O Programa visa o desenvolvimento de investigações científicas, de atividades acadêmicas e de difusão científica e tecnológica na área de concentração em Planejamento Urbano e Regional. Com abordagem interdisciplinar, enfoca a produção do espaço urbano e regional apoiada por ferramentas teóricas advindas de diferentes áreas das Ciências Sociais Aplicadas e demais áreas afins. Neste processo de investigação, corrobora o conceito de espaço como defende Milton Santos, entendido como totalidade, expressão e instância da sociedade. Assim, objetiva contribuir para a compreensão do processo da produção social do espaço contemporâneo mediante a troca de ideias e conhecimento no plano acadêmico voltado à investigação científica, à reflexão e à análise crítica, com propósitos de gerar elementos que favoreçam a transformação da realidade.
Deste modo, o Programa se estrutura a partir da experiência e das atividades de um grupo de pesquisa que busca o desenvolvimento educacional mediante a adoção de disciplinas curriculares básicas e complementares, seminários de estudos e de intercâmbio, orientação coletiva, dentre outras dinâmicas, culminando com a preparação do trabalho de conclusão, individual, sobre temas pertinentes à área de concentração e as linhas de pesquisas e projetos desenvolvidos pelos docentes.
Objetivo
Esse Programa de Pós-Graduação da Universidade do Vale do Paraíba tem como área de concentração o ‘Planejamento Urbano e Regional’ e objetiva desenvolver uma abordagem interdisciplinar que permita analisar e compreender a dinâmica sócio espacial, relacionando-a a variáveis políticas, culturais, ideológicas, econômicas e físico-territoriais. Tem como um de seus laboratórios a região do Vale do Paraíba e seu entorno, contudo não se restringe a ela, incorporando a experiência de outras regiões importantes sob a ótica do processo de urbanização. Nessa perspectiva, busca contribuir para o desenvolvimento de estudos e estratégias de planejamento, nas escalas urbano e regional.
Linhas de Pesquisa
Linha 1: Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Visa estudar as características socioambientais do território e as relações entre as mudanças locais e regionais e as dinâmicas globais, de forma a subsidiar estudos e estratégias de planejamento voltadas para o desenvolvimento sustentável.
Linha 2: Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Aborda a dinâmica espacial, tanto urbana quanto regional, destacando os impactos resultantes de processos socioeconômicos e políticos intervenientes no ordenamento espacial. Neste sentido, sua preocupação se volta para os diferentes atores envolvidos.
Linha 3: Planejamento, espaço e cultura
Linha de pesquisa com foco nos processos histórico-sociais de constituição da cidade e região e das representações coletivas sobre urbano e rural. Objetiva estudar a dinâmica territorial, com ênfase na construção de identidades e memórias sociais.
Total de Créditos para Titulação
17 créditos em disciplinas obrigatórias
4 créditos em disciplinas optativas, de 2 créditos cada uma.
9 créditos para a Tese (pesquisa do aluno).
CORPO DOCENTE
Maria Angélica Toniolo
Coordenadora
Doutorado em Políticas Públicas/Indiana University/EUA
Lidiane Maria Maciel
Vice-coordenadora
Doutorado em Sociologia/ Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço urbano e regional
Adriane Aparecida Moreira de Souza
Permanente
Doutorado em Geografia Humana/ Universidade de São Paulo (USP)
Bruno Peregrina Puga
Permanente
Doutorado em Desenvolvimento Econômico/UNICAMP
Cilene Gomes
Permanente
Doutorado em Geografia Humana / Universidade de São Paulo (USP)
Sandra Maria Fonseca da Costa
Permanente
Doutorado em Engenharia dos Transportes / Universidade de São Paulo (USP)
Fabiana Felix do Amaral e Silva
Permanente
Doutorado em Ciências da Comunicação / Universidade de São Paulo (USP)
Viviana Mendes Lima
Colaboradora
Doutorado em Saúde Global e Sustentabilidade/Universidade de São Paulo (USP)
Pedro Ribeiro Moreira Neto
Permanente
Doutorado em História/Universidade de São Paulo
Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Bruno Peregrina Puga
Permanente
Doutorado em Desenvolvimento Econômico/UNICAMP
Maria Angélica Toniolo
Permanente
Doutorado em Políticas Públicas/Indiana University/EUA
Mario Valério Filho
Permanente
Doutorado em Agronomia / Universidade de São Paulo (USP)
Nathan David Vogt
Colaborador
Doutorado em Ciências Ambientais pela Indiana University, IU Bloomington, Estados Unidos.
Rodolfo Moreda Mendes
Colaborador
Doutorado em Engenharia Geotécnica / Universidade de São Paulo (USP)
Sandra Maria Fonseca da Costa
Permanente
Doutorado em Engenharia dos Transportes / Universidade de São Paulo (USP)
Planejamento, espaço e cultura
Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Permanente
Doutorado em História / Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP)
Lidiane Maria Maciel
Permanente
Doutorado em Sociologia/ Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Elizabete Mayumy Kobayashi
Permanente
Doutorado em História das Ciências e da Saúde/Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
Luiz Carlos Andrade de Aquino
Permanente
Doutorado em Filosofia da Educação/Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP)
São oferecidas disciplinas destinadas a prover os fundamentos da área de concentração e dar fundamentos às três linhas de pesquisa do Programa, dos pontos de vista teórico- metodológico e instrumental, de forma a desenvolver a análise crítica nos trabalhos de dissertação. As disciplinas devem ser concluídas ao longo do primeiro ano do mestrado para que o segundo ano possa ser dedicado exclusivamente à dissertação.
As disciplinas e atividades obrigatórias totalizam 21 créditos. Dentre as disciplinas optativas disponíveis, o aluno deverá selecionar, junto à orientação, aquelas que podem complementar seu projeto de pesquisa e auxiliá-lo a compreender o objeto de estudo e de sua dissertação e em função da linha de pesquisa selecionada para proceder à qualificação e apresentação final da dissertação. As disciplinas optativas são oferecidas de acordo com a demanda, podendo ser programadas para o primeiro ou segundo semestre.
Caso o aluno se interesse, ele poderá fazer até um terço das disciplinas optativas em outras instituições de ensino que possuam Programas de Pós-Graduação credenciados pela CAPES e solicitar revalidação do crédito.
DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
DISCIPLINAS | CRÉDITOS
Abordagens Teóricas e Tendências Contemporâneas do Planejamento Urbano e Regional | 2,0
Formação Histórica do Território Brasileiro | 4,0
Introdução ao Planejamento Urbano e Regional | 4,0
Metodologia Aplicada ao Planejamento Urbano e Regional | 2,0
Produção e Ocupação do Território Urbano e Regional | 4,0
Seminários de Dissertação | 1,0
TOTAL DE CRÉDITOS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS: 17,0
DISCIPLINAS OPTATIVAS
DISCIPLINAS | CRÉDITOS
Cidade e Memória | 2,0
Elementos Ambientais do Planejamento Territorial | 2,0
Geotecnologias Aplicadas ao Planejamento Urbano e Regional | 2,0
Hidrologia Urbana I | 2,0
Planejamento da Paisagem na Escala Regional | 2,0
Tendências da Urbanização Contemporânea | 2,0
A Teoria do Espaço na Obra de Milton Santos | 2,0
Epistemologias decoloniais para pensar nas experiências socioterritoriais na América Latina | 2,0
TOTAL DE CRÉDITOS DISCIPLINAS OPTATIVAS: 4,00
TOTAL DE CRÉDITOS DO CURSO: 21,00
GRADE HORÁRIA PERMANENTE
Segunda-feira
1º Semestre: Introdução ao Planejamento Urbano e Regional (4 horas-aula)
2º Semestre: Formação Histórica do Território Brasileiro (4 horas-aula)
Quarta-feira
1º Semestre: Produção e Ocupação do Território Urbano e Regional (4 horas-aula)
2º Semestre: Abordagens Teóricas e Tendências Contemporâneas do Planejamento Urbano e Regional (2 horas-aula)
Metodologia Aplicada ao Planejamento Urbano e Regional (2 horas-aula)
Sexta-feira
Optativas
DISSERTAÇÕES 2022
Título Cidades inteligentes e as contradições de suas narrativas sobre a gestão tecnológica do território em São José dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br//dados//000064/000064c3.pdf
Autor(a) João Paulo Fortaleza de Araújo
Orientação Profa. Dra. Fabiana Felix do Amaral e Silva e Profa. Dra. Viviana Mendes Lima
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Esta dissertação de mestrado constitui uma análise do modelo de cidades inteligentes e de como esse modelo é aplicado na cidade de São José dos Campos, SP. A pesquisa é sustentada por uma matriz teórica que visa entender o planejamento urbano dentro do contexto do desenvolvimento sustentável e do próprio conceito de cidades inteligentes, que ainda está sendo formulado e discutido. O objetivo é buscar entender como os elementos de cidades inteligentes são implementados na cidade e como impactam a gestão urbana no município. Parte-se inicialmente de uma pesquisa bibliográfica que dá suporte para compreender as dimensões dos conceitos de desenvolvimento sustentável e de cidades inteligentes para, num segundo momento, analisar como tais conceitos são implementados na experiência da gestão de São José dos Campos, SP, de 2008 até os dias atuais. A metodologia de pesquisa se apoia na análise de conteúdo, por meio da qual se examinou a documentação da gestão urbana e se avaliou como as ideias e práticas de cidades inteligentes são aplicadas em São José dos Campos, e ainda quais ações do poder público visam fomentar esse modelo de gestão. Dessa forma, foi possível contribuir para uma reflexão crítica sobre as reais dimensões da aplicabilidade de tal proposta na cidade.
DISSERTAÇÕES 2021
Título Avaliação da pós-ocupação de três conjuntos habitacionais do PMCMV em São José dos Campos, SP.
https://biblioteca.univap.br//dados//00005a/00005a25.pdf
Autor(a) Abraão Lucas Maciel Sakuma
Orientação Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto e Profa. Dra. Adriane Aparecida Moreira de Souza
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho é uma análise comparada de três estudos de caso de construções de conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida, localizados na periferia do município de São José dos Campos, que contemplam pessoas que se enquadram na Faixa 1 do programa (famílias com renda de até R$1.800,00 mensais). O objetivo é analisar o processo de pós-ocupação em experiências do Programa Minha Casa Minha Vida, com especial atenção aos aspectos urbanos do entorno e aos aspectos socioeconômicos de famílias dos três conjuntos habitacionais estudados: Alto da Ponte, Cajuru III e Pinheirinho dos Palmares, todos do Programa MCMV – Faixa 1 no município de São José dos Campos, São Paulo. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, que se deu por meio da realização de questionários fechados com os moradores e da aplicação de entrevistas semiestruturadas com os síndicos, líderes de bairro e assistentes sociais. Como conclusão verifica-se que, no geral, os moradores estão mais satisfeitos com a moradia atual, porém mais insatisfeitos em relação à localização quando comparada à da moradia anterior.
Título Mobilidade urbana e desigualdade socioespacial em São José dos Campos, SP.
https://biblioteca.univap.br//dados//000058/000058ae.pdf
Autor(a) Federica Giovanna Fochesato
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Esta dissertação analisa as relações existentes entre a mobilidade urbana e a desigualdade socioespacial em São José dos Campos, SP. A pesquisa está amparada por uma matriz teórica que, inicialmente, explica como a mobilidade urbana se insere no contexto do direito à cidade. Em seguida, trata da segregação socioespacial como forma de controle não apenas do espaço, mas sim dos tempos de deslocamento - o que resulta em desigualdades quanto à apropriação da cidade por diferentes grupos sociais. Nesse sentido, também é tratada a espoliação urbana que afeta a reprodução da força de trabalho mais despossuída condicionando-a, assim, a um maior confinamento territorial e reduzida mobilidade socioespacial. Metodologicamente, recorre-se à pesquisa exploratória e explicativa a partir de fontes primárias da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. Mas, para as análises dos dados quantitativos advindos, principalmente, da Pesquisa Origem e Destino foram produzidas cartografias para expressar os fenômenos da segregação socioespacial e da espoliação urbana potencializados pela forma desigual que caracteriza a estrutura da mobilidade no município. Uma estrutura fortemente centrada no automóvel como forma de deslocamento, relegando o uso do transporte público aos mais empobrecidos. Espacializados, os dados evidenciam que as regiões Centro e Oeste de São José dos Campos - que reúnem quase 20% da população - têm muito maior acesso às oportunidades da cidade em contraposição às demais regiões - destacando-se a Leste e Sul -, que juntas correspondem a cerca de 65% dos habitantes. Mas, no campo das relações de trabalho, este grande contingente populacional desloca-se até as regiões Oeste e Centro, concentradoras de bens, serviços e empregos, para vender sua força de trabalho colaborando, portanto, para a geração de riqueza da cidade. A fim de visibilizar quem seriam parte dos sujeitos espoliados pela produção e apropriação desigual do espaço e caracterizar como se dão seus deslocamentos pelo motivo trabalho, consta o mapeamento das viagens das empregadas domésticas. Tal material, complementar às evidências anteriormente apontadas, colaborou para confirmar as hipóteses trazidas pela pesquisa: apesar da existência da Política Municipal de Mobilidade Urbana que estabelece princípios alinhados à Política Nacional de Mobilidade Urbana, em São José dos Campos a dinâmica da mobilidade que vem se constituindo, acentua a desigualdade socioespacial ao invés de reduzi-la. Assim, as infraestruturas que integram a mobilidade tendem a ser produzidas e reproduzidas com o intuito de beneficiar apenas uma seleta parte da população. Além disso, o poder público propaga um ideal de mobilidade urbana ainda vinculado a um eficiente sistema de transportes que precisa otimizar o ir e vir dos trabalhadores. Um ideal que afasta o entendimento da mobilidade - bem como sua construção coletiva - como uma prática política impulsionadora do pleno direito à cidade.
Título O marketing urbano como forma de dominação na produção capitalista do espaço em São José dos Campos – SP
https://biblioteca.univap.br//dados//00005c/00005c79.pdf
Autor(a) Marina Cyrino Forti
Orientação Profa. Dra. Fabiana Felix do Amaral e Silva
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Levando em conta que o modelo de urbanização neoliberal, no qual o território é a última fronteira do capital e segue a lógica do mercado, o objetivo desta pesquisa é discutir como o capital financeiro trabalha o espaço da cidade, onde o marketing urbano é um mecanismo e uma estratégia utilizada pelas cidades ditas como globais para inserção nos fluxos econômicos. O recorte de estudo é a dinâmica urbana e a análise da lógica neoliberal da cidade de São José dos Campos, situada na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, na macrometrópole paulista, no interior do estado de São Paulo, a qual foi analisada por meio do levantamento de materiais iconográficos e entrevistas semiestruturadas. Foram levantadas seis estratégias de aplicação do neoliberalismo no território urbano de São José dos Campos: capital excedente como indutor da produção do espaço ou do território urbano, competições interurbanas e modelos de mercado, subordinação do futuro das cidades às empresas, subordinação do local ao global, bancos e agências multilaterais e empreendedorismo. Como o marketing urbano é um consolidador destas estratégias, a proposta era identificar com a gestão pública da cidade faz a sua utilização. Foram identificados e analisados basicamente quatro segmentos: o papel do Estado como empreendedor, o discurso como instrumento de adesão, a legislação e obras de infraestrutura urbana.
DISSERTAÇÕES 2020
Título Dengue e saneamento ambiental no Litoral Norte Paulista: quando a orla marítima (in)visibiliza desigualdades urbanas.
https://biblioteca.univap.br//dados//00004f/00004f9b.pdf
Autor(a) Micael Henrique da Silva Santos
Orientação Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Dentre as adversidades oriundas do célere e desordenado processo de urbanização no Brasil destacam-se os problemas de saúde pública. Um exemplo clássico de doença proveniente da falta de planejamento nas cidades é a Dengue, sobretudo em região litorânea, que recebe grande afluxo de turistas em altas temporadas, resultando em grande acréscimo de descarte de resíduos sólidos. Guardadas as devidas proporções de mudanças históricas entre o século XIX e o século XXI, em muitos contextos, principalmente em países subdesenvolvidos e em boa parte das cidades, em razão de sua formação desigual, pode-se observar, analogamente, a insolvência do saneamento ambiental, um problema básico que afeta a dignidade mínima da vida social na cidade. Tendo em vista essa insuficiência estrutural, o presente estudo buscou investigar se a ausência ou deficiência de saneamento ambiental foi um fator que contribuiu para o aumento da incidência de dengue no Litoral Norte Paulista entre 2002 e 2017. Trata-se de um estudo hipotético-dedutivo; descritivo e comparativo e de abordagem quanti-qualitativa. Baseia-se em dados secundários do DATASUS, IBGE, Ministério da Saúde e SEADE, e produz novos dados a partir de observação direta e entrevistas. Os resultados desta pesquisa convergem para o nível de relação entre os elevados índices de Dengue e as condições de saneamento na sub-região litorânea e, em específico, nos municípios de Ilhabela e Caraguatatuba, e apontam outros fatores que possivelmente corroboram para as epidemias. Alguns aspectos conclusivos asseveram a segregação socioespacial existente no Litoral Norte Paulista, bem como os baixos investimentos em saneamento contrapostos aos investimentos preferenciais no turismo. Chamam atenção, ainda, para as tentativas frustradas da Saúde Pública no combate ao vetor, em razão da insuficiência de ações conjugadas do poder público para sanar os problemas do saneamento ambiental e de outras condições socioespaciais deficitárias (a ele integradas), o que o posiciona na contramão da própria Política de Saúde e da saúde das populações envolvidas.
DISSERTAÇÕES 2019
Título Do processo de ocupação a formação do espaço urbano de Afuá (PA) 1845-2001
http://biblioteca.univap.br//dados//000044/000044e3.pdf
Autor(a) Nilton Carlos Rosa
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O problema fundiário brasileiro, e a grande concentração de terras nas mãos de poucos, é realidade no país, desde o período das sesmarias (desde o século XVII), problema que se agravou ao longo do Império, em função da Lei de Terras, de 1850. Como resultado, um caos fundiário se instalou no país, os conflitos agrários surgiram, e o problema de acesso à terra se estendeu às cidades. Na região Amazônica essa situação também é verificada, reflexo dessas questões estruturais. Muitas propriedades, não só urbanas como rurais, não cumprem sua função social, agravando esta situação. Nas cidades, o problema de acesso à terra se agravou com a segregação sócio-espacial, e o mercado imobiliário expulsou a população de baixa renda dos centros urbanos. Para os mais pobres, a cidade não é a da circulação e produção, mas sim a cidade da exclusão, da negligencia de seus problemas e com carência de oferta de serviços públicos básicos. A cidade e a terra não são democráticas, elas são para um pequeno número de pessoas, pois a terra é capital, renda e especulação. Compreender a terra e seus desdobramentos é fundamental nas pequenas cidades da Amazônia, visto que são cidades dependes dela. São cidades que tem como base econômica o gado e o açaí. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi estudar o processo de parcelamento da terra urbana do município de Afuá, a partir da análise do processo histórico de formação do município de Afuá; e da analise dos registros de terras, utilizando os registros cartoriais disponíveis no município e os registros paroquiais. Esses dados, obtidos a partir de trabalho de campo, foram tabulados e mapeados por meio da ferramenta Arc-Map 10.3. Mesmo não sendo o objetivo central desta pesquisa, analisou-se a real importância da suposta fundadora da cidade, Micaela Arcangela Ferreira, no processo de criação da cidade. O processo de fragmentação do solo permitiu perceber que o solo urbano se fragmentou a partir da área central, mais antiga ocupação. Entre 1960 e 2000, aconteceram o maior número de registros de imóveis (50%) e o instrumento de registro mais utilizado foi o de compra-e-venda (48%), apesar dessa cidade ter surgido por meio da posse.
Título São José dos Campos - Cidades de loteamentos fechados e a construção dos muros que segregam
http://biblioteca.univap.br//dados//000040/000040d1.pdf
Autor(a) Gislaine Aparecida da Costa
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschillian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A partir da década de 1970, nas áreas periféricas das grandes e médias cidades brasileiras, surge um novo padrão de urbanização, marcado pela dispersão e fragmentação do tecido urbano, presença de vazios urbanos e cercado por muros e grades: os loteamentos fechados, este modelo de urbanização tornou mais evidente a segregação das cidades brasileiras, principalmente em relação ao local de moradias das classes de alta renda. Em São José dos Campos, local de estudo desta pesquisa, os primeiros loteamentos fechados surgiram em meados de 1970, localizados, preferencialmente, nas áreas de expansão do vetor centro-oeste, resultando na alteração da estrutura urbana e ampliando a dispersão e fragmentação do espaço do município. A construção dos muros, guaritas e utilização de segurança privada, nesses espaços intramuros, além de tornar mais evidente os processos de auto-segregação e segregação socioespacial, também tornou explicito o surgimento de uma homogeneidade social nesses espaços. Partindo deste pressuposto, a intenção deste trabalho é discorrer sobre a produção de loteamentos fechados na cidade e compreender as motivações da construção desses espaços intramuros, que aumentam a segregação socioespacial, reduzem os espaços de convivência e uso públicos, e reforçam o enfraquecimento de um dos elementos mais singulares à vida urbana – o encontro entre as diferenças. Além de redefinir a “periferia”, agora como um espaço ocupado por padrões socioeconômicos muito diferentes entre si.
Título Saneamento básico em assentamentos precários : o desafio à universalização dos serviços: Uma discussão a partir do caso da comunidade Lagoa Azul 2 (Jacareí-SP)
http://biblioteca.univap.br//dados//000044/0000444b.pdf
Autor(a) Lucimara Maria de Souza
Orientação Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Em 2007 foi criada a lei federal 11.445, conhecida como o marco regulatório do saneamento básico, que dispõe sobre diretrizes e medidas para se alcançar a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário. O objetivo da referida lei é garantir o acesso universal aos serviços a fim de diminuir os custos sociais e promover melhor qualidade de vida e saúde, de forma igualitária, além do desenvolvimento urbano e regional e proteção do meio ambiente. Porém, os números demonstram que grande parte da população brasileira ainda não é atendida por tais serviços, e, em sua maioria, residem em municípios integrantes de Regiões Metropolitanas, em assentamentos habitacionais em condições de escassez. Tal situação de vulnerabilidade social e sanitária também ocasiona problemas ambientais locais que repercutem em escala extralocal, no caso, em território municipal e/ou regional. No contexto da urbanização desigual e da periferização socioespacial circunscritas à Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a situação da comunidade Lagoa Azul 2 (Jacareí-SP) será exposta e discutida de forma a confrontar o referencial teórico adotado e o aparato normativo vigente com os novos desafios e impasses que se impõem, no âmbito do planejamento regional de unidades metropolitanas, à regulação interfederativa de funções públicas de interesse comum.
DISSERTAÇÕES 2018
Título Habitação de Interesse Social na cidade de Cruzeiro - SP: evidências de segregação socioespacial diante da modernização conservadora
http://biblioteca.univap.br//dados//000038/0000380d.pdf
Autor(a) Tamyse Campos
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschillian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A cidade é um produto histórico e social, resultado da transformação do homem na natureza. Assim, a cidade é o espaço no qual a sociedade estabelece relações e que se modifica na medida em que o território se transforma. A dissertação trata da produção do espaço, balizada pela acumulação do capital que resulta em consequências para a realização da vida humana, debruçada na desigualdade social e ao acesso à cidade, para parte da população apenas. O Movimento pela Reforma Urbana (MPRF) ao longo de anos vem pleiteando a regularização fundiária e, diante de suas conquistas, vislumbramos pouco progresso. Observa-se um padrão nacional de produção desigual do espaço onde o município de Cruzeiro apresenta características semelhantes a esse padrão, baseada na periferização da cidade e segregação sócioespacial. Nesse sentido, a pesquisa apoia-se no conceito de patrimonialismo, herdado da Coroa portuguesa durante o processo de colonização no Brasil, para confirmar a segregação sócioespacial diante da modernização conservadora que ocorreu na cidade de Cruzeiro.
Título Espaço urbano e hotelaria em São José dos Campos: um estudo de caso Novotel
http://biblioteca.univap.br//dados//000038/0000381a.pdf
Autor(a) Lincoln Augusto Taddeo Firoozmand
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho discute o processo recente da urbanização brasileira e as suas relações com as políticas públicas, associadas à expansão do turismo de negócios na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN) ? SP. Em específico, investiga-se a ampliação do parque hoteleiro no município de São José dos Campos ? SP, a partir do início do século XX. A intensificação da urbanização no Brasil constitui-se um fenômeno socioeconômico importante, após 1950. As suas características são a manifestação de diferentes processos, muitas vezes com o incentivo de políticas públicas nacionais como, por exemplo, o Plano Nacional de Desenvolvimento (I e II PND), e regionais, como o Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba (CODIVAP). Dentro dessa temática, buscou-se desenvolver uma abordagem que permitisse analisar e compreender a dinâmica socioespacial, relacionando-a a variáveis políticas, culturais, econômicas e físico-territoriais. Ressalta-se a discussão sobre a relação entre as políticas públicas nacionais, regionais e municipais, uma apresentação de dados estatísticos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do número de estabelecimentos de hospedagem e unidades habitacionais, segundo as principais capitais do território brasileiro e municípios que compõem a RMVPLN. A metodologia adotada para analisar a proposta do presente trabalho caracteriza-se como sendo exploratória, de abordagem qualitativa e de revisão bibliográfica, desenvolvida a partir de dados multifontes e multi bibliográficos, que permitiram averiguar as relações entre a elaboração de políticas públicas e o desenvolvimento da indústria do turismo de negócios no município de São José dos Campos. Como resultado, constatou-se que a concentração hoteleira em algumas regiões no Brasil, como respectivamente apresentados, foi o impulso da modernização de cidades e regiões, que passaram a gerar uma maior fonte de receita, fomentando empregos e oportunidades de desenvolvimento, crescimento local e produção social do seu espaço urbano.
Título Exclusão e segregação socioespacial na região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte - SP: Uma análise do Programa Minha Casa Minha Vida Faixa 1 e da vulnerabilidade social
http://biblioteca.univap.br//dados//000037/00003772.pdf
Autor(a) Daniela das Neves Alvarenga
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschillian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este trabalho contribui para leitura da questão habitacional e urbana na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, situada no estado de São Paulo, no período de 2009 a 2016. A exclusão e a segregação socioespacial foram estudadas a partir da articulação da inserção urbana dos empreendimentos Minha Casa Minha Vida (MCMV) ? Faixa 1 e das expressões de vulnerabilidade social existentes no território - conforme Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, com as diretrizes da Política Nacional de Habitação. Foi realizada uma análise intraurbana dos onze municípios atendidos pelo programa MCMV (Cruzeiro, Guaratinguetá, Jacareí, Caçapava, Lorena, Pindamonhangaba, Caraguatatuba, São José dos Campos, Taubaté, Canas e Potim) com o objetivo de levantar em que medida o programa promoveu o direito à moradia digna, entendido como indissociável do direito à cidade. A análise dos resultados revelou que 81 % das unidades habitacionais foram construídas em locais com muito baixa e baixa vulnerabilidade social relativa à infraestrutura e à renda e trabalho. No entanto, o mapeamento do IVS capital humano, referente à saúde e, especialmente à educação, apontou a construção de 62 % das moradias em áreas com média e alta vulnerabilidade social, com destaque para os municípios de São José dos Campos e Pindamonhangaba. O indicador de vulnerabilidade social sintético apontou a construção de 71 % das unidades em locais com baixa vulnerabilidade. Os resultados da análise da inserção urbana, a partir da relação centro-periferia, associada às legislações de uso e controle do solo e aos planos locais de habitação, revelaram o espraiamento urbano e a periferização em todos os municípios atendidos pelo programa. As conclusões alcançadas neste trabalho apontam a exclusão e a segregação socioespacial por meio da política habitacional municipal, refletindo a negação do direito à moradia digna como vetor de inclusão social na região metropolitana.
Título Condições de vida e a persistência de doenças evitáveis: um estudo socioespacial da sífilis congênita no município de São José dos Campos, SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00003a/00003a2d.pdf
Autor(a) Natália Barboza Helbusto
Orientação Profa. Dra. Paula Vilhena Carnevale Vianna e Profa. Dra. Andrea Penelupp
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
As doenças infecciosas são historicamente associadas à organização da vida no espaço urbano. Melhorias na infraestrutura urbana e avanços tecnológicos na saúde enfraqueceram essa associação no imaginário coletivo e, igualmente, na proposta de ações que integrem o planejamento urbano e a saúde coletiva. Novas doenças infecciosas, como as arboviroses e a reemergência de outras, como a sífilis, reavivam a necessidade da reaproximação desses dois campos. Essa dissertação busca analisar a associação entre a vulnerabilidade socioespacial e a incidência de eventos evitáveis de saúde, tendo como objeto o aumento da incidência de sífilis congênita (SC) no município de São José dos Campos. Estudos identificam como fatores de risco para essa afecção, além do aumento da incidência de sífilis em adultos, a condição socioeconômica das mães, o não tratamento dos parceiros e a idade jovem, evidenciando a vulnerabilidade das gestantes. Essa dissertação considera a SC como um evento sentinela para o estudo da relação território de vida/saúde e tem como objetivo analisar a distribuição socioespacial de SC no município de São José dos Campos, a fim de analisar a influência dos condicionantes socioespaciais da organização urbano-regional e da organização da rede de serviços sobre a ocorrência do evento. O estudo foi descritivo e ecológico, com base em dados secundários (sistema de notificação de agravos, do Ministério de Saúde SINAN/MS e índice paulista de vulnerabilidade social IPVS, calculado pela Fundação SEADE, SP) O estudo georreferenciado dos eventos foi realizada por local de moradia no momento do nascimento. Os estudos espaciais foram realizadas por área, pela estimativa de Kernel. Verificou-se associação entre a ocorrência dos eventos (casos suspeitos e/ou confirmados de sífilis congênita) e a vulnerabilidade socioespacial. Espera-se que o estudo contribua para a a avaliação e formulação de políticas de saúde e planejamento urbano da região, evidenciando sua proximidade e relação.
Título Dispersão e fragmentação do crescimento urbano: relação entre a legislação urbanística e produção do espaço urbano de São José dos Campos 1950/2015
http://biblioteca.univap.br//dados//00003a/00003a2c.pdf
Autor(a) Gilberto Alves da Cunha
Orientação Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho pretende analisar e avaliar os resultados da legislação e instrumentos de política urbana e de gestão do município de São José dos Campos entre os anos de 1980 e 2015. Como metodologia é utilizada a análise das leis e planos urbanísticos produzidos neste período, visando interpretar o processo de urbanização ocorrido e os efeitos desse sobre à produção social da cidade. Este é o campo em que se situa a pesquisa, envolvendo inclusive as novas exigências legais introduzidas no decorrer deste espaço de tempo, como o conceito da função social da propriedade e suas implicações, advindas dos avanços trazidos pela Constituição Cidadã de 1988 e as disposições estabelecidas após sua regulamentação com o Estatuto da Cidade.
Título Experimentação narrativa entre o velho e novo mundo: espaço e identidade no século XIX
http://biblioteca.univap.br//dados//000038/0000380d.pdf
Autor(a) Tamyse Campos
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschillian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A cidade é um produto histórico e social, resultado da transformação do homem na natureza. Assim, a cidade é o espaço no qual a sociedade estabelece relações e que se modifica na medida em que o território se transforma. A dissertação trata da produção do espaço, balizada pela acumulação do capital que resulta em consequências para a realização da vida humana, debruçada na desigualdade social e ao acesso à cidade, para parte da população apenas. O Movimento pela Reforma Urbana (MPRF) ao longo de anos vem pleiteando a regularização fundiária e, diante de suas conquistas, vislumbramos pouco progresso. Observa-se um padrão nacional de produção desigual do espaço onde o município de Cruzeiro apresenta características semelhantes a esse padrão, baseada na periferização da cidade e segregação sócioespacial. Nesse sentido, a pesquisa apoia-se no conceito de patrimonialismo, herdado da Coroa portuguesa durante o processo de colonização no Brasil, para confirmar a segregação sócioespacial diante da modernização conservadora que ocorreu na cidade de Cruzeiro.
DISSERTAÇÕES 2017
Título A configuração do lote urbano diante dos limites e perspectivas da construção do cadastro multifinalitário em Ponta de Pedras, PA
http://biblioteca.univap.br//dados//00002e/00002e1b.pdf
Autor(a) Juliano Vieira de Paula
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A formação urbana no mundo contemporâneo é ,sobretudo, fragmentada e articulada na cidade. A nova divisão cria subespaços voltados a uma lógica global e, nesse sentido, a população busca a cidade como meio de prosperar. Especificamente na região Norte, a urbanização ocorreu de forma tardia e por uma estratégia de governo desenvolvimentista. A rede urbana da Região foi ampliada, mas os problemas urbanos se acentuaram, como reflexo de uma fraca infraestrutura urbana que remete a tempos pretéritos. Esta realidade cria um cenário de uma cidade ilegal, na qual o lote urbano, quanto a sua demarcação e a sua titularidade, apresenta-se como um elemento da forma urbana a ser compreendido. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar o processo de divisão da terra urbana em uma pequena cidade do estuário do rio Amazonas, Ponta de Pedras, a partir da compreensão do que é o lote e de seu processo de divisão, sob a perspectiva de um cadastro multifinalitário. Para tal compreensão, foi utilizado software de Sistema de Informação Geográfica e a intersecção com dados analógicos do cadastro de imóveis da prefeitura municipal. A área de estudo se concentrou na rua Siqueira Mendes, onde houve o maior incremento de lotes nas últimas duas décadas. Os lotes da rua estudada se configuram por dimensões variadas e com metragens irregulares, resultado de um processo de ocupação irregular, interferindo na dimensão real do lote.
Título Exclusão e segregação socioespacial na região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte - SP : Uma análise do Programa Minha Casa Minha Vida Faixa 1 e da vulnerabilidade social
http://biblioteca.univap.br//dados//000037/00003772.pdf
Autor(a) Daniela das Neves Alvarenga
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este trabalho contribui para leitura da questão habitacional e urbana na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, situada no estado de São Paulo, no período de 2009 a 2016. A exclusão e a segregação socioespacial foram estudadas a partir da articulação da inserção urbana dos empreendimentos Minha Casa Minha Vida (MCMV) ? Faixa 1 e das expressões de vulnerabilidade social existentes no território - conforme Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, com as diretrizes da Política Nacional de Habitação. Foi realizada uma análise intraurbana dos onze municípios atendidos pelo programa MCMV (Cruzeiro, Guaratinguetá, Jacareí, Caçapava, Lorena, Pindamonhangaba, Caraguatatuba, São José dos Campos, Taubaté, Canas e Potim) com o objetivo de levantar em que medida o programa promoveu o direito à moradia digna, entendido como indissociável do direito à cidade. A análise dos resultados revelou que 81 % das unidades habitacionais foram construídas em locais com muito baixa e baixa vulnerabilidade social relativa à infraestrutura e à renda e trabalho. No entanto, o mapeamento do IVS capital humano, referente à saúde e, especialmente à educação, apontou a construção de 62 % das moradias em áreas com média e alta vulnerabilidade social, com destaque para os municípios de São José dos Campos e Pindamonhangaba. O indicador de vulnerabilidade social sintético apontou a construção de 71 % das unidades em locais com baixa vulnerabilidade. Os resultados da análise da inserção urbana, a partir da relação centro-periferia, associada às legislações de uso e controle do solo e aos planos locais de habitação, revelaram o espraiamento urbano e a periferização em todos os municípios atendidos pelo programa. As conclusões alcançadas neste trabalho apontam a exclusão e a segregação socioespacial por meio da política habitacional municipal, refletindo a negação do direito à moradia digna como vetor de inclusão social na região metropolitana.
Título Fluxos de capitais imobiliários e seus impactos no espaço urbano : uma análise dos Municípios de São José dos Campos e Taubaté
http://biblioteca.univap.br//dados//00002a/00002ac3.pdf
Autor(a) Deivid Galdin Silva
Orientação Profa. Dra. Adriane Aparecida Moreira de Souza e Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A presente pesquisa procura discutir a circulação de capitais imobiliários e as transformações ocorridas no processo de urbanização nos municípios de São José dos Campos e Taubaté, estado de São Paulo, após o lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida em 2009. Para este estudo foram utilizados dados referentes à pesquisa bibliográfica discutindo a relação entre mercado imobiliário, Estado e propriedade privada, e dados estatísticos de órgãos oficiais, e as leis criadas em âmbito nacional e municipal que possibilitaram a ampliação da oferta dos produtos imobiliários, além de dados das instituições privadas do setor imobiliário. Durante a pesquisa percebeu-se características distintas dos municípios de São José dos Campos e Taubaté referentes à criação de leis que viabilizassem a atuação do setor imobiliário/financeiro, assim como a participação destas instituições nos municípios. Perceberam-se também diferentes impactos após 2010, com queda mais acentuada dos investimentos, no entanto, nos dois municípios os investimentos se concentram em zonas onde residem os moradores com os maiores rendimentos.
Título O rio é nosso quintal : as encruzilhadas de uma comunidade Ribeirinha Urbana
http://biblioteca.univap.br//dados//00002e/00002e12.pdf
Autor(a) Flavia dos Santos Cardoso
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano e Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente projeto visa discutir a realidade dos habitantes da comunidade ribeirinha Beira Rio, inserida involuntariamente dentro da malha urbana da cidade de São José dos Campos, SP, localizada no bairro Urbanova. Esses ribeirinhos vivem sob o medo constante de serem removidos por estarem situados em Área de Proteção Permanente e de risco, sofrem com a omissão e descaso do poder público, exclusão e segregação socioespacial e problemas socioambientais. Partindo do diagnóstico socioeconômico realizado com os ribeirinhos, observação participante e pesquisa quantitativa aplicada a 52 moradores que aceitaram responder ao questionário, este trabalho procurou visualizar as principais encruzilhadas socioespaciais e territoriais que os ribeirinhos da Beira Rio enfrentam. É importante mencionar que cada capítulo do presente trabalho é mesmo uma encruzilhada, uma vez que o desdobramento de um interfere e/ou reflete no outro e juntos dão unidade à trama da dissertação. Os resultados obtidos propõe que há possibilidade de regularização fundiária em Área de Preservação Permanente em casos específicos como os dos ribeirinhos da Beira Rio, porém, na condição de comunidade tradicional, a existência e permanência da Beira Rio dependem do interesse do poder público em efetivar a territorialização de políticas públicas em comunidades ribeirinhas.
Título Violência e território na escala do urbano e regional : análise espacial do homicídio doloso no município de Lorena/SP inserido no contexto da região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – RMVPLN
http://biblioteca.univap.br//dados//000037/00003778.pdf
Autor(a) Eduardo Venanzoni
Orientação Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A presente pesquisa aborda a questão do crime violento - expressão cruel do fenômeno da violência urbana que vem se constituindo, nas últimas décadas, uma das maiores preocupações da sociedade brasileira contemporânea - a partir da análise do crime tipificado por homicídio doloso, tendo por dimensão espacial duas escalas distintas: regional e urbana. Para a primeira, foi desenvolvida uma análise descritiva da incidência e crescimento do crime de homicídio na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN), entre os anos de 2004 e 2014, por meio de método utilizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para elaboração do ?Mapa da Violência do Brasil?, que se utiliza de dados oficiais disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade, mantido pelo Ministério da Saúde. Já para a escala urbana, foi realizada análise do crime de homicídio doloso no município de Lorena/SP, por meio de consulta aos registros oficiais da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo referente aos anos entre 2010 e 2016, examinando, através de uma abordagem territorial, suas relações com o processo histórico de urbanização e as correlações estatísticas entre os índices de homicídio doloso e os índices de bem-estar urbano. Para tanto, na dimensão urbana, tendo por base territorial as Unidades Territoriais de Planejamento (UTPs) estabelecidas no Plano Diretor (2016) - que obedecem aos limites dos setores censitários demarcados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para realização do Censo Demográfico - foram elaborados mapas que serviram para a construção e ilustração dos indicadores sociais que representam a taxa bayesiana de homicídio doloso, medidas pelo local da ocorrência do fato e pelo endereço de residência da vítima, assim como do índice que representa as condições físico-territoriais do ambiente urbano construído, elaborado por meio do método apresentado pelo Observatório das Metrópoles, vinculado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPLUR ? UFRJ), denominado Indicador do Bem-Estar Urbano (IBEU). Como resultado, foi apresentada, por meio de um conjunto de tabelas e gráficos, a evolução do homicídio na RMVPLN entre os anos 2004 e 2014, incluindo um detalhamento de aspectos ligados ao homicídio de jovens, homicídio de mulheres e homicídios por arma de fogo para os maiores municípios da região. Além disso, na escala urbana, a partir da técnica estatística de correlação linear, foi possível inferir que entre os anos de 2010 e 2016, na cidade de Lorena, 31,62% dos casos registrados de homicídio doloso, assim como 42,39% da vitimação desse tipo de crime, podem ser explicados pelas condições de bem-estar urbano que os moradores vivenciam.
DISSERTAÇÕES 2016
Título Regionalização da saúde e acesso à mamografia : uma análise da região de saúde do Vale do Paraíba Paulista e Litoral Norte
http://biblioteca.univap.br//dados//000026/000026b2.pdf
Autor(a) Patrícia de Almeida Silva
Orientação Profa. Dra. Paula Vilhena Carnevale Vianna
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Análises da influencia do processo de regionalização na tomada de decisão para implantação de politicas publicas voltadas ao controle do cancer de mama indicam que as mulheres pertencentes nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos e induatrializados têm menor acesso aos serviços de mamografia de rastreamento bem e que a dificuldade no acesso pode influenciar no resultado quanto aos indices de malignidade ( BI-Rads) e que a vulnerabilidade das mulheres para o câncer de mama revelam que, no Brasil, mulheres negras e menos instruídas têm menor acesso à mamografia de rastreamento, o exame que permite a detecção precoce do câncer. Desde 2006, o controle do câncer de mama é política prioritária no SUS. Este estudo tem como objetivo analisar a série histórica de exames de mamografia de rastreamento realizados pelo SUS no período de 2010 a 2014, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte ? RMVale, para investigar se houve aumento na oferta do exame, se há uma relação entre o indicio de malignidade por região de saúde e por tipologia ( caracteristicas socias e economicas ) assim como identificar qual a caracterização dessas mulheres em relação ao grau de instrução, cor e faixa etaria. A partir de dados obtidos do SISMAMA ? Sistema de Informação do Câncer de Mama do Ministério da Saúde ? realizou-se análise descritiva por meio do programa Origin 7.5 (MicroCal) e o programa de georeferenciamento para geração de mapas que demosntram o fluxo das mulheres que realizaram os exames de mamografia na região ao longo do periodo de 2010 a 2014.Observou-se significativo índice de não preenchimento dos campos do formulário que alimentam o SISMAMA. A análise mostrou aumento expressivo na oferta e na razão de mamografias de rastreamento, porém os dados disponíveis revelam persistência de desigualdade de acesso: mulheres de cor negra/parda e com menor instrução apresentaram menor percentual de acesso à mamografia; a tendência de maior grau de malignidade no exame radiológico foi observada em mulheres com menor grau de instrução e mulheres de cor branca. A regionalização ampliou o acesso à mamografia, porém as regiões como Circuito da Fé necessitam de politicas publicas voltadas a efetivação da equidade e acesso aos serviços de saúde as mulheres em situação de vulnerabilidade devem receber atenção especial da rede de serviços. O preenchimento dos formulários deve ser incentivado
Título Ocupações irregulares em pequenas cidades da Amazônia: um estudo em Vila dos Cabanos, Barcarena, Pará, no período de 2005 a 2015
http://biblioteca.univap.br//dados//000023/000023c4.pdf
Autor(a) Bruno Henrique Colombari Moreira
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O processo de urbanização brasileira teve seu momento mais expressivo a partir da segunda metade do século XX e provocou profundas transformações sociais, culturais e ambiental. Na Amazônia, esse processo se intensificou e, principalmente a partir da década de 1970, após as políticas de incentivo à ocupação e desenvolvimento da região Amazônica. O município de Barcarena, localizado no Estado do Pará foi alvo de investimentos públicos e privados, recebendo a instalação do complexo industrial da Albrás/Alunorte em Vila dos Cabanos, uma cidade-empresa criada para atender às demandas desse complexo industrial. Após a instalação desse projeto, foi verificado um intenso fluxo migratório em direção ao município de Barcarena, principalmente de municípios vizinhos e um fluxo grande de população oriunda do Nordeste. A infraestrutura criada não foi suficiente para atender às demandas habitacionais, dando margem às ocupações de novos espaços urbanos em Vila dos Cabanos. Nesse sentido, caracteriza-se como objetivo principal dessa pesquisa, compreender como a área de ocupação irregular na cidade de Vila dos Cabanos em Barcarena se estruturou e conhecer o perfil socioeconômico dos moradores. Para alcançar os objetivos da pesquisa, foi aplicado um formulário aos moradores de uma área de ocupação irregular no município, a coleta, análise de dados institucionais e a realização de mapeamentos referentes à área de estudo. Um dos resultados levantados foi em relação ao local de nascimento dos moradores da área estudada, em que 72% dos entrevistados são oriundos de outros municípios do Estado do Pará, confirmando a forte atração que Barcarena exerce na escala regional. Dentre os principais motivos mencionados pelos moradores foi a busca pela casa própria (38% das respostas), aliado ao alto custo de vida em Vila dos Cabanos. Um dos aspectos que a pesquisa permitiu alcançar foi quanto ao principal papel do município de Barcarena e, mais precisamente, da dinâmica econômica proporcionada por Vila dos Cabanos em um contexto regional. A atração que a indústria e os demais serviços que a cidade oferece determina a escolha da população de outros municípios do Pará e outros estados a migrarem para o local, sendo que muitas vezes esse fluxo ocorre de maneira desordenada e fora do controle das autoridades governamentais.
Título Interdependências no espaço regional : deslocamentos pendulares e planejamento da mobilidade na sub-região 1 da região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
http://biblioteca.univap.br//dados//000021/00002134.pdf
Autor(a) Silvia Regina Rodrigues dos Santos
Orientação Profa. Dra. Adriane Aparecida Moreira de Souza e Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Os desequilíbrios inter e intrarregionais resultantes das diferenciações econômicas do espaço forçam muitas vezes parte da população a colocar-se em movimento pendular constante, uma vez que as desigualdades regionais são fatores condicionantes para que as pessoas optem em buscar em outros lugares o que o seu Município de origem não oferece. Assim como em outras Regiões Metropolitanas do Brasil, essa é uma realidade perceptível também na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN). Esta é composta por 39 Municípios e está dividida em 5 Sub-Regiões que agrupam atividades econômicas variadas. Consequentemente, alguns Municípios são dotados de melhor infraestrutura que outros, fato que evidencia a formação de novas centralidades na Região. Em razão disso, dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que existe um volume considerável de pessoas que se deslocam, por motivo de estudo ou trabalho no interior RMVPLN, principalmente na Sub-Região 1. Composta pelos Municípios de Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São José dos Campos. A Sub-Região 1 com 975.338 habitantes no ano de 2010 é a que concentra o maior contingente populacional da RMVPLN. Entre os Municípios, São José dos Campos é o que apresenta os maiores indicadores econômicos e de qualidade de vida e também apresenta o maior fluxo de destino dos deslocamentos pendulares por estudo e trabalho no ano de 2010. As interações intrarregional e inter-regional ocorrem por meio das Rodovias Presidente Dutra (BR-116), Carvalho Pinto (SP-70), dos Tamoios (SP-99), Monteiro Lobato (SP-50), Rodovia Nilo Máximo (SP-77) e da Estrada Velha Rio-São Paulo (SP-66). Dados do IBGE para o ano de 2010 referentes às variáveis de deslocamento por motivo de estudo e trabalho, revelam a origem e o destino dos fluxos na Sub-Região 1, ao mesmo tempo que expressam as carências locais e a heterogeneidade regional.
DISSERTAÇÕES 2015
Título Circulação, acessibilidade social e questões do planejamento territorial: análise da dinâmica socioespacial urbano-rural do Bairro do Parateí do meio em Jacareí, SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000013/00001385.pdf
Autor(a) André Luiz de Toledo
Orientação Profa. Dra. Adriane A. Moreira de Souza e Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O estudo do papel do sistema viário e da circulação na organização do território tornou-se interessante após a constatação das dificuldades de circulação em área rural do município de Jacareí/SP e do consequente isolamento da respectiva população, frequentemente obrigada a encontrar caminhos alternativos para a busca de satisfação de suas mais básicas necessidades materiais e sociais. A opção metodológica da pesquisa orientou para a realização de um estudo de caso que consiste em uma triangulação de métodos e técnicas que inter-relaciona as fases exploratórias, trabalho de campo e análise documental. Localizado em área rural da região noroeste (NO) do município, em área próxima ao eixo de desenvolvimento urbano-regional constituído pela Rodovia Presidente Dutra, o Parateí do Meio apresenta tal realidade. As primeiras visitas ao local revelaram as dificuldades de locomoção vividas pela comunidade local no seu dia a dia. Tal situação motivou a elaboração desse projeto com o intuito de compreender as razões históricas e sociais dos processos que conduziram ao estabelecimento de condições desfavoráveis à circulação e à acessibilidade dos moradores do bairro e demais transeuntes. Situações similares a esta podem ser encontradas no município de Jacareí, na região que o integra e mesmo em outras localidades rurais do país afora. Neste sentido, esta pesquisa tem o objetivo de realizar um estudo de caso contextualizando a organização socioespacial da região do Parateí do Meio sob o ponto de vista histórico e geográfico; caracterizando a dinâmica de circulação local associada às condições de acessibilidade física e social de seus moradores e, à luz de uma reflexão sobre o ideal da justiça social, busca colaborar para discussões sobre o planejamento territorial a partir do reconhecimento de questões fundamentais ligadas ao Plano Diretor, às relações urbano-rurais e à cidadania. A acessibilidade dos moradores aos benefícios da vida social é o objeto principal do entendimento do lugar periurbano aqui expresso. Partindo da contextualização e circunstância da localização da área de estudo no município de Jacareí e região do Vale do Paraíba este estudo desdobra-se no intuito de verificar a constituição do lugar, mediante a organização das paisagens e dos espaços diferenciados; o problema dos cerceamentos à circulação local; e as condições efetivas da acessibilidade social englobando dinâmicas relacionais entre diferentes locais. A composição da imagem da periurbanidade do lugar leva às considerações finais a respeito do conceito de acessibilidade social e de questões do planejamento territorial ligadas, sobretudo, à necessidade de um pensamento insurgente das transformações sociais e territoriais fundado nos direitos de cidadania.
Título Análise de percepção ambiental de moradores de área de várzea em pequenas cidades da Amazônia: um estudo de caso
http://biblioteca.univap.br//dados//000014/000014bc.pdf
Autor(a) Ivan Gomes de Oliveira
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O estudo de percepção ambiental teve publicações memoráveis nas décadas de 1950 e 1960, em língua anglo-saxônica e em francês, entretanto, a multiplicação de publicações, como afirmam as professoras Lívia de Oliveira e Lucy Marion, ocorreu a partir da década de 1970. Os maiores divulgadores foram, inicialmente, os geógrafos da Geografia Humanística e, posteriormente, os arquitetos, urbanistas, biólogos, educadores, psicólogos, sanitaristas, engenheiros, entre outros. No Brasil destacam-se as publicações realizadas por grandes autores, como Del Rio, Lívia de Oliveira, Lucrécia Ferrara, Lucy Marion, Sandra Faggionato. Grande parte das publicações realizadas sobre o tema percepção ambiental no Brasil está relacionada às cidades médias e grandes e às áreas de conservação ambiental. Quando pensamos na Amazônia urbana e em cidades de pequeno porte, as publicações se tornam escassas. Alguns dos estudos de percepção ambiental nas médias e grandes cidades do Brasil se basearam nos estudos realizados em cidades como Boston, Baltimore e Londres, onde o poder público se utilizou dos resultados de análise de percepção para elaborar estratégias para consolidar imagens positivas na intervenção espacial. A ocupação dos espaços urbanos na Amazônia teve uma aceleração, principalmente, a partir da década de 1960, com a implantação de grandes projetos desenvolvimentistas urbano-industriais, o que fez com que houvesse um aumento da população urbana. Nesse processo de ocupação urbana, áreas ambientalmente frágeis foram ocupadas, entre elas, a várzea, ambiente usualmente encontrado nas cidades amazônicas ribeirinhas. Informações importantes foram levantadas, como: mais de 71% dos entrevistados são da própria região e apresentam uma identidade muito forte com o local onde vivem (Topofilia); observou-se, também, que mais de 85,59% dos entrevistados nunca participaram de nenhum evento voltado para a preservação do meio ambiente; tem-se, ainda, que quase 50% não têm emprego fixo e que mais de 78% dos entrevistados descartam seus esgotos sanitários diretamente nos rios.
Título Aparecida, profana e dividida: conflitos socioespaciais no município de Aparecida, São Paulo, Brasil
http://biblioteca.univap.br//dados//000014/0000147a.pdf
Autor(a) Vanessa Carvalho Mangialardo
Orientação Prof. Dr. Pedro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O arranjo espacial urbano, na maioria das cidades, são expressões de sua reprodução social na mais material de suas dimensões o que se deve ao processo histórico em que se deu tal formação. Aparecida, cidade do Vale do Paraíba Paulista, nasceu de circunstâncias fortuitas, o achado de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição nas águas do rio que dá nome à região. A partir deste ponto se inicia seu crescimento, de povoado à cidade que hoje é. Como em sua origem, sua história esteve sempre ligada às expressões da fé católica e da devoção à Senhora Aparecida. No entanto, o crescente afluxo de fiéis demandou novas necessidades para a cidade, o acolhimento aos peregrinos e romeiros, uma demanda por comércio e serviços. A estrutura do centro urbano se abre então ao mercado e essas ofertas sob a condução da própria Igreja. A cidade da fé se torna profana. O estudo a seguir aborda este processo onde o amálgama inicial entre fé e as necessidades de sobrevivência se deslocam para satisfações de necessidades contemporâneas, a cultura de massa. Apoiado em pesquisas bibliográficas e análises de documentos do poder público e da Igreja, o texto a seguir pretende colaborar para o estudo das contradições da cultura e dos espaços gerados nestes novos tempos
Título Configuração socioespacial como expressão de conflitos: expansão urbana de Luanda e o planejamento territorial de Angola
http://biblioteca.univap.br//dados//000014/00001429.pdf
Autor(a) José Caléia Castro
Orientação Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Angola constituía, mesmo antes da colonização lusitana, um território com razoável grau de organização e relações sociais e política. Com a chegada dos colonizadores, a partir do século XVI, Luanda passa a ganhar importância e torna-se a principal cidade do País. As políticas de gestão portuguesa e as guerras de libertação colonial (1961 ? 1975) são fatos e eventos que influênciaram a atual conformação socioespacial. Embora os acontecimentos decisivos tenham se dado a partir de 1975 com o generalizado êxodo rural, ocasionado principalmente pelas situações de conflitos civís bélicos, engendrados pelos três principais movimentos políticos (MPLA, UNITA e FNLA), as mobilizações migratórias para as periferias de Luanda, e mais tarde para o interior da cidade legalmente constituida, se intensificou principalmente, no periodo de (1975 - 2002). Este estudo concentrou considerável foco na década de (2003-2013), pois é neste que, apesar do retorno da estabilidade militar e politica, sinalizado como período de paz, ocorre o maior e mais rápido crescimento demográfico e a maior expansão da mancha urbana de Luanda. As consequências deste processo se refletem de maneira aguda no território de Luanda, através da disputa pelo espaço, marcadas também pela formação dos musseques (favelas) e pela hegemonia e polarização regional. Apesar de deficiente e precário, o sistema de circulação e transportes atua como elemento estruturante e suporte fundamental para o funcionamento desta cidade. É essencialmente sustentado por uma insuficiente e debilitada estrutura viária e por uma modalidade de transporte artesanal, inserido num sistema de economia informal. Por outro lado, percebe-se uma competição acirrada tanto no espaço de circulação, quanto no urbano, entre a cidade legal e a cidade informal (musseques). O objetivo deste estudo é abordar e compreender os fatores que estiveram na base para a atual conformação social, urbana, bem como a apropriação do espaço territorial de Luanda, analisando-a, como objeto de planejamento urbano e territorial de Angola, apoiado nos parcos documentos existentes, dados iconográficos e em pesquisas de campo detalhadas adiante
Título Desenvolvimento regional e o meio técnico-científico-informacional: uma análise dos contrastes socioeconômicos e espaciais da região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
http://biblioteca.univap.br//dados//000013/00001389.pdf
Autor(a) Daniel José de Andrade
Orientação Profa. Dra. Adriane Aparecida Moreira de Souza
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
No Brasil o atual período tecnológico tem origem na década de 1950 e caracteriza-se segundo Santos (2012), pela forte interação da técnica, ciência e informação, elementos responsáveis pelo surgimento de uma nova estrutura social e econômica, com implicações diretas no espaço geográfico, agora denominado meio técnico-científico-informacional. No Brasil, a distribuição de infraestrutura técnica para a modernização do País revela a heterogeneidade no território derivada das estratégias adotadas pelo Estado e pelo capital industrial e financeiro. Neste contexto de desigualdades socioespaciais se insere a recém-criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN), composta por municípios cujas características são mais ou menos representativas do atual período tecnológico. Neste sentido, este trabalho dedica-se a analisar a RMVPLN, sob a perspectiva do atual período tecnológico, e por meio das investigações, compreender os contrastes existentes na Região com municípios que apresentam variações nos níveis de densidade demográfica, técnica, econômica, informacional e comunicacional, bem como, heterogeneidades socioeconômicas e espaciais.
Título Novas Formas de urbanização, estudos de condomínios fechados relacionados ao Programa "Minha Casa Minha Vida", Jacareí, São Paulo
http://biblioteca.univap.br//dados//000014/0000142a.pdf
Autor(a) Ionice Gonçalves Vieira
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho procurou analisar a tendência de segregação sócioespacial relacionada à produção de habitação de interesse social, no município de Jacareí, Estado de São Paulo, decorrentes do Programa "Minha Casa Minha Vida" (PMCMV) criado no âmbito federal brasileiro em 2009. Para este estudo, foram utilizados dados referentes à pesquisa bibliográfica específica, pesquisa documental, fotografia convencional, observações de campo, dados estatísticos de órgãos oficiais, os quais foram transformados eletronicamente em mapas e tabelas. Investigando a tendência de concentração de empreendimentos relacionados ao Programa, destacou-se a tendência predominante de arranjos espaciais sob a forma de condomínios fechados, tanto verticais, como horizontais. Nos levantamentos de campo e cartográficos constatou-se outra tendência, na qual se verifica a concentração espacial desses empreendimentos em determinado vetor de expansão urbana, caracterizando, inicialmente, formação periférica. Buscou-se relacionar as novas construções no contexto do PMCMV e as diretrizes de uso e ocupação do solo do município para analisar a utilização dos novos instrumentos propostos pelo Estatuto da Cidade e sua prática ou não na urbanização em curso. A metodologia mostrou-se útil para os problemas propostos, a qual possibilitou um diagnóstico deste problema de segregação urbana
Título Políticas públicas e a estruturação de um programa para o combate à violência doméstica : caminhos do Programa Aquarela, São José dos Campos, SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00001b/00001b11.pdf
Autor(a) Ilka Ramos
Orientação Profa. Dra. Paula Vilhena Carnevale Vianna e Prof. Dr. Antonio Carlos Machado Guimarães
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo levantar e discutir questões relativas a um programa de política pública para o combate à violência instituído em 2000 em um município paulista de médio porte, mais especificamente compreender a criação e as motivações para a implantação de uma rede municipal de apoio intersetorial para o enfrentamento às situações de violência doméstica contra crianças e adolescentes; quais as articulações construídas para sua implementação e quais os desdobramentos decorrentes desta primeira proposta, bem como a relação com as políticas de âmbito nacional e estadual. A preocupação com a questão da violência doméstica contra a criança e o adolescente vem crescendo significativamente na contemporaneidade, embora seja sabido que esse fenômeno esteve sempre presente nos núcleos familiares. O Programa Aquarela, investigado neste estudo, resulta de política pública intersetorial com atuação das áreas da saúde, serviço social, desenvolvida por diferentes órgãos do Estado, incluindo também a área da educação para o atendimento das vítimas. Instituído na cidade de São José dos Campos, compreende um modelo assistencial gratuito configurado como rede de apoio intersetorial. Em 2013, em decorrência da reorganização da Rede de Assistência Social, com a implantação do Serviço Único de Assistência Social (SUAS) ocorre a implementação dos serviços voltados às famílias vítimas de violência pelo CREAS ? Centro de Referência Especializado da Assistência Social e o Programa tornou-se serviço, um Centro de Referência Especializado em Assistência Social vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social. Com base nos conceitos do neoinstitucionalismo histórico, a análise abordou a contextualização nos campos legislativo (leis e regulamentações relacionadas ao tema), da política e gestão dos serviços, bem como as narrativas de sete profissionais, agentes envolvidos na implantação e implementação do programa e serviço. Como resultado da presente pesquisa conclui-se que para análise de uma política voltada ao enfrentamento da violência doméstica contra criança e adolescente é importante compreender as regras e histórias de vida das pessoas envolvidas, tendo como contexto o previsto em lei relacionado à temática, numa constante busca de adequação das demandas locais frente ao sistema implementado pela legislação nacional, estadual e municipal, observando que as regulamentações influenciam, mas não definem os caminhos da política a ser implantada.
Título A singularidade do urbano de Barcarena, como cidade ribeirinha da região Amazônica
http://biblioteca.univap.br//dados//00001c/00001cb5.pdf
Autor(a) Monique Bruna Silva do Carmo
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O processo de aceleração da urbanização nas pequenas cidades da Amazônia nas ultimas décadas tem transformado o cenário regional e local dessas cidades, o que possibilitou transformações no que diz respeito às relações sócio-espacial e ambiental. Estas alterações no espaço, tanto urbano quanto rural, vem ocorrendo, mais intensamente, desde a década de 1960, na Região. Segundo Costa, Brondizio e Montoia (2009), essa urbano da Amazônia tem a predominância de pequenos aglomerados urbanos, os quais possuem uma fraca infraestrutura e uma economia fortemente dependente de recursos públicos. Apesar dessa predominância, esse urbano é bastante heterogêneo, existindo cidades fortemente dependentes e conectadas aos recursos da floresta, até cidades vinculadas à economia de mercado e à indústria. Em relação à Barcarena, uma pequena cidade da Amazônia localizada no estado do Pará e parte da área metropolitana de Belém, percebe-se que a cidade encontra-se em constante dinâmica em relação à população tanto urbana quanto rural. Apesar de possuir uma população rural maior do que a urbana, sua economia é movida por uma indústria de transformação, o que desperta curiosidade no sentido de conhecer esse paradoxo. Neste sentido, o presente projeto, o qual faz parte de um estudo maior sobre as pequenas cidades da Amazônia, objetiva estudar a importância da cidade de Barcarena (PA), localizada no estuário do rio Amazonas, na rede urbana da Região Amazônica. Pretende-se analisar os seus aspectos que estão transformando o espaço urbano dessa cidade e os agentes estruturadores do espaço responsáveis por essas mudanças. Assim como compreender a sua importância na rede urbana, em termos socioeconômicos. Esta cidade foi escolhida para ser estudada por aparentar uma grande dinâmica urbana e rural, das quais ambas tem-se mostrado significante para a economia regional, aspectos fundamentais para compreendermos os contrapontos existentes entre o espaço urbano e rural.
Título Sociedade e natureza: análise da paisagem e da ocupação urbana em ambiente de várzea de uma pequena cidade do Estuário Amazônico: Ponta de Pedras – PA
http://biblioteca.univap.br//dados//000013/0000138c.pdf
Autor(a) Ed Carlos dos Santos Valota
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O processo de expansão urbana nas pequenas, médias e grandes cidades amazônicas tem sido crescente. Muitos moradores ribeirinhos rurais se mudam para os centros urbanos em busca de melhorias para a qualidade de vida da família, como por exemplo, melhores condições de estudo, empregos, acesso à infraestrutura básica, saúde, entre outros. Uma parcela dessa população vai habitar as áreas periféricas das cidades, conhecidas como áreas periurbanas, pois ainda, nesses locais, as relações entre rural e urbano se misturam. Entretanto, na Amazônia, as áreas de várzea fazem parte das periferias das cidades, onde, esses locais sofrem fortes estresses em função da variação das marés e alteração do nível dos rios. A população de baixíssima renda, que na maioria das vezes depende dos benefícios e empregos do governo, é quem vai ocupar esses ambientes. Apesar da vida dura, motivada pela dinâmica das marés nessa região, a população que ocupa as várzeas já está habituada ao ritmo do local. Ainda que as cidades amazônicas possuam áreas de terra firme que possibilitem o assentamento humano, alguns moradores ribeirinhos optam por construir suas casas de palafitas nos ambientes de várzea. O crescimento urbano das cidades em direção às áreas de várzea tem transformado as paisagens da Amazônia. Desta forma, essa dissertação tem como objetivo investigar o por que dos moradores ribeirinhos do Bairro Carnapijó, localizado na pequena cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, optarem por construir suas casas sobre as águas ao invés de escolherem morar em terra firme. A população que ocupa o Bairro Carnapijó, em sua maioria, é composta por famílias numerosas que possuem baixos rendimentos e dependem dos benefícios do Governo, como o Bolsa Família. Mais da metade desses moradores nasceuno próprio município. O Poder Público informa que em um primeiro momento a área foi ocupada por decisões e interesses políticos. Porém, na atualidade as pessoas optam por morar nesses locais alagadiços em função de suas condições econômicas. Desta forma, a ocupação urbana está transformando a paisagem natural da várzea na cidade de Ponta de Pedras, correndo o risco de perda de serviços ambientais, tendo como responsáveis a Administração Pública e a população. Nesse sentido, compreender esse processo de crescimento urbano pode auxiliar a subsidiar ações que colaborem com o planejamento urbano das cidades amazônicas.
DISSERTAÇÕES 2014
Título Agricultura urbana em São José dos Campos : apropriação do espaço urbano, modos de vida e conflitos
http://biblioteca.univap.br//dados//000017/00001793.pdf
Autor(a) Samuel Henrique Damas Marinelo
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa e Prof. Dr. Leonardo Freire de Mello
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Em relação às mudanças de conteúdo das regiões urbanas, o professor Milton Santos esclarece que essas áreas não podem ser tratadas como áreas homogêneas, onde a população residente deva ser enquadrada em um só modelo de plano urbano, esteja ele ligado a qualquer natureza utópica. Localizada na cidade de são José dos Campos, estado de São Paulo, a área de estudo dessa pesquisa revela uma situação particular: moradores do bairro Jd. Altos de Santana, na Zona Norte da cidade, conservam características tradicionais do campesinato, desenvolvendo o plantio de hortas urbanas num recorte da área de proteção permanente (APP) do Rio Paraíba do Sul. Para esta mesma área, intervenções urbanas estão previstas pelo Poder Público, pautadas num projeto de administração municipal que prevê a criação de um parque urbano denominado "Parque da Orla do Rio Paraíba do Sul", que para ser instalado, promoverá a remoção das hortas cuidadas pelos moradores agricultores. Uma vez instalado o Parque, as propostas de melhoria da qualidade de vida da população, ligada direta ou indiretamente à agricultura urbana, serão atingidas, o que pode gerar conflitos entre as partes interessadas no uso da área. Assim, a presente pesquisa pretende investigar quais são os possíveis conflitos que se estabelecem nessa relação entre Poder Público e moradores apontando para alternativas de solução, a fim de que a população local tenha assegurados os seus direitos de desenvolver a agricultura urbana, atividade topofílica percebida que ajuda a definir identidades socioculturais coexistentes, nesse recorte espacial urbano
Título Industrialização e desenvolvimento regional : uma análise dos espaços urbano-industriais na região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/00000542.pdf
Autor(a) Gustavo Andreiev Nunes
Orientação Profa. Dra. Adriane Aparecida Moreira de Souza
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
No século XX, o surgimento dos espaços urbano-industriais, em diversas localidades do mundo, apresentou um crescimento significativo, uma vez que, a complexidade interna desses espaços proporciona um dinamismo maior do processo de produção via interação entre as empresas nesses instaladas. No que se refere ao Brasil, a Região do Vale do Paraíba, estado de São Paulo, apresentou um significativo desenvolvimento econômico, com destaque para a atividade industrial, ocorrida de modo mais intenso nos municípios de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté e Pindamonhangaba. No ano de 2012, foi instituída a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVP), inserindo os referidos municípios em uma nova perspectiva na qual são ressaltados os aspectos de suas centralidades, motivando reflexões acerca do desenvolvimento regional. Este trabalho tem como objetivo identificar os espaços urbano-industriais na RMVP, bem como, caracterizar o setor industrial destas localidades, verificando a atuação do Estado e demais agentes na criação e consolidação desses espaços.
Título As tramas no espaço urbano : análise da produção social do espaço urbano do município de Taubaté - SP, segundo parâmetros da obra de Flávio Villaça
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/00000541.pdf
Autor(a) Robernei Aparecido Lima
Orientação Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este trabalho assenta seus estudos sobre a estruturação do espaço intraurbano no munícipio de Taubaté, localizado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, analisando a apropriação das vantagens e desvantagens no espaço produzido e a segregação espacial resultante, sob a ótica dos parâmetros de Flávio Villaça, já validados em seus estudos como um modelo de estruturação urbana presente em várias metrópoles brasileiras, mostrando que as classes de mais alta renda começaram a promover um processo de autossegregação que segue, até hoje, a mesma tendência: a de se concentrarem numa mesma região geral da cidade. Assim, procurou-se verificar por meio desse embasamento teórico e mapeamento da área de estudo por tipologias de localização, se esse modelo teria validade na produção do espaço urbano do município de Taubaté, considerando, dentre outros, as instituições, equipamentos e serviços públicos, como também os estabelecimentos privados de acesso coletivo. Constataram-se nesses estudos que as análises do autor sobre as formas de produção do espaço intraurbano presentes nas metrópoles brasileiras, também se materializam no município de médio porte como o representado por Taubaté, verificando-se a ocupação de uma região da cidade pelas classes de alta renda, promovendo a sua autossegregação, usufruindo de todos os equipamentos urbanos e infraestrutura que passam a ser direcionados para lá, assim como da acessibilidade produzida para beneficiar essa mesma classe, na zona oeste do município de Taubaté. Cabe destacar que este processo continua em desdobramentos, apresentando uma ampliação desta zona de ocupação por camadas de alta renda também em direção à zona sul, configurando um eixo sudoeste de segregação socioeconômica.
Título Ubatuba era Caiçara : a des(re)territorialização do espaço frente às políticas públicas
http://biblioteca.univap.br//dados//000017/00001795.pdf
Autor(a) Edvaldo Gonçalves de Amorim
Orientação Prof. Dr. Leonardo Freire de Mello
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O espaço socialmente construído é formado na sua totalidade por elementos que promovem arranjos e desarranjos no espaço geográfico, criando territórios, desterritorializando outros para depois reterritorializá-los novamente. Nessa perspectiva, o presente trabalho busca compreender o processo de industrialização urbana no Brasil e seus rebatimentos sobre as territorialidades existentes, em especial as do setor de subsistência, tendo como ótica as políticas públicas voltadas para a organização do território. Para tanto, o recorte territorial objeto de aplicação deste estudo é o município de Ubatuba, no Estado de São Paulo, um dos redutos da cultura tradicional Caiçara, com mais de 80% de sua área sobreposta com unidades de conservação de proteção integral e outras áreas protegidas, localizada na região berço da industrialização urbana. As metodologias de análise adotadas são a revisão bibliográfica histórica e temporal, assim como a observação não participativa. Esta forma de análise possibilitou uma leitura na escala regional e local dos diversos territórios e, de como estes influenciam o processo construtivo das políticas públicas e ao mesmo tempo em que são influenciados por elas.
DISSERTAÇÕES 2013
Título Análise do processo de expansão urbana no município de Monte Sião, MG, entre 1962 e 2012
http://biblioteca.univap.br//dados//00001c/00001cb6.pdf
Autor(a) Rafael Lúcio da Silva
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A presente pesquisa propõe, a partir de uma abordagem teórica e um estudo empírico, compreender as relações inseridas no processo de expansão urbana, levando em consideração os diferentes agentes estruturadores do espaço urbano que conduzem este processo e segmentam as políticas públicas na esfera local e regional. Para tanto, selecionamos a cidade de Monte Sião, localizada no sul do Estado de Minas Gerais, Microrregião Geográfica de Pouso Alegre, município limítrofe com o Estado de São Paulo, considerada a "Capital Nacional do Tricô".A hipóteses, Ra abordada, é que, com o declínio da atividade rural no município de Monte Sião e a consolidação de uma nova atividade econômica com a especialização na produção de malhas e a diversificação do setor têxtil impulsionado pelo turismo, o foco de investimentos da população passou a ser o mercado de terras, promovendo uma expansão acelerada do perímetro urbano a partir década 1970, atraindo grande contingente populacional de outros estados do Brasil. O desenvolvimento desta nova economia no município propiciou uma rápida expansão do perímetro urbano e grande valorização da terra urbana, promovendo assim, uma nova estruturação do espaço urbano local. Espera-se com este estudo, quantificar a expansão urbana da cidade de Monte Sião - MG, bem como investigar os eixos de expansão urbana do município e a relação com os aspectos socioeconômicos e político-institucionais no período de 1962 e 2012.
Título A abordagem do lugar e o planejamento urbano : um estudo de caso nos bairros do Rio Comprido de São José dos Campos e Jacareí – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000004/00000472.pdf
Autor(a) Luciana Marcondes Frade Braga de Castro
Orientação Prof. Dr. Leonardo Freire de Mello
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho propõe-se a estudar dois bairros de mesma toponímia - Rio Comprido - localizados entre os municípios de São José dos Campos e Jacareí, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte - SP. O questionamento inicial direciona-se para as transformações na interação rio, pessoas e cidades oriundas principalmente da urbanização e industrialização brasileira, acreditando ser esta uma importante discussão acerca da qualidade de vida urbana na atualidade. A perspectiva teórica escolhida privilegiou o conceito de lugar visando identificar os diferentes significados dos bairros do Rio Comprido na percepção de seus moradores e a interação destes com o rio Comprido nos dias de hoje. Logo, a presente dissertação insere-se como um trabalho exploratório de abordagem reflexiva, seu objetivo maior não é quantitativo, mas qualitativo. A abordagem metodológica ancora-se nos estudos de percepção ambiental, pautados, sobretudo, nas atitudes e nos valores envolvidos na relação entre o homem e o meio ambiente. A proposta dessa abordagem intenciona contribuir com linhas de pesquisa que valorizem e busquem maior conexão entre os estudos técnicos voltados para o planejamento urbano e o conhecimento experiencial dos que vivem no lugar, entendendo este último como a base na qual se realiza a vida cotidiana na cidade.
Título Análise das transformações do uso e a cobertura do solo às margens da rodovia dos tamoios nos municípios de Jambeiro e Paraibuna, Vale do Paraíba/SP, no período entre 1991 e 2010
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/00000554.pdf
Autor(a) Felipe Gonçalves de Arruda
Orientação Prof. Dr. Leonardo Freire de Mello
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
As margens da Rodovia dos Tamoios estão passando por um processo de modificação no uso e cobertura do solo. Este processo se intensificou a partir de 1990, devido ao investimento público e privado, como os projetos de duplicação da Rodovia dos Tamoios, a ampliação do Porto de São Sebastião, ampliação dos dutos da Petrobrás. O objetivo dessa dissertação é identificar e analisar as transformações ocorridas no uso e cobertura do solo às margens da Rodovia dos Tamoios, nos municípios de Paraibuna e Jambeiro, no período de 1991 a 2010. No período estudado, a área de estudo passou por um processo de transformação, tendo sido alvo de investimentos público e privado. Essas transformações e investimentos estão causando impactos socioeconômicos, que se refletem no espaço, tais como o crescimento do número de empresas e condomínios fechados às margens da Rodovia.
Título Contribuição para a formulação de indicadores urbanísticos : subsídios às análises de políticas educacionais no município de Jacareí/SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/0000050a.pdf
Autor(a) Maria José Alacrino
Orientação Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho buscou responder qual o impacto que a organização sócio-urbana gera sobre o desempenho educacional dos estudantes. Este tema justifica-se pela importância que as cidades e as condições materiais da vida urbana podem ter ao interferir na qualidade dos indicadores educacionais. Assim, o objetivo da pesquisa é constituir indicadores sobre a organização material do território compreendendo infraestruturas, equipamentos, serviços e transportes, estabelecidos por tabelas, gráficos e quadros sistematizando e os relacionando aos indicadores educacionais oficiais Provas Brasil e SARESP. Desse modo, identificam-se os possíveis fatores que influenciam a qualidade do ensino em unidades escolares localizadas em territórios representativos das dinâmicas de urbanização do município de Jacareí, Estado de São Paulo, Brasil.
Título Contribuições aos estudos sobre os Fundos de Vale como elementos de construção ambiental e social do espaço urbano : conflitos e desafios
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/0000055f.pdf
Autor(a) André Luiz Macahiba Benine
Orientação Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O estudo se propõe a analisar a situação atual do município de Lorena e propor medidas possíveis para garantir a preservação das áreas de fundos de vale visando à sustentabilidade ambiental, social e urbana. É descritivo, aplica a técnica de observação para a análise qualitativa de documentos e da realidade do município e realiza um estudo de caso utilizando o raciocínio analítico dedutivo estruturalista, na análise da expansão urbana, dos processos de ocupação e da transformação do espaço do município de Lorena, considerando as áreas de Fundo de Vale e as políticas públicas de gestão territorial e planejamento urbano; elabora mapas que permitam visualizar os espaços a serem estudados, possibilitando uma análise espacial digital, estrutural, organizacional e operacional dos mesmos; reflete como a paisagem e meio ambiente do referido município poderiam ser passíveis de uma retransformação e, propõe medidas operacionais para a ordenação do espaço considerando a preservação do Ambiente, visando a reintegração e preservação dos rios na paisagem urbana. O estudo revela que: Lorena possui um planejamento ambiental e urbano deficiente; não utiliza a função dos elementos naturais, sobretudo as áreas de fundos de vale para a organização do espaço urbano; as legislações específicas não são aplicadas na sua totalidade, e o planejamento paisagístico urbano é inadequado. Conclui-se que a área do Fundo de Vale da Microbacia do Rio Taboão em Lorena, não foi considerada como elemento natural de construção social e ambiental do espaço urbano e que o município não ganhou em sustentabilidade ambiental, social e urbana, pois não ocorreu um planejamento voltado às questões de preservação. Revela que ao alcance da integração territorial, qualidade de vida e recuperação do meio ambiente natural através da criação de espaços flexíveis compondo uma paisagem equânime, é uma forma de conciliar a natureza como elemento principal para concepção e estruturação do espaço urbano de Lorena. Deve-se utilizar a proposição criada no estudo, para readequação do ambiente urbano em Lorena
Título Levantamento da distribuição espacial e do perfil das escolinhas de futebol: estudo de caso do município de São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000004/000004a8.pdf
Autor(a) Dorival Césare Junior
Orientação Prof. Dr. Emmanuel Antônio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este estudo procurou mostrar que por meio da prática do futebol, um esporte muito popular no Brasil, existe um grande interesse público e privado na formação e implantação de escolinhas de futebol nos municípios brasileiros, as quais podem contribuir para a transformação dos aspectos sociais e econômicos das crianças e adolescentes. O mapeamento das escolinhas tem como objetivo analisar a sua distribuição e a influencia na sociabilidade das crianças e adolescentes da região. São José dos Campos realiza um trabalho que procura fazer a integração social em conjunto com esporte, com pode ser verificado pelos investimentos da prefeitura em relação à construção de centros poli esportivos e unidades associadas, áreas estas destinadas ao lazer e a iniciação esportiva. Em determinadas regiões a formação e organização das escolinhas de futebol, principalmente as particulares, esta ligada a condição sócio econômica da região, onde ocorrem carências de projetos sociais e de lazer e onde a população não tem condições de participar de atividades em academias e clubes. A prefeitura, através da Secretaria de Esportes e Lazer, disponibiliza local e realiza eventos voltados para o lazer, contribuindo para inclusão social da população da região. Por meio de um mapeamento, o qual procura detectar a localização das escolinhas de futebol, verificou-se um maior numero de escolinhas particulares na região sul e central, em contra partida, na região leste a predominância é de escolinhas públicas, onde investimentos públicos e a condição sócio econômica da região tornam-se um fator determinante para a localização de escolinhas gratuitas e com característica de inclusão social e de lazer. O estudo demonstrou que a escolinha, possibilita às crianças e adolescentes a oportunidade de praticar uma atividade esportiva prazerosa e que contribui desenvolvendo sua sociabilidade, fato este percebido pela maioria dos pais e proprietários. Com o crescimento urbano acelerado e em alguns momentos desordenado é preciso que a política pública de inclusão social realmente seja eficaz, buscando localizar distorções e preencher este espaço, pois a escolinha particular sempre vai estar presente onde o poder público estiver ausente.
Título Parcelamento do solo urbano: o loteamento. Seus atores, lógicas e pertinências em São José dos Campos
Autor(a) Arlindo Aparecido Regis de Oliveira Junior
Orientação Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A questão da terra tem um papel importante no processo da urbanização. Diante da intensa ocupação do solo ocorrida nas últimas décadas nas cidades brasileiras, o loteamento se apresenta como forma de ocupação do território e alternativa à questão habitacional. Porém, apresenta-se, igualmente, como problema ao planejamento das cidades. O objetivo desta pesquisa é estudar o parcelamento do solo, na forma de loteamento considerado legal pelos órgãos públicos, como principal estruturador do tecido urbano. Busca-se, também, conhecer a sua evolução, identificando os atores envolvidos no processo e compreendendo suas lógicas e pertinências. O objeto empírico do estudo é a zona urbana do município de São José dos Campos, localizado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo, a partir de uma abordagem descritiva e crítica, para a melhor compreensão desse fenômeno urbano. No recorte temporal de 1925 a 2012, pode-se identificar 296 (duzentos e noventa e seis) loteamentos aprovados. Por compreenderem a dinâmica territorial ocorrida no período, serão correlacionados com os principais fatos que marcaram a evolução urbana da cidade. O pressuposto inicialmente apresentado de que os problemas urbanos surgem, não por falta de planejamento, mas sim pela forma como foi concebido o acesso à terra no Brasil e pela herança cultural patrimonialista persistente até os dias atuais, foi evidenciado e confirmado pela pesquisa.
Título A política habitacional e a expressão da segregação socioespacial em São José dos Campos - SP
http://biblioteca.univap.br/dados/000004/00000431.pdf
Autor(a) Andrea Lise Campos Suriano
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Esta pesquisa tem o objetivo de compreender a segregação socioespacial em São Jose dos Campos, SP, como resultado do processo de urbanização/industrialização vivenciado pelas cidades brasileiras; e também resultante da política habitacional municipal. Pretende-se constatar que o modo pelo qual o avassalador processo de urbanização aliado à intensificação da industrialização contribuiu para aumentar o déficit habitacional no município e produzir a segregação socioespacial. Esta pesquisa pretende também, investigar a manutenção da segregação socioespacial a partir da produção de habitação de interesse social por meio da política habitacional adotada pelo poder público municipal nas últimas décadas. É importante destacar que São Jose dos Campos pode ser considerado um exemplo típico do padrão de "urbanismo à brasileira", cuja influência da questão da terra na organização do território (valorização e especulação imobiliária, entre outras) resulta em uma ocupação desigual do espaço urbano evidenciando a lógica da segregação socioespacial.
Título Resíduos da construção civil no município de São José dos Campos (SP) e as políticas públicas ambientais
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/00000553.pdf
Autor(a) Waldmir Assis Freitas Ferreira
Orientação Profa. Dra. Friedhilde Maria Kustner Manolescu
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este estudo tem como objetivo verificar a aplicação da Política Pública Municipal de São José dos Campos, SP, ao gerenciamento de resíduos sólidos de construções civis e demolições de reforma, em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, 2010). Para tanto, apresenta-se uma breve análise do que hoje se denomina crise socioambiental urbana brasileira e suas especificidades. Entende-se que a construção física e material do espaço urbano e suas transformações alicerçam-se de forma direta com as atividades da indústria da construção civil. Com o redirecionamento das discussões ambientais, iniciadas na década de 1970, para o desenvolvimento e organização dos espaços urbanos, surgiu a expressão cidade sustentável. Com esse direcionamento, este estudo tem como objeto de análise o processo de produção de resíduos da construção civil desde a primeira etapa de qualquer tipo de construção: o canteiro de obras. O estudo traz a classificação dada ao pequeno e ao grande gerador desse tipo de resíduo, o transporte e destino dos resíduos, e analisa as distintas classificações estabelecidas pela Resolução Conama nº 307/2002. Verifica, também, em fontes oficiais como a Prefeitura de São José dos Campos e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o manejo dos resíduos provenientes das atividades de construção. Após o conhecimento das especificidades do Município, em relação à reciclagem dos resíduos, analisa outras cidades da região metropolitana, São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba, situadas no mesmo Estado de São Paulo, a fim de comparar as Políticas Públicas Municipais sob a luz da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A comparação pretende verificar se o modelo adotado por São José dos Campos contribui de alguma maneira com a preservação ambiental, ou, ao menos, se minimiza possíveis impactos ambientais. Conclui-se que o Município avança frente a outros por possuir usina de beneficiamento de resíduos de construção, que possibilita que o material sob a forma de matéria-prima, após o processo de reciclagem, seja aplicado no mesmo setor. Cabe apontar que os esforços para atender a Política Nacional não estão sendo suficientes. Percebe-se a vulnerabilidade na extensão da cidade, com o despejo irregular de resíduos em vias públicas, em terrenos baldios, e em áreas de preservação permanente, e a inexistência de fiscalização para fazer cumprir a Lei, o que causa danos ao meio ambiente e à paisagem urbanística da cidade.
DISSERTAÇÕES 2012
Título Saúde e o urbano: uma pesquisa exploratória em comunidades com presença de negros- estudos de casos em Juiz de Fora- MG
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000037A.pdf
Autor(a) Jucelia de Oliveira
Orientação Profa. Dra. Paula Vilhena Carnevale Vianna
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O estudo apresentado aborda a complexa relação entre saúde e espaço urbano. As áreas periféricas urbanas são espaços de vida de populações empobrecidas e privadas de adequada infraestrutura urbana e de serviços e são também, simultaneamente, áreas de habitação da maioria da população negra. Nessa perspectiva, este estudo investiga a percepção dessas populações acerca de sua vulnerabilidade socioespacial e seus reflexos sobre a saúde, tomando como sujeitos pessoas hipertensas, negras, que habitam em bairros classificados pelo IBGE como aglomerados subnormais da cidade de Juiz de Fora-MG. A investigação foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas de cunho qualitativo que visaram revelar o modo como o processo saúde-doença era compreendido pelos sujeitos e pelos profissionais de saúde. A reflexão sobre esse panorama se baseou na análise dos espaços urbanos dos bairros como construção social. A predominância da percepção biomédica do processo saúde-doença e a fragmentação das políticas públicas no que diz respeito á construção de espaços saudáveis de vida nos leva a concluir que a formulação e a implementação de políticas públicas equânimes devem considerar as condições materiais de vida, a cultura e estilo de vida de distintos grupos populacionais que habitam os espaços urbanos. A geografia e o planejamento urbano dialogam diretamente com a qualidade de vida das populações.
Título O direito à cidade sustentável: reflexão acerca da política urbana brasileira à luz dos dez anos do Estatuto da Cidade
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000378.pdf
Autor(a) Priscila Maria de Freitas
Orientação Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), ao regulamentar dois artigos da Constituição, traz consigo a formulação de um direito - o direito à cidade sustentável. Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise temporal da política urbana, refletir os significados do direito à cidade sustentável e possibilitar novos olhares e debates deste tema. Com base em pesquisa literária, explana-se primeiramente uma linha histórica de regulamentação sobre o território brasileiro que gerou uma dinâmica de exclusão no modo de apropriação da terra. Segue-se com a trajetória e ideais do direito urbano, abordando seus marcos regulatórios. Num breve momento aborda-se a sustentabilidade, sua conceituação, discurso e práticas. Na junção do termo urbano 'direito à cidade' e do termo ambiental 'sustentável', tem-se um direito constitucional, com conflito nos seus significados e conceitos. Assim, este trabalho pretende refletir que é necessário reconhecer e repensar os caminhos já trilhados, a fim de se traçar novos; sendo um dos caminhos possíveis para a realização deste direito as práticas abrangentes, com uma visão holística e que possam mudar na dinâmica da história brasileira de constante exclusão e fragmentação das políticas públicas.
Título Do modelo de Cidade-Jardim à metropolização: evidências do urbanismo à brasileira na região norte do estado do Paraná
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000369.pdf
Autor(a) Agnes Yuri Uehara
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este trabalho tem como objetivo compreender a maneira pela qual as relações entre a gestão pública e o mercado imobiliário configuram a organização sócio-espacial do município de Maringá que constitui uma região metropolitana desde 1998, e também identificar e analisar os desdobramentos de ordenamento do território em relação às diretrizes, ações e política para o Planejamento Urbano e Regional, partindo da análise de uma cidade planejada, cuja origem remete ao modelo de cidade-jardim. A pesquisa pretende investigar como ocorreu o processo de Planejamento na região de Maringá na qual, mesmo com a existência de instrumentos de legislação urbana, gestão e política, o quadro de segregação sócio-espacial se configura. Com relação às pesquisas realizadas permite-se afirmar que o modelo de cidade-jardim implantado em Maringá, em sua origem, não foi garantia do controle do processo de urbanização e planejamento. O Município, apesar de todas as transformações econômicas e ações de planejamento físico-territorial apresenta traços manifestos de desequilíbrio social na produção do espaço. Assim, a dinâmica urbana e regional de Maringá também produz a segregação no entorno e revela indicativos de uma situação derivada de uma Região Metropolitana, provocando êxodo de população para os Municípios vizinhos. Para possibilitar essa análise parte-se de uma revisão de trabalhos publicados sobre o processo de urbanização brasileiro, implantação do modelo de cidade-jardim e a constituição de Regiões Metropolitanas. Após as pesquisas referentes às Regiões Metropolitanas do Estado do Paraná e sobre as cidades planejadas, foram identificadas quatro importantes cidades do Norte do estado: Umuarama, Cianorte, Maringá e Londrina, sendo que para este trabalho optou-se por destacar a região de Maringá.
Título Contribuições aos estudos sobre a política nacional de ensino a distância : o caso representativo de município de pequeno porte : Bragança Paulista
http://biblioteca.univap.br/dados/000004/0000042D.pdf
Autor(a) Luiz Fernando Teodoro
Orientação Profa. Dra. Friedhilde M. K. Manolescu
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
No Brasil, o grande desafio é levar educação com qualidade para reproduzir um efeito duradouro no desenvolvimento local. Este estudo pretende analisar a contribuição da política nacional de ensino a distância ao processo de desenvolvimento socioeconômico no Brasil e em Bragança Paulista, no período de 1998-2010. Objetiva, também, apresentar a Educação de Ensino a Distância (EAD) como um dos mecanismos na busca pela diminuição das desigualdades sociais. A estratégia adotada na pesquisa foi a revisão bibliográfica, e sua realização resultou na análise das principais alterações socioeconômicas na vida dos egressos de um curso superior a distância realizado em Bragança Paulista. Analisa-se, ainda, no plano nacional de banda larga, a expansão da infraestrutura tecnológica de acesso à internet desde seu início, em 2003, já que sua expansão tem reflexo direto na EAD, por tratar-se de uma modalidade de ensino apoiada nas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC's). Quanto maior for sua disseminação, mais assertiva será a política nacional de educação a distância. Os resultados apontaram a inclusão dos respondentes pela facilitação e ampliação do acesso ao ensino superior por habitantes da periferia; menor investimento aos estudos; inserção de parcela da sociedade que estava fora do processo educativo por causa da idade; e melhoria no nível de renda. Além da inclusão dos indivíduos, pela ascensão e mobilidade social decorrentes da maior escolaridade e formação, houve contribuição ao desenvolvimento local pela disponibilidade de trabalhadores mais qualificados.
Título Avaliação pós-ocupação e qualidade do lugar: experiência no conjunto de Habitação Popular Jardim São José II - Zona Leste - São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000005/0000054a.pdf
Autor(a) RITO, Ivana Nunes de Arruda
Orientação Prof. Dr. Leonardo Freire de Mello
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O presente trabalho propõe-se a estudar a percepção do indivíduo no lugar, sob o enfoque de moradores de um conjunto habitacional de interesse social, bem como investigar procedimentos metodológicos que permitam captar, de maneira sistemática, essa percepção. As discussões do trabalho terão como ponto de partida o contexto do processo de urbanização brasileiro, especialmente na Região Sudeste, em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, ao longo da segunda metade do século XX. Serão estudados os fatores que contribuíram para o crescimento das cidades, seu desenvolvimento, os problemas urbanos, - sobretudo de moradia-, a ação do Estado para solucionar esses problemas e a percepção dos moradores com relação a essas ações. A análise foi feita ao conjunto habitacional Jardim São José II, localizado na zona leste de São José dos Campos - SP, que foi construído para reassentar famílias das antigas favelas Novas Detroit, Tatetuba e Caparaó. A Análise da habitação de interesse social por meio de métodos e procedimentos de Avaliação Pós-Ocupação pautada no conceito de Qualidade do Lugar pressupõe uma avaliação ambiental urbana a partir da valorização desse ambiente pelas pessoas por meio de suas experiências pessoais materializadas em uma parte do espaço, o lugar. A proposta desse tipo de avaliação visa contribuir com a transformação das políticas públicas, e dos serviços públicos com o objetivo de maximizar a satisfação das pessoas com o lugar onde estão e, com isso, contribuir de forma efetiva com a consolidação de uma cultura de planejamento urbano por meio da qual possa se estabelecer um diálogo efetivo entre tomadores de decisão e sociedade em torno das ações de planejamento dos bairros, das comunidades, das habitações, e da cidade que se deseja.
Título Análise do uso e ocupação do solo em um trecho da zona norte do município São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/000003BE.pdf
Autor(a) Simei Ribeiro de Souza
Orientação Prof. Dr. Leonardo Freire de Mello
Linha de Pesquisa Planejamento, Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Até a metade da década de 1980, a cidade de São José dos Campos já havia ocupado quase todas as áreas que não sofriam alagamentos, as consideradas terras altas. Sem ter para onde ir, a população marginalizada, inicia na mesma década, a ocupação das áreas alagáveis causando alterações na fisionomia vegetal através do uso desordenado do solo. Inserido neste contexto, o presente trabalho pretende avaliar, através de mapeamento e abordagem crítica do processo de ocupação, a evolução do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul no município de São José dos Campos, em um trecho da zona norte e identificar as vulnerabilidades socioambientais, através da aplicação de um questionário. A metodologia que norteará este trabalho está definida de acordo com os objetivos propostos e o mesmo terá início com o levantamento de dados de sensoriamento remoto e cartográficos para comparação entre quatro épocas distintas: 1982, 1997, 2007 e 2010, geração de base cartográfica digital, interpretação das fotografias aéreas, geração do mapa de uso e cobertura vegetal e pesquisa de campo. Os resultados demonstraram que a área sofre um intenso processo de urbanização e extensas áreas de pastagens, que atendem as atividades agropecuárias. Aliado a isto está à falta de políticas de preservação para as áreas de reflorestamento e matas ciliares. Levando em consideração as mudanças na configuração do espaço, constatou-se que os bairros analisados, antes considerados áreas rurais, não estão mais isolados de outras instancias da sociedade, e desta forma, sofre as influências dos processos administrativos e políticos das gestões públicas e econômicas em todos os níveis e a Prefeitura Municipal, através do uso de ferramentas de controle de ocupação, tem conseguido fazer com que os assentamentos sigam uma ordem espacial e as que não se encontram dentro destes parâmetros, estão sendo acompanhadas, visando uma solução para este problema.
DISSERTAÇÕES 2008
Título Desigualdade Social no Brasil: A Questão Habitacional em São José dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/0000024D.pdf
Autor(a) Diva Dias da Silva
Orientação Emmanuel Antonio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Título O Impacto Econômico na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul na Região do Estado de São Paulo - Sustentabilidade ou Crise
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000249.pdf
Autor(a) Edmundo Carlos de Andrade Carvalho / Emmanuel Antonio dos Santos
Orientação Emmanuel Antonio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este trabalho analisa as consequencias do processo de desenvolvimento e ocupacão no Vale do Paraiba Paulista pelo interesse economico e como tal ocupacão alterou a disponibilidade de recursos hidricos, colocando em risco a sustentabilidade, isto e, a possibilidade de atendimento das demandas no presente e a garantia de atendimento para as futuras geracões. Para subsidiar nossa analise recorremos a dois planos de pesquisas: o primeiro sobre a ocupacão do territorio, as transformacões que se deram no tempo em decorrencia da intencionalidade capitalista, com a apropriacão dos recursos naturais e o desenvolvimento urbano regional, destacando o efeito da industrializacão e da aglomeracão sobre a qualidade dos recursos hidricos; e o segundo, especialmente sobre a presenca da agua em nossa Região a partir da condicão primitiva, seu Ciclo Hidrologico regional, seus usos, sua importancia para o abastecimento, a producão agricola e a industrial e, finalmente, as alteracões que lhe foram impostas no regime, na qualidade e na disponibilidade, com as consequencias que tais resultados trarão para as demandas presentes e futuras, para a sustentabilidade da região.
Título Novas Formas de Ocupação Urbana: Os Loteamentos Fechados em São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/0000025F.pdf
Autor(a) Mateus de Godoi Maria
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa / Emmanuel Antonio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
A cidade de São Jose dos Campos passa por um renovado processo de expansão urbana percebido com maior intensidade a partir de meados da década de 1990. Essa expansão tem ligação direta com o processo de desmetropolização da cidade de São Paulo, conhecido como um processo de desconcentração de atividades econômicas, o qual estimulou a aglomeração de população em novas localidades. Tal processo causou uma migração para as cidades medias paulistas e foi responsável pela migração de diferentes tipos de profissionais: desde os não qualificados, expulsos da metrópole por falta de opção de emprego, ate os mais especializados, transferidos pelas empresas ou mudaram-se em busca de novas oportunidades em empresas agora instaladas nessas cidades medias paulistas. Como consequência desse novo contingente populacional que chegou, a cidade e o mercado de terras local sofrem modificações importantes, dependendo da hierarquia social, ou seja, nas faixas de menor renda e nas faixas de maior alta renda, exercem efeitos diferentes no espaço urbano, diferenciando o uso da terra, em áreas similares, distantes do centro. O status dos mais ricos ou das faixas de renda media agora e viver com segurança, perto da natureza. O modelo "rico no centro e pobre na periferia" não pode ser mais utilizado para explicar este processo. Nessa conjuntura, esse trabalho busca entender o fenômeno dos loteamentos fechados em São Jose dos Campos. Eles surgem na década de 1970, mas recentemente receberam um novo impulso, que demonstra os desejos de exclusividade e auto segregação das faixas sociais com algum poder aquisitivo, com a conivência de um Poder Publico. O Governo local não prove a segurança desejada por estes, e ainda aceita e aprova leis especificas para o fechamento de bairros, ou ruas, as quais negam o significado de cidade, fundando uma nova forma de espaço urbano, citada por Maricato (1982) como a anticidade.
DISSERTAÇÕES 2007
Título A Ocupação do Espaço e a Questão Sócio Ambiental na Bacia Hidrográfica no Córrego dos Freitas - São José dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000244.pdf
Autor(a) Gercina Maria dos Santos
Orientação Mário Valério Filho / Eduardo Jorge Brito de Bastos
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Ambiente
Resumo
No território brasileiro a partir da década de 60 a maioria das cidades passou a ter um crescimento acelerado. Esta expansão urbana na maioria das vezes, ocorreu de forma desoedenada, que concorreu para a ocupacão de areas desfavoraveis a ocupacão urbana, provocando uma serie de desequilibrios ao meio ambiente. Neste sentido, o presente trabalho e uma analise dos problemas ambientais causados pela ação antropicana Bacia Hidrográfica do Coredo dos Freitas, a qual esta localizada no setor norte do Município de São Jose dos campos, com área de 10.29 Km. Foram realizadas analises das mudanças ocorridas na paisagem no período de 1962 a 2005, aplicado um questionário a população do local, quantificado os dados socioeconômicas sa população entrevistada, e usou-se mapas temáticos e fotográfico aéreas. Utilizando-se técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que possibilitaram o mapeamento do uso e cobertura vegetal natural das terras para os anos de 1962/1973/1988/2005. A partir do cruzamento das informacães dos mapas temáticos foi gerada uma carta de fragilidade ambiental. Os problemas sócio ambientais e as consequências decorrentes da ocupação urbana na Bacia Hidrográfica do Corrego dos Freitas foram diagnosticadas, e algumas alternativas para o ordenamento territorial daquela área são sugeridas.
DISSERTAÇÕES 2006
Título Análise do Crescimento Urbano de Ilhabela: Seus Reflexos e Perspectivas de Planejamento para o Município
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/000001D7.pdf
Autor(a) Mônica Souza Guimarães
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Título Organização Social do Espaço Urbano e a Acessibilidade para PEssoas com Deficiência Física e Motora no Município de São José dos Campos - Um Estudo para o Planejamento Urbano
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000188.pdf
Autor(a) Hamilton do Nascimento Freitas
Orientação Friedhilde Maria Kustner Manolescu
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Título Rurbanização, Desenvolvimento e Vida: O Caso do Assentamento Nova Esperança I, do MST, em Macrozona de Expansão Urbana de São José dos Campos - Perspectivas para o Planejamento Urbano e Regional
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000185.pdf
Autor(a) Claudio Collado Riechelmann
Orientação José Oswaldo Soares de Oliveira
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Esta dissertação aborda as perspectivas para o planejamento urbano e regional do Vale do Paraíba, destacando o processo de rurbanizacão que ocorre em sua extensão. Discute-se o papel e as ações dos movimentos sociais no cenário da luta pelo chão, com ênfase na proposta da nova estratégia de ocupação de terras do MST denominada Comuna da Terra (assentamentos em áreas periurbanas das grandes cidades da Região Sudeste). O assentamento Nova Esperança I, localizado na macrozona de expansão urbana II (zona de chácaras de recreio - ZCHR), de São Jose dos Campos, e a materialização desta estratégia. Ele e tomado como base de pesquisa empírica, na identificação de vetores da produção do espaço rurbano, distinto daquele desencadeado pela especulação imobiliária (por agente rural ou urbano). O texto abarca, ainda, o entendimento do processo histórico da disputa pela posse da terra, na sua pluralidade contextual. Considerando que os conflitos agrícolas são urbanos, no fundo (SANTOS, 2001) cobre-se aspectos das condições de vida e da luta dos semterra, do individuo sujeito invisível desses processos sociais (MARTINS, 2003), sob a egide do desenvolvimento como liberdade (ABRAMOVAY, 2003). O cenário exposto contempla, adicionalmente, os assentamentos humanos da reforma agraria e a territorialização dos sem-terra, impactos ambientais e sustentabilidade, além do papel da agricultura familiar no desenvolvimento regional. As transformações urbanísticas na área estudada, percebidas tanto pelo morador, quanto pelo planejador urbano, são aventadas para a região do Vale do Paraíba, delineando perspectivas para seu planejamento urbano e regional.
Título Sistema de Circulação e de Transporte e o Espaço Urbano na Cidade de São José dos Campos: um Estudo Multitemporal
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000195.pdf
Autor(a) Eliseu Ribeiro de Moura
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
O objetivo desta pesquisa e analisar multitemporalmente (1962 a 1985) o arranjo espacial urbano do município de São Jose dos Campos, caracterizado por um espraiamento e dispersão de sua mancha urbana, impulsionada por um ciclo de crescimento econômico apoiado na industrialização, e relaciona- lo com as condições disponibilizadas a população, pelo Poder Publico, no tocante a sua acessibilidade e mobilidade urbanas. A presente pesquisa torna evidente a escolha do automóvel como meio de transporte necessário e eficaz dentro do que se exigia para a aplicação desse modelo de crescimento urbano, apoiado na periferizacão da cidade e na especulação imobiliária. A pesquisa aborda a formulação e o caráter das politicas publicas voltadas ao atendimento da circulação e a mobilidade, que classes sociais tencionaram atender e as condições permitidas a apropriação do espaço de circulação pelo amplo espectro da população. As questões levantadas na pesquisa são sobretudo, contemporâneas; exigindo soluções do Poder Publico no campo do Planejamento Urbano, e não apenas intervenções adaptando a cidade ao caos do transito de veículos automotores. O espaço de circulação e suporte para o funcionamento e fornece a conectividade indispensáveis aos espaços de produção, de consumo e de reprodução social, e, portanto, deve ser objeto de planejamento. Este trabalho tentou compreender as relações existentes entre o padrão de crescimento espraiado e disperso, formador de tentáculos com grandes vazios urbanos e a produção do espaço de circulação no município de São Jose dos Campos, no período compreendido entre 1962 e 1985.
Título O Turismo e a Produção Social do Espaço Urbano: Estudos sobre Campos do Jordão
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000196.pdf
Autor(a) Cleide Pivott
Orientação José Oswaldo Soares de Oliveira
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Este trabalho estuda a implementação da indústria turística no Município de Campos do Jordão, SP, como estudo de caso para compreender como o turismo interage na produção social do espaço urbano. No desenvolvimento das pesquisas deste trabalho, além dos dados históricos, geográficos e sociais do município, estudaram-se os aspectos que caracterizam a produção social do espaço urbano e o turismo sustentável. Como resultado, constatou-se que o turismo enquanto fenômenos social e espacial atrelados ao capitalismo segue a sua lógica predatória e extrativista aplicada a formação de cidades - turísticas ou não - que deixa marcas como a segregação espacial, a desigualdade na distribuição de renda e a degradação ambiental.
Título Um Setor Urbano em Transformação: a Região Oeste de São José dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000227.pdf
Autor(a) Luciane de Menezes Siqueira
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Resumo
Esta Dissertação apresenta um estudo sobre a centralidade em São Jose dos Campos. E um estudo que aborda a formação do centro da cidade, suas características e expansão durante o século passado e inicio do século atual. Neste estudo verificou-se que ate os anos 1960 o centro caracterizava-se como o local onde concentravam-se comércio, serviços e instituições publicas, sendo um local democrático, no sentido de que todos pudessem congrega-lo ao mesmo tempo. O crescimento populacional, observado a partir de 1950, quando a cidade começa a desenvolver atividades industriais, passava a exigir um aumento das demandas de comercio e serviços e a partir de uma determinação da legislação municipal e proposto uma expansão da centralidade que se concretizou no setor sudoeste ao centro, onde se localizavam bairros direcionados as camadas de renda media a alta e que mantinham proximidade aos bairros destinados predominantemente as camadas de alta renda. A expansão da centralidade neste setor acabou direcionando-a a atender demandas das camadas de renda elevada, formando um comercio e serviços diferenciados daqueles encontrados no centro (tradicional) da cidade. Nos anos 1990 a cidade começa a sofrer os reflexos da crise mundial dos anos 1970 e 1980, e o desemprego no setor industrial acentua-se. Para tentar reverter este quadro o Poder Publico municipal incentiva, entre outros, a implantação de micro e pequenas empresas, incentiva a criação de centros empresariais e torna zona mista a maioria dos bairros da cidade, além de tornar zona mista algumas vias publicas. Neste contexto começa a ser observado o desenvolvimento de atividades não compatíveis com o uso residencial entremeadas aos bairros direcionados a população de mais alta renda que localizam-se na Região Oeste da cidade. No bairro Jardim Aquarius forma-se um cento empresarial com a implantação de vários edifícios de salas comerciais em suas principais avenidas e são instalados alguns edifícios do Poder Judiciário, que localizavam-se no centro. A introdução destes novos usos na Região Oeste indica que estaria ocorrendo uma nova expansão da centralidade na cidade.
Título Urbanização Dispersa, Mercado de Trabalho e Dinâmica Industrial do Complexo Aeroespacial de São Jose dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000186.pdf
Autor(a) Dayana Melo Nogueira
Orientação Cilene Gomes / Nestor Goulart Reis Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do espaço
Linha 1: Planejamento, Políticas Públicas e Estruturação do Espaço
Linha 2: Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
DISSERTAÇÕES 2022
Título Políticas públicas e gestão de resíduos sólidos na RMVPLN: um estudo dos municípios de Jacareí, São José dos Campos e Taubaté
https://biblioteca.univap.br//dados//000069/000069ea.pdf
Autor(a) Maximiliana Cruzzatt Anyosa
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho e Profa. Dra. Adriane Aparecida Moreira de Souza
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
O manejo inadequado dos Resíduos Sólidos, traz um conjunto de problemas sociais e impactos negativos ao meio ambiente. Nestas circunstâncias, ocorre a contaminação ambiental, que põe em risco a saúde da população, a segurança alimentar e o equilíbrio da biodiversidade. O presente trabalho tem como objetivo analisar a implementação da Lei nº. 12.305 de 2010, referente à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) considerada um marco legal para a questão de resíduos sólidos no País, bem como, verificar como a referida Lei é implementada nos municípios de São José dos Campos, Taubaté e Jacareí que compõem a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN) no estado de São Paulo. A pesquisa tem caráter exploratório e descritivo com abordagem quanti-qualitativa. A análise da base de dados secundários foi conduzida a partir de referências publicadas nos espaços virtuais das instituições públicas, privadas e de pesquisas.
DISSERTAÇÕES 2021
Título As mudanças climáticas globais e as políticas públicas municipais na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte - SP.
https://biblioteca.univap.br//dados//00005c/00005c60.pdf
Autor(a) Amancio Rogerio Eusebio Cardozo
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Os efeitos das mudanças climáticas globais podem interfeir nos diversos setores das sociedades, além de ocasionar impactos ao meio ambiente. Os metadados relacionados a esta temática, e as pesquisas nas áreas das Ciências Atmosféricas, atestam que esses efeitos já têm proporcionado uma série de danos no planeta. Em anos recentes vários municípios, incluindo alguns municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, tem sido alvo dos efeitos das Mudanças Climáticas Globais (MCG), através de alagamentos, inundações e escoregamentos com prejuizos de ordem econômica, social e até perdas de vidas. Frente a estas questões, estão em vigor em escala nacional mecanismos através de políticas públicas para mitigar a situação que são elas: a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC); o Plano Nacional de Adaptação e a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC). Em nível Estadual, São Paulo conta com a Política Estadual de Mudanças do Clima e com o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Geológicos. Neste sentido, a presente pesquisa através da análise das políticas públicas por meio dos Planos Diretores, Decretos e Leis Orgânicas/Urbanísticas dos Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN), constatou-se que a quase totalidade dos municípios avaliados, não apresentam em seus planos diretores ações políticas para o enfrentamento das consequências das MCG.
DISSERTAÇÕES 2020
Título Percepção ambiental e a formação de agentes educadores para o planejamento participativo em recursos hídricos: um estudo na Bacia do Rio Paraíba do Sul
https://biblioteca.univap.br//dados//00004f/00004fa6.pdf
Autor(a) Roseli de Freitas
Orientação Profa. Dra. Lidiane Maria Maciel e Profa. Dra. Maria Angelica Toniolo (Participante Externo)
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A presente pesquisa procura analisar a relação entre a trajetória de vida de atores sociais que participam de alguma forma dos processos de gestão dos recursos hídricos, seja em comitês de bacia, conselhos, como consumidores ou exercendo cargos dentro de algum órgão público e o impacto dessa trajetória na sua postura frente a gestão dos recursos hídricos. Pretende também avaliar a percepção que eles possuem sobre estes recursos e sobre a influência de sua atuação dentro do cenário da gestão de recursos hídricos no Brasil. O trabalho busca compreender os fatores socioculturais e educacionais que influenciam na tomada de decisão desses atores, seja na participação, na formulação ou na execução de políticas públicas no setor hídrico. A pesquisa foi realizada com participantes de um curso de formação de agentes educadores ambientais que teve uma proposta de metodologia diferenciada. Este trabalho também pretende analisar se o curso contribui de fato para a mudança de percepção dos participantes sobre os recursos hídricos. A pesquisa partiu da hipótese de que a percepção ambiental pode ser modificada ao longo da história de vida do indivíduo, por meio das trajetórias e do processo de formação educacional. Adota-se como referência teóricas importantes o conceito de percepção ambiental, governança, metodologia da práxis, ciência pós normal e ciência cidadã. A pesquisa está fundamentada em metodologias qualitativas. As informações obtidas foram compostas com o uso de várias ferramentas: pesquisa bibliográfica, para o levantamento do referencial teórico e metodológico, questionários, observação participante e entrevistas. Com este trabalho procuramos contribuir para uma reflexão sobre a educação ambiental e a formação de atores sociais críticos e engajados de forma que sua atuação tenha impacto significativo na gestão e no planejamento regional dos recursos hídricos.
DISSERTAÇÕES 2019
Título Políticas públicas e gestão de resíduos sólidos urbanos no litoral norte do Estado de São Paulo
http://biblioteca.univap.br//dados//000043/000043da.pdf
Autor(a) Eliete Gianini de Oliveira
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho e Prof. Dr. Rodolfo Moreda Mendes
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Esta pesquisa de mestrado teve como objetivo a análise de políticas públicas voltadas ao sistema de coleta e destinação dos resíduos sólidos urbanos na sub-região 5 da RMVPLN (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), composta pelos municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, com vistas a proporcionar subsídios relevantes à adoção de medidas que proporcionem o desenvolvimento sustentável desta sub-região. A motivação para a realização deve-se ao fato desses municípios estarem inseridos em uma região frágil ambientalmente, trata-se de uma planície litorânea de solo predominantemente arenoso e com o lençol freático raso, condições impróprias para a implantação de aterros sanitários. A metodologia da pesquisa em sua abordagem é quali-quantitativa, em sua natureza é uma pesquisa aplicada, em relação aos objetivos é do tipo exploratória e o procedimento da pesquisa é o estudo de caso. A coleta dos dados ocorreu de duas maneiras: a partir de dados secundários como fonte o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) e a partir de dados primários, construídos através da elaboração de questionário, que foi submetido aos gestores de resíduos sólidos dos municípios estudados. A análise da pesquisa se desenvolveu à luz da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n. 12.305 de 2010), a qual baseou-se na análise do sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos adotada pelos municípios estudados. Através da análise dos dados foi possível concluir que os municípios do Litoral Norte do Estado de São Paulo, atendem parcialmente a PNRS e possuem dificuldades semelhantes entre sí para o atendimento da mesma. A comparação entre os 4 municípios estudados possibilitou verificar que o Município de São Sebastião é o que mais atende a PNRS, em segundo estão os municípios de Caraguatatuba e Ilhabela e por último está o município de Ubatuba. Conclui-se que os objetivos da pesquisa foram alcançados, uma vez que a pesquisa produziu subsídios capazes de auxiliar os municípios no desenvolvimento de políticas públicas, que promovam a sustentabilidade na gestão de resíduos sólidos urbanos desses municípios.
DISSERTAÇÕES 2018
Título Área de proteção ambiental (APA) como instrumento de planejamento territorial e regional para o desenvolvimento sustentável: o caso da APA de São Francisco Xavier – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00003a/00003a32.pdf
Autor(a) Raquel Henrique
Orientação Profa. Dra. Maria Angélica Toniolo
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo Esta pesquisa de mestrado teve por objetivo investigar se a Área de Proteção Ambiental (APA) consegue promover a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico a partir do uso sustentável dos recursos naturais. Para isto, utilizou-se de um estudo de caso na APA estadual São Francisco Xavier, localizada no município de São José dos Campos-SP. A partir de uma abordagem de multimétodo, quali-quantitativa, utilizou de referencial bibliográfico, trabalho de campo, observação participante, aplicação de questionários e uso de geoprocessamento para o levantamento de dados primários e secundários. A pesquisa se desenvolveu em duas análises: a primeira investiga se ocorre tanto a conservação ambiental quanto o estímulo ao desenvolvimento socioeconômico por parte da APA no local; a segunda visa confrontar o resultado obtido em primeira análise à conformidade do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e a atuação do Mercado Imobiliário. A amostragem desta pesquisa foi direcionada aos subgrupos produtor familiar de leite, pousadas e imobiliárias, dado a influência deste na transformação produção espacial local. O resultado conclui que a APA, com suas restrições de uso promove a conservação, dado ao aumento da área verde local, porém não dispõe de meios efetivos e permanentes para garantir a promoção do desenvolvimento socioeconômico a partir do uso sustentável de seus recursos naturais, deste modo, não atinge plenamente ao que esta política se dispõe. Um reflexo desta incompatibilidade é o avanço da abertura de estradas para as zonas de uso mais restritivos da APA e o aumento da ocupação em 83% de áreas construídas de 2007 a 2017, resultado direto do incremento da ocupação de segunda residência, transformação no uso da terra e mudança no perfil socioeconômico local, o que revela a falta de eficiência da gestão da APA. Outra questão importante, que não foi objeto desta pesquisa, é se a regeneração das áreas verdes garante a manutenção da biodiversidade local, fato que a ampliação da área verde pode ocultar. Deste modo, verifica-se que a falta de estruturação deste instrumento em garantir sobretudo possibilidade de promoção social local, atrelado à falta de fiscalização municipal de seu território contribui para que o Mercado Imobiliário atue como principal força reguladora através da oferta e procura, facilitando condições de comercialização irregular do território em lotes abaixo ao módulo rural (20 mil metros). Outra questão importante levantada pelo trabalho é a tendência dos espaços conservados estarem sujeitos a uma apropriação de determinados grupos sociais interessados na riqueza ambiental, fato que implica em um choque de interesses culturais e mudança abrupta no perfil social local, desterritorializando a população tradicional.
Título Análise da efetividade da gestão participativa no Conselho Municipal do Meio Ambiente de Lorena – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00003e/00003e6a.pdf
Autor(a) Ingrid Elena Sanchez Schnoor Nunes
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho e Prof. Dr. Rodolfo Moreda Mendes
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A várzea do Rio Paraíba do Sul não existe mais da forma como foi naturalmente moldada pela natureza. Por diversos fatores logísticos e econômicos, entre eles a rizicultura majoritariamente, foi retificado e sua vazão contida por meio de barragens e polders que modificaram a função de sua planície de alagamento, sem que, no entanto, a mesma deixasse de existir de fato. O IBGE e outras instituições governamentais como IGC, IPT entre outros delimita como válidos seus meandros e várzeas na configuração natural, demonstrando com isso a percepção de sua importância. No entanto, a especulação imobiliária ameaça, e tem ameaçado dia a dia, este lugar com subterfúgios de antropização, como os de elevação de sua cota por meio de aterramentos esparsos e sequenciais, muitas vezes autorizados de forma a fugir da legislação ordenatória deste ecossistema, invadindo-o, sem ser levado em conta o princípio da precaução sequer. A atuação do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena, tem efetivado, com sucesso, algumas ações de proteção a este ecossistema. Sua conformação regimental, seu capital social e político têm colaborado com sua atuação nos campos de disputa que se estabeleceram desde sua homologação. O presente trabalho apresenta a análise dos procedimentos de como tem sido esta luta no intuito de manter na cidade qualidade de vida pela manutenção das condições naturais favoráveis. A questão que esta pesquisa enseja é responder se a conformação do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena e suas ações são fatores que efetivam a gestão participativa como propõe a Constituição Federal? A verificação estatística sobre a existência dos Conselhos e a confirmação da participação popular dos CMMAs no Vale do Paraíba e o Estudo de Caso destas mesmas ações no município de Lorena-SP no período de 2005 a 2017, procura demonstrar sua efetividade tanto da participação junto ao governo, como sua mobilização com os vários segmentos da sociedade, para mobilizar a reflexão da importância da participação da sociedade na gestão por meio dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.
DISSERTAÇÕES 2017
Título Desigualdade socioambiental urbana : análise da ocupação da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Mandi, município de Lorena – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00002e/00002e81.pdf
Autor(a) Bárbara Sparenberg Juliano Nunes
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Este trabalho analisa a exclusão social através de indicadores socioeconômicos na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Mandi, no município de Lorena, SP. Pretende-se Compor os Índices de Exclusão Social na Hidrográfica do Ribeirão Mandi, permitindo mapear processo de exclusão social, através de indicadores socioeconômicos, composto através dos dados intra-municipais do IBGE, elaborando os Mapas de Exclusão Social para a bacia, com base em quatro utopias, dimensões de análise do processo de exclusão/inclusão social: autonomia de renda, desenvolvimento humano, qualidade de vida e equidade. E relacionar a ocupação das Áreas de Preservação Permanente da Bacia do Ribeirão Mandi, com a segregação socioespacial, causadas pela exclusão, que contribuem para o agravamento de problemas ambientais urbanos. Partindo do pressuposto de que o espaço urbano é configurado, em relação à sua organização interna e ao seu conteúdo social, em áreas sociais segregadas, compostas pela ocupação irregular das Áreas de Preservação Permanente (APP), que contribuem para as desigualdades socioespaciais urbanas.
Título Avaliação do processo de regularização fundiária no Município de São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00002e/00002e81.pdf
Autor(a) Maria de Fátima Moura Gomes
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho e Prof. Dr. Rodolfo Moreda Mendes
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A regularização fundiária urbana surge com o propósito de tornar regular as situações advindas da ocupação urbana desordenada, ocasionada pelo parcelamento ilegal do solo em áreas urbanas ou rurais. A reivindicação por políticas públicas teve seu auge nos anos de 1970 quando os mais diversos movimentos cobravam do governo uma solução para os problemas habitacionais e urbanos que assolavam o país. A falta de programas habitacionais que atendessem a população carente obrigou grande parte da população buscar moradia nas periferias das cidades, nas favelas, em áreas ambientalmente frágeis causando inúmeros problemas urbanos, ambientais e pondo em risco a vida dos moradores desses assentamentos, uma vez que ocupam as margens de rios, regiões com alta declividade sujeitas a inundações, enchentes e deslizamentos. O município de São José dos Campos possui cerca de 160 loteamentos irregulares em seu território, loteamentos estes que se alastram por todas as regiões geográficas: Norte, Sul, Sudeste, Leste, Oeste, Central e distrito de São Francisco Xavier. Este estudo busca analisar como se desenvolveu este processo no município, quais os instrumentos legais que efetivamente são utilizados no processo de regularização fundiária, até que ponto a regularização fundiária no município atingiu seu objetivo final que é a regularização fundiária plena. Como resultado obteve-se a relação dos loteamentos irregulares no município, distinguindo os que se enquadravam como de Interesse Social daqueles com Interesse Específico, buscando-se mostrar a situação atual dos loteamentos regularizados, e as propostas para os demais loteamentos ainda não regularizados.
DISSERTAÇÕES 2016
Título
A exploração de areia na região metropolitana do Vale do Paraíba e litoral norte e a gestão minerária nos municípios de São José dos Campos e Jacareí SP
http://biblioteca.univap.br//dados//00001f/00001f74.pdf
Autor(a) Giorgia Yoshiko Rossignolo Suzumura
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
O processo acelerado de urbanização, em meados do século XX no Brasil, trouxe o aumento na demanda da extração de areia, uma realidade que se repete nos municípios de Jacareí e São José dos Campos, pertencentes à Sub-Região 1 da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte - RMVPLN. A exploração deste recurso mineral costuma gerar um grande conflito sócio-econômico-ambiental, pois a sociedade busca estes recursos para suprir suas necessidades, mas por outro lado a população que habita próxima a estas áreas de exploração sofrem diretamente com o impacto degradativo gerado. Esta pesquisa aborda a problemática da exploração de areia nos municípios de Jacareí e São José dos Campos, pois mesmo fazendo parte de uma mesma Região Metropolitana e, por isso, deveria haver políticas voltadas para um interesse comum dos municípios, estes, devido a legislações municipais diferentes, atuam de forma distinta quanto a exploração da areia em seu território. O objetivo desta pesquisa é avaliar o processo da exploração de areia realizando um estudo de caso dos municípios já citados. A escolha se deu principalmente pelo fato destes atuarem de forma tão diferente em relação à gestão minerária. Os estudos bibliográficos e análises das legislações competentes geraram dados levantados permitiram identificar que em São José dos Campos existem vários conflitos entre a atividade mineradora e o uso e ocupação do solo, sendo esta atividade proibida desde a Lei Orgânica de 1990. Portanto, São José dos Campos compra toda a areia que necessita de outros municípios da mesma região a que pertence. Já em Jacareí, a exploração de areia é permitida em suas terras, mas mesmo sendo uma atividade legal, existem inúmeras cavas ilegais em seu território, mostrando assim o problema da fiscalização local. De acordo com o levantamento realizado nesta pesquisa, Jacareí é o município de maior produção e exportação de areia, portanto, produz mais do que consome, enquanto São José dos Campos é o município que mais importa areia da RMVPLN, pois não permite a extração de areia em suas terras. Verificou-se que o entendimento das disparidades da atuação minerária e da gestão dos municípios estudados, do conflito ambiental existente e suas problemáticas, poderão proporcionar subsídios para o planejamento urbano e regional.
Título Análise da dinâmica socioambiental em áreas de mineração : um estudo da exploração do carvão mineral em Moatize-Tete-Moçambique
http://biblioteca.univap.br//dados//000026/000026b1.pdf
Autor(a) Inês Selça dos Santos Cuambe
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A transformação do espaço é fruto das relações sociais entre homem e natureza, sendo a partir dela que a dinâmica social e econômica encontra várias direções. A alteração na dinâmica de uso e cobertura do solo no distrito de Moatize foi motivada pela exploração dos recursos naturais (em especial os minerais), atraindo as multinacionais na busca de matéria prima para a indústria metalúrgica e siderúrgica (o carvão mineral). Após a descoberta de 2,5 bilhões de toneladas de carvão coque e térmico em Moatize ? Província de Tete- Moçambique, passou-se a vivenciar um período de grandes alterações no espaço e novas atividades econômicas foram surgindo fruto do processo migratório e da exploração do carvão mineral. Desde o lançamento dos editais públicos para a exploração da bacia carbonífera de Moatize em 2004, mais de 100 licenças de exploração foram atribuídas a empresas nacionais e internacionais, sendo que estão operacionais até o momento cinco multinacionais nesta região. Vários foram os impactos que a extração do carvão mineral trouxe até então: o reassentamento de mais de 2.000 famílias, aumento do fluxo migratório e redução da cobertura vegetal no distrito de Moatize. Face ao grande número de licenças de pesquisa e exploração do carvão mineral na bacia carbonífera de Moatize e dos impactos socioambientais cumulativos, a presente pesquisa teve como objetivo a análise da dinâmica socioambiental em áreas de mineração sendo o local selecionado o distrito de Moatize. Para o alcance dos objetivos foram analisados os dados socioeconômicos, as mudanças no uso e cobertura do solo, bem como, os mecanismos governamentais operacionais atuais face à nova dinâmica que o distrito e país estão experimentando. Como material de suporte à base de dados, utilizou-se das técnicas de sensoriamento remoto e de geoprocessamento aplicadas às imagens orbitais LANDSAT, para a elaboração dos mapeamentos do uso e cobertura do solo e análise da dinâmica no período 2006 a 2015. Os resultados obtidos permitiram constatar as mudanças derivadas das atividades de exploração do carvão mineral, as quais resultaram no aumento da área ocupada pela mineração e expansão da área habitacional, bem como da redução da cobertura vegetal. Os indicadores socioeconômicos analisados, no geral, não apresentaram alterações significativas, pois de certa forma podem estar relacionado ao fato da atividade de exploração do carvão mineral ser muito recente no distrito. Para os indicadores de saúde analisados, constatou-se um aumento significativo de doenças transmissíveis, as quais em parte estão associadas ao impacto de aglomerações populacionais e a deficiência das políticas públicas relativas ao controle epidemiológico. Quanto às políticas públicas elaboradas pelo Governo, notou-se uma tendência no melhoramento dos mecanismos legais para gestão e incentivo da atividade minerária, além da proteção dos direitos das comunidades que se encontram próximo das áreas de exploração mineral. Verifica-se que existe uma fragilidade quanto ao processo de planejamento integrado das atividades econômicas no distrito, pois as demais atividades são marginalizadas de forma a dar lugar à exploração do carvão mineral.
Título Análise da ocupação em áreas de risco à escorregamento na cidade de São José dos Campos - SP : um estudo de caso
http://biblioteca.univap.br//dados//000023/0000231e.pdf
Autor(a) David Rico Freitas
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho e Prof. Dr. Rodolfo Moreda Mendes
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Este trabalho objetivou analisar a relação entre a criação de legislações urbanísticas e o surgimento de loteamentos irregulares e clandestinos em áreas de risco a escorregamento no município de São José dos Campos - SP, mais precisamente os loteamentos Águas do Canindú I e II e Chácaras Havaí. Estes se localizam na região norte do município, a qual é caracterizada por topografias de alta declividade. Ambos os loteamentos apresentam ocupações urbanas precária, com característica de autoconstrução. A combinação entre o meio físico restrito à habitação e as construções sem o conhecimento técnico, resultam na intensificação de ocorrências de escorregamento em diferentes graus de risco na localidade. O estudo das legislações e a análise da configuração espacial de São José dos Campos ressaltam as inconformidades entre a realidade e as políticas adotadas. Para o desenvolvimento desta dissertação utilizou-se de pesquisa de cunho bibliográfico, visando estabelecer uma melhor compreensão da relação entre os conceitos e a realidade local, bem como, um estudo das legislações aplicadas durante o período de análise de quase 30 anos, com destaque para os anos de 1988, 1997, 2007 e 2015. O ano de 1988 foi selecionado por ser a data que apresentou as primeiras modificações no local, e conclui-se em 2015 o recorte temporal. Para contribuição desta pesquisa, utilizou-se de programas de geoprocessamento SIG na confecção de mapas para a quantificação das ocupações. A escolha dos loteamentos Águas do Canindú I e II e Chácaras Havaí se justificou por apresentarem o maior número de moradias em áreas de risco, cerca de 750, quase 40% do total de todas as áreas mapeadas do município. Pelas análises realizadas, verificou-se que aproximadamente 63% das moradias dos loteamentos em estudo encontram-se classificados como R3 e R4, o que constitui uma alta e muito alta potencialidade para as ocorrências de escorregamentos, classificando-as como áreas de risco. Os resultados dos mapeamentos demonstraram que há um crescimento e/ou adensamento nos loteamentos Águas do Canindú I e II e Chácaras Havaí. Estes totalizaram entre os anos de 1997 a 2007 um crescimento de quase 90% e entre os anos de 2007 e 2015 acima de 100%. Analisando em outra perspectiva, a falta de alternativas por parte do poder público a essas pessoas, também é um fator indutor deste crescimento, pois o município não apresentou nenhuma política habitacional razoável como alternativa. Ao caracterizar socialmente os loteamentos, percebeu-se que a mesma população excluída por anos em projetos habitacionais se encontra nas periferias da cidade, sem infraestrutura adequada, e assim, renegada o direito a cidade. Deve-se ressaltar que as políticas de controle de uso do solo na cidade são tão importante quanto dispor de condições e mecanismos para a população carente no que tange a uma moradia digna, sem riscos, para que assim, se alcance de fato a função social da propriedade e uma equidade social no meio urbano assegurada em lei.
DISSERTAÇÕES 2015
Título Monitoramento do crescimento urbano em Bacias Hidrográficas frente à lei de uso e ocupação do solo: estudo de caso da Bacia do Córrego do Turi, município de Jacareí-SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000038/00003898.pdf
Autor(a) Maiara Resende Ribeiro
Orientação Prof. Dr. Mario Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A bacia hidrográfica do córrego do Turi é caracterizada pela ocupação urbana em grande parte de sua área, que foi o fator que contribuiu muito para a seleção da área. Para garantir que o processo de ocupação urbana ocorra de forma planejada e no contexto da sustentabilidade ambiental, deve-se considerar as limitações e condições ambientais reais de uma bacia hidrográfica, e assim fornecer subsídios para a elaboração de um plano de desenvolvimento inserido em um equilíbrio socioambiental. Neste contexto, este trabalho apresenta uma abordagem metodológica com base na análise do uso e ocupação do solo na bacia do córrego Turi, de acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei de Uso e Uso do Solo nº 4.847 / 05, com o apoio das geotecnologias aplicadas às ortofotos e imagens orbitais para os anos de 1998, 2003, 2007, 2009 e 2014. Este procedimento foi realizado mediante o cruzamento das classes de uso e ocupação do solo com os parâmetros desta Lei, em ambiente computacional com as ferramentas do software ArcGIS 10.2. É realizada uma análise das ocorrências de eventos relacionados a enchentes e inundações na bacia, que foram correlacionados ao processo de expansão urbana no período analisado. Os resultados obtidos possibilitaram a realização de um diagnóstico da ocupação urbana na bacia e o conhecimento de parte das razões que concorrem para o desencadeamento de eventos extremos de alagamentos e inundações.
DISSERTAÇÕES 2014
Título Ordenamento e governança territorial : estratégias para proteção ambiental na APA de São Francisco Xavier - São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000017/00001794.pdf
Autor(a) Alexandre R. Marques
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Os processos de uso ocupação do território da Área de Proteção Ambiental de São Francisco Xavier - APA SFX, a produção social deste espaço que engendraram esses processos, e que tem impactado decisivamente na proteção ambiental desta área, é o principal foco deste estudo. Para levar a cabo as análise pretendidas para o uso e ocupação do solo, inferindo sobre a sua vulnerabilidade geoambiental, esta dissertação, valeu-se de uma abordagem metodológica para a utilização de geotecnologias que pudessem aferir, com grau satisfatório de precisão, a medição dos parâmetros de ocupação, a espacialização deste fenômeno, o parcelamento do solo urbano e rural e seus reflexos para a Área de Proteção Ambiental. Para tanto, foram elaboradas pesquisas que caracterizassem a ocupação do território através de dados censitários que identificaram o fenômeno da Segunda Residência, como principal forma de ocupação para área de estudo. Frente a premissa da caracterização física da área, este estudo se orientou pelo ordenamento territorial já inscrito no Plano de Manejo da APA SFX, cruzando informações sobre ocupação, parcelamento do solo e sensibilidade geoambiental indicando áreas de riscos e de maior vulnerabilidade relacionados à esses assentamentos. Para poder inferir em uma proposição visando à proteção ambiental da área, esta dissertação analisou os atores locais em sua arena política de gestão deste território - Conselho Gestor APA SFX - bem como as articulações para uma governança territorial que visassem a elaboração de Políticas Públicas para promover a proteção ambiental da área tendo como foco o ordenamento do território, uso e ocupação do solo e recursos hídricos.
DISSERTAÇÕES 2013
Título Análise do diagnóstico dos condicionantes antrópicos associados aos riscos de escorregamentos como subsídios à elaboração de políticas públicas de gestão e ordenamento territorial
http://biblioteca.univap.br//dados//000004/00000479.pdf
Autor(a) Vania Aparecida dos Santos
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho e Prof. Dr. Rodolfo Moreda Mendes
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A pesquisa busca estudar as condicionantes antrópicas relacionadas às ocorrências de escorregamentos frente às legislações de ordenamento territorial urbano de São José dos Campos SP (Brasil). Justifica-se a partir da premissa de que o processo de expansão urbana descontrolado, sem planejamento ou com planejamento inadequado gera impactos negativos à sociedade e ao meio ambiente natural e urbano, culminando na geração de ônus ao poder público municipal. O que torna imprescindível a incorporação dos instrumentos de gestão de risco geológico geotécnico na lei de parcelamento e uso do solo urbano, bem como a adoção de Políticas Públicas habitacionais voltadas ao Planejamento Sustentável do uso do solo urbano. Para tanto, o trabalho fará uso de metodologia qualitativa e quantitativa por meio de levantamento de material bibliográfico, de imagens orbitais, consulta à banco de dados de órgãos públicos, informações contidas em cartas geotécnicas e mapas de riscos, levantamento de informações de campo e registros fotográficos dos condicionantes naturais e antrópicos responsáveis pelos deslizamentos na área de risco objeto deste estudo. Espera-se com os resultados deste trabalho subsidiar o aprimoramento da legislação municipal que norteiam o zoneamento urbano, destacando suas lacunas a fim minimizar os impactos causados pelos acidentes em áreas de risco de deslizamento de encosta e taludes.
DISSERTAÇÕES 2010
Título Assentamentos Subnormais em Situações Limite: Uma comunidade em situação de vulnerabilidade socioambiental na área de conurbação entre Jacareí e São José dos Campos - SP
Autor(a) Debora Tognozzi Lopes
Orientação Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
Resumo
O Brasil, de um modo geral, passou por intenso processo de industrialização e urbanização, como parte dos arranjos que redefiniram a ordem econômica no Ocidente após o final da Segunda Guerra Mundial. Este processo trouxe um modelo de crescimento que não se distribuía de forma homogênea em todo o território. Pelo contrário, caracterizava-se pela concentração espacial de atividades que privilegiavam determinadas regiões, como o caso do eixo que liga as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a situação que, apesar de variações, se mantém até os dias de hoje. Tal processo acabou por gerar conflitos de ordem social, econômica e ambiental, com significativa repercussão na organização do território. Em outras palavras, em seu bojo configuraram-se comunidades que se encontram em situação limite entre dois mundos, aquele pré-industrial e o industrial, o rural e o urbano, o arcaico e o moderno. Assim adentram a nova era, posterior à industrialização fordista que marcou a fase de industrialização da região. Na época das definições flexíveis, tais comunidades saltam de um passado para um mundo que não define com clareza seu status. Vivem em situações limite, uma condição bem específica da contemporaneidade, mas vivenciada de forma mais crítica por populações de baixa renda. O propósito deste trabalho é analisar e discutir quais instrumentos, no âmbito do Planejamento Urbano e Regional podem contribuir com essas populações, no sentido da compreensão de seus problemas e na busca de soluções para as questões examinadas. A partir do estudo de um bairro de fronteiras, localizado na divisa dentre dois municípios em processo de conurbação, sem inserção social definida, o caso ilustra uma realidade que é mais geral e comum a outras comunidades brasileiras.
Título A exploração em cavas de areia no Vale do Paraíba: atores e conflitos - estudo de caso de Jacareí e São José dos Campos
Autor(a) Rafaela Maia Ribeiro
Orientação Mario Valério Filho e Eduardo Jorge de Brito Bastos
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
Resumo
Devido ao atual quadro de desenvolvimento e urbanização crescentes, pode-se observar um grande aumento da exploração de diversos recursos naturais, dentre estes a areia. No Vale do Paraíba, sua exploração por cavas mostra-se em quadro acentuado. Esta exploração gera grande conflito sócio-econômico-ambiental. Pois, se por um lado a sociedade ainda necessita deste bem mineral - pois mesmo já vislumbrando alternativas de uso de outros materiais, ainda concede à areia vínculo de dependência para a sustentação de seus hábitos sociais - e também faz deste um dos seus elementos econômicos, por outro ela sofre com os danos de sua exploração por meio dos impactos ambientais e, então, sociais. O que determina a forma como é realizada a exploração são, basicamente, as regulamentações – por intermédio de seus mecanismos e ferramentas - e as legislações advindas do poder decisório da esfera pública e de outros atores (mais ou menos atuantes) provenientes da população de maneira voluntária ou organizada, ou de grupos de empresários e do terceiro setor, por exemplo. Para exemplificar como estes atores interferem diretamente no quadro de exploração de areia de uma região, adotou-se estudar neste trabalho os quadros apresentados nos municípios de Jacareí e São José dos Campos, pois são dois municípios com propensão semelhante à exploração de areia por cavas, mas que apresentaram diferentes realidades relativas a esta exploração. Para isto é realizada uma pesquisa qualitativa-quantitativa, utilizando-se recursos como a pesquisa de campo por meio de entrevista de alguns destes atores. Em São José dos Campos, devido à ênfase na participação de atores que consideram desfavorável esta atividade de exploração, a exploração foi inviabilizada por legislação e atualmente não há mais exploração. Já Jacareí ainda apresenta exploração e grande extensão de território ocupada por cavas, porém apresentando o melhor índice de recuperação das áreas se comparada a toda a região do Vale. Assim, o trabalho analisa todo o conflito gerado por esta atividade e seus impasses; bem como explicita as diferentes realidades decorrentes da diferença na atuação dos atores envolvidos; e por fim levanta questionamentos e aponta alternativas para a busca de um equilíbrio no quadro apresentado, fornecendo subsídios relacionados à temática da exploração
Título “Doenças Respiratórias em São José dos Campos: Análise de Fatores Condicionantes”.
Autor(a) Viviana Mendes Lima
Orientação Mario Valério Filho e Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
Resumo
Ao desenhar um perfil territorial da saúde, tem-se como instrumento, dados que irão servir de subsídios para ações a médio e longo prazo, no sentido de coibir os impactos sociais que trazem ônus ao poder público e desgaste a sociedade e ao ambiente. A pesquisa apresenta um aspecto teórico e prático que pretendeu analisar as áreas de maior incidência de doenças bronco-respiratórias na cidade de São José dos Campos, SP, e as condições de vulnerabilidade que a influenciam, relacionado às condições sociais e os aspectos climáticos. A associação entre pobreza e má qualidade de vida gera um ambiente de desigualdades que se reproduzem à medida que a distância entre as diferenças de renda aumentam. As diferenças sociais interferem nos grupos da sociedade e reproduzem um ambiente que se caracteriza por um conjunto de fatores com efeitos negativos e positivos sobre a saúde. Utilizando-se dados da Prefeitura Municipal de São José dos Campos sobre as internações hospitalares, dados climatológicos e socioeconômicos do período de 1998 a 2005 e 2007, foi possível compreender a problemática existente na cidade observando-se as variáveis saúde, ambiente e condição socioeconômica. Na presente pesquisa de acordo com a classificação do CID – Código Internacional de Doenças foram investigadas as doenças: broncopneumonia, asma, bronquite, rinite e insuficiência respiratória crônica. Ao comparar os resultados obtidos para os setores econômicos, para os quais se espacializou as doenças respiratórias nos anos de 1998, 2000, 2002, 2004, e 2007, observou-se que os setores de menor renda, apresentaram uma maior concentração de doentes. Em 2000, ano atípico, houve uma incidência elevada de casos, relacionados á variação de alguns elementos climáticos, como temperatura alta e baixa umidade relativa do ar. Isso, em conjunto com a situação precária de desenvolvimento dos setores mais comprometidos, comprova a necessidade de um planejamento de urbanização para o município, incluindo aí um projeto de arborização, criação de espaços livres e utilização de materiais adequados para as construções de casas. Ao realizar o estudo da área foi possívelestabelecer a sua ligação com o desenvolvimento dessas patologias.
DISSERTAÇÕES 2007
Título Alterações Sócio-Ambientais na Bacia do Ribeirão do Lajeado no Município de Paraibuna - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000244.pdf
Autor(a) Celenrozi Zaroni dos Santos
Orientação Mario Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Com o desenvolvimento desse trabalho procurou-se identificar e compreender as alterações no uso da terra e os impactos ambientais e sociais de tais mudanças na Bacia Hidrográfica do Lajeado, no Município de Paraibuna - SP. Através da analise dos mapeamentos realizada por meio de fotointerpretação dos anos disponíveis, de 1962, 1973 e 2003 e entrevista junto aos moradores foi possível levantar as mudanças ocorridas na área que apresentava característica rural e que agora passa por um processo de ocupação das terras em sua maioria na forma de sítios e chácaras de lazer. Através da pesquisa socioeconômica pode ser aferida junto aos moradores mais antigos a percepção das mudanças nos últimos 40 anos qual a situação de infraestrutura oferecida pela Prefeitura Municipal de Paraibuna. Foi observado nos mapeamentos o aumento da área utilizada por reflorestamento de eucalipto, áreas urbanizadas e um processo de regeneração da vegetação natural comparando os dados de 1962 a 2003. As áreas dos bairros do Espirito Santo e Varjão foram consideradas como de expansão urbana o que acelera o processo de urbanização dos bairros citados, somente o bairro do Lajeado ainda preserva a característica mais rural com fazendas e chácaras maiores, porem e o bairro que mais possui área com reflorestamento, segundo os moradores a diminuição da quantidade de agua e um problema enfrentado por eles. Os dados levantados neste estudo trazem subsídios para a administração municipal gerir sobre os problemas ambientais e sociais da área. A integração das informações e importante para monitorar a saúde ambiental da bacia hidrográfica e também melhorar a vida de seus habitantes.
Título A Ocupação do Espaço e a Questão Sócio Ambiental na Bacia Hidrográfica no Córrego dos Freitas - São José dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000244.pdf
Autor(a) Gercina Maria dos Santos
Orientação Mário Valério Filho / Eduardo Jorge Brito de Bastos
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
No território brasileiro a partir da década de 60 a maioria das cidades passou a ter um crescimento acelerado. Esta expansão urbana na maioria das vezes, ocorreu de forma desordenada, que concorreu para a ocupação de áreas desfavoráveis a ocupação urbana, provocando uma serie de desequilíbrios ao meio ambiente. Neste sentido, o presente trabalho e uma analise dos problemas ambientais causados pela ação antropicana BAcia Hidrografica do Coredo dos Freitas, a qual esta localizada no setor norte do Município de São Jose dos campos, com área de 10.29 Km. Foram realizadas analises das mudanças ocorridas na paisagem no período de 1962 a 2005, aplicado um questionário a população do local, quantificado os dados socioeconomicas da população entrevistada, e usou-se mapas temáticos e fotográfico aéreas. Utilizando-se técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que possibilitaram o mapeamento do uso e cobertura vegetal natural das terras para os anos de 1962/1973/1988/2005. A partir do cruzamento das informações dos mapas temáticos foi gerada uma carta de fragilidade ambiental. Os problemas sócio ambientais e as consequências decorrentes da ocupação urbana na Bacia Hidrográfica do Córrego dos Freitas foram diagnosticadas, e algumas alternativas para o ordenamento territorial daquela área são sugeridas.
DISSERTAÇÕES 2006
Título Áreas de Fragilidade Ambiental: Uma Abordagem Metodologica para Áreas de Expansão Urbana com Risco Potencial a Erosão. Estudo de Caso: Bairro Urbanova - São José dos Campos/SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/0000015E.pdf
Autor(a) Rodrigo Alves de Brito Bastos
Orientação Mário Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Linha 3: Planejamento, Espaço e Cultura
DISSERTAÇÕES 2022
Título Lugar e memória: análise do impacto socioespacial do deslocamento dos moradores das cidades de Natividade da Serra e Redenção da Serra em 1973 – 1974
https://biblioteca.univap.br//dados//000067/000067b0.pdf
Autor(a) Debora Antunes Pereira
Orientação Profa. Dra. Lidiane Maria Maciel e Profa. Dra. Valéria Regina Zanetti
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
O estudo tem como tema os impactos da construção da represa Paraibuna e Paraitinga na vida dos moradores das cidades de Natividade da Serra/SP e Redenção da Serra/SP, inundadas na década de 1970. Essa discussão se realizou à luz dos conceitos de “Lugar” de Milton Santos (2006) e de Tuan (1983); de “Memória Coletiva”, de Maurice Halbwachs (1968); de “Identidade Cultural” de Stuart Hall (2006) e de “Comunidades Imaginadas” de Benedict Anderson (2013). Tem como pressuposto o espaço como algo construído socialmente e, a memória, como substrato das relações que moldam os espaços. Dessa forma, esse estudo pretende ser uma contribuição para se pensar em um planejamento urbano que considere a memória como parte importante no processo de realocação. Nesse sentido, o objetivo geral consiste em estudar como e por que as memórias dos antigos moradores dos espaços submersos permanecem como referências para a população realocada. Os métodos foram baseados em análise qualitativa, sustentada por fontes oficiais publicadas como o Relatório da Comissão Mundial de Barragens (2000); relatórios da AGEVAP, CEIVAP e CESP; além de entrevistas com 7 participantes da pesquisa, e a netnografia de páginas criadas em redes sociais por ex-moradores. Como resultados considerase que o empreendimento da barragem, iniciado em 1964, provocou impactos não só ambientais como também sociais, marcando a memória coletiva dos moradores deslocados, que vivem alicerçados pelas lembranças dos lugares submersos.
Título A (re)produção do espaço local frente a implantação de uma mineradora no agreste: o caso de Craíbas - AL.
https://biblioteca.univap.br//dados//00006a/00006a10.pdf
Autor(a) Elza Barboza de Jesus
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali e Profa. Dra. Fabiana Felix do Amaral e Silva
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
O extrativismo minerário impacta o produto interno bruto do Brasil. O cobre é um mineral que desperta muito interesse por seus diversos usos na contemporaneidade. O município de Craíbas, localizado na região agreste do estado Alagoas tem sua economia voltada para a agricultura, sobretudo do fumo, além da pecuária leiteira. A partir de 2018, uma empresa de mineração iniciou atividades estranhas a este local e em 2021, após a sua inauguração, iniciou a exploração de uma importante jazida de cobre. O interesse desta pesquisa é compreender a percepção das pessoas acerca da instalação de uma empresa de mineração no município de Craíbas. Com o suporte das premissas da história oral foi possível fazer a escuta dos narradores e, ao final compreender que muitas mudanças na forma de viver já eram almejadas pela população, entretanto, as expectativas também vieram acompanhadas de muitos receios.
Título Placebranding e marketing na gestão pública do espaço urbano: a construção das identidades em São José dos Campos, SP
https://biblioteca.univap.br//dados//00006b/00006b64.pdf
Autor(a) Luciano Urizzi Teixeira
Orientação Profa. Dra. Lidiane Maria Maciel
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Este presente trabalho, realizado no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade do Vale do Paraíba, SP, está inserido na linha de pesquisa Planejamento Urbano, Espaço e Cultura. Tem como tema o marketing das cidades, praticado pelas gestões públicas, com o propósito de atrair cada vez mais investimentos para as cidades, seguindo a lógica competitiva neoliberal contemporânea. Como objeto de estudo elegeu-se as marcas gráficas, criadas pelas diferentes gestões públicas do município de São José dos Campos/SP, presentes em diversas peças de comunicação publicitária. Para o recorte temporal, adotou-se os anos de 1978 a 2022, período este em que se deu o início ao processo de redemocratização do País, possibilitando que São José dos Campos pudesse eleger seu primeiro prefeito por voto popular, nascendo a partir desse ano, uma outra perspectiva administrativa para o município. A matriz teórica é composta por uma revisão bibliográfica com foco nos estudos sobre espaço urbano, território, urbanização contemporânea e o planejamento urbano, em diálogo com os conceitos acerca de identidade, memória e sociedade urbana. Entendemos a necessidade de articulação entre território e identidade cultural, bem como a inviabilidade de se trabalhar os aspectos da identidade em conjunto com os conceitos de marketing e branding, uma vez que assumimos neste estudo, a distinção entre estes. Apresenta-se também conceitos acerca do placebranding como sendo uma outra perspectiva de gestão estratégica das marcas (essencialmente territoriais), e que muito embora seja uma das vertentes do branding, possui, por sua vez, as suas próprias particularidades. A metodologia é qualitativa e concentra esforços na análise discursiva-imagética das fontes documentais e materiais iconográficos selecionadas no acervo gráfico da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, no Arquivo Público Municipal da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e do acervo particular do próprio autor. Como resultado verifica-se que a comunicação pública ou a sua ação discursiva, expressa por meio das marcas de governo, criaram um valor simbólico, com a finalidade de aumentar o valor (capital econômico) territorial garantindo à São José dos Campos uma posição estratégica no Estado de São Paulo.
DISSERTAÇÕES 2021
Título Planejamento urbano em cidade de turismo religioso: estruturação urbana do município de Aparecida – SP.
https://biblioteca.univap.br//dados//000058/00005801.pdf
Autor(a) Ana Maria da Cunha Rosado
Orientação Profa. Dra. Lidiane Maria Maciel e Profa. Dra. Valéria Regina Zanetti
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Este trabalho tem como tema o estudo do planejamento urbano no município de Aparecida/SP e a influência da religião na construção do espaço urbano da cidade. Objetiva-se estudar o processo de urbanização da cidade de Aparecida vinculado à fé e a sua relação com os munícipes, considerando que as suas atividades econômicas se relacionam ao fluxo turístico. Como objetivos específicos, propõe-se avaliar, a partir do Plano Diretor (PD) do município de Aparecida de 2018, as propostas de planejamento urbano e desenvolvimento econômico para a área urbana, bem como analisar as demandas dos moradores e as dos grupos que geram o turismo local, expressas no Plano Diretor. Busca-se também compreender a relação do morador com o espaço urbano de Aparecida por meio de sua infraestrutura. A hipótese do trabalho é que o turismo religioso influenciou diretamente as decisões políticas que promoveram o crescimento urbano e o desenvolvimento econômico do município em questão, menosprezando outras demandas não vinculadas a essa prática. O estudo se utiliza de metodologia qualitativa e faz uso de fontes primárias de fontes documentais, fotografias, visita de campo para coleta de dados; além de se valer da revisão bibliográfica para compor a discussão conceitual do trabalho.
DISSERTAÇÕES 2020
Título Segregação socioespacial e racial de mulheres negras na cidade de São José dos Campos.
https://biblioteca.univap.br//dados//00004f/00004fe6.pdf
Autor(a) Raquel de Souza Martins Lima
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Este estudo propõe discutir a relação entre a mulher negra e o processo de segregação territorial e racial na cidade de São José dos Campos. Inicia-se com investigação do processo histórico que deu origem à cidade e a consequente segregação urbana que atinge mais especificamente a população negra. Também se investiga o racismo estrutural como elemento fundamental para a naturalização das desigualdades sociais, econômicas e urbanas. A investigação, de base exploratória investigativa, de caráter qualitativa, desenvolve-se a partir de dados empíricos obtidos em entrevistas e em pesquisas institucionais, levando-se em consideração outras possibilidades de compreensão dos processos de desigualdades que possibilitem a compreensão da segregação socioespacial e racial como consequência do pós-colonialismo. Como resultado obtém-se uma relação intrínseca entre raça e a apropriação da cidade por parte das mulheres negras. Espera-se contribuir para a implantação de políticas de planejamento urbano que contribuam para o enfrentamento das desigualdades racial e socioespacial e por consequência, o combate ao racismo.
DISSERTAÇÕES 2019
Título Território e conflito: comunidade indígena guarani do pico do Jaraguá-SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000043/00004372.pdf
Autor(a) Robson da Silva Oliveira
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
A metrópole paulista revela inúmeros conflitos de diferentes conteúdos na luta pela ocupação de terra. Entre tantos conflitos, historicamente podemos evidenciar a luta pelo direito ao território dos povos indígenas, que desde a colonização vêm sofrendo com vários processos de expropriação de seus territórios. Diferente da lógica de ocupação capitalista, a lógica da ocupação indígena, de modo mais específico, dos Guarani, baseia-se no uso e na propriedade comunitária de suas terras com base em sua cultura, no seu modo de ser / viver (nhandereko) e na sua compreensão cosmológica de mundo. Nesta pesquisa propõe-se refletir sobre a presença dos povos indígenas nos territórios urbanos, em especial os Guarani Mbya, localizados na zona noroeste da cidade de São Paulo, destacando a importância da preservação e estruturação dos territórios indígenas para a reprodução e a sobrevivência de suas culturas. Busca-se, também, entender compreender como se deu o processo histórico e social que resultou na periferização e expropriação das terras dos Guarani Mbya no Pico do Jaraguá na cidade de São Paulo, e qual é sua visão do território por eles ocupado a partir dos anos de 1960. Temos como hipótese que o processo histórico do crescimento urbano da cidade de São Paulo baseado no conceito de expropriação e periferização afetou e tem afetado diretamente os povos indígenas que vivem em contexto urbano, gerando permanentes conflitos e um processo de resistência diária para manter o território. Para esta reflexão, partiremos de uma revisão bibliográfica com o objetivo de entender as noções de território e território urbano, refletindo como a ótica Guarani de ocupação e reprodução do território contrapõe-se à ótica capitalista de se articular territorialmente. Na sequência, olharemos para a presença dos povos indígenas na cidade de São Paulo e seus desafios, observando, em particular, os Guarani Mbya com seu modo de viver e ocupar a terra, para ressaltar as violências e os processos de exclusão impostos a este povo que, todavia, resiste e sobrevive na cidade. Para isso trabalhamos com atas da Câmara do Arquivo Público de São Paulo Relatórios da Fundação Nacional do Índio - (FUNAI), buscando compreender a inserção histórica dos indígenas no espaço que hoje é um espaço urbano, além de depoimentos dos moradores das aldeias que compõem as terras indígenas, afim de entender sua percepção do território indígena e da cidade por meio de entrevistas e materiais já coletados e disponibilizados.
Título São José dos Direito à cidade, território e territorialidades LGBT no centro de São Paulo (1988-2018)
http://biblioteca.univap.br//dados//000041/00004162.pdf
Autor(a) Maiara Sanches Leite
Orientação Profa. Dra. Valéria Regina Zanetti
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Considerando o espaço urbano como um campo de significação que compreende questões históricas, sociais, políticas e culturais, este estudo, de caráter exploratório investigativo, tem como objeto de pesquisa os espaços destinados à comunidade LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trangêneros +, refere-se aos outros tipos de indivíduos de características diversas pertencentes ao grupo) no Centro de São Paulo, mais especificamente, na região do Baixo Augusta, localizada no bairro da Consolação. Para tanto, procurou-se aporte nas fontes orais e escritas, bem como na Constituição de 1988, que prega direito de igualdade a todos os brasileiros, sem distinção por gênero, sexo, cor ou religião. Buscou-se, assim, investigar de que modo os indivíduos que se relacionam afetivo-eroticamente com indivíduos do mesmo sexo conquistaram o Direito à Cidade e, se o fizeram, de que maneira ocorreu a produção e ocupação dos territórios no Centro da cidade de São Paulo, entre 1988, com a promulgação da Constituição Federal, aos dias atuais. Por meio dos conceitos de território, espaço, região moral, buscou-se analisar a produção social do espaço, bem como a apropriação da região da Baixa Augusta pelos LGBT+. Nesse sentido, o estudo contribui com o campo do Planejamento Urbano, ao propor a discussão da apropriação dos espaços urbanos pelas minorias sociais na cidade de São Paulo.
Título Memórias e vivências de um processo urbano de reintegração de posse: jovens do Pinheirinho
http://biblioteca.univap.br//dados//000044/0000443e.pdf
Autor(a) Vanda de Souza Siqueira
Orientação Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Este trabalho objetivou lançar luz sobre a relação entre a cidade de São José dos Campos/SP, seus habitantes em situação de vulnerabilidade socioespacial e suas memórias. Para tanto, buscou-se conhecer a perspectiva de jovens entre 15 e 17 anos, que vivenciaram, ainda crianças, um processo de ocupação, desocupação, habitação em moradias transitórias e alocação para a moradia atual. A ocupação foi iniciada em 2004, na periferia sul da cidade, no espaço denominado Pinheirinho, a violenta reintegração de posse ocorreu no ano de 2012, e, em 2016, as famílias receberam suas moradias por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, na periferia leste da cidade. A pesquisa foi apoiada nos referenciais teóricos de história e memória, de Maurice Halbwachs e Michael Pollak, com suporte de reflexões sobre a ?alma da cidade?, como conceituada por James Hillman; bem como no conceito sociológico de comunidade, contando ainda com contribuições da área da Psicologia Ambiental. A pesquisa, qualitativa, de caráter exploratório e investigativo, foi conduzida por meio de encontros temáticos com grupo focal de 16 jovens, e entrevistas com as mães. Os resultados revelam as contradições entre a vida desses jovens e a imagem da cidade próspera de médio porte, capital de região metropolitana paulista. Memórias e sentimentos diversos permeiam a trajetória desses jovens nos diferentes momentos e territórios percorridos, neles depositando seus afetos, dores e esperanças. Os sentimentos de comunidade foram expressos pelos jovens e suas mães, nas memórias evocadas dos dias vividos na antiga ocupação. Naquele lugar, as relações comunitárias deixaram marcas profundas de acolhimento, proteção e coletividade, características essas que os(as) moradores(as) ainda tentam manter, mas encontram-se menos fortalecidas, após o recebimento das casas e a mudança para o novo bairro. Ressalta-se que a comunidade do Pinheirinho esteve durante todo o percurso, organizada em torno do Movimento Urbano dos Trabalhadores Sem Teto (MUST), que foi percebido na pesquisa como um fator importante para a ordenação do grupo em direção aos seus objetivos e às conquistas alcançadas.
DISSERTAÇÕES 2018
Título Território, globalização e novas formas de resistência: a cidade de Recife vista a partir do movimento Manguebeat
http://biblioteca.univap.br//dados//00003d/00003d62.pdf
Autor(a) Felipe Oliveira Martins
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
A presente dissertação trabalha a visão do território de Recife pelas obras do Movimento Manguebeat. O Movimento Manguebeat surgiu em Pernambuco em meados da década de 1990, sendo iniciado por jovens que buscavam reivindicar melhores condições sociais. O período era de mudanças políticas e econômicas no cenário nacional, onde a onda neoliberal chegava ao Brasil no Governo Fernando Collor. Diversos investimentos sociais eram cortados e muitos setores foram privatizados. No contexto internacional, o processo de Globalização estava se iniciando. Esses jovens utilizaram os instrumentos que esse processo de Globalização lhes dera para reivindicar seu espaço no território recifense. A cultura popular do Recife fora misturada com outros expoentes culturais internacionais, proporcionando que o líder do Movimento, o olindense Chico Science conquistasse um alcance considerável. A dissertação conclui que a disputa territorial, que já era muito antiga, ganhou uma nova roupagem nas últimas décadas do século vinte, e os movimentos culturais podem ser vistos como uma forma de resistência.
DISSERTAÇÕES 2017
Título Campo dos Alemães em São José dos Campos / SP como campo de disputa simbólica : a mensagem dos muros
http://biblioteca.univap.br//dados//000036/00003677.pdf
Autor(a) Frederico Papali
Orientação Profa. Dra. Valéria Regina Zanetti e Profa. Dra. Paula Vilhena Carnevale Vianna
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Considerando o espaço urbano como um campo de significação que comporta um conjunto de relações históricas, políticas, econômicas, sociais, estéticas e culturais, este trabalho, de caráter exploratório, tem como objeto de estudo o graffiti no espaço urbano. Para isso procurou subsídios na ação de grafiteiros, quando, em encontros realizados em julho de 2007, agosto de 2010 e março de 2013 no Campo dos Alemães em São José dos Campos/SP, eles se reuniram sob a bandeira do Hip Hop, para se expressarem através da música, da dança, poesia e principalmente do graffiti, sendo que este era, na época dos dois primeiros, proibido por lei. Buscou-se assim, investigar se o graffiti pode ser considerado instrumento de construção e afirmação de identidades, que se revelaram nesta ação. Para o estudo, problematiza-se que o graffiti dos muros do bairro Campo dos Alemães é expressão de apropriação e ressignificação de território e da paisagem urbana, e procura saber em que medida isto aconteceu. Como hipótese considera-se que esta pratica, quando proibida, foi uma possibilidade que teve, para os artistas, significado e sentido de liberdade, e se estabeleceu como forma de resistência; um meio de dar voz às suas individualidades; de expressar possibilidades de vida e de marcar território. Como método, utilizou uma abordagem qualitativa, exploratória, descritiva, bibliográfica e documental, onde se fez um registro fotográfico e cartográfico dos graffiti, observação de campo e colheu depoimento de dois dos idealizadores e participantes, para conhecer sua motivação. Da investigação, os achados apontam para o graffiti como prática que possibilita esta afirmação e mesmo a construção de novas identidades num bairro estigmatizado pela exclusão social.
Título Planejamento Urbano e Participação Popular : representação social de cidadania no processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de São José dos Campos - SP em 2016
http://biblioteca.univap.br//dados//000031/0000315b.pdf
Autor(a) Jaqueline Mergen
Orientação Profa. Dra. Valéria Zanetti e Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
A presente dissertação tem por objetivo apresentar o conceito sobre cidadania, à palavra em si pressupõe a existência de direitos civis, sociais e políticos. A garantia para o seu exercício apresentada inserida pela sociedade em prática do contexto da cidade, confere ao indivíduo a condição de cidadão. A participação popular é, por excelência, uma via possível para o exercício em seu caráter excludente. Ser cidadão implica em compartilhar da vida pública e lutar para que o interesse público prevaleça sobre os interesses privados. E a partir deste contexto que o Estatuto da Cidade (2001) define o Plano Diretor como instrumento de planejamento básico da gestão urbana, a fim de garantir a função social da propriedade e da cidade, por meio da participação popular. Esta pesquisa tem como objetivo analisar e interpretar, por meio da representação social, para estudar o que acontece com as cidades e como foi aparticipação popular durante o processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) do município de São José dos Campos em 2016, visando conhecer através de uma pesquisa qualitativa as formas de apropriação de saberes que os atores-significativos que participaram do processo de revisão do PDDI em 2016, os quais permitiram discorrer sobre o que vem a ser cidadania. Desta forma, foi possível responder por meio da observação participante,à seguinte indagação: Tendo em vista a obrigatoriedade da participação popular na elaboração do Plano Diretor, como os sujeitos significativos da pesquisa do plano de revisão do PDDIdo Município de São José dos Campos em 2016, formularam conceitos sobre cidadania e gestão participativa? Assim, pesquisa utilizou como técnicas e estratégias metodológicas a observação participante, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas para análise e interpretação dos dados. Baseada nas metodologias de Spink (2013) e Bardin (2004), através da teoria da representação social de Moscovici (2009) e Jodelet (2001) como referencial teórico-metodológico. Os resultados apontam para a elaboração de uma representação social que corresponde à cidadania regulada (Santos, 1979), a qual o exercício dos direitos é mediado pelo Estado. O estudo conclui que esta representação social foi elaborada e apropriada pelos cidadãos a partir do contexto histórico, social e político da formação do espaço brasileiro, fortemente marcado pelas práticas estatais patrimoniais que assenta suas bases na centralidade da propriedade privada, na privatização do espaço público e na política clientelista, não muito distante da realidade dos municípios brasileiros.
Título Promoção da cidade por meio de sua imagem: uma análise da representação social do Município de Bananal-SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000038/0000380f.pdf
Autor(a) Danielle de Moraes Brandão
Orientação Profa. Dra. Valéria Regina Zanetti e Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
A presente dissertação tem por objetivo entender a imagem que o poder público e os moradores constroem sobre a cidade de Bananal-SP, importante município produtor do café na primeira metade do século XIX que busca, atualmente, com muita dificuldade, pautar-se pelo turismo e pelo artesanato. Embora o passado histórico tenha forte presença no imaginário coletivo, projetos de desenvolvimento para os municípios diferenciados, sobretudo pequenas cidades, não levam em consideração o apelo a essa condição. Para discutir essa questão, pautou-se na Declaração de Québec, que busca pensar o espaço com foco na valorização da cultura, nas interações sociais e na qualidade de vida com objetivo de respeitar e fomentar o Espírito Local. O slow city, movimento com destaque internacional, considera formas específicas de desenvolvimento para cidades pequenas tradicionais, valorizando sua cultura, seu patrimônio histórico e sua maneira de viver, que se contrapõem à rapidez do mundo globalizado. O estudo, além de outras bases teóricas, baseou-se no estudo da imagem segundo Kevin Lynch e na Representação Social do Espaço de acordo com Henry Lefebvre. A observação do espaço foi possível por meio de uma ?pesquisa etnográfica? e da entrevista com moradores da cidade de Bananal, o que permitiu responder a seguinte indagação: o planejamento urbano de uma cidade pequena e histórica leva em consideração a representação social do seu espaço? Os resultados apontam para a necessidade do diálogo entre o poder público e a população com a promoção de ações que instiguem um planejamento participativo respeitando e fomentando o espírito do lugar.
Título Que cidade queremos?: Grafite, espaço e território na avenida 23 de maio São Paulo?
http://biblioteca.univap.br//dados//000031/000031bc.pdf
Autor(a) Filipe Coutinho Soriano
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
A discussão sobre as muitas formas de se construir uma governança democrática levou muitos pensadores a sonhar com utopias desde a Ágora grega, quando a praça da cidade representava um espaço de discussões entre os cidadãos da época. A função do espaço público e das muitas formas de apropriação desse mesmo espaço pelos cidadãos traz consigo o debate sobre o papel da gestão pública e seu relacionamento com os habitantes da cidade dentro do conceito de planejamento urbano. Não distante dos processos de produção do espaço urbano a expressão artística de rua vem desempenhando um importante papel sobre a representação simbólica do espaço, porém tais movimentos artísticos e culturais, na maior parte das vezes não se traduzem em uma esfera amena de respeito e tolerância pois toda a urbe é antes de mais nada um espaço de conflitos de vários grupos sobre o mesmo território, onde o grafite surge como forma de expressão de pessoas deslocadas e de grupos minoritários. A presente pesquisa versa justamente sobre participação e conflito, e as diferentes formas de ações do poder público e a comunidade na produção do espaço urbano, sobretudo nas manifestações artísticas inseridas na paisagem urbana. O grafite, expressão de pintura mural nos muros da cidade de São Paulo desde fim do século XX é forte atração na paisagem urbana, e também tem um longo histórico de parcerias e disputas com a gestão pública. Este trabalho tem como objetivo entender como são construídos estes canais de diálogo com a prefeitura, os artistas, os veículos de comunicação e os cidadãos paulistanos, comparando duas gestões públicas que apesar de parecerem diametralmente opostas tiveram curiosos traços em comum e na produção e destruição do corredor de grafites da Avenida 23 de Maio, em um curto mais conturbado período ente o primeiro semestre de 2013 e o primeiro semestre de 2017.
Título Elite e legitimação : a criação da Faculdade de Direito em São José dos Campos
http://biblioteca.univap.br//dados//000035/0000355e.pdf
Autor(a) Maria Helena Alves da Silva
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali e Prof. Dr. Antonio Carlos Machado Guimarães
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Em 4 de janeiro de 1954 foi autorizado pelo presidente da República Getúlio Vargas o funcionamento da Faculdade de Direito de São José dos Campos. Com pouco mais de 44 mil habitantes na década de 1950, a cidade conhecida por seus bons ares e instalação de sanatórios para tratamento de tuberculosos havia recebido recentemente a instalação do Centro Técnico Aeronáutico - CTA e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica - o ITA. Este trabalho tem como objetivo analisar se a criação desta Faculdade, com a formatura da primeira turma em 1959 e a inauguração do prédio em 1961, seriam uma forma de afirmação concreta e simbólica da cidade e sua elite em relação aos novos recém-chegados do ITA e do CTA; se esta relação entre os moradores da cidade e os outsiders foi conflituosa a ponto de gerar uma resposta da elite local na forma de um estabelecimento de ensino e, finalmente, se seria possível para a elite da cidade se reafirmar com novas inserções ao campo de ensino superior, fazendo uma ligação entre conhecimento, desenvolvimento e legitimação. Para esta pesquisa, foram utilizadas além da revisão bibliográfica, dois jornais da época: o Correio Joseense, publicado na cidade, e o Correio de Manhã do Rio de Janeiro; entrevistas de três fontes diferentes (o projeto Patrimônio Humano da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, da TV Univap e do CEHVAP - Centro de História & Memória da Univap), que foram escolhidas de acordo com o discurso do entrevistado em relação a sua vivência nesse período
Título Conflitos territoriais na requalificação do centro de São Paulo
http://biblioteca.univap.br//dados//000039/00003952.pdf
Autor(a) Luiz Felipe de Araújo Valente
Orientação Prof. Dr. Antônio Carlos Machado Guimarães
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
No presente trabalho buscaremos compreender os diferentes discursos sobre o centro de São Paulo expressos nos projetos de requalificação urbana. Por in-termédio de análise quantitativa, observaremos a evolução dos lançamentos imobiliários na República e no Bom Retiro, distritos mais afetados pelo projeto Nova Luz, lançado no período da gestão José Serra/Gilberto Kassab. A fim de compreendermos a maneira como o capital imobiliário apresenta a região em suas estratégias de venda, compararemos os materiais de publicidade das construtoras com o que conseguimos observar através de caminhadas pelo centro. Agruparemos as gestões municipais dos últimos 20 anos em dois campos diferentes: de um lado os que visam garantir o direito permanência dos mais vulneráveis, de outro os que buscam relativizá-lo. Por pressupormos que existe uma articulação entre o poder público e os agentes do mercado imobiliário, também questionaremos se propostas de requalificação como o Nova Luz tem interferido no comportamento das construtoras. Dentre outros aspectos, no que se refere ao valor histórico do centro, considerando a convergência de discursos entre o capital imobiliário e as gestões públicas, questionaremos se o capital simbólico que resulta desses discursos é capaz de motivar a reocupação da região central por novos moradores
DISSERTAÇÕES 2016
Título Planejamento Urbano e o direito à Memória : crescimento urbano e preservação do patrimônio histórico e arqueológico em São José dos Campos/SP
http://biblioteca.univap.br//dados//000036/00003677.pdf
Autor(a) Henrique Palaver Dallago
Orientação Profa. Dra. Valéria Zanetti e Profa. Dra. Cilene Gomes
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Há inúmeros fatores que determinam o planejamento da urbe, fatores que variam desde os históricos e sociais até os valores cultivados pelos indivíduos e grupos de interesse. Na cidade em si, interessamnos esses vestígios de outros tempos e outros lugares que ficam sobrepostos, amalgamados e esquecidos sob as mais diversas ações do tempo, sejam elas climáticas e/ou antrópicas. Interessanos aquilo que ainda não é protegido legalmente como patrimônio justamente por não ser evidente e por estar na ?contramão? dos interesses capitalistas que ordenam a expansão dos empreendimentos imobiliários da cidade. Por isso, partese da pergunta: é possível conciliar/viabilizar crescimento urbano com a preservação do patrimônio histórico e arqueológico? E, conforme surgirem as questões, responder à pergunta: como a cidade de São José dos Campos lida com seu passado, mais especificamente com os elementos que emergem do subsolo quando o processo de urbanização faz vir à tona os vestígios arqueológicos? O estudo elenca o município de São José dos Campos/SP, pois é uma cidade com crescimento urbano forte e acentuado e que apresenta em sua história diversas fases marcadas, notadamente, com fortes rupturas, derivadas do seu acelerado crescimento urbano. Mesmo assim, alguns legados do passado sobreviveram à dinâmica da aceleração econômica. No Brasil há uma extensa legislação para a proteção do patrimônio cultural. São José dos Campos, assim como muitas outras cidades com rápido desenvolvimento, teve inúmeros empreendimentos liberados nas últimas décadas, período em que não havia uma regulamentação e exigência legal tal como a Portaria IPHAN 230/02 que estabelece as diretrizes para liberação de tais empreendimentos. Essa questão não seria um agravante se não se tratasse de uma área com alto potencial arqueológico. Propõese investigar as relações de conflito entre o processo de expansão urbana e a preservação do patrimônio cultural, tendo como base os instrumentos legais que amparam as políticas de planejamento urbano (Lei de Zoneamento, Estatuto da Cidade e da Metrópole, Plano Diretor). A pesquisa desenvolve-se com base na análise documental, fundamentada nos diagnósticos e prospecções arqueológicas dos empreendimentos do município. Discutese, portanto, como a cidade trata o seu passado, buscando entender de que forma se dá o processo de uso e ocupação do espaço, tendo como pano de fundo a especulação imobiliária.
Título Shopping Center, território de identidades mutantes : ValeSul Shopping
http://biblioteca.univap.br//dados//000022/000022c4.pdf
Autor(a) Rachel de Aguiar Cordeiro Mazzarino
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Enquanto o consumo influencia as relações sociais, os templos de consumo, ou shopping centers, tornam-se campos férteis para pesquisas que, como esta, partem do problema das representações sociais contemporâneas e de como elas podem materializar territórios simbólicos no ambiente, especificamente, no nosso caso, no Vale Sul Shopping em São José dos Campos. A pesquisa foi realizada em quatro etapas: pesquisa bibliográfica, pesquisa de observação e registro in loco, pesquisa guiada, entrevistas qualitativas com grupos focais de frequentadores e entrevista direta com uma representante do shopping center. Todas as etapas foram submetidas a uma análise. O Vale Sul Shopping foi escolhido, entre outros motivos, por ter uma extensa Área Bruta Locável (ABL); estacionamento e acesso de pedestres controlados; e várias expansões, que contam a história de posicionamento comercial. Propõe-se, como objetivo deste trabalho, observar se é possível, por meio do vestuário, construir uma fronteira entre as pessoas que frequentam o mesmo ambiente o que será chamado de território simbólico, uma vez que a barreira não é física, mas construída por símbolos subjetivos inerentes às roupas. A metodologia de pesquisa foi submetida ao comitê de ética, sendo aceita e registrada na Plataforma Brasil sob o número do CAAE 44254315.8.0000.5503.
DISSERTAÇÕES 2015
Título O trabalhador social na dinâmica da territorialização do Sistema Único de Assistência Social : SUAS nos municípios de Santa Branca - SP e São José dos Campos - SP (2004 a 2013)
http://biblioteca.univap.br//dados//000013/00001380.pdf
Autor(a) Flávia Hilário Cassiano
Orientação Profa. Dra. Valéria Zanetti
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Importantes pesquisas e considerações sobre a implantação do SUAS foram realizadas no Brasil. No entanto, pouco ainda se discutiu sobre a temática em Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo - SP. Para tanto, delimitou-se dois Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba/SP: São José dos Campos e Santa Branca para realização desse estudo, buscando diagnosticar a implantação do SUAS (Sistema Único da Assistência Social) a partir do princípio de territorialização, no período de 2004 a 2013, contemplando os avanços e desafios dessa política. O método pautou-se pela pesquisa exploratória, qualitativa e documental descritiva com interpretações de dados obtidos por meio de grupo focal realizado nos respectivos municípios. Essa discussão permite refletir acerca da concepção de território; das relações sociais e políticas existentes que permeiam o espaço.
Título Representações não hegemônicas do processo de urbanização de São Paulo nas décadas de 40, 50 e 60 : um estudo sobre as composições de Adoniran Barbosa e Paulo Emílio Vanzolini
http://biblioteca.univap.br//dados//000016/0000160b.pdf
Autor(a) Roberto Gomes Monção Júnior
Orientação Prof. Dr. Antonio Carlos M. Guimarães e Profa. Dra. Paula Vilhena Carnevale Vianna
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Uma representação peculiar da paisagem urbana se construiu nas falas e na memória dos subalternos presentes no processo de industrialização da cidade de são Paulo. Os compositores populares, cronistas privilegiados dos modos de vida urbanos e das tensões que ali se observam, registraram em suas canções as mudanças ocorridas na paisagem das cidades, acompanhando os processos de profunda transformação social. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo comparar as representações da cidade de São Paulo do ponto de vista da elite que emergiu do processo de urbanização e que buscava construir sua hegemonia ancorada no processo simultâneo de industrialização e urbanização que se intensificava a partir das décadas de 1940, 50 e 60 em São Paulo na perspectiva de dois de seus cancionistas mais conhecidos: Adoniran Barbosa (1910-1982) e Paulo Vanzolini (1924-2013). Suas composições nos mostram como eram vividas as transformações do território pela população operária, migrante e que ocupava um papel subalterno no processo modernizante da cidade, revelando a relação tensa dessas transformações com a memória coletiva que se traduzia em um sentimento de não pertencimento ao espaço urbano renovado.
DISSERTAÇÕES 2013
Título A urbanização na perspectiva do migrante : o chofer de praça de Amácio Mazzaropi
http://biblioteca.univap.br//dados//000004/000004f5.pdf
Autor(a) Flávia Nádia dos Santos
Orientação Prof. Dr. Antonio Carlos M. Guimarães e Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
O objeto desta dissertação é analisar a urbanização na perspectiva do migrante, no filme Chofer de Praça, de 1958, e a representação da cidade no processo de urbanização e nas práticas comportamentais do caipira criado por Amácio Mazzaropi. O contexto dessa película apresenta como cenário a representação do processo de urbanização que se instalava no País na metade do século XX, entre 1950 e 1960, com foco na cidade de São Paulo. O estudo se direciona para a análise dos deslocamentos do personagem Zacarias, presentes no filme, códigos do rural e do urbano. Para sustentar cientificamente esta pesquisa utilizaram-se conceitos de cinema e suas técnicas de montagem, como o corte, que (re) constrói tempo e espaço, criando a geografia fílmica. Os conceitos das ciências sociais apoiaram a interpretação das práticas comportamentais, esclarecendo os códigos do caipira de Mazzaropi. No filme, a cidade de São Paulo, cenário principal da trama, é representada como espaço de relações mercantis, um lugar de prosperidade industrial, progressista e de modernidade. O enredo traz o caipira de Mazzaropi como chofer de praça, que se estabelece como mediador, alternando comportamentos rurais e urbanos nas relações sociais. Esse personagem se contrapõe à imagem do Jeca Tatu de Monteiro Lobato, apresentando forte expressão articuladora, como caipira astuto, debochado, trabalhador, que ridiculariza de forma cômica os hábitos dos moradores da cidade.
DISSERTAÇÕES 2010
Título A Dimensão Terrritorial da Universidade na América Latina, no século XX: Evidências Representativas
Autor(a) Pilar Cristina Cespedes Bahamon
Orientação José Oswaldo Soares de Oliveira e Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Essa dissertação investiga a trajetória espacial da Universidade na América Latina, a partir da década de 1930, quando surge o discurso para a consolidação de um projeto denominado Cidade Universitária, no qual a proposta espacial da Universidade, sua aparência e modelo urbano, vão desempenhar um papel preponderante dentro das estratégias hegemônicas do Estado. A partir do estabelecimento da discussão conceitual de “território”, de Claude Rafestin, e “hegemonia”, sob o enfoque de Antonio Gramsci, aborda-se, especificamente, a territorialidade de Universidade como aparelho do Estado para exercício de poder. Infere-se que os conceitos de território e hegemonia são essenciais para a compreensão da dinâmica dos processos de desenvolvimento da universidade na América Latina, e a compreensão de sua atual dimensão nos âmbitos Urbano e Regional. Assim, identifica-se a universidade como um lugar privilegiado na relação do Estado com Sociedade, para a reprodução e preservação da ideologia dominante. A pesquisa apresenta uma revisão histórica da trajetória da Universidade, com o propósito de evidenciar o quadro de rupturas e transformações no tempo, privilegiando o apelo à configuração físicogeográfica como elemento capaz de evidenciar o controle hegemônico de determinados interesses. Assume-se que a compreensão desse processo pode contribuir para elucidar o papel que exerce, na atualidade, a Universidade, nas dimensões urbanos e regionais, e que sua trajetória espacial operou-se dentro de uma certa lógica de institucionalização do modelo universitário, e que essa lógica pode levar a compreender melhor a configuração do modelo atual de universidade na América Latina. Pretende-se, finalmente, demonstrar que a materialidade atual da Universidade, e sua forte presença no território, é obtida a partir de critérios que destacam a possibilidade de operacionalização de políticas específicas e intervenções planejadas.
Dissertações Defendidas
DISSERTAÇÕES 2011
Título
A Bacia hidrográfica como unidade territorial de planejamento: limites e perspectivas
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000034B.pdf
Autor(a) BEVILACQUA, Andréa Francomano.
Orientação Prof. Dr. Paulo Romano Reschilian
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do Espaço
Resumo
A identificação da bacia como elemento catalisador dos processos ambientais e das interferências humanas tem conduzido à aplicação do conceito de "gerenciamento de bacias hidrográficas", dando ao recorte destas um novo significado - uma identidade territorial. A proposta da pesquisa é avaliar a partir das experiências internacionais e do Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo, a perspectiva da utilização da bacia hidrográfica como unidade territorial de planejamento de recursos hídricos, como base a configuração para uma regionalização como estratégia de integração e articulação entre as políticas setoriais, em todas as escalas de poder, visando um desenvolvimento sustentável.
Título Caracterização das praças de São José dos Campos - SP: um levantamento quali-quantitativo.
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000035E.pdf
Autor(a) TOMAZETTE, Marcela Salci
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do Espaço
Resumo
As mudanças que ocorreram, e continuam a ocorrer, no espaço habitado nos levam a refletir sobre os usos dos espaços públicos das cidades que outrora foram tão importantes para as antigas civilizações, como as Praças. Esta é um elemento do espaço urbano presente na cidade contemporânea, importante, que pode e deve ser utilizado como espaço de todos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é mapear, quantificar e qualificar as praças de São José dos Campos (SP), de acordo com seus equipamentos e estruturas, e analisar a distribuição e disponibilidade para a população de São José dos Campos do mais acessível e disponível espaço livre público urbano: A PRAÇA. Realizou-se um estudo de 65 Praças Públicas localizadas nas regiões geográficas, Central, Norte, Sul, Leste, Sudeste e Oeste da malha urbana do município. As informações contidas nesta pesquisa foram obtidas por meio de pesquisa bibliográfica, levantamento cartográfico, avaliação quali-quantitativa e trabalho de campo. Utilizaram-se, como ferramenta para esse estudo, produtos de sensoriamento remoto, como imagens de satélite Quickbird, obtidas em 2008 de um SIG (Sistema de Informação geográfica), para realizar os mapeamentos temáticos. Ressalta-se que das 65 praças avaliadas, 4 praças foram classificadas como excelentes, significando que possui equipamentos e acessos a população.
Título Crescimento urbano e as implicações socioambientais na sub-bacia hidrográfica do córrego Pararangaba no município de São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000034C.pdf
Autor(a) BELISÁRIO, Paulo Roberto
Orientação Mario Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
A elaboração de um planejamento com vistas a mitigar os impactos da impermeabilização do solo sobre a capacidade suporte de drenagem em uma bacia hidrográfica requer uma análise da dinâmica local do uso e ocupação do solo em suas dimensões socioambiental, econômica e política, além dos elementos estruturantes que historicamente induzem à urbanização. Com frequência, os instrumentos do planejamento urbano são modelos prontos que não englobam os parâmetros associados às forças que atuam na produção de um espaço socialmente produzido. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta uma abordagem metodológica, apoiada pelas geotecnologias, para mapear perímetros urbanos e seus respectivos níveis de impermeabilização, nos anos 1997, 2003 e 2008, integrando-os aos coeficientes das taxas de ocupação estabelecidos pela Lei Complementar Nº. 165, de 15 de novembro de 1997, como parâmetros adequados para o uso e ocupação na região da sub-bacia do Córrego Pararangaba, e realizar a integração desses dados com o número de ocorrências de inundações na região objeto de estudo no período analisado. A porção destinada à ocupação urbana pela lei de zoneamento na região localiza-se entre dois importantes eixos viários e caracteriza-se pela forma horizontal de ocupação urbana, com a presença de vários loteamentos clandestinos. Para dar suporte a essa discussão investigou-se a ação dos atores que, se supõe, são os principais agentes envolvidos na dinâmica de uso e ocupação do solo na região. As informações pertinentes a esses atores foram levantadas a partir de entrevistas com gravações de áudio, aplicação de questionário a empresários do segmento imobiliário e representantes das Sociedades Amigos de Bairro. Quanto à investigação da ação do poder público, este trabalho limitou-se à consulta da legislação da Lei de Zoneamento e atas de reuniões setoriais realizadas na Associação de Construtores do Vale do Paraíba. Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram que as alterações no índice de impermeabilização ocorreram principalmente nas áreas de loteamentos clandestinos e adjacências, e se for mantido o coeficiente das taxas de ocupação estabelecido pela legislação vigente no ano 2008, poderá implicar, ao longo do tempo, em aumento da impermeabilização do solo na região e, consequentemente, no aumento das inundações e alagamentos.
Título Um estudo de dispersão urbana na micro-região de São José dos Campos: a sistematizatição de novas formas de assentamentos humanos
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000035D.pdf
Autor(a) FORLIN, Luiz Gustavo
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do Espaço
Resumo
A Micro-Região administrativa de São José dos Campos, localizada no Estado de São Paulo, é formada por oito municípios, são eles: Igaratá, Santa Branca, Jacareí, São José do Campos, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba. Esta micro-região tem apresentado um intenso crescimento periférico, caracterizado por uma dispersão urbana. Observa-se a proliferação de loteamentos clandestinos e de conjuntos residenciais de baixo padrão e o aumento no número de loteamentos voltados para a classe média/alta, em espaços de auto segregação, revelados por meio dos conjuntos residenciais de alto padrão. Nesse sentido, o objetivo dessa dissertação foi mapear e caracterizar a dispersão urbana no Vale do Paraíba, com ênfase no eixo urbano dos municípios que integram a micro-região administrativa de São José dos Campos, área na qual a urbanização alcançou uma dimensão crescente e complexa, evidenciando seu caráter expansionista e dispersivo, tendo as formas condominiais e conjuntos de bairros como elemento chave das pesquisas e exemplo claro destas novas formas de tecido urbano. Estes municípios tiveram papel essencial na reestruturação urbana de toda a região do Vale do Paraíba e conheceram mudanças profundas em seu espaço intra-urbano. Para a elaboração desta pesquisa, o uso de Sistemas de Informações Geográficas foi de fundamental importância no processo de mapeamento da dispersão urbana em toda micro-região administrativa de São José dos Campos. Por meio deste mapeamento, quantificamos as áreas de dispersão e perfilamos, dentro destas áreas de dispersão, segmentos de classes e estratos socioeconômicos com padrões diferentes de ocupação. Procuramos, também, quantificar dados de distanciamento e radiação da dispersão em relação às áreas centrais de seus respectivos municípios, tudo amparado e mediado por um levantamento bibliográfico e sistematização de dados. O intuito de um olhar mais regional, e não especificamente um único município, veio da necessidade de preencher e decodificar estes novos processos como uma condição sistêmica da urbanização contemporânea, em consonância e inerentes ao que o espaço intra-urbano é atualmente, reafirmando o caráter dispersivo dos conjuntos de bairros, não como ocasional, rarefeito ou esporádico, mas sim, como mencionado, como uma condição sistêmica dessas novas formas de urbanização contemporânea.
Título A expansão da monocultura do eucalipto e as implicações socioambientais no município de São Luis do Paraitinga: um estudo de caso
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000365.pdf
Autor(a) OLIVEIRA, Luiz Eduardo de
Orientação Emmanuel Antonio dos Santos
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do Espaço
Resumo
O presente estudo investigou e mapeou o crescimento da área plantada com eucalipto no município de São Luis do Paraitinga - SP no período de 1973 à 2010. Teve como objetivo principal a identificação da reprodução no município de possíveis conflitos socioambientais e de conflitos socioculturais que resultam de um processo de monocultura de eucalipto. Como base teórica buscou-se uma fundamentação em diversos autores, que tratam do tema da monocultura e dos conflitos resultantes de seus processos de cultivo e distribuição. Os conflitos socioculturais e socioambientais identificados no município ao longo do trabalho puderam ser comparados aos levantamentos teóricos como forma de identificar um possível padrão de repetição dos acontecimentos em torno da monocultura do eucalipto. O método utilizado no mapeamento baseou-se, além do levantamento teórico, em análises de imagens orbitais dos períodos em questão, de levantamentos de dados socioeconômicos à partir de órgãos públicos e privados e em uma pesquisa de campo aplicada na zona rural do município. Como resultado final do presente trabalho considerou-se importante a revisão do processo de plantio e distribuição da monocultura do eucalipto ao longo da área do município como forma de preservar a saúde econômica, cultural e ambiental dos suportes ecológicos e suportes antrópicos, preservando as relações preexistentes e as tradições e vocações locais.
Título Impactos da atividade portuária no turismo em São Sebastião-SP
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000033E.pdf
Autor(a) PAIVA, Carine Leal Fraga
Orientação Friedhilde Maria Kustner Manolescu
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do Espaço
Resumo
O turismo impacta diretamente no crescimento e desenvolvimento de uma região, constituindo uma das indústrias que mais contribuem para a geração de emprego e renda de uma economia. Esse resultado se dá pelo efeito multiplicador Keynesiano que ativa todos os setores da economia, aqueles diretamente relacionados ao aspecto da viagem a trabalho ou a lazer. O adequado planejamento econômico do turismo exige o conhecimento detalhado dos impactos econômicos, sociais e ambientais gerados por essa atividade. A indústria turística pode contribuir para o desenvolvimento regional, envolvendo a comunidade local no planejamento permanente da ocupação do espaço e na distribuição dos frutos do processo de crescimento, contribuindo para um desenvolvimento regional mais homogêneo. Este trabalho traz um estudo sobre os impactos do turismo no município de São Sebastião e previsões para o desenvolvimento dessa atividade nas próximas décadas, levando em consideração aspectos como a Copa do Mundo de 2014, o Programa 65, referente aos destinos indutores de turistas, a ampliação do porto e a duplicação da Rodovia Tamoios .Conclui-se que o município terá nas próximas duas décadas um crescimento populacional, de emprego e renda superior a média dos último anos, mas para que isso ocorra de maneira sustentável são necessários planejamento e envolvimento contínuo da comunidade local.
Título Memória e planejamento urbano Vila Miguel Eras em São José dos Campos/SP: elementos do passado no presente
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000368.pdf
Autor(a) LIMA, Charles de
Orientação Valéria Zanetti de Almeida
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
O planejamento urbano surgiu como uma resposta aos problemas criados e enfrentados pelas cidades modernas. Várias são as áreas do conhecimento que se dedicam a pensar, planejar e atuar nas cidades. Partindo dessa premissa, esse trabalho busca analisar o processo de retirada de uma parte dos moradores da Vila Rossi (popularmente conhecida como Vila Miguel Eras) para a Vila Leila, em São José dos Campos - SP, a partir de 2008. Busca-se compreender como foi feita a implantação da Via expressa (Via Norte) que, visando "desafogar" ou minimizar o tráfego no local, acabou por remover 63 famílias da região. Busca-se analisar o espaço a partir das relações sociais, inquirindo acerca dos sujeitos que ocupam, agem e transformam os espaços em que vivem. Tenta-se, sobretudo, perceber como esses agentes vêem e constroem seus espaços e investigar acerca do modelo ou da estratégia utilizada pelo poder público para remoção de uma parcela da comunidade, estratégia em que a memória dos moradores deslocados deu o alicerce para a justaposição dos lugares e possibilitou a estabilidade do novo espaço.
Título Ocupação urbana e suas implicações na macrodrenagem da bacia hidrográfica do Ribeirão Cambuí, em São José dos Campos – SP
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000345.pdf
Autor(a) SOUZA, Rogério de
Orientação Mario Valério Filho
Linha de Pesquisa Planejamento, população e desenvolvimento socioambiental
Resumo
Com o crescimento demográfico e a concentração urbana expressivos das últimas décadas, o avanço da urbanização por áreas cada vez maiores tem modificado a forma de uso e ocupação das terras nas cidades. Ao ocupar esses espaços impermeabiliza-se cada vez mais o solo, e de forma desordenada. Essa impermeabilização altera o comportamento da bacia hidrográfica influenciando sua macrodrenagem, daí a ocorrência das inundações cada vez mais frequentes, com consequências socioambientais que se refletem na qualidade de vida da população. Por outro lado, a análise e a discussão do uso e ocupação das terras, como meio físico, devem ser acompanhadas da busca em compreendê-los como resultante da atuação de diversos atores ou agentes na produção desses espaços. Esta pesquisa utilizou como estudo de caso a Bacia Hidrográfica do Ribeirão Cambuí, localizado no perímetro urbano do município de São José dos Campos, SP, que vem sofrendo constantes ocorrências de inundações. Apresenta-se uma abordagem metodológica para análise temporal, nos anos de 1997, 2003 e 2008, dos níveis de ocupação das terras e da impermeabilização e sua influência na macrodrenagem, como principal causa das inundações na Bacia. Identifica-se, também, a dinâmica de atuação dos principais atores da sociedade: o Estado, o cidadão e o empresariado ligado à indústria imobiliária na produção social do espaço. A abordagem consistiu na análise e interpretação de imagens orbitais segundo as classes de adensamento dos índices de impermeabilização a elas relacionadas, e sua relação com as enchentes e inundações. A espacialização dessas classes e dos índices foi possível com a utilização das geotecnologias. Para a análise dos atores estruturadores do espaço urbano foram aplicados questionários à população residente na Bacia e aos empresários e profissionais ligados à indústria imobiliária. Foram analisados os discursos das empresas de construção civil e as ações da Prefeitura e da Câmara de Vereadores do município de São José dos Campos. A pesquisa produziu subsídios para que os poderes públicos possam considerar em suas ações de planejamento, além do diagnóstico físico da Bacia, toda a dinâmica produzida pelos diversos atores na produção do espaço.
Título O programa "Minha casa minha vida" e seus desdobramentos no local: um estudo da pequena cidade de Ponta de Pedras, Pará
http://biblioteca.univap.br/dados/000003/0000035A.pdf
Autor(a) RANGEL, Jobair de Assis
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, políticas públicas e estruturação do Espaço
Resumo
Esta dissertação tem como objetivo analisar as repercussões de Programas Federais, que foram preconizados tendo como modelo espaços metropolitanos, e seus desdobramentos em realidades urbanas locais, com especificidades distantes daquelas para as quais esses Programas são definidos. Assim, esta pesquisa teve como objeto analisar o Programa Habitacional do Governo Federal "Minha Casa Minha Vida" e sua aplicação no município de Ponta de Pedras, localizado no estado do Pará. O Programa Habitacional "Minha Casa, Minha Vida", aprovado para o Município em 2009, teve como objetivo a construção de 120 casas populares, com um orçamento previsto de, aproximadamente, dois milhões de reais. O Programa apresenta distorções no processo de implementação, em relação à proposta do Governo Federal. Um dos fatores que mais nos instigaram diz respeito às denúncias da população local que se diz prejudicada por não ter tido a oportunidade de participar do processo de inscrição, além de apadrinhamento político no processo de distribuição das casas. Essa insatisfação pode ser constatada por meio de pesquisas de campo, realizada em julho de 2010 e de 2011, na cidade de Ponta de Pedras.
Título Território étnico: conflitos territoriais em Alcântara, Maranhão
Autor(a) BRAGA, Yara Maria Rosendo de Oliveira
Orientação Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Este trabalho trata dos conflitos territoriais e sociais vivenciados por comunidades rurais do Maranhão fruto do compartilhamento involuntário de seu território com um complexo de alta tecnologia, o Centro de Lançamento de Alcântara - CLA. O estudo traz à reflexão as principais características dos atores sociais de Alcântara - comunidades formadas predominantemente por remanescentes de quilombos - envolvendo questões como identidade, território e espaço social a partir de análises e pesquisas in loco. Seu objetivo é historicizar e sistematizar informações relativas aos problemas advindos do deslocamento compulsório de populações para áreas e modos de vida exóticos. Aborda ainda o questionamento de ações desenvolvidas no passado por técnicos das áreas que compõem o planejamento urbano e regional, como a implantação de agrovilas, em particular, no Município de Alcântara. Como desfecho, busca-se analisar as contradições presentes no papel do Estado que, se de um lado protege o direito à terra para comunidades "históricas", com suas manifestações da cultura popular, inclusive aquelas afro-brasileiras, por outro lado promove e incentiva o desenvolvimento científico e tecnológico no País, em ações que muitas vezes colocam em questão o pluralismo político e o próprio convívio entre as partes. Os resultados apontam que as estratégias de articulação utilizadas pelo Estado no intuito de reduzir resistências ao Programa Espacial Brasileiro fracassaram e se tornaram pouco efetivas para a boa interação do CLA e as comunidades remanescentes de quilombos de Alcântara, sugerindo, finalmente, que novas percepções de sociedade e "progresso" ainda devem ser pesquisadas.
DISSERTAÇÕES 2010
Título Assentamentos Subnormais em Situações Limite: Uma comunidade em situação de vulnerabilidade socioambiental na área de conurbação entre Jacareí e São José dos Campos - SP
Autor(a) Debora Tognozzi Lopes
Orientação Pedro Ribeiro Moreira Neto
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
Resumo
O Brasil, de um modo geral, passou por intenso processo de industrialização e urbanização, como parte dos arranjos que redefiniram a ordem econômica no Ocidente após o final da Segunda Guerra Mundial. Este processo trouxe um modelo de crescimento que não se distribuía de forma homogênea em todo o território. Pelo contrário, caracterizava-se pela concentração espacial de atividades que privilegiavam determinadas regiões, como o caso do eixo que liga as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a situação que, apesar de variações, se mantém até os dias de hoje. Tal processo acabou por gerar conflitos de ordem social, econômica e ambiental, com significativa repercussão na organização do território. Em outras palavras, em seu bojo configuraram-se comunidades que se encontram em situação limite entre dois mundos, aquele pré-industrial e o industrial, o rural e o urbano, o arcaico e o moderno. Assim adentram a nova era, posterior à industrialização fordista que marcou a fase de industrialização da região. Na época das definições flexíveis, tais comunidades saltam de um passado para um mundo que não define com clareza seu status. Vivem em situações limite, uma condição bem específica da contemporaneidade, mas vivenciada de forma mais crítica por populações de baixa renda. O propósito deste trabalho é analisar e discutir quais instrumentos, no âmbito do Planejamento Urbano e Regional podem contribuir com essas populações, no sentido da compreensão de seus problemas e na busca de soluções para as questões examinadas. A partir do estudo de um bairro de fronteiras, localizado na divisa dentre dois municípios em processo de conurbação, sem inserção social definida, o caso ilustra uma realidade que é mais geral e comum a outras comunidades brasileiras.
Título A Dimensão Terrritorial da Universidade na América Latina, no século XX: Evidências Representativas
Autor(a) Pilar Cristina Cespedes Bahamon
Orientação José Oswaldo Soares de Oliveira e Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, espaço e cultura
Resumo
Essa dissertação investiga a trajetória espacial da Universidade na América Latina, a partir da década de 1930, quando surge o discurso para a consolidação de um projeto denominado Cidade Universitária, no qual a proposta espacial da Universidade, sua aparência e modelo urbano, vão desempenhar um papel preponderante dentro das estratégias hegemônicas do Estado. A partir do estabelecimento da discussão conceitual de “território”, de Claude Rafestin, e “hegemonia”, sob o enfoque de Antonio Gramsci, aborda-se, especificamente, a territorialidade de Universidade como aparelho do Estado para exercício de poder. Infere-se que os conceitos de território e hegemonia são essenciais para a compreensão da dinâmica dos processos de desenvolvimento da universidade na América Latina, e a compreensão de sua atual dimensão nos âmbitos Urbano e Regional. Assim, identifica-se a universidade como um lugar privilegiado na relação do Estado com Sociedade, para a reprodução e preservação da ideologia dominante. A pesquisa apresenta uma revisão histórica da trajetória da Universidade, com o propósito de evidenciar o quadro de rupturas e transformações no tempo, privilegiando o apelo à configuração físicogeográfica como elemento capaz de evidenciar o controle hegemônico de determinados interesses. Assume-se que a compreensão desse processo pode contribuir para elucidar o papel que exerce, na atualidade, a Universidade, nas dimensões urbanos e regionais, e que sua trajetória espacial operou-se dentro de uma certa lógica de institucionalização do modelo universitário, e que essa lógica pode levar a compreender melhor a configuração do modelo atual de universidade na América Latina. Pretende-se, finalmente, demonstrar que a materialidade atual da Universidade, e sua forte presença no território, é obtida a partir de critérios que destacam a possibilidade de operacionalização de políticas específicas e intervenções planejadas.
Título A exploração em cavas de areia no Vale do Paraíba: atores e conflitos - estudo de caso de Jacareí e São José dos Campos
Autor(a) Rafaela Maia Ribeiro
Orientação Mario Valério Filho e Eduardo Jorge de Brito Bastos
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
Resumo
Devido ao atual quadro de desenvolvimento e urbanização crescentes, pode-se observar um grande aumento da exploração de diversos recursos naturais, dentre estes a areia. No Vale do Paraíba, sua exploração por cavas mostra-se em quadro acentuado. Esta exploração gera grande conflito sócio-econômico-ambiental. Pois, se por um lado a sociedade ainda necessita deste bem mineral - pois mesmo já vislumbrando alternativas de uso de outros materiais, ainda concede à areia vínculo de dependência para a sustentação de seus hábitos sociais - e também faz deste um dos seus elementos econômicos, por outro ela sofre com os danos de sua exploração por meio dos impactos ambientais e, então, sociais. O que determina a forma como é realizada a exploração são, basicamente, as regulamentações – por intermédio de seus mecanismos e ferramentas - e as legislações advindas do poder decisório da esfera pública e de outros atores (mais ou menos atuantes) provenientes da população de maneira voluntária ou organizada, ou de grupos de empresários e do terceiro setor, por exemplo. Para exemplificar como estes atores interferem diretamente no quadro de exploração de areia de uma região, adotou-se estudar neste trabalho os quadros apresentados nos municípios de Jacareí e São José dos Campos, pois são dois municípios com propensão semelhante à exploração de areia por cavas, mas que apresentaram diferentes realidades relativas a esta exploração. Para isto é realizada uma pesquisa qualitativa-quantitativa, utilizando-se recursos como a pesquisa de campo por meio de entrevista de alguns destes atores. Em São José dos Campos, devido à ênfase na participação de atores que consideram desfavorável esta atividade de exploração, a exploração foi inviabilizada por legislação e atualmente não há mais exploração. Já Jacareí ainda apresenta exploração e grande extensão de território ocupada por cavas, porém apresentando o melhor índice de recuperação das áreas se comparada a toda a região do Vale. Assim, o trabalho analisa todo o conflito gerado por esta atividade e seus impasses; bem como explicita as diferentes realidades decorrentes da diferença na atuação dos atores envolvidos; e por fim levanta questionamentos e aponta alternativas para a busca de um equilíbrio no quadro apresentado, fornecendo subsídios relacionados à temática da exploração
Título “Doenças Respiratórias em São José dos Campos: Análise de Fatores Condicionantes”.
Autor(a) Viviana Mendes Lima
Orientação Mario Valério Filho e Sandra Maria Fonseca da Costa
Linha de Pesquisa Planejamento, População e Desenvolvimento Socioambiental
Resumo
Ao desenhar um perfil territorial da saúde, tem-se como instrumento, dados que irão servir de subsídios para ações a médio e longo prazo, no sentido de coibir os impactos sociais que trazem ônus ao poder público e desgaste a sociedade e ao ambiente. A pesquisa apresenta um aspecto teórico e prático que pretendeu analisar as áreas de maior incidência de doenças bronco-respiratórias na cidade de São José dos Campos, SP, e as condições de vulnerabilidade que a influenciam, relacionado às condições sociais e os aspectos climáticos. A associação entre pobreza e má qualidade de vida gera um ambiente de desigualdades que se reproduzem à medida que a distância entre as diferenças de renda aumentam. As diferenças sociais interferem nos grupos da sociedade e reproduzem um ambiente que se caracteriza por um conjunto de fatores com efeitos negativos e positivos sobre a saúde. Utilizando-se dados da Prefeitura Municipal de São José dos Campos sobre as internações hospitalares, dados climatológicos e socioeconômicos do período de 1998 a 2005 e 2007, foi possível compreender a problemática existente na cidade observando-se as variáveis saúde, ambiente e condição socioeconômica. Na presente pesquisa de acordo com a classificação do CID – Código Internacional de Doenças foram investigadas as doenças: broncopneumonia, asma, bronquite, rinite e insuficiência respiratória crônica. Ao comparar os resultados obtidos para os setores econômicos, para os quais se espacializou as doenças respiratórias nos anos de 1998, 2000, 2002, 2004, e 2007, observou-se que os setores de menor renda, apresentaram uma maior concentração de doentes. Em 2000, ano atípico, houve uma incidência elevada de casos, relacionados á variação de alguns elementos climáticos, como temperatura alta e baixa umidade relativa do ar. Isso, em conjunto com a situação precária de desenvolvimento dos setores mais comprometidos, comprova a necessidade de um planejamento de urbanização para o município, incluindo aí um projeto de arborização, criação de espaços livres e utilização de materiais adequados para as construções de casas. Ao realizar o estudo da área foi possívelestabelecer a sua ligação com o desenvolvimento dessas patologias.
Autor(a) Lacerda, Sueli Pereira
Título Entre tabuleiros, barracas e megafones: mega feira do jardim colonial de São José dos Campos (SP), um retrato da informalidade urbana
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002E8.pdf
Orientação Profa Dra Maria Aparecida Ribeiro C.Papali / Profa Dra Adriane Aparecida Moreira de Souza
Resumo
As atividades realizadas pelos vendedores ambulantes, que não constam nas estatísticas econômicas oficiais, compõem o campo de estudos deste trabalho. Os principais objetivos desta Dissertação são de buscar parâmetros que permitam compreender a dimensão do trabalho informal e as características socioeconômicas dos ambulantes do bairro Jardim Colonial, além de apresentar entrevista com os moradores da rua da feira como também um diagnóstico sobre as medidas utilizadas pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos -SP e para organizar os espaços da informalidade como os das Feiras dos ambulantes. A Feira dos Ambulantes do Jardim Colonial é a realizada aos domingos, situa-se na confluência da rua Ângelo Belmiro Pintus com a Avenida José Ribeiro Bastos, totalizando 895 m de extensão, segundo a Secretaria de Abastecimento da PMSJC, e congrega em torno de 582 ambulantes cadastrados pela Prefeitura Municipal, os quais embora cadastrados pela municipalidade, não contribuem com impostos e taxas. Cada ambulante possui uma numeração marcada no chão para expor suas mercadorias. Uma das características da feira do Jardim Colonial é possuir trabalhadores feirantes e trabalhadores ambulantes, atuando em um mesmo espaço geográfico e convivendo harmoniosamente. Neste sentido, este estudo ressalta a importância não só econômica, desta feira para a região sul de São José dos Campos, por suas características de um mercado cíclico popular destinado à compra/venda de hortifrutigranjeiros e de mercadorias em geral, como também pelo aspecto sociocultural, na medida em que a feira é o espaço comercial onde se expressa, com mais força, a tradição popular.
Autor(a) Montoia, Gustavo Rodrigo Milaré
Título Planejamento participativo em pequenas cidades da Amazônia : um estudo de caso no município de Ponta de Pedras
https://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000302.pdf
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise do Plano Diretor Participativo da cidade de Ponta de Pedras, no estado do Pará, o qual foi elaborado em 2006. O objetivo desta pesquisa foi Identificar os resultados do processo de participação popular estabelecido pelo Estatuto da Cidade e sua aplicabilidade no município de Ponta de Pedras. Para realizar esta avaliação, foram utilizadas informações levantadas junto à Prefeitura Municipal, entrevistas com funcionários públicos que tiveram participação no processo de discussão e elaboração do Plano, um questionário aplicado a 200 moradores urbanos, a qual procurou investigar se houve a participação popular na elaboração do Plano Diretor e a visão da população sobre o processo. Nesse sentido, foi constatado que não houve participação popular e apenas o cumprimento de uma norma estabelecida pelo Ministério das Cidades, segundo o qual os municípios com mais de vinte mil habitantes deveriam elaborar seu Plano até o final do ano de 2006. O Documento, por sua vez, apresenta uma redação generalista, pró-forma, que não corresponde à realidade municipal e nem às necessidades elencadas pela população, conforme constatado no questionário aplicado. Os desencontros das entrevistas com representantes do Poder Público, a análise das Atas das Audiências e os questionários aplicados à população propiciaram a constatação de que a participação popular na elaboração do Plano Diretor de Ponta de Pedras foi insignificante e comprova que, como o Documento não demonstra em seus artigos as vontades expressas por aqueles que vivem no local, aquele lugar é um espaço sem cidadãos, pois é como se as pessoas que ali vivessem não existissem, visto que foram ignorados como atores e co-gestores de sua própria cidade. O nome do município no Plano Diretor (Ponta de Pedras) pode ser substituído pelo nome de qualquer outro município da Ilha de Marajó ou de uma cidade ribeirinha da Região da Amazônia em sua primeira página que isso não seria percebido. O Ministério das Cidades estabelece a gestão democrática (Estatuto da Cidade, Lei 10257/2001), entretanto o mesmo não criou mecanismos que venham a comprovar a participação popular num País que ainda está aprendendo a conviver com a democracia.
Autor(a) Rangel, Roney Rezende
Título Economia solidária e ação governamental no Brasil: o município de São José dos Campos (SP)
https://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000307.pdf
Orientação Profa Dra. Friedhilde Maria Kustner Manolescu
Resumo
Este estudo foi realizado tendo como pano de fundo a economia solidária. Ele se organiza, pois, em quatro seções principais, além da introdução e considerações finais. De início, fazse a apresentação da fundamentação teórica subsidiada, de um lado, por uma breve contextualização histórica e, de outro, pelas contribuições teóricas e pluralidade de acepções atribuídas à economia solidária. Em seguida, a fim de revelar o seu tamanho e peso no território nacional foram criados 5 blocos de categorias de informações, cujos dados foram extraídos do Sistema Nacional de Informações em economia solidária (SIES) da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) vinculada ao Ministério doTrabalho (MTE). As principais características apresentadas neste trabalho referem-se à quantidade de empreendimentos econômicos solidários (EES); formas de organização; data e motivo de criação; total de participantes; segmento econômico; formas de comercialização e abrangência comercial; entidades de apoio, assessoria e assistência técnica; entre outros. Além desta exposição, o trabalho evidencia os agentes da economia solidária no Brasil, aqui distribuídos em três categorias: Ligas ou Uniões, Entidades de Apoio e Fomento (EAFs) e Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES). O tema Políticas Públicas tem o papel de assumir a economia solidária como objeto da ação governamental , tanto no âmbito federal, estadual e municipal. Este tema surge como mote para a pesquisa empírica realizada junto ao município de São José dos Campos (SP) que procura identificar a atuação do poder público local no que tange ao apoio e fomento das iniciativas de organização coletiva de trabalho autogestionário, revelar o conhecimento e visão dos gestores públicos frente à economia solidária, bem como descrever a percepção e avaliação do (as) acerca apoio recebido da Prefeitura. Ademais, na dimensão municipal, o trabalho se ocupa em identificar e caracterizar os empreendimentos econômicos solidários (EES). Nas considerações finais, aparecem as análises dos resultados fruto da pesquisa de campo que nos possibilitou concluir que a economia solidária em São José dos Campos configura-se como tímida e promissora. Tímida, por ainda abarcar um número incipiente de experiências/iniciativas autogestionárias e solidários e gestores públicos envolvidos com esta "outra economia" e, promissora, sobretudo, pelo espaço já conquistado na agenda pública local no que tange à busca da garantia dos direitos sociais dos indivíduos percebida na geração de trabalho e renda visando deste modo, o enfrentamento de questões sociais, como o desemprego e a pobreza.
Autor(a) Maria Lucia Baltazar Candido
Título A importância das micro e pequenas empresas na dinâmica regional do Vale do Paraíba no período de 1990 a 2008
https://biblioteca.univap.br/dados/000003/00000308.pdf
Orientação Profa. Dra. Friedhilde Maria K. Manolescu
Resumo
A Região do Vale do Paraíba ocupa lugar de destaque na economia do Estado de São Paulo em termos demográficos, geração de emprego e renda. Sua localização geográfica e a instalação de empresas de grande porte, associada a investimentos públicos federais e estaduais no século XX, contribuiu sobremaneira para o processo de urbanização e crescimento da região. A abertura da economia brasileira a partir de 1990 e a intensificação do processo de globalização iniciado na década de 80, provocou alterações substanciais em diversas regiões do país, bem como na forma de produção das empresas, que é um dos elementos que constitui o Espaço. Cada um dos elementos que compõem o espaço (meio ecológico, infra-estrutura, homem, empresas e instituições), exerce seu papel, intervindo e promovendo transformações ao longo do tempo. Entender estes elementos e suas respectivas funções é importante para a compreensão da dinâmica existente entre os mesmos e para toda e qualquer ação de intervenção e/ou Planejamento Urbano Regional. O presente estudo foca a sua atenção em um dos agentes do espaço que é a Empresa e analisa sua importância na Dinâmica Regional do Vale do Paraíba e nos seus principais municípios: São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá no período de 1990 a 2008. Neste período, verifica-se um crescimento das empresas de micro e pequeno porte e o predomínio destas, na condução das atividades de comércio e serviços, contribuindo significativamente para a geração de emprego e renda na Região e diminuindo o grau de dependência dos municípios em atividades exercidas por empresas de grande porte. O presente estudo tem a finalidade de contribuir com dados que possam auxiliar os gestores públicos, a iniciativa privada e a estudantes de graduação e pós-graduação interessados no tema.
DISSERTAÇÕES 2009
Autor(a) Carvalho, Érica Reis Costa
Título Um estudo sobre as ações empreendedoras do município de São José dos Campos (SP) no período de 1993 a 2008.
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002E0.pdf
Orientação Profa. Dra. Friedhilde Maria K. Manolescu / Prof. Dr. Eduardo Jorge de Brito Bastos
Resumo
Desde o início do século XX, o tema empreendedorismo tem sido objeto de atenção por parte de várias correntes de pensamento. O papel do empreendedor antes visto como ser racional e outrora como ser social, hoje é definido como inovador e um agente prático, que explora uma oportunidade, destrói a ordem econômica e gera valores. Atualmente, o empreendedorismo é considerado um dos principais fomentadores de desenvolvimento econômico local. Nas localidades onde a cultura empreendedora está enraizada, as perspectivas de prosperidade econômica e melhoria da qualidade de vida da população são muito maiores. Entretanto, para que se estabeleça uma cultura empreendedora é necessário que existam ações ou políticas públicas e privadas. Diante da alteração na configuração produtiva do município, a partir a década de 1990, São José dos Campos vem adotando práticas empreendedoras como estratégia de desenvolvimento econômico municipal. Considerando o exposto, o objetivo geral deste estudo procura identificar e analisar as ações empreendedoras realizadas pelo poder público e privado, no período de 1993 a 2008, no município de São José dos Campos - SP. No presente estudo, de natureza aplicada e caráter exploratório, foram utilizadas fontes primárias e secundárias de documentação indireta, pesquisas bibliográficas e pesquisas de campo. As duas primeiras buscaram o embasamento de fontes secundárias (impressa e eletrônica), documentos de arquivo privado e público, fontes estatísticas, imprensa escrita, publicações, material cartográfico e meios audiovisuais. Para as pesquisas de campo, das observações diretas intensivas e extensivas, utilizaram-se como instrumento de coleta a entrevista, despadronizada ou não estruturada (método qualitativo) e formulários (método quantitativo). Foram identificadas e analisadas 31 ações empreendedoras de atores públicos e privados realizadas no município, sendo, seis de fomento tecnológico, quatorze de gestão, duas de estratégia do desenvolvimento local e nove de estratégia do desenvolvimento das PME´s. Verificou-se que as ações atuam no estímulo a educação empreendedora, no desenvolvimento de modelos negócios de base, na facilitação o acesso ao crédito e aos serviços financeiros, na redução a informalidade, no apoio ao associativismo, na criação ou melhoria da política tributária, na formação de arranjos produtivos, nas agências de empregos e desburocratização de documentação. A proliferação do empreendedorismo deixa clara a intenção do poder público em preparar os empreendedores locais para buscarem oportunidades e propiciar o desenvolvimento econômico local de São José dos Campos. É visível que hoje no município, a imagem de cidade tecnológica não vem sendo alterada, mas está aliada a imagem de cidade empreendedora.
Autor(a) Weissberg, David
Título Novos padrões de ocupação urbana em zonas turísticas: estudo dos condomínios horizontais na cidade de Caraguatatuba - litoral norte de São Paulo
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002FD.pdf
Orientação Prof. Dr. Antonio Carlos M. Guimarães / Prof. Dr. Pedro Ribeiro Moreira Neto
Resumo
Este trabalho busca analisar a inter-relação de fatores que contribuem na produção do espaço urbano e as transformações sócio-territoriais a ele associado na cidade de Caraguatatuba. O turismo residencial representa uma segmentação cada vez mais presente nas cidades de veraneio próximo aos grandes centros urbanos Em razão do intenso processo de urbanização, responsável por um novo arranjo sócio-territorial na cidade, Caraguatatuba tornou-se um dos destinos turístico mais freqüentado na região do litoral norte do Estado de São Paulo. As segundas residências representam aproximadamente a metade do total de residências na cidade, geralmente locados nas zonas turísticas que compreendem a faixa territorial entre a orla marítima e a Rodovia BR 101 (Rio-Santos). As melhorias na infraestrutura local fizeram com que a cidade promovesse uma nova concepção de segundas residências. Os condomínios de veraneio se expandiram em todas as zonas turísticas.
Autor(a) Ramos, Waldecy Serafim
Título Políticas de zoneamento com seus reflexos no urbano: um estudo do bairro de Santana, São José dos Campos, entre (1920 e 1950)
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002DF.pdf
Orientação Dra Valéria Zanetti / Dra Maria Aparecida Chaves Ribeiro Papali
Resumo
Este trabalho estuda o processo de produção do espaço do bairro de Santana, localizado em São José dos Campos/SP, notadamente, os reflexos das políticas de zoneamento implantadas no município entre 1920 e 1950. Propõe-se entender as implicações sociais, econômicas, políticas e culturais acerca da divisão da paisagem urbana da cidade em quatro zonas (sanatorial, industrial, comercial, e residencial), bem como as repercussões dessa política, especificamente para os habitantes do bairro de Santana. A divisão espacial como estratégia para atender as necessidades funcionais da economia do município, especificamente orientado para acolher os doentes acometidos pela tuberculose, limitou as fronteiras da produção no centro da cidade, a zona sanatorial, compreendida entre a Vila Ema e região central. Definida por uma linha imaginária que separava as zonas de tratamento da tuberculose da promissora zona industrial (Santana), a política de zoneamento, ao tentar organizar e administrar a cidade segundo orientações dos modernos princípios de urbanização acabou tornando a zona industrial uma área auto-sustentável com fortes apelos de emancipação política, que repercute ainda hoje na memória dos habitantes do bairro.
Autor(a) Kojio, Nadia Csoknyai Del Monte
Título Políticas públicas de patrimônio em São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002E3.pdf
Orientação Profa. Dra. Maria Aparecida Papali
Resumo
O presente trabalho busca discutir a importância da implementação de uma política pública de patrimônio cultural inclusiva para o município de São José dos Campos (SP), a partir de uma discussão bibliográfica ligada a diversas áreas do saber como a história, patrimônio, geografia e sociologia. Em busca de uma discussão mais atualizada sobre política pública de patrimônio e superando a noção tradicional de bem patrimonial como um monumento, cuja relevância arquitetônica e histórica é representativa apenas a um segmento social hegemônico, na dissertação conceitualiza-se patrimônio cultural como reflexo do espaço, da memória e dos diversos discursos sociais. Dessa forma, sugere-se que a política pública patrimonial que deve ser estabelecida pelos órgãos oficiais para reavivar a memória dos diversos grupos sociais, deve ser inclusiva, permitindo o diálogo entre os técnicos e a população e, estabelecendo o elo entre o passado e o futuro da sociedade. Assim, política pública é aqui entendida como a mediadora dos agentes sociais do espaço urbano. Nesse Trabalho, verifico que o município de São José dos Campos possui uma política patrimonial ainda muito centrada nos órgãos oficiais e que lhe falta uma cultura política relativa à preservação.
Autor(a) Márcia Sotto-Maior
Título Espaço urbano, aeroporto e legislação aeronáutica: o caso de São José dos Campos – SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002E2.pdf
Orientação Profa. Dra. Gomes, Cilene / Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Resumo
Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre as principais relações existentes entre aeroportos e espaço urbano, partindo da idéia de que aeroportos podem significar mais do que simples terminais do transporte aéreo e promover o crescimento e desenvolvimento para as cidades onde são implantados, como também gerar impactos ambientais. A pesquisa pretendeu investigar as possíveis influências do aeroporto no espaço construído e as interferências mútuas entre operações aéreas e a vida nas cidades. Para tanto além de estudar as diversas maneiras pelas quais o aeroporto atende e representa interesses de vários sistemas de produção e circulação de mercadorias, e também de pessoas ligadas à produção e ao consumo. Procurou-se situar o transporte aéreo dentro dos sistemas de transporte e logística e a cidade de São José dos Campos nos sistemas urbanos no Brasil, com enfoque no estado de São Paulo e na região do Vale do Paraíba. Com a intensificação da urbanização brasileira as questões referentes aos impactos das operações aéreas sobre as comunidades passaram a ser mais relevantes. Dentre estes impactos o ruído aeronáutico e a segurança são objetos de legislação restritiva do uso do solo de cidades. Neste sentido, este estudo apresenta uma análise crítica da aplicação desta legislação na cidade de São José dos Campos. Para possibilitar esta análise foi criado um banco de dados georreferenciado onde foram inseridos, dentre outros, dados sobre o crescimento da cidade em relação ao aeroporto, a legislação de zoneamento e identificados os principais usos existentes na área de entorno abrangida pelos Planos de Zona de Proteção, de Zoneamento de Ruído do Aeroporto de São José dos Campos e Área de Segurança Aeroportuária. A aplicação da legislação aeronáutica, os rumos do Aeroporto de São José dos Campos e o enfrentamento das questões relativas às relações entre o aeroporto e a cidade foram discutidos como subsídios aos permanentes desafios enfrentados pela sociedade e pelas autoridades responsáveis do município e das instâncias regionais estaduais e federais.
Autor(a) Lacerda, Sueli Pereira
Título Between trays, tents and megaphones: mega street fair of jardim colonial in sao jose dos campos - (sp), a portrait of urban informality Entre tabuleiros, barracas e megafones: mega feira do jardim colonial de são josé dos campos (sp), um retrato da informalidade urbana
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002E8.pdf
Orientação Profa Dra Maria Aparecida Ribeiro C. Papali / Profa Dra Adriane Aparecida Moreira de Souza
Resumo
As atividades realizadas pelos vendedores ambulantes, que não constam nas estatísticas econômicas oficiais, compõem o campo de estudos deste trabalho. Os principais objetivos desta Dissertação são de buscar parâmetros que permitam compreender a dimensão do trabalho informal e as características socioeconômicas dos ambulantes do bairro Jardim Colonial, além de apresentar entrevista com os moradores da rua da feira como também um diagnóstico sobre as medidas utilizadas pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos -SP e para organizar os espaços da informalidade como os das Feiras dos ambulantes. A Feira dos Ambulantes do Jardim Colonial é a realizada aos domingos, situase na confluência da rua Ângelo Belmiro Pintus com a Avenida José Ribeiro Bastos, totalizando 895 m de extensão, segundo a Secretaria de Abastecimento da PMSJC, e congrega em torno de 582 ambulantes cadastrados pela Prefeitura Municipal, os quais embora cadastrados pela municipalidade, não contribuem com impostos e taxas. Cada ambulante possui uma numeração marcada no chão para expor suas mercadorias. Uma das características da feira do Jardim Colonial é possuir trabalhadores feirantes e trabalhadores ambulantes, atuando em um mesmo espaço geográfico e convivendo harmoniosamente. Neste sentido, este estudo ressalta a importância não só econômica, desta feira para a região sul de São José dos Campos, por suas características de um mercado cíclico popular destinado à compra/venda de hortifrutigranjeiros e de mercadorias em geral, como também pelo aspecto sociocultural, na medida em que a feira é o espaço comercial onde se expressa, com mais força, a tradição popular.
DISSERTAÇÕES 2008
Autor(a) Pontes, Jose Walter Raimundo
Título Consórcios intermunicipais: limites e possibilidades da gestão cooperada - estudo de caso
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002E1.pdf
Orientação Prof. Dr. Antonio Carlos Machado Guimarães / Prof. Dr. Marco Antonio Villarta Neder
Resumo
A presente dissertação analisa em parte os aspectos teóricos e jurídicos do desenvolvimento dos consórcios intermunicipais no Brasil, buscando contextualizá-los com o processo de descentralização de poder que vem marcando as políticas públicas de desenvolvimento econômico desde a década de 1980. Este trabalho mostra-se oportuno, vez que o consórcio intermunicipal apresenta-se como medida alternativa, dentre outros instrumentos de cooperação inter e intrafederativas, de maneira a proporcionar um Estado mais receptivo à diversidade de interesses da sociedade e às demandas das necessidades coletivas de funções de interesse comum. Assim este trabalho concentra atenção sobre as instituições criadas com o objetivo de - na área das políticas públicas de desenvolvimento econômico - reverter os efeitos perversos da histórica crise de desenvolvimento brasileira, marcada pela progressividade das desigualdades socioeconômicas. Os Consórcios Intermunicipais são, assim, estudados a partir de perspectiva nacional e estadual (Estado de São Paulo), mas principalmente através da análise de dois Consórcios Intermunicipais da Região Administrativa de São José dos Campos específicos: - Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba - CODIVAP, criado em 1970 e o Consórcio Intermunicipal da Vertente Oceânica Norte da Região do Vale do Paraíba, criado em 2006. O instrumental teórico desenvolvido na presente dissertação busca, através do confronto das perspectivas expostas, avaliar o grau de aderência da associação intermunicipal às principais teorias desenvolvidas. De outra forma, através da base empírica buscou-se avaliar o nível de efetividade das ações planejadas, a partir de variáveis oriundas do panorama político regional. Dentre os resultados, o mais significativo foi o de que a integração entre os municípios da Região Administrativa de São José dos Campos não pode ser vislumbrada, nem mesmo em uma perspectiva temporal mais ampla, como resultante da ação espontânea no contexto das relações horizontais na esfera municipal. Por fim, conclui-se que o consenso necessário para integrar municípios deve ter sua origem no governo estadual, e ser atingido através de políticas que objetivem claramente este fim. E o que temos assistido até este momento é uma ação orquestrada pelo mandonismo clientelista, que a cada dia vem esvaziando as políticas públicas de seu caráter integrador, e o fortalecimento dos consórcios intermunicipais podem, eventualmente, provocar a negação do planejamento urbano e regional, com recorte territorial em sua essência.
Autor(a) Maria, Mateus Godói
Título Novas formas de ocupação urbana: os loteamentos fechados em São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/0000025F.pdf
Orientação Prof. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa / Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Autor(a) Silva, Diva Dias da
Título Desigualdade social no Brasil: a questão habitacional em São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/0000024D.pdf
Orientação Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo sobre a política pública habitacional em São José dos Campos - SP - Brasil, abordando a questão da habitação como um grupo de práticas sociais que incluem outros elementos como saúde, educação, cultura e lazer num cenário de desigualdade social. Aqui foram abordadas questões intrínsecas ao planejamento e à administração urbana, bem como a participação dos cidadãos no processo de desenvolvimento urbano. O objetivo desta pesquisa foi analisar as políticas habitacionais implementadas no município de São José dos Campos, se estas beneficiaram uma parcela significativa da população melhorando a qualidade de vida no município e se houve a continuidade dos projetos por parte dos governos. Este estudo justifica-se pelo fato de que todo cidadão tem o direito à moradia e condições básicas de existência. Na metodologia utilizada, como fontes de consultas primárias para este trabalho realizou-se um estudo sobre diversas obras, cujos autores abordaram as questões da desigualdade social, do espaço urbano, do planejamento participativo, da subcondição de moradia e do padrão de vida dos trabalhadores na sociedade urbana industrial européia e no Brasil. Como fontes de consultas secundárias, dados empíricos foram utilizados. Como fontes construídas pela autora desta dissertação, foram realizadas entrevistas com membros do governo municipal e da população de São José dos Campos. O resultado verificado nesta pesquisa demonstrou que as desigualdades sócio-espaciais vêm aumentando ao longo dos anos em São José dos Campos, devido à falta de uma política habitacional contínua e eficaz, direcionada às reais necessidades da população. A inexistência de uma política habitacional eficaz é decorrente do perfil da economia industrial do município e da lógica das políticas públicas sociais, uma vez que com a movimentação/remoção da população mais carente para áreas distantes da cidade e com a falta de participação efetiva da população no planejamento urbano, estabelece-se uma segregação, resultando numa desigualdade crescente na questão habitacional durante as últimas décadas. Um equilíbrio adequado entre a opção política dos governos e as necessidades da população, bem como a integração e a interação entre os diversos segmentos da sociedade são fatores essenciais para o sucesso das políticas públicas. A participação dos cidadãos é um dos principais elementos para a eficácia do processo de administração e implementação de programas sociais.
Autor(a): Carvalho, Edmundo Carlos de Andrade
Título O impacto econômico na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, na região do estado de São Paulo sustentabilidade ou crise
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000249.pdf
Orientação Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira / Prof. Dr. Emmanuel Antônio dos Santos
DISSERTAÇÕES 2007
Autor(a) Oliveira, Luiz Carlos de
Título Sistema de transporte como vetor estrutural da organização urbano regional - O caso de São José dos Campos
Orientação Manuel da Silva Lemes
Resumo
Uma cronologia foi monta tomando-se por base os planos da economia nacional que constituem marcos do planejamento promovido ou implantado pelo governo federal com objetivo em desenvolvimento de certas regiões, evidenciando a linearidade empírica dos fatos ligados à condução do processo da regionalização dos governos, e a implantação do setor viário perante a integração da produção nacional. O reconhecimento desse processo que busca estimular e orientar o crescimento de certas regiões, atingindo indiretamente a todas leva ao reconhecimento dos subsídios (financeiros, políticos, administrativos) empregados de forma seletiva, haja vista o processo de regionalização paulista, e ordenamento do transporte na estruturação física da região metropolitana, assim como seu rebatimento na região administrativa de São José dos Campos. Como síntese deste processo histórico e analise final e suas implicações, a pesquisa procurou identificar tendências para o desenvolvimento da região administrativa de São José dos Campos Entre algumas conclusões em âmbito nacional é possível destacar que os planos de "desenvolvimento" dos últimos anos e os investimentos realizados pelos governos e pela iniciativa privada no sistema de transporte reforçam a integração do território brasileiro aos mercados internacionais, criando redes extravertidas e promovendo a fluidez territorial para apenas algumas regiões, empresas e atividades econômicas.
Autor(a) Santos, Celenrozi Zaroni dos
Título Alterações sócio-ambientais na bacia hidrográfica do lajeado no Município de Paraibuna
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000239.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Resumo
Com o desenvolvimento desse trabalho procurou-se identificar e compreender as alterações no uso da terra e os impactos ambientais e sociais de tais mudanças na Bacia Hidrográfica do Lajeado, no Município de Paraibuna - SP. Através da análise dos mapeamentos realizada por meio de fotointerpretação dos anos disponíveis, de 1962, 1973 e 2003 e entrevista junto aos moradores foi possível levantar as mudanças ocorridas na área que apresentava característica rural e que agora passa por um processo de ocupação das terras em sua maioria na forma de sítios e chácaras de lazer. Através da pesquisa sócioeconômica pode ser aferida junto aos moradores mais antigos a percepção das mudanças nos últimos 40 anos qual a situação de infra-estrutura oferecida pela Prefeitura Municipal de Paraibuna. Foi observado nos mapeamentos o aumento da área utilizada por reflorestamento de eucalipto, áreas urbanizadas e um processo de regeneração da vegetação natural comparando os dados de 1962 a 2003. As áreas dos bairros do Espírito Santo e Varjão foram consideradas como de expansão urbana o que acelera o processo de urbanização dos bairros citados, somente o bairro do Lajeado ainda preserva a característica mais rural com fazendas e chácaras maiores, porém é o bairro que mais possui área com reflorestamento, segundo os moradores a diminuição da quantidade de água é um problema enfrentado por eles. Os dados levantados neste estudo trazem subsídios para a administração municipal gerir sobre os problemas ambientais e sociais da área. A integração das informações é importante para monitorar a saúde ambiental da bacia hidrográfica e também melhorar a vida de seus habitantes.
Autor(a) Silva, Daniela Corrêa da
Título O papel da regularização fundiária no Brasil: análise de um projeto de implementação de regularização na Vila Albertina em Campos do Jordão
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000256.pdf
Orientação Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Resumo
A ilegalidade urbana deixou de ser uma exceção nas cidades para se tornar regra na política de desenvolvimento urbano. As causas dessa inversão são históricas e estruturais, passando pela política fundiária adotada no país, pela legislação elitista e excludente, pela política habitacional ineficaz, etc. Como consequência, assiste-se a produção ilegal de assentamentos como alternativa habitacional à maioria da população, assentamentos estes carentes de equipamentos públicos básicos como água, luz, esgoto, escolas, etc. O tratamento dado pelo poder público a tais assentamentos tem variado ao longo do tempo. Recentemente, a regularização fundiária tem sido utilizada como estratégia da política habitacional e urbana brasileira. Assim, a partir de uma breve reflexão a respeito das causas da ilegalidade urbana no Brasil, o presente trabalho traz uma análise sobre a regularização fundiária. Partindo-se do reconhecimento internacional e nacional conferido ao direito à moradia e às cidades sustentáveis, a regularização fundiária passa a ser encarada como uma forma de integração sócioespacial, na medida em que permite o acesso à terra urbana oficial. Os benefícios alcançados e os obstáculos encontrados nos processos de regularização encontram-se aqui descritos, assim como os fundamentos legais que embasam tais processos. O município de Campos do Jordão foi utilizado como objeto de pesquisa a respeito da regularização fundiária. Para tanto, deu-se destaque ao bairro Vila Albertina, área com grandes problemas sócio-espaciais, a qual foi escolhida como projeto piloto no convênio firmado entre a Prefeitura e a Fundação ITESP com vistas à regularização. Além de mostrar os procedimentos e encaminhamentos dados para tal fim, o trabalho também apresenta as providências tomadas pela Prefeitura no tocante aos assentamentos irregulares.
Autor(a) Santos, Rodolfo Benedito dos
Título Formação histórica e transformações socio-culturais no distrito de São Francisco Xavier
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/000002D0.pdf
Orientadora Profª. Dra. Maria Aparecida Papali / Profª. Dra. Maria Tereza de Paula
Resumo
Este trabalho estuda a evolução histórica e as conseqüências atuais no Distrito de São Francisco Xavier com a implementação da indústria turística que acaba por interagir na produção social do espaço urbano e rural. No desenvolvimento das pesquisas deste trabalho, além dos dados históricos, geográficos e sociais do Distrito, estudaram-se os aspectos que caracterizam a produção social do espaço e o turismo como consequência de vários anos de isolamento do local. Além disso, questionam-se as transformações sócio-culturais que pequenas localidades acabam sofrendo com as mudanças culturais e de trabalho, como é o caso do turismo. Nesse sentido a noção de planejamento estratégico nortearam esse estudo, no qual São José dos Campos vê São Francisco Xavier como sendo o "paraíso" da cidade, vendendo assim, sua beleza e sossego. Como resultado, constatou-se que fatores como precariedade das acessibilidades e descaso dos órgãos públicos durante quase todo século XX, preservaram o Distrito na sua essência como sendo, atualmente, algo diferenciado e propício ao desenvolvimento do turismo enquanto fenômenos social e espacial atrelados ao capitalismo. Nesse sentido, questiona-se não somente o passado e o presente, mas principalmente o futuro pelas ações do hoje.
Autor(a) Santos, Gercina Maria dos
Título A Ocupação do Espaço e a Questão sócio ambiental na bacia hidrográfica do córregodo Freitas - São José dos Campos – SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000244.pdf
Orientação Prof. Dr. Mario Valério Filho / Prof. Dr. Eduardo Jorge de Brito Bastos
Autor(a) Soares, Luiz Laerte
Título Transformações urbanas em São José dos Campos no período do estado
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000201.pdf
Orientação Prof. Dr. Emmanuel Antonio dos Santos
Resumo
Desde o início do Século XX, a cidade de São José dos Campos vinha sendo procurada por tuberculosos, que, em busca do clima alardeado como tonificador para os doentes do peito, encontravam uma cidade desestruturada para abriga-los. Doentes e sadios conviviam numa cidade de traços urbanos herdados do antigo regime político, caracterizados por ruas estreitas, sinuosas e sem calçamento. Esse cenário urbano desolador, símbolo do atraso econômico e social, foi redesenhado a partir do golpe do Estado Novo. A transformação urbana na área central da cidade de São José dos Campos foi, durante o Estado Novo, um processo autoritário de intervenção física comandada pelos agentes varguistas, os Prefeitos Sanitários. Com essa intervenção urbana, a área central da cidade teve suas vias retificadas, alargadas e calçadas, além das novas aberturas de vias, custando a demolição de muitos imóveis. No final da década de 1940, as obras empreendidas pelos Prefeitos Sanitários haviam transformado a pequena e insalubre cidadelha dos tuberculosos numa cidade de traços modernos. O regime varguista, de características autocráticas, imprimiu, nas principais cidades do Brasil, suas imagens simbolizando o poder e a supremacia de seu líder, seus agentes intervencionistas repetiam em suas esferas o autoritarismo do governo central, com isso a transformação e a modernização dos espaços urbanos serviam aos interesses do ditador e do capital.
Dissertações Defendidas
DISSERTAÇÕES 2006
Autor(a) Guimarães, Mônica Souza
Título Análise do crescimento urbano de Ilhabela: seus reflexos e as perspectivas de planejamento para o município
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/000001D7.pdf
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Resumo
O objetivo desta dissertação de mestrado é analisar a trajetória do crescimento urbano do município de Ilhabela a partir da década de 1960 até os dias atuais, interpretar os reflexos deste crescimento e apresentar os principais instrumentos de planejamento existentes para o município. Ilhabela, embora seja um município insular, inserem-se na dinâmica econômica-regional vivida pelos demais municípios do Litoral Norte. As atividades econômicas e a dinâmica do capital nacional e internacional têm influenciado direta e indiretamente na produção do espaço. Ilhabela tem se destacado nas últimas décadas pelo seu expressivo crescimento urbano e populacional. Até a década de 1960, o município ainda apresentava características rurais, resquícios das atividades lá desenvolvidas: cultivo de subsistência, cana-de-açúcar, e café. A partir principalmente da década de 1970, o município começa a urbanizar-se e expandir as áreas de ocupação outrora vigentes somente ao longo de sua via principal a rodovia SP-131. Este crescimento está diretamente relacionado ao desenvolvimento do turismo que é a mola propulsora do desenvolvimento econômico da região. A atividade turística trouxe consigo necessidades específicas e criou espaços tipicamente urbanos. As políticas públicas relativas ao desenvolvimento econômico regional, tais como, construção de rodovias, facilitou o acesso a esta região. A partir desta facilidade, a atração cada vez maior de visitantes fez com que o município passasse a ser mais efetivamente ocupado. A população residente em Ilhabela também apresentou um crescimento expressivo. Entre 1960 e 1970 a população cresceu 16,23%, 32,2% entre 1970 e 1980, 73,53% entre 1980 e 1991, 54,37% entre 1991 e 2000 e 22,02% entre 2000 e 2005. Todo este crescimento acaba preocupando, pois muitos conflitos entre as formas de ocupação e à dinâmica ambiental surgem e podem transformar-se em degradação. Há porém, diversas possibilidades ou vertentes de planejamento que se devidamente implementadas poderiam minimizar tais problemas. Algumas políticas de regulamentação urbana, tais como a lei de zoneamento e o plano diretor são instrumentos importantes e deveriam contribuir efetivamente para uma melhor utilização do espaço.
Autor(a) Riechelmann, Cláudio Collado
Título Rurbanização, desenvolvimento e vida: o caso do assentamento Nova Esperança I, do MST, em macrozona de expansão urbana de São José dos Campos perspectivas para o planejamento urbano e regional
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000185.pdf
Orientação Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira
Autor(a) Freitas, Hamilton do Nascimento
Título Organização social do espaço urbano e a acessibilidade para as pessoas com deficiência física e motora no Município de São José dos Campos: um estudo para o Planejamento Urbano
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000188.pdf
Orientação Prof. Dra Friedhilde M.K. Manolescu
Resumo
Planejar o futuro, recuperar a história torna-se algo muito distante e quase impossível para a população de classes sociais menos favorecidas, pessoas que são as primeiras a sentir o impacto de uma infra-estrutura insuficiente de saneamento básico, de uma política pública e um planejamento urbano desfocado e distante das classes espoliadas, carentes e excluídas socialmente no município. O Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, no Brasil um universo de 24,5 milhões de pessoas ou 14,5% da população brasileira, apresentam algum tipo de deficiência, sendo que 3,3 milhões possuem deficiência física, entre elas, os cadeirantes e os com grande dificuldade de se locomover. Para este segmento social, o Censo 2000 do IBGE apontou, para o município de São José dos Campos no Estado de São Paulo, o número de 8175 pessoas. A maioria, conforme pesquisa realizada em campo, pertence aos moradores das regiões menos favorecidas do município, que clamam pelo seu direito à cidade. Nesta direção procurou-se dar ênfase à acessibilidade para este segmento social, como uma oportunidade que o indivíduo com deficiência física tem, de participar e alcançar facilmente um determinado destino ou atividade e poder usufruí-los, ou seja, as condições e as possibilidades de alcance para utilização dos equipamentos públicos com segurança e autonomia. Este trabalho procura mostrar que a formulação de políticas públicas e a fixação de prioridades, orientadas à inclusão dos grupos sociais, entre elas as pessoas com deficiência física e cadeirantes, para as quais é requerido o conhecimento da sua realidade, a condição sócio-econômica e a situação no mercado de trabalho. Estas informações, importantes para o planejamento urbano, foram levantadas e desenvolvidas nesta pesquisa como fonte de estudo para se pensar numa melhor organização social do espaço urbano, auxílio para a tomada de decisão do governo municipal e, assim, o surgimento de uma cidade mais igualitária e com justiça social para toda a população.
Autor(a) Pivott, Cleide
Título O turismo e a produção social do espaço urbano: Estudos sobre Campos do Jordão, SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000196.pdf
Orientador Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira
Autor(a) Siqueira, Luciane de Menezes
Título Um setor urbano em transformação: A Região Oeste de São José dos Campos-SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000227.pdf
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
Resumo
Esta Dissertação apresenta um estudo sobre a centralidade em São José dos Campos. É um estudo que aborda a formação do centro da cidade, suas características e expansão durante o século passado e início do século atual. Neste estudo verificou-se que até os anos 1960 o centro caracterizava-se como o local onde concentravam-se comércio, serviços e instituições públicas, sendo um local democrático, no sentido de que todos pudessem congregá-lo ao mesmo tempo. O crescimento populacional, observado a partir de 1950, quando a cidade começa a desenvolver atividades industriais, passava a exigir um aumento das demandas de comércio e serviços e a partir de uma determinação da legislação municipal é proposto uma expansão da centralidade que se concretizou no setor sudoeste ao centro, onde se localizavam bairros direcionados às camadas de renda média a alta e que mantinham proximidade aos bairros destinados predominantemente às camadas de alta renda. A expansão da centralidade neste setor acabou direcionando-a a atender demandas das camadas de renda elevada, formando um comércio e serviços diferenciados daqueles encontrados no centro (tradicional) da cidade. Nos anos 1990 a cidade começa a sofrer os reflexos da crise mundial dos anos 1970 e 1980, e o desemprego no setor industrial acentua-se. Para tentar reverter este quadro o Poder Público municipal incentiva, entre outros, a implantação de micro e pequenas empresas, incentiva a criação de centros empresariais e torna zona mista a maioria dos bairros da cidade, além de tornar zona mista algumas vias públicas. Neste contexto começa a ser observado o desenvolvimento de atividades não compatíveis com o uso residencial entremeadas aos bairros direcionados à população de mais alta renda que localizam-se na Região Oeste da cidade. No bairro Jardim Aquárius forma-se um cento empresarial com a implantação de vários edifícios de salas comerciais em suas principais avenidas e são instalados alguns edifícios do Poder Judiciário, que localizavam-se no centro. A introdução destes novos usos na Região Oeste indica que estaria ocorrendo uma nova expansão da centralidade na cidade.
Autor(a) Nogueira, Dayana Melo
Título Urbanização Dispersa, Mercado de Trabalho e Dinâmica Industrial do Complexo Aeroespacial de São José dos Campos - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000186.pdf
Orientação Profa. Dra. Gomes, Cilene / Prof. Dr. Nestor Goulart Reis Filho
Resumo
O presente estudo buscou desenvolver uma análise do complexo aeroespacial de São José dos Campos (SP) que possibilitasse alguma inferência acerca da possível contribuição à discussão do fenômeno da urbanização dispersa, quanto à sua localização e sua força atrativa no sentido de criar uma regionalização do mercado de trabalho. Em vista deste objetivo, a análise proposta fundamentou-se basicamente em duas características peculiares a este segmento da indústria: a pequena interação de seus estabelecimentos com o contexto urbano próximo, que é decorrente de uma suposta e relativa dispersão espacial de sua cadeia produtiva, e o fato de ser um setor que demanda profissionais de alta e média qualificação, contribuindo na recomposição da classe média local e regional. Para tanto foi desenvolvido um estudo sobre o processo de dispersão industrial e seu rebatimento no espaço, ao desencadear modificações na hierarquia urbana regional, o que implica em uma maior importância do município enquanto pólo industrial do interior do estado. A partir disso, fez-se uma análise do município no sentido de se reconstituir os processos e condicionantes históricos que conduziram a sua evolução industrial e urbana à situação atual. Por fim o setor aeroespacial foi analisado em suas características e especificidades, em razão das quais se observou suas relações espaciais tanto no contexto da dinâmica urbana de São José dos Campos como no quadro da dinâmica regional do Vale do Paraíba. O que conduz a duas inferências: de um lado, o setor promove a dispersão no sentido de sua posição relativa no contexto da deslocalização industrial a partir da metrópole paulista e no sentido de sua ação relativa ao mercado de trabalho ou à recomposição da classe média na esfera de influência regional no Vale do Paraíba Paulista; e, de outro lado, sua instalação acarreta uma concentração no nível intra-urbano, pois busca se beneficiar das economias de aglomeração (que constitui uma necessidade característica do setor de alta tecnologia), ao mesmo tempo em que, neste mesmo nível, gera uma relativa dispersão em função de sua localização em áreas descontínuas ao tecido urbano, também associada à localização das novas áreas residenciais, que são, em parte, habitadas por seus profissionais qualificados.
Autor(a) Brito Bastos, Rodrigo Alves de
Título Áreas de fragilidade ambiental : uma abordagem metodológica para áreas de expansão urbana com risco potencial à erosão. Estudo de caso: bairro Urbanova - São José dos Campos/SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/0000015E.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Resumo
Esse trabalho estabelece uma metodologia que identifica as áreas de fragilidade ambiental, no tocante a ocorrência de processos de erosão, dentro do perímetro urbano do município de São José dos Campos-SP, de forma a fornecer subsídios concretos ao poder público municipal na aprovação de empreendimentos imobiliários. A metodologia foi elaborada e aplicada tomando-se como base o bairro Urbanova, para o qual haviam sido aprovados cerca de 12 loteamentos residenciais de alto-padrão e que a priori era considerado de interesse ambiental e também a partir de uma base de dados totalmente acessível à comunidade e principalmente ao Poder Público. A metodologia foi viabilizada através do uso das Geotecnologias mostrando-se bastante satisfatória ao constatar-se que 85% da área é considerada de média/alta fragilidade ambiental e que obviamente necessitam, em parte, ser preservadas e conservadas e em outras de medidas conservacionistas complexas para a implantação de qualquer empreendimento, sobretudo loteamentos residenciais que exigem para a sua implantação, grande movimentação e exposição de materiais inconsolidados, facilitando o surgimento ou agravamento de processos de erosão.
Autor(a) Moura, Eliseu Ribeiro de
Título Sistema de circulação e de transporte e o espaço urbano na Cidade de São José dos Campos: um estudo multitemporal
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000195.pdf
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa
DISSERTAÇÕES 2005
Autor(a) Barbosa, Vinicius Barros
Título Modelagem interativa do espaço social: novas perspectivas para o planejamento
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000148.pdf
Orientação José Oswaldo Soares de Oliveira
Resumo
A maquete (modelo) compreendida como instrumento de representação tridimensional é amplamente utilizada por arquitetos e urbanistas tanto no desenvolvimento das idéias, como na elaboração de propostas finais; bem como vem sendo utilizada para retratar conjuntos arquitetônicos de diferentes períodos históricos e ainda, para expressar conjuntos contemporâneos. Atualmente, observa-se um esforço, cada vez maior, em expressar a urbanização a partir da construção de modelos, permitindo assim maior interação entre os técnicos (especialistas), e a sociedade, de forma que seja possível expressar o processo de produção do espaço social, permitindo principalmente que a sociedade venha compreender este processo a partir do lugar no qual se vive em sue contexto urbano. Nosso desafio vem se estabelecendo a partir da construção e dos estudos de modelos interativos e educativos, visando representar as múltiplas configurações do ambiente construído, articulando-as num mesmo modelo e assim, desencadeando exposições sucessivas de distintas etapas de tempos históricos. Observa-se assim construir e estudar as maquetes como instrumentos didático-pedagógicos, contribuindo para avançarmos na arte da representação, indo além da maquete arquitetônica urbano de determinado contexto temporal e espacial. Assim, poder-se-ia contribuir para superar a dificuldade de se ver a cidade em sua forma fragmentada, bem como o hiato existente entre a planificação e a expectativas e demandas sociais. O maior desafio, ainda consiste em desenvolvermos modelos, os quais contribuam para múltiplas representações espaciais no plano sócio-cultural. Isto requer em avançarmos na construção de modelos nos quais os diversos segmentos sociais possam expor suas necessidades e anseios na preservação e construção das cidades. Neste sentido, apresentamos estudos abordando a construção de modelos dos espaços sociais, oriundos de trabalhos já iniciados, desde 1999, a partir de experiências concretas no município de São José dos Campos, São Paulo, abordando aspectos teóricos substanciais à ciência, à cultura, à linguagem, pressupondo o modelo como instrumento de mediação sócio cultural. Visa-se assim contribuir para uma nova cultura de planejamento através da modelagem do espaço social.
Autor(a) Medeiros, Jussara Starling de
Título Desenvolvimento urbano e meio ambiente no distrito de São Francisco Xavier : $b subsídios ao ordenamento territorial
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/000000ED.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho / Dr. Edison Crepani
Resumo
O distrito de São Francisco Xavier atualmente em plena expansão, deverá ter seu crescimento direcionado de forma a evitar uma conseqüente degradação ambiental. Utilizando técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, pode-se espacializar as Leis Ambientais vigentes, identificando-se as Áreas de Preservação Permanente das drenagens, nascentes, topo de morros, cota 1.800m de altitude e declividades superiores a 30 o de todo o distrito, apontando as incompatibilidades legais hoje existentes. Para tanto foi estruturado um Banco de Dados Geográfico, reunindo imagens de satélites e bases cartográficas e informações temáticas sobre o distrito. Estes dados recuperados, analisados e integrados, embora necessitando de estudos de maior escala para que os temas mapeados possuam mais exatidão, serão usados na montagem de diagnósticos que auxiliarão o poder público no ordenamento do território e nas alterações no uso e ocupação do solo sempre prevalecendo o interesse da comunidade sem prejuízo da preservação ambiental. Os resultados permitiram apontar e quantificar áreas com restrições legais bem como áreas aptas ao processo de uso e ocupação do solo.
Autor(a) Gonçalves, Bernadete de Fátima
Título O Aeroporto de São José dos Campos no contexto do desenvolvimento urbano regional do Vale do Paraíba: uma análise crítica
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000145.pdf
Orientação Gomes, Cilene
Resumo
Este trabalho analisa a instalação proposta para um aeroporto e a conseqüência dele advinda tanto para o urbano como para o regional. Para tanto fomos em busca de um entendimento teórico sobre o desenvolvimento urbano regional, que se dá em função da organização de uma rede de cidades, e que têm nos fenômenos da mobilidade e da produção uns de seus elementos constitutivos fundamentais. Para a compreensão desses fenômenos toma-se como objeto de estudo o Aeroporto de São José dos Campos, onde a INFRAERO tem uma proposta de redimensionamento dos seus aparatos aeroportuários, para instalação de zonas de processamento de bens industriais para a exportação. Um aeroporto industrial, equipamento de grande porte, onde a atividade principal estará relacionada com a produção e o transporte de carga e passageiros agregada a alta tecnologia e reunirá condições de promover impactos das mais diversas ordens tanto no seu entorno imediato como na região.
Autor(a) Paiva, Cristiane de Lima
Título Análise multitemporal da distribuição espacial dos edifícios de escritórios na perspectiva do Planejamento Urbano em São José dos Campos-SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000154.pdf
Orientação Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca Costa
Resumo
Neste contexto de acumulação flexível, em que as inovações tecnológicas impõem mudança tanto nas edificações quanto no espaço intra-urbano, a atuação dos agentes produtores do espaço urbano mostra-se visível na formação de novas centralidades em que o planejamento urbano é empregado como estratégia para criar a imagem de uma nova cidade. São José dos Campos tem se tornado o principal centro regional de compras e de serviços no Vale do Paraíba. Esta realidade, aliada à expansão do setor terciário, vem causando o crescimento da demanda por edifícios de escritórios, fazendo surgir novos centros. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi estudar o processo de expansão do mercado imobiliário dos edifícios de escritórios na produção do espaço intra-urbano, quanto à estratégia de localização dos mesmos e sua relação com o centro da cidade. Utilizando-se de dados, como as pesquisas sobre a avaliação da atividade comercial, a verticalização e o deslocamento da elite na cidade, além do questionário aplicado aos usuários dos escritórios, foi possível observar que tais edifícios acompanham o deslocamento da elite, atuando na valorização imobiliária e na formação de um novo centro. Considerando estes aspectos, conclui-se que a elite utiliza-se desta estratégia para, ideologicamente, continuar se beneficiando dos investimentos públicos e ao mesmo tempo, aliar-se ao Poder Público, para criar a imagem de uma cidade que denota sua vocação tecnológica.
Autor(a) Fantin, Marcel
Título Contribuição para a formulação de políticas públicas de desenvolvimento sustentável e gestão do meio ambiente em Áreas de Proteção Ambiental : $b um estudo de caso da várzea do rio Paraíba do Sul no Município de São José dos Campos-SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/0000013A.pdf
Orientação Prof. Dra. Zoraide Amarante Itapura de Miranda / Prof. Dr. Ademir Fernando Morelli
Resumo
Cidade de São José dos Campos nasceu e cresceu em um tabuleiro suspenso de fronte a um ampliado setor de várzeas da planície do Rio Paraíba do Sul. Porém, o rápido e desenfreado processo de industrialização-urbanização do município fez surgir enormes problemas referentes a uso e ocupação da Área de Proteção Ambiental de sua várzea. Segundo Ab'Sáber (1995), por oposição à forte vocação do tabuleiro para efeitos de urbanização, a Várzea do Rio Paraíba do Sul não tem aptidão para a produção de espaços urbanos ou de certos tipos de usos, incompatíveis com seu meio físico. Entretanto, na medida em que a cidade cresceu, todos os espaços foram transformados e vistos como simples mercadoria pela especulação imobiliária, que tornou-se agressiva, aumentando a disputa entre os diversos agentes sociais por uma parcela da terra urbana, atraindo um assédio sistemático pelas terras de várzea contíguas às áreas urbanizadas. Para Santos (1994), a cidade, local de tantas necessidades emergentes que não geram respostas imediatas, está fadada a ser tanto o teatro de conflitos crescentes como o lugar geográfico e político da possibilidade de soluções. Estas, para se tornarem efetivas, supõem atenção a uma problemática mais ampla, pois o fato urbano é apenas um aspecto. Daí a necessidade de circunscrever o fenômeno, identificar sua especificidade, mensurar sua problemática, mas, sobretudo, buscar uma interpretação abrangente. Dessa forma, objetiva-se com o presente estudo caracterizar e analisar os conflitos sócio-ambientais existentes na Várzea do Rio Paraíba do Sul relacionados às atividades de mineração e ao processo de urbanização do Município de São José dos Campos, avaliando a eficácia das Áreas de Proteção Ambiental como Unidade de Conservação. Para tal, procura-se espacializar o uso e a ocupação do solo para os anos de 1977, 1988 e 2000, buscando avaliar este processo e sua respectiva criticidade em relação à legislação vigente. Com isto, procura-se subsidiar caminhos para políticas públicas de gestão ambiental que superem o dilema entre desenvolvimento ou conservação da qualidade ambiental, garantindo um pacto capaz de justificar empenho e atuação dos atores sociais numa estratégia que torne possível estabelecer essa conciliação.
Autor(a) Penido, Andrea Sundfeld
Título O processo de urbanização da Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão Vermelho: São José dos Campos, SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/000000EF.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Resumo
O presente trabalho apresenta uma análise do processo de urbanização da sub -bacia hidrográfica do Ribeirão Vermelho, no município de São José dos Campos - SP, através dos mecanismos de planejamento e gestão desse processo, no período de 1962 a 2004. O procedimento de investigação consistiu em: 1) elaborar a base cartográfica digital; 2) interpretar fotografias aéreas para gerar os mapas de uso e cobertura vegetal natural das terras; 3) realizar o levantamento da legislação incidente sobre a área de estudo, visando comparar o uso e ocupação das terras ao processo de urbanização, no período preestabelecido; 4) gerar o mapa de enquadramento da área à legislação de proteção dos recursos hídricos; e 5) realizar pesquisas de campo para atualizar as informações e aprofundar a compreensão dos problemas verificados no decorrer da pesquisa. A multitemporalidade desse estudo revelou que a produção do espaço urbano esteve sujeita a diversos fatores endógenos e exógenos, responsáveis pela alteração dos planos iniciais da urbanização da área de estudo; demonstrou também a inobservância de alguns aspectos da legislação frente ao uso e ocupação de suas terras. Através deste estudo verificou-se que para se atingir o ideal das "Cidades Sustentáveis" os gestores urbanos e a sociedade deverão refletir sobre o desejo de mudanças do atual modelo para outro em que predomine o equilíbrio ambiental e a justiça social.
Autor(a) Carvalho, José Luiz de
Título Proposta de ordenamento territorial rural da Microbacia do Ribeirão Fartura, Município de Paraibuna - SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/00000159.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Resumo
A avaliação dos elementos do meio físico e os recursos naturais da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Fartura são os objetivos desta dissertação. Foi realizado o levantamento das potencialidades e características da bacia, buscando pelos fatores que são referência para o planejamento do uso das terras visando a redução das distorções encontradas. Os problemas encontrados na área de estudo estão vinculados com sua origem histórica, sendo investigado buscando encontrar razões e as implicações para o meio ambiente. Desse estudo foram obtidas algumas conclusões, visando auxiliar na redução ou mesmo na solução dos problemas encontrados e também servir de orientação para se evitar que esses problemas ocorram em outras áreas com características semelhantes. Concluímos que a avaliação dos processos de ocupação humana são muito importantes para se estimar a degradação dos solos e avaliar o impacto nos recursos hídricos considerando o sistema solo/planta/atmosfera.
Autor(a) Limiro, Lucia de Almeida Terra
Título Modos de vida da cidade pequena na cidade grande, análise das práticas do planejamento urbano municipal de São José dos Campos: um estudo de caso no Bosque dos Eucaliptos
https://biblioteca.univap.br/dados/000001/0000017B.pdf
Orientação Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira
Resumo
A presença do modo de viver da cidade pequena na cidade grande se expressa como um espectro no sentido de manifestar-se como a imagem decomposta de uma luz, uma sombra a dar vitalidade ao tecido urbano, visível por meio da vivência e da observação paciente. Partindo da observação da presença dos modos de vida da cidade pequena na cidade grande, construiu-se um objeto de pesquisa através do amparo de pesquisas envolvendo teorias da urbanização, da estrutura da vida cotidiana e do espaço humano. As pesquisas em campo envolveram o exercício da etnografia. O que se buscou foi identificar e revelar, num pedaço da mancha urbana de São José dos Campos a presença de valores da cidade pequena expressos na forma de arranjos construídos em bairros por consenso coletivo. São José dos Campos é uma cidade que se caracteriza, nos últimos 50 anos por significativos fluxos migratórios de ordem ascendente. Tem-se como hipótese que valores presentes nas histórias culturais das cidades pequenas se expressam no espaço urbano e a forma como os citadinos organizam seu espaço de vivência tem uma relação direta com a construção da urbanidade em seu ambiente. Investigar a presença de valores e arranjos das cidades pequenas nas cidades grandes pode contribuir para o enriquecimento do debate em torno do tema urbanidade. A prática do planejamento urbano do município não considera estes valores e arranjos nas suas tomadas de decisão, que muitas vezes acabam se dando à revelia, desmanchando as possibilidades de construção da urbanidade. Conclui-se que não há de nexos entre as práticas da administração pública e as práticas da população codificadas por consenso coletivo e expressas no espaço social. Há divergência entre a lógica pela qual citadino e administração pública se orientam. Enquanto administração pública orienta politicamente por um sistema ideológico, expresso em parte na figura do plano diretor, o citadino orienta-se por padrões religiosos, pela tradição ou pela moral, elementos que fazem parte de suas histórias culturais.
Dissertações Defendidas
DISSERTAÇÕES 2003
Autor(a) Borges, Luciana Suckow
Título Mapa da pobreza urbana de São José dos Campos SP
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/00000067.pdf
Orientação Prof. Dra. Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
O objetivo desta pesquisa é mapear as áreas de maior pobreza intra-urbana de são José dos Campos/SP usando os dados mais recentes, visando subsidiar políticas de planejamento urbano e de desenvolvimento social. Para isto, foram utilizadas informações do censo demográfico de 2000 do IBGE por setores censitários, a menor unidade de informação existente, agregados em indicadores sociais. A metodologia utilizada na criação dos indicadores sociais buscou considerar aspectos relevantes da manifestação histórica da pobreza urbana. Ao todo, foram utilizados doze indicadores sociais para avaliar a pobreza nos aspectos da condição do domicílio, da condição de saneamento, da condição social do responsável pelo domicílio e da educação dos residentes. A avaliação dos doze indicadores sociais compôs o Mapa da Pobreza Urbana de São José dos campos/ SP- 2000. Os resultados foram apresentados na forma de tabelas e mapas, contribuindo para a compreensão do padrão da segregação sócio-espacial de são José dos Campos ao apontar as áreas de maior pobreza da cidade, os aspectos em que os moradores destas áreas são mais carentes e o seu perfil etário. Pôde-se perceber que existiam muitos setores pobres por todas as cidades, constituídos principalmente por jovens e que as condições de pobreza extrema se concentram em áreas de loteamentos clandestinos.
Autor(a) Paiva, Walter Brant Zaroni
Título O lote mínimo e a moradia popular, na região sul de São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/0000006F.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Resumo
Este trabalho tem por finalidade realizar um estudo da adequação das leis de uso e ocupação do solo urbano no que diz respeito ao lote mínimo e sua relação com a edificação e o loteamento, frente às características do meio físico dos terrenos. Nota-se a necessidade de compreender suas falhas que contribuem de forma expressiva na deterioração das condições ambientais, da qualidade de vida e cidadania em vários locais das cidades, principalmente em locais com habitantes de baixa renda. Esta análise foi feita através do confronto analítico do material teórico (leis, plantas dos loteamentos, projetos de edificações entre outros) e da situação real dos locais, na forma de imagens obtidas em visitas de campo. Embora a relação entre dimensões do lote e meio físico seja uma questão de grande importância, não existem muitos dados sobre este assunto e nem preocupação por parte do poder público, já que o mesmo quando se envolve com a questão da habitação popular, muitas vezes se dedica somente em promover meios para que a população adquira o lote, e não se preocupa com o tipo de edificação a ser nele construída. Não existem estudos sobre o desempenho de Unidades Habitacionais (U.H.) mínimas, nem de bairros com lotes mínimos. Não há um quadro comparativo entre uma situação ideal e a real onde, aí sim, seria possível detectar falhas e propor as correções necessárias. O presente trabalho limita-se a analisar a relação entre o loteamento, o lote, o meio físico e a edificação e tem como resultado principal, a exposição da distância entre o ideal teórico das leis e a realidade executada. Seria necessário que posteriormente fossem realizadas análises interdisciplinares detalhadas nos campos econômicos, cultural e político-institucional para a melhor compreensão do tema.
Autor(a) Garcia, Ronaldo
Título Subsídios para a elaboração do plano diretor de macrodrenagem de São José dos Campos - SP: análise do adensamento urbano na bacia do Ribeirão Vidoca com enfoque da lei de zoneamento-165/97
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/00000092.pdf
Orientação Prof. Dr. Mário Valério Filho
Resumo
O acentuado crescimento urbano das metrópoles brasileiras nas últimas décadas tem concorrido diretamente para o aumento substancial das áreas impermeabilizadas, causando erosão nas margens, obstrução no leito dos cursos d'água e áreas ribeirinhas e enchentes, concorrendo assim para prejuízos de ordem social, econômica e ambiental, como consequência de um sistema sobrecarregado. A contribuição das geotecnologias através dos sistemas de informações geográficas para a criação e a atualização de bancos de dados georeferenciados é de fundamental importância para estudos, diagnósticos e monitoramento dos perímetros urbanizados das bacias hidrográficas. Neste sentido, este trabalho apresenta uma abordagem metodológica para análise do adensamento urbano na bacia do Ribeirão Vidoca em São José dos Campos, sob o enfoque da Lei do Zoneamento – 165/97. Os resultados dessa análise foram espacializados na bacia e contribuíram para reafirmar as consequências de uma ocupação urbana descontrolada. Os níveis de aumento da vazão na bacia, para a ocupação atual (1997), foram ampliados em cerca de 16 vezes em relação à vazão de pré-urbanização, e projeta-se um acréscimo da vazão natural para mais de 27 vezes quando da ocupação total da bacia. A falta de um planejamento da drenagem urbana tem concorrido para o agravamento da situação. A proposta de um plano diretor de drenagem urbana, associado a uma legislação de zoneamento e a educação ambiental com enfoque na hidrologia urbana, se mostra imprescindível para o equacionamento das questões de drenagem urbana.
Autor(a) Issa, Márcia de Abreu
Título Análise da paisagem como subsídio ao ordenamento territorial no município de Monteiro.
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/00000074.pdf
Orientação Prof. Dr. Luiz Alberto Vieira Dias / Prof. Dr. Ademir Fernando Morelli
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo a análise da paisagem como subsidio ao ordenamento territorial no município de Monteiro Lobato - SP. Através da sobreposição dos mapas físicos (geologia, pedologia, geomorfologia e pluviosidade), em um Sistema de Informações Geográficas (SIG-SPRING), gerou-se o mapa da compartimentação da paisagem em unidades físicas. A partir da interpretação de imagens de satélite, caracterizouse o uso das terras e cobertura vegetal natural no município. Em seguida, gerou-se o mapa das unidades da paisagem pela integração dos mapas das unidades físicas e usos das terras, de forma que cada unidade da paisagem foi delimitada por suas características de suporte, envoltório e cobertura. Assim delimitaram-se 5 unidades da paisagem que apresentam relativa homogeneidade de seus elementos ambientais. O nome de cada unidade corresponde à forma de relevo que mais fortemente a caracterizou, uma vez que, no município de Monteiro Lobato, o relevo é o fator mais restritivo ao uso das terras. A análise de cada unidade da paisagem, da paisagem como um todo e da legislação vigente permitiu a proposição de diretrizes preliminares de ordenamento territorial. Embora exista a necessidade de estudos em escalas maiores e que envolvam equipes multidisciplinares, a metodologia utilizada neste trabalho, mostra ser de grande utilidade na análise da paisagem podendo ser aplicada no processo de planejamento municipal.
Autor(a) Oliveira, Wazdat
Título Análise das políticas públicas de geração de emprego e renda no município de São José dos Campos
Orientação Friedhilde, Maria Kustner Manolescu
Resumo
O presente trabalho analisa as Políticas de Geração de emprego e Renda (PPGER) implementadas em São José dos Campos e sua relação com o projeto de desenvolvimento local. Toma como referencia o conjunto das políticas públicas definidas no âmbito do Sistema Público de Emprego no Brasil, e o exame crítico das premissas ideológicas que conferem ao sistema um caráter mais compensatório do que, de fato, um compromisso efetivo para a superação dos graves problemas de exclusão social e pobreza nos médios e grandes centros urbanos brasileiros. Analisa-se o fenômeno do desemprego com uma manifestação do modo de produção capitalista e as novas formas que assume o processo de acumulação do capital a partir da mudança de paradigmas produtivos e tecnológicos. No caso brasileiro, o abandono da política desenvolvimentista coloca em cheque a real capacidade de poder público em retomar níveis de crescimento em bases sustentáveis, em função dos limites colocados pela política macroeconômica, o que acrescenta maiores desafios às políticas de desenvolvimento. Neste sentido, observa-se que são vários os dilemas colocados às políticas públicas da geração de emprego e renda, alguns deles decorrentes dos limites originados da dualidade global/local, mas também, pelo fato de não estarem apoiadas em projetos de desenvolvimento local/regional. A partir destes elementos foram consideradas as ações do governo municipal de São José dos Campos no âmbito do Sistema Público de Emprego, e sua performance, com base nos dados de evolução de emprego no município, no período de 1986 a 2001. A análise revela que a política de microcrédito e de renda mínima municipal registraram boa performance, ressalvado aspectos que poderiam ser melhorados, no tocante ao aumento na oferta de vagas do sistema de intermediação, e ampliação da cobertura de renda mínima para todas as famílias cadastradas. O ponto vulnerável do SPE local reside no principal programa municipal (Fábrica de empregos) que não conseguiu atingir seus objetivos, ao menos, na intensidade anunciada e desejada.
Autor(a) Souza, Iris de Marcelhas e
Título Análise do espaço intra-urbano para estimativa populacional intercensitária utilizando dados orbitais de alta resolução espacial
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/0000009B.pdf
Orientação Profa. Dra. Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
Os censos demográficos brasileiros são realizados decenalmente e trazem informações que ajudam a subsidiar o planejamento e o desenvolvimento de políticas e programas governamentais. Entretanto, a dinâmica das cidades brasileiras exige levantamentos mais frequentes, confiáveis, de custo reduzido e que reflitam a diferenciação interna das cidades. Surge a necessidade de levantamentos intercensitários que forneçam tanto informações demográficas quanto de características socioeconômicas da população residente. Os avanços tecnológicos na área de sensoriamento remoto orbital devem aumentar significativamente o uso de seus produtos para o levantamento de informações urbanas, devido, principalmente, às novas características dos sistemas sensores, que geram produtos cada vez mais capazes de discriminar os alvos na superfície terrestre. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi estimar a população intra-urbana a partir da análise do espaço residencial urbano construído, através da interpretação de dados de sensoriamento remoto de alta resolução espacial, nos formatos digital e analógico. A análise foi feita a partir da integração no ambiente SPRING (GIS) da imagem do Satélite IKONOS II (composição colorida), com um metro de resolução espacial, e de dados dos setores censitários do IBGE para o ano de 2000. Os procedimentos metodológicos buscaram identificar, dentro do tecido urbano da cidade de São José dos Campos, áreas que possuíssem características de ocupação residencial.
Autor(a) Carmo, Maria Lígia Moreira do
Título Planejamento e gestão municipal integrada entre os municípios de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal e Monteiro Lobato, no estado de São Paulo
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/0000008E.pdf
Orientação Prof. Dr. Flávio José Nery Conde Malta
Resumo
Este estudo investiga as ações de planejamento e gestão municipal integrada entre os municípios de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal e Monteiro Lobato, situados no Estado de São Paulo. Com o objetivo de conhecer a estrutura administrativa regional no Estado, este estudo apresenta a organização regional estadual a partir da década de 1950, e a forma como a organização de microrregiões é tratada na Constituição Estadual de 1989 e nas leis posteriores editadas pelo governo do Estado. A análise das características ambientais e do potencial econômico desses municípios mostra que o meio ambiente, que por um lado exige restrições, por outro lado constitui um grande potencial para as atividades econômicas baseadas no turismo. Diante desse quadro, este estudo ressalta a importância do diálogo entre os governos locais para a articulação de ações que busquem o desenvolvimento econômico e social e a sustentabilidade ambiental na microrregião. Finalmente, são apontadas diretrizes para a organização do planejamento e da gestão municipal integrada entre os municípios em estudo.
Autor(a) Gouvêa, Rosana Aparecida Ravanelli
Título O espaço urbano e a clandestinidade: Um estudo de caso dos loteamentos clandestinos no município de São José dos Campos - SP
Orientação Prof. Dr. Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
Este trabalho tem como finalidade mostrar e compreender o processo de produção dos loteamentos clandestinos no município de São José dos Campos, através da análise das questões estruturais que regem o processo, associada à ação dos agentes produtores e consumidores deste espaço. A necessidade de estudos mais aprofundados, em que se realizassem análises envolvendo fatores estruturais das instâncias econômica e política, associados aos aspectos físicos territoriais desta ocupação, mais a ação dos agentes envolvidos, contemplaram a metodologia aplicada a compreensão das transformações ocorridas na produção social do espaço clandestino. Foram realizados mapeamentos por meio do processo de fotointerpretação de aerofotos multi-temporais os quais forneceram informações relevantes, revelando momentos críticos desta ocupação e da atuação dos agentes. Através do levantamento de informações acerca da legislação, de planos e programas, da ação de órgãos pertinentes, de dados sócio-econômicos, integradas aos dados de mapeamento e de visitas a campo, foram realizadas análises temáticas e sínteses que permitiram a apreciação destes assuntos para a compreensão do processo. O contexto formado propiciou a organização de agentes que atuaram naquilo que Gottdiener (1993) analisa como sendo o circuito secundário de capital, ou seja, a forma de canalizar o capital excedente em uma atividade lucrativa de investimentos, que neste estudo de caso, foi o mercado de terras urbanas clandestinas. As questões estruturais e contingenciais que se desenvolveram criavam condições para a existência de redes de agentes que direcionavam seu capital para este mercado clandestino, e atuavam fortemente articulados entre si. A partir do primeiro mapeamento (1977), já era possível identificar alguns destes agentes, e posteriormente, nos mapeamentos seguintes, destacando-se na década de 80, agindo mais frequentemente nas regiões Norte e Leste do Município. Esta rede atuava tanto como proprietários das glebas loteadas como também na comercialização destes loteamentos, articulando-se entre eles e a outros proprietários no empreendimento e como imobiliárias. Esta rede especializada se consolidou na ilegalidade destes empreendimentos clandestinos, demonstrando que esta expansão não se processou apenas por questões estruturais.
DISSERTAÇÕES 2002
Autor(a) Mendes, Roseli Roche
Título A aplicabilidade de planejamento estratégico das cidades: estudo de caso Santo André
Orientação Valdevino Krom
Resumo
As transformações econômicas e tecnológicas da civilização, nas ultimas décadas, modificaram a sociedade. Deparamo-nos, então, com um processo chamado de globalização. A cidade de Santo André/SP, na busca de alternativas que possam contornar a crise gerada pela nova ordem mundial, adota o planejamento estratégico de cidades como um instrumento de gestão municipal, que trata da transposição para o espaço urbano público dos conceitos e metodologias do planejamento estratégico empresarial. O objetivo é verificar a aplicabilidade do Planejamento estratégico das cidades em regiões sob a influência direta do processo de globalização, buscando uma comparação entre a teoria do planejamento estratégico das cidades com o que foi realizado. A metodologia utilizada constou da análise dos projetos da Câmara do ABC, Projeto Cidade-Futuro, nome dado ao Planejamento estratégico da cidade de Santo André, que é constituído de sete eixos temáticos, o trabalho enfoca quatro eixos, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano, inclusão social e reforma do estado, a ênfase é dada ao Projeto eixo Tamanduatehy que é uma requalificação da faixa urbana que acompanha a avenida dos Estados e a ferrovia, que cruzam os municípios de São Caetano e Mauá, buscando atrair novos investimentos. Conclui-se que o Planejamento Estratégico das Cidades é uma ferramenta útil à retomada do desenvolvimento urbano, possibilitando uma nova identidade através da revitalização urbana.
Autor(a) Silva, Marcos Antonio da
Título Contribuição ao estudo do processo de industrialização no município de São José dos Campos
Orientação Flávio José Nery Conde
Resumo
Esta dissertação objetivou investigar quais as influências da industrialização paulista no processo de desenvolvimento e concentração industrial no município de São José dos Campos. Em razão dos distintos momentos históricos, o processo de industrialização mostra profundas transformações no espaço urbano, não apenas mudanças técnicas de produção e diversificação de produtos, mas também grande alteração no uso do espaço. A pesquisa apoiou-se em obras sobre o processo de industrialização no município de São José dos Campos, Vale do Paraíba no Estado de São Paulo. Do ponto de vista teórico, foram observados os planejamentos urbanos e regionais, suas implicações no espaço urbano e o processo de industrialização no Brasil. Em contraponto, os aspectos da globalização foram verificados. Nesse cenário, o estudo baseou-se em uma análise retrospectiva, amparada em informações e em documentação de diferentes instituições, além de outras fontes. No tocante ao processo de concentração industrial em São José dos Campos, a forma de interligação entre zoneamento, espaço urbano e distribuição industrial no município foi examinada.
Autor(a) Yui, Luciana Ayuko
Título Expansão urbana e meio ambiente: o caso do município de Caraguatatuba - SP
Orientação Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
O município de Caraguatatuba é caracterizado pelo intenso crescimento urbano, processo pelo qual passou a partir da década de 60 com o advento do turismo. Três fatores condicionaram o rompimento definitivo dos longos períodos de isolamento do Litoral Norte Paulista, região em que se insere o município: a industrialização da Grande São Paulo, Vale do Paraíba e da Baixada Santista; a abertura da ligação São José dos Campos – Caraguatatuba (SP 99) e da inauguração do terminal marítimo da Petrobrás no município de São Sebastião. A urbanização acelerada provocou transformações significativas em seu espaço, produzido novas ocupações e, conseqUentemente, uma serie de problemas no tocante ao meio físico e social. Se de um lado as elites e o setor imobiliário recriaram espaços isolados com características homogêneas, de outro, espaços sem regulamentação fundiária foram apropriados pela população mais carente. Neste aspecto, este trabalho pretendeu analisar as mudanças ocorridas no espaço litorâneo, bem como investigar os principais eixos de crescimento do município em suas relações com os aspectos sócioeconomicos e político-institucionais, de 1953 a 2000, considerando a questão ambiental relacionada às limitações do meio físico costeiro. O procedimento metodológico adotado consistiu na articulação dialética entre os determinantes estruturais e as ações dos agentes imobiliários produtores do processo de expansão urbana, além do uso de técnicas de sensoriamento remoto para a identificação das formas de assentamento urbano. Pelos resultados alcançados, foi possível verificar que as degradações destes interesses fundiários às condições físicas e sociais de Caraguatatuba, o que exige uma revisão na política de desenvolvimento e conservação do meio ambiente frente à urbanização litorânea.
Autor(a) Adriano, Valdir Fernando
Título A importância do terceiro setor para o planejamento urbano: São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/000000AD.pdf
Orientação Friedhilde M. K. Manolescu
Resumo
O principal objetivo deste trabalho é mostrar a importância do Terceiro Setor no Planejamento Urbano, em especial, no município de São José dos Campos. Foi desenvolvida uma pesquisa mediante aplicação de questionários para traçar o perfil das organizações sem fins lucrativos do município. Foi feita a correlação entre as diversas demandas sociais da população com a localização das organizações do Terceiro Setor, verificando-se que a mesma não é positiva. O trabalho aponta o Terceiro Setor como uma alternativa para a diminuição da desigualdade social e uma melhor qualidade de vida para a população carente. O principal objetivo deste trabalho é mostrar a importância do Terceiro Setor no Planejamento Urbano, em especial, no município de São José dos Campos. Foi desenvolvida uma pesquisa mediante aplicação de questionários para traçar o perfil das organizações sem fins lucrativos do município. Foi feita a correlação entre as diversas demandas sociais da população com a localização das organizações do Terceiro Setor, verificando-se que a mesma não é positiva. O trabalho aponta o Terceiro Setor como uma alternativa para a diminuição da desigualdade social e uma melhor qualidade de vida para a população carente.
Autor(a) Fernandes, Marilne Thomazello Mendes
Título Macrosegregação residencial: O deslocamento das áreas residenciais da classe de alta renda em São José dos Campos
Orientação Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
Nessa dissertação é apresentada a pesquisa que investiga o espaço urbano de São José dos Campos e a segregação promovida pela classe de alta renda, examinando sua relação com a estruturação do espaço intra0urbano. Existem poucos estudos acerca da estruturação do espaço intra-urbano de São José dos Campos e, portanto, compreender este fenômeno é importante para orientar o processo de planejamento. Ao analisar o deslocamento da elite na cidade de São José dos Campos, observamos que papel essa classe social desempenha na estruturação territorial da cidade, sendo interessante e importante iniciar o estudo deste tema examinado como se deu tal deslocamento e a importância de certas localizações para esta classe. Nesta pesquisa é apresentada uma revisão bibliográfica para um embasamento solido, uma apresentação sobre a paisagem urbana de São José dos Campos. E finalmente é apresentado e discutido o deslocamento da classe de alta renda, abrindo caminho para futuras pesquisas relacionadas ao tema.
Autor(a) Rocha, Elenice Mappa França
Título O planejamento urbano à serviço da construção das políticas sociais
Orientação Elizabeth Moraes Liberato
Resumo
O planejamento urbano é um processo pelo qual a sociedade pode descobrir seu futuro. O planejador urbano utiliza parâmetros teóricos e operacionais ao considerar os problemas do meio ambiente, ao discutir os fatores de qualidade de vida, ao otimizar a alocação de recursos existentes e novos investimentos. O desenvolvimento urbano implica crescimento da economia e aumento do nível de qualidade de vida, fatores interligados e básicos para qualquer planejamento; considerando que os fatos estabelecem parâmetros de alternativas, decisões com o melhor conhecimento possível de sua futurabilidade, para efetivá-las e avaliá-las. Seja qual for o método adotado e os objetivos propostos, o planejador urbano deverá partir de uma realidade existente: a cidade, como um organismo dinâmico, uma estrutura complexa, que compreende uma infinidade de atividades que a transformam constantemente. Para retratar essa realidade, é preciso compreendê-la, diagnosticando e prognosticando, estabelecendo quais os elementos são significativos. Para tanto, o planejador urbano deve ter claro a idéia do desenvolvimento sustentável, evitando buscar modelos de outras realidades e sim, elementos concretos e mais significativos na história; não apenas revelar o futuro, mas analisar a realidade, a conjuntura econômico-social do espaço urbano estudado. O presente trabalho está voltado pra a análise do crescimento industrial e do desenvolvimento social nas décadas importantes na história recente do Município de São José dos Campos, localizado no Vale do Paraíba – SP, tem como objetivo compreender a dinâmica do processo de estruturação do espaço desta cidade, identificada como cidade com vocação para o crescimento industrial, sob o ângulo da interrelação entre a industrialização e a urbanização e os reflexos no âmbito espacial e social. Repensar as relações estabelecidas entre as aglomerações tanto econômicas quanto populacionais, poderá subsidiar a compreensão de como os habitantes usufruem ou não de todos os bens produzidos, sejam sociais, econômicos, culturais, políticos, ou tecnológicos, possibilitando, assim, aos governantes, adotarem medidas que possam prevenir, solucionar ou atenuar problemas que atingem a vida em sociedade, diminuindo as contradições do desenvolvimento.
Autor(a) Rosa Filho, Artur
Título As políticas públicas do poder Municipal na remoção e/ou reurbanização de favelas no Município de São José dos Campos
https://biblioteca.univap.br/dados/000000/0000008A.PDF
Orientação Prof. Dr. José Oswaldo Soares de Oliveira
Resumo
Este presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto das políticas públicas do poder executivo municipal no tocante à tendência de remoção dos moradores de favelas das áreas centrais, deslocando-os para a periferia. Os estudos destacaram o padrão de vida e as subcondições de moradia dos trabalhadores numa análise comparativa entre o bairro do Campo dos Alemães e a dinâmica da urbanização industrial em São José dos Campos-SP, a partir de 1970 até 2000. Elegeu-se a questão da moradia para analisar o padrão de vida dos trabalhadores, pois entende ser este um dos elementos relevantes para examinar as condições de sobrevivência e reprodução da população brasileira. Os trabalhadores, na sua maioria sem qualificação, foram perdendo gradativamente seu poder de consumo. Essa perda do poder de compra refletiu diretamente na vida desses trabalhadores, principalmente no que se refere à questão da moradia. Aqueles que já moravam em submoradias no centro da cidade, devido às precárias condições econômicas e do baixo padrão de remuneração, foram sendo empurrados para áreas mais afastadas num processo reiterado pelo poder público municipal. Uma dessas áreas para qual os trabalhadores pobres foram removidos foi o bairro Campo dos Alemães, localizado no extremo sul da cidade de São José dos Campos. Ao serem removidos para este bairro, houve uma intensificação da perda do padrão de vida desses moradores, pois, o acesso ao conjunto de equipamentos urbanos e sociais ficou mais difícil, sobretudo porque estes ainda hoje se concentram nas áreas centrais. Em São José dos Campos, as subcondições de moradia e o padrão de vida, decorrem, tanto do baixo poder de consumo das classes populares, quanto pela precária localização urbana do bairro em que moram. O patamar precário de habitabilidade é decorrente, sobretudo, do perfil da economia industrial do município, reiterada pela lógica das políticas públicas sociais, com a prática de remoção de favelas das áreas centrais espalhando-as para áreas mais distantes da cidade, intensificando a segregação e a precariedade de moradia na sociedade urbana industrial. Trata-se de uma opção política, pois difere de outras alternativas gestadas por várias administrações municipais.
Autor(a) Otta, Ruth Maria Bonilha Macedo
Título Turismo urbano e desenvolvimento municipal: O caso de São José dos Campos
Orientação Flávio José Nery de Conde Malta
Resumo
Este trabalho trata do turismo exercido no meio urbano e das articulações necessárias na perspectiva de intensificação desta atividade de forma sustentável, a ser gerida pelo Poder Público, iniciativa privada pela comunidade local. Mais do que solucionar os problemas da própria atividade turística, pretendeu-se estudá-la em interface com o meio urbano e com questões de sua gestão. Pesquisa-se especificamente o meio urbano do município de São José dos Campos, que apresenta características incomuns e ainda pouco reconhecidas como motivadoras de turismo, comumente reconhecido pelo exercício do lazer. Questiona-se como é possível o desenvolvimento sustentável local ser favorecido pelo incremento do “turismo de negócios”, a ser exercido em seu meio urbano e conclui que o turismo urbano pode se bem estruturado, ser propulsor de desenvolvimento sustentável.
DISSERTAÇÕES 2001
Autor(a) Cavalheiro, Marisa Dias
Título O impacto da Br-101 nas transformações sócio-econômicas do município de Ubatuba – SP
Orientação Profa. Dra. Friedhilde Maria K. Manolescu
Resumo
Avaliar o papel desempenhado pelos Planos Diretores, como instrumento de planejamento urbano no desenvolvimento de São José dos Campos (SP), é o campo em que se situa esta pesquisa, cujos resultados deverão contribuir para o entendimento do processo de urbanização do Município e para a indicação de procedimentos que possam vir a contribuir para que os novos Planos Diretores sejam implementados, resguardando-os contra o abandono. Este estudo avaliatório ganha, ainda, maior Importância em função da Constituição Federal de 1988, que passa a estabelecer, em seu Artigo 182, a obrigatoriedade da utilização do Plano Diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana das cidades com mais de vinte mil habitantes, objetivando ordenar o pleno desenvolvimento das suas funções sociais e garantir o bem-estar de seus habitantes. Portanto, propõe-se cumprir um princípio básico do planejamento em nível municipal, que não se fez presente, qual seja, o da comparação entre os objetivos estabelecidos e os resultados alcançados (avaliação de resultados), fonte de informação valiosa para reorientar ações, evitando agravamento de problemas futuros, principalmente quando se vê que o fenômeno da urbanização está causando problemas cada vez mais graves à população, às instituições e ao meio ambiente.
Autor(a) Castro, Ricardina Rosa De Oliveira Freitas
Título Mudanças de uso da terra na microbacia do córrego Cambui-Putins, em São José dos Campos, SP, e as implicações ambientais
Orientação Sandra Maria Fonseca da Costa
Resumo
O processo de urbanização do município de São José dos campos ocorreu de forma rápida e trouxe serias consequências ao meio ambiente. Neste estudo, este trabalho teve como objetivo geral estudar as mudanças ocorridas no uso e ocupação da terra na área da Microbacia do Ribeirão Cambuí-Putins em São José dos Campos, visando levantar e analisar os principais problemas ambientais da microbacia de forma a subsidiar o ordenamento do uso do solo no local e propiciar uma ocupação compatível com o meio ambiente. Para atingir o objetivo geral proposto, foram delineados os seguintes objetivos específicos: foi realizado o mapeamento do uso e cobertura da terra no período de 1962 a 1997; detectando as principais alterações ocorridas; através dos mapeamentos, pode-se avaliar a adequação do uso do solo em relação aos aspectos físicos da Microbacia (declividade, drenagem, geotecnia); a análise desta adequação busca avaliar a relação do uso da terra, sob a luz das diferentes legislações ambientais existentes, com os aspectos físicos. A microbacia apresentou crescimento em locais que as leis de zoneamento vigentes em diferentes períodos não permitiam, pois estes locais eram denominados APAs (áreas de preservação ambiental). Entre 1962 e 1997, as mudanças de uso e cobertura da terra mais expressivas foram uma significativa perda de vegetação natural (3,18%) e aumento da área impermeabilizada com construções (4,36%). Em relação às nascentes e margens da microbacia, estas apresentam ocupação incompatível com a legislação ambiental, ou seja, a maioria destas áreas está ocupada com campo antrópico (10,13%) e os afluentes apresentam margens com solo exposto em muitos locais. Há carência de alternativas para melhorias na qualidade de vida, portanto os estudos de microbacias do município podem subsidiar as políticas municipais de ordenamento do uso do solo.
Autor(a) Ribeiro, Marciana Leite
Título Novas formas de ocupação do meio rural e natural no município de Caçapava-SP: o caso do entorno no núcleo de Guamirim (Piedade)
Orientação Flávio José Nery Conde Malta
Autor(a) Ferreira, Vilma
Título Qualidade do transporte coletivo urbano por ônibus de São José dos Campos - SP
Orientação Prof. Dr. Paulo Renato de Moraes / Profa. Dra. Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
Neste trabalho foi elaborado um “Diagnóstico da Qualidade do Transporte Coletivo Urbano por Ônibus em São José dos Campos (SP)”, utilizando dados históricos e estatísticos, mapas diversos sobre transporte coletivo urbano, obtidos junto à Secretaria de Transporte da cidade, além de dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), dados obtidos em bibliografias especificas do assunto, como também informações obtidas através da aplicação de um Questionário/Entrevista aos usuários deste tipo de transporte na cidade. A aplicação deste instrumento possibilitou a aquisição de dados novos sobre o transporte coletivo urbano por ônibus em São José dos Campos, sob o ponto de vista do usuário. Os procedimentos metodológicos consistiram na busca de embasamentos teóricos sobre este tipo de transporte, consulta a especialistas, tendo em vista o planejamento da pesquisa e definição dos parâmetros a serem analisados nesta pesquisa. Para dar uma característica especial a esta pesquisa, foi planejado e aplicado um Questionário/Entrevista a uma amostra de 538 usuários do sistema de transporte coletivo urbano por ônibus de São José dos Campos. Esta pesquisa foi realizada dentro dos ônibus e nos pontos de parada, buscando atingir usuários de diversas regiões da cidade, em diferentes dias e horários. A fase da coleta de dados foi feita com este Questionário/Entrevista e, ao mesmo tempo, foi realizada uma pesquisa dos dados disponíveis na Prefeitura Municipal, nas empresas operadoras, com a finalidade de verificar a consistência desses dados. Após esta fase, os dados obtidos foram classificados, tabelados, colocados em gráficos, comparando-os com material cartográfico já existente, como mapas de arruamento, mapas das linhas existentes, mapas da mancha urbana, além de uma imagem de satélite da mancha urbana de São José dos Campos. Os resultados foram apresentados através da analise de mapas diversos, de tabelas, gráficos, que constituem o diagnostico da qualidade do transporte coletivo urbano por ônibus em São José dos Campos.
DISSERTAÇÕES 2000
Autor(a) Ambrosio, Neiva Dias
Título Avaliação da poluição industrial atmosférica na cidade de São José dos Campos e o planejamento urbano
Orientação Prof. Dr. Eduardo Jorge de Brito Bastos
Resumo
Este trabalho discute a relação entre as fontes poluidoras e o nível de concentração de poluentes em São José dos Campos (SP). Neste contexto, são apresentadas algumas alternativas para o planejamento urbano, além de meios para a dispersão desses poluentes. Foram utilizados dados da Cetesb relativos à emissão dos poluentes SO2 e material particulado (MP) das principais industrias poluidoras: Monsanto, Hitachi, Kodak, GM, Petrobrás, National e Embraer, levando-se também em conta a altura de suas fontes poluidoras. Foi analisada a distribuição espacial da emissão de poluentes, considerando a condição meteorológica de calmaria. Para tal, dói utilizado o aplicativo Sulfer e o sistema de interpolação Kriging para as resoluções espaciais de 250, 500 e 1000 UTM. Aplicou-se um modelo gaussiano do tipo fonte pontual de dispersão de poluentes para análise da pluma, utilizando-se os seguintes da dos de entrada: altura da fonte de emissão, velocidade do vento, estabilidade atmosférica e emissão de poluentes. Também foi feira uma análise conjunta do processo da poluição e da pluma. Os resultados mostraram que, em dias de calmaria, a cidade sofre grande influencia da poluição das indústrias principalmente da Petrobrás. Para os dias de ventos maiores que 1 m/s, além da Petrobrás, as outras fontes poluidoras são GM, Hitachi e a Embraer. As Zonas Sul e Sudeste da cidade são as mais atingidas. Concluiu-se que as regiões mais propicias para urbanização e industrialização são, respectivamente, as Zonas Norte e Sul.
Autor(a) Bologna, Sonia Maria Fonseca
Título A experiência dos planos diretores de São José dos Campos: Instrumentos eficazes de planejamento urbano ou obras de consulta
Orientação Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
Avaliar o papel desempenhado pelos Planos Diretores, como instrumento de planejamento urbano no desenvolvimento de São José dos Campos (SP), é o campo em que se situa esta pesquisa, cujos resultados deverão contribuir para o entendimento do processo de urbanização do Município e para a indicação de procedimentos que possam vir a contribuir para que os novos Planos Diretores sejam implementados, resguardando-os contra o abandono. Este estudo avaliatório ganha, ainda, maior Importância em função da Constituição Federal de 1988, que passa a estabelecer, em seu Artigo 182, a obrigatoriedade da utilização do Plano Diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana das cidades com mais de vinte mil habitantes, objetivando ordenar o pleno desenvolvimento das suas funções sociais e garantir o bem-estar de seus habitantes. Portanto, propõe-se cumprir um princípio básico do planejamento em nível municipal, que não se fez presente, qual seja, o da comparação entre os objetivos estabelecidos e os resultados alcançados (avaliação de resultados), fonte de informação valiosa para reorientar ações, evitando agravamento de problemas futuros, principalmente quando se vê que o fenômeno da urbanização está causando problemas cada vez mais graves à população, às instituições e ao meio ambiente.
Autor(a) Canizza Filho, Jose Roberto
Título O fenômeno conurbação a área conurbada de São José dos Campos / Jacareí
Orientação Maria de Lourdes Neves de Oliveira Kurkdjian
Resumo
Esta dissertação analisa o fenômeno da conurbação entre os municípios de São José dos Campos e Jacareí, com ênfase na expansão física urbana, relacionando-a a aspectos da dinâmica social. Partindo de uma revisão teórico conceitual sobre espaço e conurbação, e depois para uma visão de evolução urbana regional do Vale do Paraíba no tocante aos processos históricos que influenciaram na formação do seu atual perfil, analisam-se os planos dirigidos ao planejamento regional e municipal e também as Leis de Uso e Ocupação do Solo Urbano, principalmente aqueles relativos aos dois municípios em questão.
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Por Redação, em Stricto Sensu