Laboratório de Astrofísica Extragaláctica
e Meio Interestelar (LAEM)

O Laboratório de Astrofísica Extragaláctica e Meio Interestelar (LAEM) foi criado em 2018 com apoio da FAPESP, FVE e UNIVAP. No LAEM desenvolvem-se estudos sobre abundância química de Núcleos Ativos de Galáxias (AGNs) e regiões de formação de estrelas, principalmente utilizando simulações de dados observacionais feitos mediante o uso do código Cloudy (www.nublado.org). Utilizam-se também dados observacionais de telescópios de grande porte, tais como, o telescópio GEMINI e o telescópio SOAR, como também, diversos laboratórios do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IP&D) na UNIVAP.

Pesquisa

Galáxias em interação

Existem inúmeras evidências que interações de galáxias são fatores importantes no aumento tanto da taxa de formação estelar quanto na atividade estelar nestas galáxias. Entretanto, não existe ainda um acordo claro na literatura sobre a correlação entre a atividade e a interação. Além disso, acredita-se que os movimentos dos gases criados pelas interações podem também alterar significativamente o estado químico das galáxias e modificar o gradiente de metalicidade radial, frequentemente encontrado nas galáxias isoladas do tipo disco. Evidência para essa hipótese foi encontrada em um estudo observacional de um par de galáxias em interação AM 2306-721 executado pelos membros do LAEM (ver 2008MNRAS.389.1593K), onde a abundância do elemento oxigênio estimada no disco da galáxia principal apresentou um gradiente radial bem definido, enquanto que na galáxia companheira a abundância de oxigênio mostrou-se relativamente homogênea.

Este estudo foi o primeiro a mostrar que galáxias em interação podem apresentar gradientes de abundâncias planos, causados por movimento de gás ao longo do disco.

Abundância Química de AGNs e SFs

Estrelas muitas vezes mais massivas que o Sol possuem um período muito curto de evolução e, principalmente na fase final de evolução, ejetam uma grande quantidade de elementos pesados (e.g. O, N, S) no meio interestelar (ISM). O ISM, ao ser ionizado por radiação emitida por um buraco negro localizado no centro de uma galáxia (AGN) ou por estrelas quentes (do tipo O ou B) emitem um espectro bem característico, i.e. com linhas em emissão bem definidas. A intensidade destas linhas pode ser utilizada para calcular a abundância de elementos pesados, tornando assim, AGNs e SFs objetos muito uteis no estudo da evolução química de galáxias e do Universo.

Utilizando o código de fotoionização Cloudy (www.nublado.org), astrônomos do LAEM têm simulado o espectro de AGNs e SFs com o objetivo de investigar a evolução química de galáxias. Recentemente, encontramos (ver (2018MNRAS.479.2294D) que mesmo as primeiras galáxias do Universo parecem ser quimicamente evoluídas.

Pesquisadores
Oli Luiz Dors Junior

Estudantes Doutorado
Istenio Nunes de Morais

Estudantes Mestrado
Nicolas da Silva Jonker
Gleicy Caroline de Almeida

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Por Redação, em Laboratórios IP&D

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