadas nas latitudes de ± 60o nos polos do Sol, levando em consideração a variação da inclinação do eixo de rotação do Sol em relação ao plano da eclíptica (B0); a segunda é a elaboração de mapas sinópticos ao redor do limbo solar em um limite de 100” inferior ao raio solar. Os resultados de ambas as análises mostraram: a) redução do brilho polar médio em 17 GHz e da contribuição de estruturas compactas quentes, acima de 1,2 sc (sol calmo), durante o mínimo de atividade solar entre os ciclos 23 e 24; b) redução do brilho médio polar em 17 GHz, 1600 Å e 304 Å com o aumento da atividade no equador solar, enquanto que em 171 Å apresentou aumento da emissão durante o mesmo período; c) o abrilhantamento polar característico da emissão em 17 GHz também foi observado em 1600 Å, porém com pequenas diferenças na distribuição angular e d) correlação entre a presença de buracos coronais nos polos em 171 Å e o aumento do brilho polar em 17 GHz.
Título Um estudo numérico sobre a formação de galáxias com anel polar
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoDinoBeghetto.pdf
Autor (a) Dino Beghetto Junior
Orientação Prof. Dr. Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
Data: Março 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
A interação entre galáxias ´e um evento que ocorre com frequência no universo. Para determinadas interações, sistemas conhecidos como Galáxias com Anel Polar (PRGs, do inglês Polar Ring Galaxies) podem ser formados. Tais sistemas são constituídos por uma galáxia chamada hospedeira e um anel de gás e estrelas orbitando um plano quase perpendicular com relação ao seu plano principal. Neste trabalho foi desenvolvida uma primeira biblioteca de simulações de N-corpos com o objetivo de investigar o espaço de parâmetros necessários `a formação de PRGs. Tal biblioteca está em constante crescimento por meio de novas simulações tomando como base estes primeiros resultados aqui apresentados. Pela geometria de uma PRG, sua formação não pode ser devida a processos seculares intrínsecos de galáxias isoladas. Sendo assim, estes sistemas são formados (a) por interações entre galáxias ou (b) por acréscimo de gás frio dos filamentos cósmicos por uma galáxia. Acredita-se que os mecanismos mais comuns são os do caso (a), e ´e nele que estamos interessados neste trabalho, principalmente quando ocorre acréscimo de gás de uma galáxia por outra, sem necessidade de uma fusão entre elas. A formação por interação requer ´orbitas com geometrias específicas para que o acréscimo de matéria ocorra formando um anel polar. Na nossa biblioteca estamos explorando diferentes razões de massa, inclinações e energias orbitais. A base de dados a ser construída com os resultados das simulações poderá auxiliar futuras pesquisas em interação de galáxias, principalmente sobre formação de anéis polares.
Título Estudo da resposta ionosférica tropical ao aquecimento estratosférico súbito (SSW) polar, utilizando dados de conteúdo eletrônico total
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoFranciscoVieira.pdf
Autor (a) Francisco Vieira
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Novembro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
O evento de aquecimento estratosférico súbito (SSW) é caracterizado por um rápido aumento da temperatura polar estratosférico. O evento ocorre durante o inverno no hemisfério norte e com pouca frequência no hemisfério sul. Esta pesquisa tem como objetivo estudar a resposta ionosférica em baixas latitudes e região equatorial no setor brasileiro durante o evento de aquecimento estratosférico súbito (SSW- Sudden Stratospheric Warming), que ocorreu durante o período entre dezembro 2011 e março de 2012. Nesse sentido, o SSW é caracterizado pelas variações de temperaturas estratosféricas no hemisfério norte com valores entorno de 245 K e 235 K para latitudes de 90ºN e entre 60ºN e 90ºN, respectivamente, para um nível de pressão de 10 hPa (~30 km). Nesta pesquisa foram analisadas 72 estações de GPS da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) com uma ampla extensão latitudinal (2,8ºN - 30,1ºS) e longitudinal (35,2ºW – 67,8ºW), no setor brasileiro. Neste estudo o comportamento da ionosfera é investigado utilizando TEC, inferidos a partir de dados de GPS. Durante o período em que houve o SSW notou-se que houve uma redução do TEC em todo o território brasileiro, durante vários dias e consequentemente a Anomalia de Ionização Equatorial (EIA) foi drasticamente inibida. Este estudo mostra a importância de se estudar o acoplamento vertical entre as várias camadas da atmosfera terrestre e o acoplamento atmosférico inter-hemisférico.
Título Estudo observacional da candidata a variável cataclísmica magnética CSS110225: 112749-054234
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/DissertacaoMatheusPalhares.pdf
Autor (a) Matheus Soares Palhares
Orientação Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira
Data: Setembro 2015
Linha de Pesquisa
Resumo
No âmbito de um projeto de busca por novos objetos da classe de Variáveis Cataclísmicas polares, selecionamos para um estudo observacional detalhado a candidata CSS110225:112749-054234. Este objeto transiente foi descoberto pelo Catalina Real Time Transient Survey (CRTS) em 2011, quando transitou do estado de baixo para alto brilho. Neste trabalho apresentamos a análise de dados na região do óptico espectroscópicos obtidos com telescópio SOAR, juntamente com dados fotométricos e polarimétricos obtidos no OPD/LNA. Nossos espectros mostram linhas de Balmer intensas em emissão, com decremento de Balmer invertido, e a linha de HeII 4686 Å também em emissão, características de espectros de polares em alto estado de transferência de matéria. As velocidades radiais das linhas de Balmer, HeI e HeII apresentam uma modulação senoidal com período de 0,056 dias. As curvas de luz têm variação com amplitude de até 1,5 mag e são dominadas por variações irregulares. Uma das curvas de luz, no entanto, mostra modulação quando binada em fase com o período encontrado na espectroscopia. A CSS110225 apresenta polarização circular relativamente baixa nos filtros V e I, com amplitude menor que 5%. Modulação com o período espectroscópico parece estar presente na curva de polarização do filtro I binada em fase. Não há correlação deste objeto com nenhuma fonte de raios-X. Os dados deste trabalho mostram que CSS110225 tem algumas características compatíveis com as polares, mas não descartam a possibilidade de ser uma polar intermediária. A eventual detecção de modulação associada à rotação da anã branca não sincronizada com o período orbital confirmaria a classificação deste objeto como uma polar intermediária (IP).
DISSERTAÇÕES 2016
Título Resposta Ionosférica as tempestades geomagnéticas desde a região equatorial até além da crista da anomalia de ionização equatorial, durante o ciclo solar 24.
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Bruno_Augusto_Gomes_Ribeiro.pdf
Autor (a) Brunno Augusto Gomes Ribeiro
Orientação Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: Agosto 2016
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho investiga a resposta ionosférica as tempestades geomagnéticas desde a região equatorial até além da crista da anomalia de ionização equatorial (AIE), durante o primeiro semestre de 2013. O estudado foi realizado durante o máximo do ciclo solar 24 (2013-2014). A eletrodinâmica da ionosfera durante períodos perturbados é um dos tópicos mais importantes do Tempo Espacial (“Space Weather”). Neste estudo foi utilizada uma rede de 90 estações de GPS-TEC, distribuídos em numa faixa de 30o x 30o de latitude e longitude. Foram investigadas 8 tempestades geomagnéticas moderadas e intensas, mas para efeito didático faremos a apresentação de apenas 5 eventos. Notou-se nos eventos estudados a ocorrência de distúrbios ionosféricos positivos e negativos, durante a fase principal e de recuperação, respectivamente. Em alguns eventos o comportamento da AIE no setor Leste e Oeste apresentam algumas diferenças na intensidade e tempo de duração. Indicando que a resposta ionosférica no setor Leste e Oeste brasileiro apresentam características diferentes. Porém, uma das tempestades apresentou a propagação de um distúrbio ionosférico propagante (TID) que foi analisado e estudado em detalhe. A TID penetrou no setor brasileiro com velocidade de ~218 m/s e com uma direção de propagação para noroeste.
Título Determinação da abundância química do Argônico em regiões H II
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Caroline_Dambelle_Barroso_Castro.pdf
Autor (a) Caroline d´Ambelle
Orientação Prof. Dr. Oli Luiz Dors Junior
Data: 2016
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho derivamos um Fator de Correção de Ionização (ICF) teórico para ser utilizado em determinações de abundancia do argônio em regiões de formação estelar. Para isso, coletamos da literatura intensidades de linhas de emissão no óptico (3500 Å ≤ λ ≤ 7200 Å) de aproximadamente 150 objetos, classificados como regiões H II e galáxias H II. Com estes dados foi possível estimar a temperatura eletrônica de cada objeto e a abundância iônica do argônio duas vezes ionizado Ar++, como também, a abundância dos íons O+ e O2+ . Os valores destas abundâncias foram comparados com valores preditos por modelos de fotoionização, construídos com o código CLOUDY e, assim, um ICF teórico para o argônio foi derivado. Encontramos que, quando o nosso ICF teórico é utilizado, em geral, derivamos valores maiores para a abundância total do Ar em comparação aos derivados utilizando alguns ICFs puramente teóricos. Também, nossos resultados indicam que a abundância relativa do argônio em relação à do oxigênio parece não depender da metalicidade.
DISSERTAÇOES 2017
Título Detecção Molecular, a baixo custo, do Paracoccidioides Brasiliesis Pelo Método Colorimétrico Label-Free
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Olavo_Osti_Comparato_Filho.pdf
Autor (a) Olavo de Osti Comparato Filho
Orientação Prof. Dr. Leandro José Raniero
Data: Fevereiro 2017
Linha de Pesquisa
Resumo
Nanotecnologia e nanopartículas são temas cada vez mais presentes nas pesquisas e trabalhos científicos. Novas formas de tecnologia que possibilitem o estudo da interação dessas partículas com biomoléculas, tem proporcionado o surgimento de diferentes técnicas de diagnóstico de doenças. O objetivo deste trabalho foi realizar a identificação molecular do fungo Paracoccidioides brasiliensis utilizando nanopartículas de ouro e uma sequência de DNA como uma ferramenta para detecção. Este fungo termodimórfico é causador da Paracoccidioidomicose, doença granulomatosa crônica com grande variedade de manifestações clínicas localizadas ou disseminadas que podem evoluir para a letalidade. Para esse estudo, nanopartículas de ouro foram sintetizadas por redução do cloreto de ouro por citrato de sódio, obtendo-se uma solução com um máximo de absorção em torno de 523 nm, obtendo-se como resultado, partículas com formato esférico e diâmetro médio de 22 nm. As sequências gênicas específicas do Paracoccidioides brasiliensis utilizadas para os testes de complementação de sequência foram GP27 e GP43. A metodologia de detecção colorimétrica de DNA baseada em nanopartícula de ouro escolhida para a identificação do fungo foi a Label-free. Neste método, nanopartículas são cobertas ou não por oligonucleotídeos, permitindo que as mesmas se aglomerem, mudando a coloração da solução, ou não se aglomerem, mantendo a coloração da solução. Os oligonucleotídeos livres das coberturas das partículas seriam complementares às sequências de DNA do fungo; identificando assim, a presença do mesmo. A coloração tendendo para o azul representa o resultado do teste positivo (identificação molecular do fungo), a tendendo para o vinho, o resultado do teste negativo (não identificação). Inicialmente foram estudadas concentrações de soluções salinas (CaCl2, KCl, LiCl, MgCl2.6H2O e NaCl) que seriam responsáveis por induzir o processo de aglomeração. Posteriormente, feitos testes envolvendo oligonucleotídeos e a influência na cobertura da área superficial das nanopartículas. Os testes finais, utilizando a metodologia Label-free demonstraram resultados satisfatórios na identificação molecular do DNA do Paracoccidioides brasiliensis.
Título Estudo Observacional da Variável Cataclísmica Polar 1RXS J174320.1-042953
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/Murilo_Martins.pdf
Autor (a) Murilo Martins
Orientação Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira
Data: Maio 2017
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho apresentamos a análise de dados espectroscópicos, fotométricos e polarimétricos de 1RXS J174320.1-042953 (= RXJ1743) obtidos nos observatórios SOAR e OPD. Este objeto foi selecionado como candidato em um projeto que busca encontrar novas Variáveis Cataclísmicas magnéticas (mVC), entre objetos do catálogo CRTS e de fontes de raios X previamente conhecidas. Os melhores candidatos, como RXJ1743, são então sujeitos a um folow-up observacional, afim de confirmar sua classificação. Nossos dados fotométricos apresentam curvas de luz não-eclipsantes e um período orbital de 0,08659 dias consistente, dentro das incertezas, com o período encontrado na literatura. Nós apresentamos uma efeméride do mínimo principal da curva de luz com o período orbital refinado. Nossos dados não apresentam nenhum sinal estável que possa ser associado à rotação da anã branca, um resultado contrário fomentaria a hipótese do sistema ser uma polar intermediária. Os dados polarimétricos revelam alta polarização circular, de até 45%, além de polarização linear menos intensa, de até 10%. Isto confirma RXJ1743 como uma mVC polar. O espectro óptico é típico de polares, sem linhas de absorção associadas à secundária. As velocidades radiais da linha de emissão de He II 4686 Å e da série de Balmer são moduladas com o período orbital. Os perfis das linhas são compostos por duas componentes gaussianas variáveis, uma estreita e uma larga. Concluindo, o nosso folow-up observacional estabelece RXJ1743 como uma polar típica, com um período orbital próximo ao limite inferior do intervalo de períodos das VCs. As perspectivas deste trabalho incluem a modelagem dos dados fotométricos e polarimétricos com o código CYCLOPS, a fim de investigar a geometria e as características físicas da estrutura de acreção próxima à anã branca.
Título Análise da atividade da estrela Kepler-71 utilizando trânsitos planetários
https://www1.univap.br/marketing/site/Docs/Mestrado/eber_aparecido_gusmao.pdf
Autor (a) Eber Aparecido Gusmão
Orientação Prof. Dr. Caius Lucius Selhorst e Prof. Dr. Alexandre S. Oliveira
Data: Agosto 2017
Linha de Pesquisa
Resumo
Um exoplaneta em trânsito na frente do disco de sua estrela-mãe pode ocultar uma mancha estelar causando uma mudança detectável na curva da luz, que permite inferir características físicas da mancha, como tamanho e intensidade. Analisamos as observações do telescópio espacial Kepler da estrela Kepler-71, com o objetivo de estudar as variações nas curvas de luz de 28 trânsitos. Kepler-71 é uma estrela do tipo G8V, com temperatura efetiva de 5591 ± 105 K, com 0,923 ± 0,08 M⊙ e 0,816 ± 0,39 R⊙ orbitada por um planeta tipo Júpiter quente Kepler-71b, com raio de 1,045 RJ. Os parâmetros físicos das manchas estelares são determinados pelo ajuste dos dados em um modelo que simula trânsitos planetários e permite a inclusão de manchas na superfície estelar com diferentes tamanhos, intensidades e posições. Os resultados mostram que Kepler-71 é uma estrela muito ativa, com várias manchas detectadas, com um valor médio de 6 manchas por trânsito com tamanho médio de 0,6 ± 0,13 RP e temperatura média das manchas de 4739 ± 300 K.
DISSERTAÇÕES 2018
Título Processamento de Gelos Contendo H2O, CO2 , CH4 e NH3 por Íons Energéticos e suas Implicações na Lua Encélado e em Nuvens Moleculares
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Marina.pdf
Autor (a) Marina Gomes Rachid
Orientação Prof. Dr. Sergio Pilling Guapyassú de Oliveira
Data: 21 de agosto de 2018
Linha de Pesquisa
Resumo
Neste trabalho, simulou-se em laboratório o processamento de gelos astrofísicos por íons de oxigênio em dois regimes de energia: íons com 15,7 MeV de energia (regime eletrônico) e com 108 keV de energia (regime nuclear). Os íons utilizados são análogos as partículas componentes de magnetosferas planetárias e partículas energéticas expelidas pelo Sol (raios cósmicos solares). No Sistema Solar, essas partículas são responsáveis por diversas transformações físico-químicas na superfície de luas e outros corpos gelados, contribuindo para o aumento da complexidade química nesses ambientes. As composições dos gelos estudados foram H2O:CO2:CH4 (10:1:1) e H2O:CO2:CH4:NH3 (10:1:1:1), e as amostras foram irradiadas a temperaturas representativas de regiões frias de nuvens moleculares (12 K) e gelos do Sistema Solar exterior (35 K e 72 K). Os experimentos foram realizados utilizando os feixes de íons ARIBE e IRRSUD, ambos parte do complexo de laboratórios do acelerador de íons pesados GANIL (Grand Accélérateur National d’íons Lourds), em Caen, na França. As transformações físico-químicas das amostras criogênicas foram monitoradas in-situ por Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). Novas espécies moleculares formadas durante a irradiação foram identificadas nos espectros infravermelho, como CO, OCN−, CH3OH, C2H6, HCN, CN−, HNCO, HCO, CO3 e H2CO. As seções de choque efetivas de destruição (ou de formação, para as espécies produzidas) para a irradiação com íons keV são da ordem de 10−16 - 10−15 cm−2 , enquanto os valores para a irradiação com íons MeV são da ordem de 10−14 - 10−13 cm−2 . Foi possível definir e caracterizar o equilíbrio químico nas amostras congeladas e estimar o tempo que um gelo exposto ao bombardeio por íons keV ou MeV leva para entrar em equilíbrio químico sob diferentes fluxos de partículas. Usando os resultados de abundância percentual no equilíbrio (EBR, do inglês Equilibrium Branching Ratio) a temperatura constante, estimou-se a taxa de ejeção de moléculas de água por íons keV e MeV em toda a superfície de Encélado. Comparando a abundância das espécies moleculares produzidas nos experimentos a 72 K e 35 K com diferentes projéteis, verificou-se que a composição química de Encélado é melhor reproduzida pelos experimentos com íons MeV. Para os experimentos irradiados a 12 K, estimou-se a densidade de coluna das espécies dessorvidas da fase sólida em uma nuvem molecular. Verificamos que íons de baixa energia podem contribuir efetivamente para a abundância na fase gasosa de espécies químicas em nuvens moleculares, pois a maioria das moléculas quantificadas no equilíbrio químico atingiria densidades de coluna detectáveis em rádio e infravermelho em períodos de tempo compatíveis com o tempo de vida de nuvens moleculares (107 - 108 anos).
Título Resposta Biológica de Halobacterium Salinarum NRC-1 em Simulação ao Ambiente Marciano.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Thays.pdf
Autor (a) Thays Pontes Bentes
Orientação Prof. Dr. Ângela Cristina Krabbe e Prof. Dr. Fabio Rodrigues
Data: 27 de fevereiro de 2018.
Linha de Pesquisa
Resumo
A existência de arqueias halófilas viáveis em sedimentos de idade geológica (milhões de anos) reforça a capacidade da vida microbiana halofílica pretérita ter a possibilidade de estar preservada em superfície e sub-superfície marciana. Selecionamos a arqueia halófila Halobacterium salinarum NRC-1 como modelo neste estudo, por ser um microrganismo poliextremófilo, ou seja, que naturalmente resiste a múltiplos fatores estressores no próprio ambiente, conhecido principalmente por depender de altas concentrações de sal para o crescimento, ou mesmo viver incrustada em cristais de sal, ainda viável há centenas de anos. A célula de H. salinarum NRC-1 confere uma adaptabilidade excepcional, consistindo em diferentes tipos de aparatos funcionais que permitem a sobrevivência a extremos de dessecação, radiação UV, radiação ionizante e estresse de oxigênio. Notavelmente, a versatilidade da espécie em diferentes condições pode auxiliar no desenvolvimento de metodologias para busca de vida em Marte, ou nas questões sobre o transporte interplanetário de microrganismos dentro de meteoritos contendo halita. Submetemos a arqueia em condições crescentes de sais de sulfato magnésio e perclorato de sódio e magnésio, essas concentrações foram compatíveis com as detectadas em Marte. H. salinarum NRC-1 apresentou crescimento em todas as concentrações analisadas, desta forma, pode-se considerar a arqueia como uma espécie extremofílica percloratorresistente. Isto permite compreender os limites da vida sob a perspectiva de Marte. Este trabalho buscou explorar como biomoléculas extraídas de H. salinarum NRC-1, podem ser preservadas no ambiente, gerando bioassinatura, ou seja, sinais indiretos de vida. De maneira sucinta, esse microrganismo possui pigmentos essenciais para seu metabolismo, como carotenoides, bacterioruberinas e bacteriorodopsina, que podem ser usadas como bioassinaturas. Esses pigmentos foram analisados por espectroscopia Raman e UV-Visível, incluindo mistura com substratos inorgânicos como CaCO3 e SiO2, além de células lisadas na presença de água destilada e extração com metanol. Essas misturas foram expostas ao UV-C por diferentes tempos de exposição, a fim de verificar a possibilidade da preservação dos carotenoides em contexto marciano. Após análise, concluímos que os cenários impostos para a preservação das biomoléculas em substratos de CaCO3 e SiO2 não conferem proteção aos carotenoides. Percebemos a degradação gradual dos carotenoides de células lisadas e biomoléculas extraídas com metanol durante o tempo de exposição ao UV-C. Propomos diferentes análises para mensurar a degradação de carotenoides e a capacidade de resistência e sobrevivência de H. salinarum NRC-1 em ambiente marciano simulado. Este estudo produziu conhecimentos fundamentais para a compreensão dos limites da vida terrestre, ressaltando os halófilos extremos como os candidatos mais prováveis para sobreviver em Marte.
Título Observações Simultâneas de Irregularidades Ionosféricas com Diferentes Tamanhos de Escala Durante o Mínimo entre os Ciclos Solares 23 e 24.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Pamela.pdf
Autor (a) Pâmela Rita Pereira Meibach Rosa
Orientação Prof. Dr. Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella e Prof. Dr. Virginia Klausner de Oliveira
Data: 28 de fevereiro de 2018.
Linha de Pesquisa
Resumo
Irregularidades ionosféricas são consideradas um dos mais relevantes fenômenos da atmosfera superior nas regiões equatorial e de baixa latitude e têm sido amplamente estudadas, pois denotam as não-homogeneidades observadas na densidade do plasma. As irregularidades podem causar flutuações nas ondas de rádio que interagem com o plasma da ionosfera, interferindo nos sinais de telecomunicações, tanto ionosféricos quanto transionosféricos. O mecanismo mais aceito para explicar a formação das irregularidades é o processo de instabilidade Rayleigh-Taylor, que inicia na base da camada F da ionosfera e aumenta de tamanho à medida que evolui para alturas maiores. As estruturas de irregularidades quando desenvolvidas tendem a derivar para leste acompanhando o movimento natural do plasma, e se estendem ao longo das linhas do campo geomagnético em direção a latitudes mais afastadas do equador. As irregularidades ionosféricas de grande escala (denominadas bolhas de plasma) podem se estender até a região da Anomalia na Ionização Equatorial (EIA) em torno de 15°-20° de latitude magnética, onde intersectam uma região de altos níveis de densidade eletrônica. Durante o processo de formação e desenvolvimento das bolhas de plasma, irregularidades com tamanhos de escala menores gerados por mecanismos secundários de instabilidade podem coexistir com as estruturas de maiores escalas. Irregularidades com diferentes tamanhos de escala horizontais, desde pouco centímetros até centenas de quilômetros, podem ser estudados por meio de diferentes técnicas de observação. Neste estudo foi analisado dados obtidos entre 2008-2010 nas estações de monitoramento ionosférico de São José dos Campos (23,2ºS; 45,9°O) e Palmas (10,2ºS; 48,2ºO), visando verificar assinaturas de irregularidades ionosféricas nos registros simultâneos de diferentes instrumentos de observação (imageador óptico, ionossonda e receptores GPS). Durante os anos de 2008-2010 ocorreu o período de extremo mínimo na atividade solar entre os ciclos 23 e 24, quando a ionosfera global se tornou menos espeça e apresentou níveis reduzidos de densidade eletrônica. Consequentemente, a geração e evolução das irregularidades na ionosfera tropical foram significativamente afetadas. Para monitorar as estruturas de irregularidades de maiores escalas foram analisados dados de emissão de luminescência do OI 6300 registrados por imageadores all-sky, e dados de espalhamentos nos traços da região F em ionogramas gravados por ionossondas digitais. Os espalhamentos nos ionogramas foram classificados quanto ao tipo e intensidade. O monitoramento de estruturas de escalas intermediárias foi realizado a partir de medidas de cintilações na amplitude dos sinais recebidos dos satélites GPS, e a partir das flutuações observadas nas estimativas do conteúdo eletrônico total. Na estação de São José dos Campos foram encontrados 05 eventos de irregularidades com registros simultâneos nas quatro diferentes técnicas de medição, enquanto que em Palmas foram registrados 10 eventos em três técnicas disponíveis. Para cada um dos eventos foram analisadas medidas simultâneas dos parâmetros de altura da base (h’F) e do pico (hpF2) da camada F, da frequência crítica da camada F2 (foF2), da deriva aparente da ionosfera (dh’F/dt) e do conteúdo eletrônico total vertical (VTEC). Adicionalmente, para os eventos observados em São José dos Campos foram estimados os gradientes horizontais na densidade eletrônica. Os mecanismos físicos envolvidos na geração e evolução das irregularidades durante um período em que as condições ionosféricas foram desfavoráveis, serão discutidos com base nas observações coletadas pelos diferentes instrumentos e técnicas, constituindo a principal contribuição deste trabalho.
Título Comparação entre Tempestades de Ruído Solares Tipo I e Padrões de Flutuações Canônicas Via Análise de Spectro Gradiente.
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Marco.pdf
Autor (a) Marco Antônio de Ulhôa Cintra
Orientação Prof. Dr. Francisco Carlos Rocha Fernandes e Prof. Dr. Reinaldo Roberto Rocha
Data: 31 de agosto de 2018
Linha de Pesquisa
Resumo
Sabe-se que emissões solares Tipo I são geradas por elétrons não térmicos acelerados por variações estocásticas na configuração magnética das regiões ativas. A maioria das explosões Tipo I é registrada como uma sequência de emissões individuais caracterizando as tempestades de ruído, que também podem ser associadas com a ocorrência de flares solares. Neste caso, a energia dissipativa é adicionada à liberação de energia por pequenas mudanças na distribuição magnética, que contribuem para a manutenção de tempestades de ruído duradouras. No entanto, devido à maior resolução espectral e sensibilidade observacional, detalhes sobre os mecanismos de emissão e duração de explosões do Tipo I precisam ser melhor compreendidos. Neste trabalho, utilizando a técnica espectral baseada no Gradient Pattern Analysis (GPA), analisou-se tempestades de ruído (medidas na forma de séries temporais em comprimentos de onda métricos (263,3 MHz) geradas pelo espectrógrafo suíço BLEN7M e armazenadas no repositório da rede e-CALLISTO (Compound Astronomical Low cost Low frequency Instrument for Spectroscopy and Transportable Observatory). Para fins de caracterizar os padrões de flutuação das explosões solares do Tipo I a análise espectral foi aplicada a séries temporais com diferentes padrões de flutuação considerados canônicos: ruídos 1{f β (White Noise, Pink Noise e Red Noise), caóticas e turbulentas. De acordo com a técnica do espectro gradiente, as séries temporais foram divididas em 11 escalas (iniciando em 3600 pontos) a fim de resultar em espectros com escalas de correlação compatíveis. Como técnicas complementares foram calculados também, para cada série temporal, os espectros de potência via Power Spectral Density (PSD) e Detrended Fluctuation Analysis (DFA). Os resultados indicam que os espectros gradiente de tempestades de ruído solares Tipo I são, no domínio da frequência, incompatíveis com os padrões canônicos das séries temporais de ruídos 1{f β , entretanto apresentam compatibilidade espectral com os dados gerados a partir do padrão turbulento. Portanto, com base na análise espectral apresentada, processos turbulentos específicos, como já previsto na literatura, podem estar relacionados à dinâmica de plasma subjacente responsável pelas emissões solares do Tipo I aqui estudadas. Com base nessa aplicação, discute-se ainda quais as vantagens da técnica GPA sobre as metodologias mais usuais como PSD e DFA.
Título Estudo Do Gelo De Metanol Bombardeado Por Agentes Ionizantes Em Ambientes Astrofísicos Simulados Em Laboratório
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Fabricio.pdf
Autor (a) Fabricio Moreira Freitas
Orientação Prof. Dr. Sergio Pilling Guapyassú de Oliveira
Título Sistema de Imersão para Simulação de N-Corpos em Astrofísica
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/fisica-astronomia/mestrado/Luiz.pdf
Autor (a) Luiz Eduardo Camargo Aranha Schiavo
Orientação Prof. Dr. Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho e Prof. Dr. Valdir Gil Pillat
Data: 26 de fevereiro de 2018
Linha de Pesquisa
Resumo
Esta dissertação acompanha um estudo de Dinâmica de Sistemas Estelares, especificamente na colisão de galáxias. Para tal é feita uma revisão de conceitos Matemáticos e Físicos que são utilizados na solução do problema de N-Corpos gravitacional. São abordados conceitos utilizados na criação de modelos numéricos de galáxias, algoritmos de cálculo de forças utilizados na sua interação e integradores de tempo para a evolução temporal. Uma revisão de Computação Gráfica é feita para conceituar o funcionamento da classe de softwares utilizados na visualização dos resultados destas simulações. Um grid com 72 simulações de colisão de galáxias foi rodado utilizando o código GADGET-2 e esse grid foi utilizado como objeto de estudo neste trabalho. Os resultados das simulações foram visualizados no GLnemo2, Gadget Viewer e no GraVity, que é uma nova ferramenta de visualização de modelos que teve seu desenvolvimento durante este mestrado. Para o caso específico da visualização utilizando o GraVity, a visualização pode ser feita em modo Desktop ou imerso em Realidade Virtual através do uso de um HMD.
DISSERTAÇÕES 2019
Título Abundância Química da Galáxia Liner UGC 4805 com o SDSS IV MaNGA
https://www1.univap.br/marketing/publico/ipd/mestrado-fisastro/celso.pdf
Autor (a) Celso Benedito de Oliveira Junior
Orientação Prof. Dr. Ângela Cristina Krabbe
Data: 27 de junho de 2019
Linha de Pesquisa
Resumo
Determinações da abundância química de núcleos ativos de galáxias (agns) e de regiões de formação estelar (SFs) são essenciais para entender a evolução química de galáxias e, por consequência, a evolução química do universo. O método mais confiável para a determinação da abundância química do gás é o tão conhecido método-T𝑒 ou método direto. Esse método se baseia em determinações da temperatura eletrônica da fase de gás de um objeto a partir de medidas de linhas de emissão aurorais, tais como as linhas [O III]𝜆4363 e [N II]𝜆5755, As quais são geralmente muito fracas em objetos com alta metalicidade e/ou baixa excitação. Quando não é possível medir linhas aurorais, pode-se utilizar métodos indiretos ou definidos por métodos de linhas fortes para calcular a metalicidade, geralmente traçada pela abundância do oxigênio. Portanto, a maioria desses métodos indiretos são propostos para regiões de formação estelar, enquanto que para a determinação de abundância química em agns são mais escassos na literutura. Galáxias com um baixa luminosidade em seu núcleo e com NLR com baixa ionização são classificadas como LINERs (do inglês low ionization nuclear emission regions). Essa classe de objetos aparece em cerca de 1/3 das galáxias do universo próximo e a classificação da fonte de ionização desses objetos ainda é um problema aberto na astronomia. Utilizando os dados do survey MANGA (Mapping Nearby Galaxies At Apache Observatory), que compreendem espectroscopia de campo integral em um intervalo de comprimento de onda de 3600 Å a 10000 Å, com uma resolução de R ∼ 2000, investigou-se a abundância química da galáxia liner UGC 4805, através de nove calibrações, dentre os quais sete são voltados para regiões H IIe duas são voltadas para regiões agn. a abundância média calculada foi 12+log(O/H)𝑅0 = 9,01 e uma variação de aproximadamente 1 dex foi encontrada comparando-se os resultados obtidos a partir das nove calibrações.
DISSERTAÇÕES 2020
Título Avaliação de forçantes geofísicas e climáticas em dados dendrocronológicos utilizando a análise de componentes principais
https://biblioteca.univap.br//dados//00004e/00004ee5.pdf
Autor (a) Daniela Oliveira Silva
Orientação Prof. Dr. Alan Prestes e Prof. Dr. Virginia Klausner de Oliveira
Data: 31/01/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
As árvores para se desenvolverem dependem de fatores internos, fatores biológicos, e de fatores externos, fatores ambientais. Fatores biológicos determinam a tendência natural de crescimento da espécie, enquanto os fatores ambientais, como por exemplo a temperatura e a precipitação, influenciam no maior ou menor crescimento dependendo das condições serem favoráveis ou não, ou seja, um meio desfavorável reduz o crescimento, pois ele interfere em diversos processos fisiológicos essenciais. Assim, informações sobre essas variáveis são conservadas em seus anéis de crescimento. O Sol é um dos principais fatores que influenciam neste desenvolvimento, proporcionando a possibilidade da árvore realizar fotossíntese, e por sua influência na temperatura atmosférica. Devido a essa influência direta e indireta, podemos utilizar as árvores como um registro natural da relação Sol-Terra-Clima, avaliando séries temporais dos anéis de crescimento de árvores. Assim, utilizou-se amostras da espécie imbuia, (Ocotea porosa (Nees & Mart) Barroso), coletadas na cidade de General Carneiro, região Sudeste do Estado do Paraná (26º24’01 25"S 51º24’03 91"O), Brasil, para estudar a condições ambientais no passado desta região. As amostras selecionadas para este estudo foram obtidas por meio de Análise de Clusters, que classifica objetos (amostras) com base em suas semelhanças. Com a finalidade de obter melhores resultados, aplicou-se nas séries dendrocronológicas de imbuia o método estatístico Análise de Componentes Principais (Principal Component Analysis - PCA) para analisar os dados obtidos a partir da Análise de Clusters. Estudo este realizado com auxílio do Software Matlab, onde executou-se o cálculo das Componentes Principais (PC). Obtidas as PCs, reconstruiu-se as séries sem a 1ª PC, sendo esta uma estimativa da tendência que melhor representa o crescimento natural de todas as árvores do local. Esta remoção, junto com a criação de uma série dendrocronológica média, faz-se necessária para maximizar os sinais dos fatores climáticos/geofísicos, que influenciaram no desenvolvimento das árvores. Os resultados obtidos pelo método de análise por PCA foram comparados com resultados obtidos em outro estudo das mesmas amostras, que utilizou o método de ajuste de curva polinomial (ACP) para representar a tendência de crescimento de cada árvore, desta forma, validouse a PCA como ferramenta para modelar a tendência de crescimento das árvores. O estudo dendroclimático foi realizado a partir de séries de precipitação e temperatura de reanálise obtidas em estações próximas ao local de estudo. Calculou-se a correlação de Pearson e sua significância entre a série dendrocronológica média e as séries climáticas anuais, mensais, e por estações. Os resultados obtidos mostram que as amostras da espécie imbuia do local de estudo tem estreita relação com a precipitação, apresentando melhor desenvolvimento durante as estações de primavera e verão. A partir desta conclusão, foi realizada a reconstrução dos padrões de precipitação para o local, utilizando a série de precipitação primavera-verão com a série dendrocronológica média, por meio do método de Análise de Componentes Principais e pelo método de Regressão Linear. A correlação entre as séries reconstruidas com a série de precipitação da primavera-verão, durante os anos em que ambas as séries coexistem, deram os valores de 61,97% para a reconstrução da PCA e 39,45%, para a reconstrução da Regressão Linear. Já a correlação entre ambas as séries reconstruídas apresentou uma correlação de 91,02%. Com os resultados apresentados pela PCA para a obtenção da Série Dendrocronológicas Média na reconstrução da precipitação, mostra que este método estatístico pode ser utilizado em todos os passos de análise de um estudo dendrocronológico/dendroclimático.
Título Estudo estatístico das variações de entropia do campo magnético interplanetário no ponto de lagrange L1 nos anos de 1999 a 2001
https://biblioteca.univap.br//dados//000055/000055d1.pdf
Autor (a) Marcus Vinicius Chemello Cardoso
Orientação Prof. Dr. Arian Ojeda González
Data: 10/03/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
A pesquisa teve como foco a estimativa das variações nos valores de entropia no campo magnético interplanetário no ponto de Lagrange L1 no período de 1999 a 2001, utilizando quatro métodos: Entropia Espaço-Temporal (STE), Entropia Espectral (SE), Entropia na análise de quantificação de recorrência (ENTR) e densidade de entropia em período de Recorrência (RPDE). Os dados foram colhidos do satélite ACE e com eles obtidos as séries temporais do campo magnético interplanetário (IMF) e das componentes da velocidade do vento solar. A partir dessa etapa a entropia foi calculada de cada componente do IMF, criando-se para cada método os seguintes índices: 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸, 𝐼𝐸𝑆𝐸, 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅 e 𝐼𝐸𝑅𝑃 𝐷𝐸. A obtenção destes índices possibilitou fazer uma análise estatística da entropia do ano 1999 a 2001 e separar os diferentes tipos de Distúrbios interplanetários (DIs) para estudar suas características. Neste trabalho foram identificados dezoito intervalos Alfvênicos com durabilidade maior que dois dias e vinte intervalos não-Alfvênicos também de longa duração. A correlação linear do 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸 com 𝐼𝐸𝑆𝐸, 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅, e 𝐼𝐸𝑅𝑃 𝐷𝐸 foi de 60, 8%, −82, 2% e 31, 5%, respectivamente. No estudo dos DIs, o 𝐼𝐸𝑆𝐸 e 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅 mostraram resultados semelhantes ao 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸 na caracterização dos eventos. No entanto, o 𝐼𝐸𝑆𝑇 𝐸 foi melhor para identificar ICMEs, flux-ropes e MCs. O 𝐼𝐸𝑆𝐸 se mostrou melhor para estudar eventos Alfvênicos de longa duração. Dos métodos utilizados apenas o RPDE não apresentou valores do 𝐼𝐸𝑅𝑃 𝐷𝐸 estatisticamente significativos para caracterizar os DIs. O trabalho deixa em aberto a possibilidade de utilizar de forma automática o 𝐼𝐸𝑆𝐸 e 𝐼𝐸𝐸𝑁𝑇 𝑅 para estender o estudo estatístico em outros anos. A escolha do máximo do ciclo solar 23 permitiu analisar uma quantidade estatisticamente significativa de DIs, pois num período de mínimo teríamos mais dificuldades para caracterizá-los.
Título Modelos analíticos de uma forma específica da equação de Grad-Shafranov aplicado em plasmas espaciais.
https://biblioteca.univap.br//dados//000055/00005571.pdf
Autor (a) Matheus Felipe Cristaldo de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Arian Ojada González
Data: 27/08/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
Este trabalho é um estudo de uma pesquisa detalhada abrangendo a área da Física Espacial. No qual será elaborada visando uma construção sistemática satisfazendo as teorias aplicadas nas áreas de Física de Plasma, Eletromagnetismo e a Teoria Magnetohidrodinâmica (MHD). Esta construção terá como característica abordar e explicar a construção física-matemática para a obtenção de uma forma especíĄca da equação de Grad-Shafranov, que é uma equação diferencial importante para se fazer estudos de fenômenos físicos no plasma geoespacial. As soluções desta equação podem ser obtidas a partir da fórmula de Walker de 1915. Estas soluções são analíticas e fornecem informações para possíveis morfologias geométricas que um campo magnético possa assumir em determinadas situações físicas que gerem lâminas de corrente bidimensionais. Vários trabalhos como o de Harris (1962), Fadeev (1965), Kan (1963), Manankova (2003), dentre outros, sugeriram vários tipos destas soluções. Elas, em sua grande maioria, são abordadas, revistas, discutidas e melhoradas no sentido de melhor compreensão das propostas que elas trazem. Essas melhoras são apresentadas em gráĄcos e discussões, visando propor argumentos claros que possibilitarão melhores interpretações dos modelos analíticos que são decorrentes de várias publicações nesta área. Algumas características geométricas que essas soluções apresentam como os pontos neutros X, O e ponto singular S foram discutidas para salientar a importância de detectar e apresentar esses pontos que podem trazer interpretações dos fenômenos físicos relativos à morfologia do campo magnético. Na sequencia, é apresentada e sugerida uma nova solução analítica, que possuí uma lâmina de corrente em forma cilíndrica e com características de fractais.
Título Doubly ionized neon ionic abundance of Seyfert 2 nuclei based on infrared and optical emission lines
https://biblioteca.univap.br//dados//000056/00005610.pdf
Autor (a) Mark Armah
Orientação Prof. Dr. Oli Luiz Dors Junior
Data: 19/10/2020
Linha de Pesquisa
Resumo
O método mais confiável para determinar abundâncias químicas de elementos pesados em nebulas gasosas é o método 𝑇e, que é baseado em medidas de linhas de emissão aurorais (e.g. [O iii]𝜆4363). No entanto, este método gera abundâncias subsolares e irreais para regiões de linhas estreitas (NLRs) de AGNs Seyfert 2. Este problema é chamado “problema de temperatura” e sua origem é uma questão em aberto na astrofísica nebular. A comparação entre abundâncias baseadas em linhas de emissão obsevadas no óptico e infravermelho podem ser usadas para obter o nível de flutuações de temperatura eletrônica em AGNs, geralmente atribuídos à origem do problema de temperatura. Neste trabalho, utilizamos intensidades de linhas de emissão estreitas 36 núcleos de galáxias Seyfert 2 observadas na faixa espectral do óptico e infravermelho compiladas da literatura e utilizadas para calcular a abundância iônica do neônio duas vezes ionizado em relação a do hidrogênio (Ne2+/H+). Esta metodologia torna possível obter o nível de flutuação de temperatura eletrônica necessária para conciliar valores de abundância derivadas a partir de linhas observadas no óptico e no infravermelho. Nós investigamos o uso do decremento Balmer 3 → 2 (H𝛼 𝜆6563 Å) and 4 → 2 (H𝛽 𝜆4861 Å) para corrigir a extinção em Seyfert 2 e encontramos que 𝐼(H𝛼/H𝛽) = 2, 85 produz valores de temperatura electrônia 700 ± 30 K maiores que quando 𝐼(H𝛼/H𝛽) = 3, 10 é considerado. Nossos resultados mostram diferenças (D) entre valores de abundância via linhas no ótico e no infravermelho variando de 0, 1334 ± 0, 0219 a 2, 0636 ± 0, 0151 dex, com um valor médio de 0, 6931 ± 0, 0052 dex. Este valor médio é um fator ∼ 0, 01±0, 01 dex mais alto do que o derivado em regiões II. Nenhuma correlação entre a diferença de abundância iônica do neônio (D) e o parâmetro de ionização (𝑈) foi encontrada para a amostra de objetos. Nós estimamos o nível de flutuação de temperatura em termos do parâmetro 𝑡 2 no intervalo de 0,0006 a 0, 4365 ± 0, 0053 com um valor médio de 0, 1859±0, 0011. Concluímos que, se flutuações de temperatura eletrônica estão presentes em AGNs, esta é mais predominante do que as em H ii regiões.
DISSERTAÇÕES 2021
Título Estudo da ionosfera sobre o equador magnético no setor brasileiro durante diferentes períodos de atividade solar
https://biblioteca.univap.br//dados//000059/0000599a.pdf
Autor (a) Felipe Antonio Cardoso
Orientação Prof. Dr. Valdir Gil Pillat e Prof. Dr. Paulo Roberto Fagundes
Data: 29/03/2021
Linha de Pesquisa
Resumo
A ionosfera e sua dinâmica de plasma são temas de estudos desde a sua descoberta, compreender a dinâmica desta região da atmosfera terrestre é fundamental para a compreensão dos fatores que influênciam o funcionamento de satélites e equipamentos tecnológicos que suportam sistemas de telecomunicação baseada em sinais eletromagnéticos ou ondas de rádio, cuja aplicabilidade é parte fundamental do dia-a-dia da sociedade humana moderna. Este trabalho utiliza receptores GPS (Global Posioting System) de 19 estações GPS-TEC, da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC), que estão localizados entre ±5˚ de latitude magnética a partir do equador magnético, para analisar o Conteúdo Eletrônico Total (TEC) da ionosfera na região do equador magnético, sobre o setor brasileiro, com o objetivo de identificar as características desta região para os dias geomagneticamente calmos (DST> -30 nT) nos anos de 2015 e 2018. Utilizaram-se ferramentas computacionais desenvolvidas especialmente para este trabalho para organizar os dados obtidos pelos receptores GPS com resolução de 1 minuto, para os 24 meses estudados, permitindo a manipulação eficiente e a obtenção de informação relevante da variação do TEC sobre o equador magnético. Este estudo mostrou que o valor máximo do TEC registrado para períodos de alta atividade é, aproximadamente, duas vezes maior que os valor de TEC máximo registrado nos períodos de baixa atividade solar, para o mesmo período do ano. Observou-se, também, que independente da época do ano, ou período de atividade solar, o mínimo valor de TEC é de ~2,5 TECU e é registrado no horário de 09:00 UT. Os resultados mostram, também, que nos meses de final de inverno, primavera-verão e início de outono, do ano de 2015 (alta atividade solar) o TEC apresenta um segundo pico por volta das 00:00 UT. Também se verificou a viabilidade de utilizar as ferramentas computacionais desenvolvidas neste trabalho para estudar o desenvolvimento de irregularidadesionosféricas em um curto espaço de tempo (dias). Com este objetivo selecionouse o período geomagnético de 27-28 de setembro de 2017 onde foi possível verificar que houve a inibição na evolução de irregularidades ionosféricas durante a fase principal deste período geomagneticamente perturbado.
TESES 2012
Doutorando: Rodolfo de Jesus
Título: Estudo do tempo espacial (space weather) e sua influência sobre a região F ionosférica no setor brasileiro
Palavras-chave: Ionosfera, Tempo espacial, Tempestades Geomagnéticas, HILDCAAs, Camada F, Ionossonda, GPS.s
Data: 23 de março de 2012
Orientador(es): Fernando Luís Guarnieri / Yogeshwar Sahai
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Doutorando: Alessandro José de Abreu
Título: Estudo do papel das ondas planetárias e dos distúrbios ionosféricos na geração de irregularidades ionosféricas equatoriais
Palavras-chave: Ionosfera, Camada F, Irregularidades Ionosféricas Equatoriais, Ondas Planetárias, Tempestades Geomagnéticas
Data: 28 de agosto de 2012
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes / Yogeshwar Sahai
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TESES 2014
Doutorando: Priscila Freitas Lemes
Título: Análise espectro-fotométrica de candidatas a galáxias com anel polar.
Palavras-chave: Galáxia com anel polar, galáxias em interação, galáxias com núcleo ativo, cinemática de galáxia, imageamento e espectroscopia.
Data: junho 2014
Orientador(es): Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
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TESES 2015
Doutorando: Deise Aparecida Rosa
Título: Efeitos de interações em pares de galáxias com o Gemini/GMOS
Palavras-chave: Interação de galáxias, densidade eletrônica, síntese de população estelar, evolução química.
Data: fevereiro 2015
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior
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Doutorando: Alexandre Bergantini Souza
Título: MEstudo de produção de moléculas de interesse astrobiológico em experimentos simulando a lua Encélado na presença de fótons UV, raio-x, elétrons e íons rápidos.
Palavras-chave: Astroquímica experimental no estado sólido, Encélado, FTIR, TOFMS, fotólise, radiólise.
Data: março 2015
Orientador(es): Sérgio Pilling Guapyassú de Oliveira
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Doutorando: Will Robson Monteiro Rocha
Título: Modelagem computacional do ambiente circunstelar de protoestrelas empregando dados de gelo bombardeados por raios cósmicos simulados em laboratório.
Palavras-chave: Gelo astrofísico, astroquímica experimental, NKABS, RADMC-3D, Elias 29, raios cósmicos.
Data: agosto 2015
Orientador(es): Sérgio Pilling Guapyassú de Oliveira
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Doutorando: Danilo Maciel Lopes Gusmão
Título: Estudo das regiões HII Ultracompactadas por espectroscopia de alta resolução espacial
Palavras-chave: Região HII Ultracompactada, estrelas de altas massas, formação estelar, PCA
Data: agosto 2015
Orientador(es): Cássio Leandro Dal Ri Barbosa e Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
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TESES 2016
Doutorando: Alexandre Tardelli
Título: Estudo de Múltiplas Estratificações da Camada-F Ionosférica em Regiões de Baixa Latitude e Equadorial
Palavras-chave: Camada F3, quarta estratificação StF-4, Ionosfera equatorial e de baixa latitude
Data: 25/02/2016
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
Texto Completo
Doutorando: Caren da Silva Lorensi
Título: Resposta dos anéis de crescimento de Araucaria angustifolia(Bertol.)O.Kuntze da região sul do Brasil aos forçantes geofísicos e climáticos
Palavras-chave: Ciclo solar, Dendrocronologia, Araucaria angustifolia, Séries temporais, ENOS
Data: 26/02/2016
Orientador(es): Alan Prestes
Texto Completo
Doutorando: Rafael Douglas Cunha da Silva
Título: Estudo de emissões solares tipo II métricas associadas a ejeções de massa coronal (CMES) e ondas no ultravioleta extremo (Ondas EUV)
Palavras-chave: Emissão solar tipo II métrica, onda de choque coronal, Ejeção de Massa Coronal (CME), Onda EUV;e-Callisto
Data: 23/03/2016
Orientador(es): Francisco Carlos Rocha Fernandes
Texto Completo
Doutorando: Josafa Carvalho Aguiar
Título: Caracterização das espécies de Leishmania e Trypanosoma por espectroscopia no infravermelho por Transformada de Fourier
Palavras-chave: Trypanosoma cruzi, Trypanosoma rangeli, Leishmania;Espectroscopia FT-IR, Análise de Cluster, Deconvolução de banda
Data: 16/08/2016
Orientador(es): Leandro José Raniero
Texto Completo
TESES 2017
Doutorando: Zuleika Auxiliadora da Luz Sodre
Título: Investigação de emissões solares Tipo I associadas a tempestades de
ruído em ondas métricas
Palavras-chave: Tempestade de ruído (RNS), região ativa, flares, campo magnético fotosférico, espectro de potência
Data: 31/03/2017
Orientador(es): Francisco Carlos Rocha Fernandes
Texto Completo
Doutorando: Fredson de Araujo Vasconcelos
Título: Processamento energético de mundos gelados no sistema solar exterior: influência de UV, raios-x e raios cósmicos na físico-química de ambientes ricos em N2 e CH4
Palavras-chave: Astroquímica experimental, Espectroscopia de infravermelho, Gelos Astrofísicos, Fótons, Raios cósmicos, Sistema solar exterior
Data: 14/06/2017
Orientador(es): Sergio Pilling Guapyassu de Oliveira
Texto Completo
Doutorando: Flavia Elaine Coelho
Título: Estudo de características de blobs de plasma ionosférico observadas no setor brasileiro
Palavras-chave: Bolhas de plasma, blobs de plasma, irregularidades ionosféricas, fotômetro imageador, satélite DMSP
Data: 23/08/2017
Orientador(es): José Ricardo Abalde Guede
Texto Completo
Doutorando: Lucas Antonio Carita
Título: Detecção de ordem e caos em órbitas estelares imersas em potenciais de galáxias barradas pelo método SALI
Palavras-chave: Orbitas estelares, Galáxias barradas, caos
Data: 18/12/2017
Orientador(es): Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
Texto Completo
TESES 2018
Doutorando: Claudio De Sousa Castro
Título: Determinação de Metalicidade em Núcleos Ativos de Galáxias Seyfert 2
Palavras-chave: Astronomia; AGN; Metalicidade.
Data: 15 de março de 2018
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior/ Mônica Cardaci
Texto completo
Doutorando: Flávio Roony Evangelista Barbosa
Título: Estudo das Irregularidades Ionosféricas de Grande e Média Escala Durante Períodos Geomagneticamente Calmo e Perturbado.
Palavras-chave: Irregularidades ionosféricas; Pôr do sol; Camada F; Comportamento; Anomalia; Intensificação.
Data: 30 de agosto de 2018
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
Texto completo
Doutorando: Víctor de Souza Bonfim
Título: Estudo Teórico Experimental de Espécies Químicas em Gelos Astrofísicos: Reatividade e Espectroscopia no Infravermelho
Palavras-chave: Astroquímica experimental; Raios X; Termoquímica; Gelos Astrofísicos; Espectroscopia no Infravermelho (FTIR); PCM.
Data: 26 de março de 2018
Orientador(es): Sergio Pilling Guapyassú de Oliveira
Texto completo
Doutorando: Marcelo Henrique Duarte Silva
Título: Variabilidades das Cintilações Ionosféricas no Setor Brasileiro Durante Períodos Geomagneticamente Calmos e Perturbados
Palavras-chave: Ionosfera equatorial; Irregularidades ionosféricas; Tempestades geomagnéticas; Campos elétricos perturbados; GPS; Cintilação; ROTI; Modelagem ionosférica.
Data: 01 de março de 2018
Orientador(es): Marcio Tadeu de Assis Honorato Muella/Arian Ojeda González
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Doutorando: Iuri Rojahn da Silva
Título: Relações entre o Crescimento da Ocotea Porosa (Nees & Mart.) Barroso e as Forçantes Climatológicas do Sudeste do Paraná.
Palavras-chave: Dendrocronologia; Imbuia; Análise espectral; Variações climáticas e solares
Data: 30 de junho de 2018
Orientador(es): Alan Prestes/Virginia Klausner de Oliveira
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Doutorando: Antonio Nilson Laurindo Sousa
Título: Soluções Analíticas da Equação de Grad-Shafranov e o Estudo de Lâminas de Corrente
Palavras-chave: Lâmina de Corrente; Equação de Grad-Shafranov; Região de Difusão; Pontos Neutros Tipo-X; Pontos Neutros Tipo-O.
Data: 24 de maio de 2018
Orientador(es): Arian Ojeda González/Alan Prestes
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TESES 2019
Doutorando: Fabrícia de Almeida Cortez Pereira
Título: Buracos Negros Supermassivos em Fusão Circundados por Discos de Gás: Taxas de Acreção e Taxas de Eventos de Ondas Gravitacionais
Palavras-chave: Buracos Negros Supermassivos, Discos de Acreção, Simulações Numéricas, Ondas Gravitacionais
Data: 08 de março de 2019
Orientador(es): Irapuan Rodrigues de Oliveira Filho
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Doutorando: Alexandre Jose de Oliveira e Silva
Título: Modelagem da Atmosfera Solar Acima de Regiões Ativas com Diagnóstico em Rádio
Palavras-chave: geral – Sol: radiofrequência – Sol: atmosfera solar – Sol: campo magnético – Extrapolação de campo livre de força – Transferência radiativa
Data: 27 de março de 2019
Orientador(es): Caius Lucius Selhorst
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Doutorando: Brunno Augusto Gomes Ribeiro
Título: Estudo do sistema ionosfera-termosfera durante eventos extremos de clima espacial (tempestades geomagnéticas), no decorrer da fase descendente do ciclo solar 24
Palavras-chave: Tempestades geomagnéticas. Ionosfera. GPS. Ionossonda. All-sky.
Data: 17/09/2020
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
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Doutorando: Maukers Alem Lima Dias
Título: Estudo das variações diária e mensal da anomalia de ionização equatorial (EIA) sobre o setor brasileiro durante 2016 (fase decrescente do ciclo solar 24)
Palavras-chave: EIA. TEC. Variabilidade diária e mensal. IRI-2016.
Data: 29/09/2020
Orientador(es): Paulo Roberto Fagundes
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Doutorando: Sarita Pereira de Carvalho
Título:
Palavras-chave:
Data: 15/10/2020
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior
Doutorando: Olavo de Osti Comparato Filho
Título: Diferenciação bioquímica e colorimétrica entre as espécies Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides Lutzii
Palavras-chave: Diferenciação bioquímica. Espectroscopia no infravermelho. FT-IR. Paracoccidioides brasiliensis. lutzii. Paracoccidioides nanopartículas de ouro
Data: 23/11/2020
Orientador(es): Leandro José Raniero
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Doutorando: Rosemeire Apa. Rosa Oliveira
Título: Caracterização geométrica de nuvens magnéticas interplanetárias por meio de experimentos computacionais
Palavras-chave: Nuvens magnéticas. Método da mínima variância. Método livre e força. Degeneração. Eixo do tubo de fluxo
Data: 01/04/2021
Orientador(es): Arian Ojeda González / Valdir Gil Pillat
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Doutorando: Nathanne Cristina Vilela Rost
Título: Iron oxide nanoparticles synthesis optimized by design of experiments and magnetic particle imaging performance of magnetoliposomes
Palavras-chave: Iron oxide nanoparticles; Chemical coprecipitation; Design of experiments; Magnetoliposomes; Magnetic particle imaging.
Data: 25/08/2021
Orientador(es): Leandro José Raniero / Carlos M. Rinaldi-Ramos
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Doutorando: Fabrício Moreira Freitas
Título:
Palavras-chave:
Data: 29/11/2021
Orientador(es): Sérgio Pilling G. de Oliveira
Doutorando: Adriana Ribeiro da Silva
Título:
Palavras-chave:
Data: 06/12/2021
Orientador(es): Ângela Cristina Krabbe
Doutorando: Adriano Francisco Monteiro dos Santos
Título:
Palavras-chave:
Data: 08/12/2021
Orientador(es): Oli Luiz Dors Junior
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Por Redação, em Stricto Sensu