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Revista Science divulga descoberta com participação de professor da Univap

Escrito por Univap

17 AGO 2023 - 12H34 (Atualizada em 21 AGO 2023 - 17H42)

ESO / L. Calçada

O Prof. Dr. Alexandre Soares de Oliveira, vice coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física e Astronomia da Univap e um dos responsáveis pelo Observatório de Física e Astronomia da Universidade, teve participação no estudo que levou a uma descoberta importante para a astrofísica, na área que trabalha com a evolução das estrelas.

Uma matéria foi publicada hoje (16) na Revista Science, revista americana de grande prestígio no ramo acadêmico. A Science contribui com a divulgação de descobertas científicas desde 1880 e já ganhou diversos prêmios por representar a categoria.

A Pesquisa

Em meados de 2021, o astrofísico e principal autor do artigo, Tomer Shenar, juntamente com outros estudiosos, estava investigando uma estrela massiva da classe Wolf Rayet (WR). A equipe a observava de um polo astronômico localizado no Havaí, quando notaram a presença de um campo magnético muito forte, o mais intenso encontrado até então.

A constatação levou o grupo a aprofundar a pesquisa sobre os campos magnéticos, indo de encontro aos dados do artigo de doutorado do professor Alexandre, realizado entre 1998 e 2002.

De 16 pesquisadores envolvidos, apenas o professor Alexandre é brasileiro. Ao receber o convite para participar da pesquisa, ele menciona que “foi uma surpresa gratificante, principalmente por um trabalho que já tinha sido dado como concluído”.

A pesquisa agregou diferentes estudos desenvolvidos em vários equipamentos. As instalações utilizadas para chegar ao resultado final não estão no mesmo lugar e apenas por meio dessa colaboração foi possível concluir a descoberta.

De acordo com o astrofísico brasileiro, um espectro-polarímetro foi utilizado para identificar a WR, esse equipamento combina a tecnologia do espectrógrafo e do polarímetro, proporcionando maior precisão na identificação e medição do magnetismo da estrela HD 45166.

A Participação do Professor

Entre os anos 1998 e 2000, o professor astrofísico Alexandre Soares de Oliveira conduziu seus estudos no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) em Itajubá (MG). Posteriormente, foi ao Chile concluir seu doutorado no La Silla Observatory, ao sul do Deserto do Atacama, que faz parte de um consórcio europeu de polos astronômicos chamado European Southern Observatory (ESO).

Do que se Trata a Descoberta?

Dentro do campo da astrofísica, é conhecido que a maneira como cada estrela morre está diretamente ligada à sua massa. Em uma escala crescente de pouca a muita massa, as estrelas podem se transformar em anãs brancas, estrelas de nêutrons ou buracos negros.

Dentro da classificação das estrelas de nêutrons, existe uma subclasse que depende do campo magnético da estrela em questão. Se esse campo magnético for muito intenso, essa estrela é chamada de magnetar.

No entanto, até agora não era possível identificar qual estrela massiva se tornaria um magnetar após sua morte. A pesquisa do astrofísico Shenar e sua equipe trouxe a descoberta da HD 45166, uma WR com o maior campo magnético já observado, fator que a levará a se tornar um magnetar.

Outras Contribuições do Professor Alexandre

Pesquisador, doutor e astrofísico, Alexandre Soares de Oliveira é membro do SOAR Board of Directors e do comitê científico do GMT Brazil Office. Foi membro da Comissão Nacional de Programas do SOAR por 8 anos e membro titular do Conselho Técnico Científico do Laboratório Nacional de Astrofísica (CTC/LNA) por 6 anos. Tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica Estelar, atuando principalmente com Variáveis Cataclísmicas, espectroscopia, Binárias de raios-X e instrumentação astronômica.

Uma de suas participações de destaque foi a descoberta de uma estrela anã branca com a rotação mais rápida já vista. O pesquisador foi coautor do estudo, que foi pauta em matérias na revista Galileu e na Agência Brasil.


Créditos da imagem: ESO/L. Calçada (imagem artística da HD 45166)

O vídeo acima ilustra e resume a descoberta. Crédito: ESO.

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