Retorno ao bairro do Rio Comprido para a atualização dos dados, com o objetivo de elaborar os produtos de comunicação das experiências realizadas entre os anos de 2018 e 2022. Esses produtos serão lançados no primeiro semestre de 2024.
Atividades realizadas:
1- Revista “Mapeando conflitos e sistematizando experiências: o debate da luta pela moradia digna na comunidade do Rio Comprido- São José dos Campos”
2- Proposta de uso e ocupação de espaços livres: O que é ser criança no Rio Comprido-São José dos Campos .
3- Podcast : "Vozes do Rio Comprido: Um Podcast sobre Vulnerabilidades Socioespaciais e a Resistência Comunitária"
4- Elaboração da identidade visual do núcleo – Nepacs- Núcleo de Pesquisa-ação e Cartografias Sociais – PLUR/UNIVAP
5- Campanha de solidariedade ativa - Páscoa.
6- Publicação de artigos científicos no ENEXUN/UNIVAP
1- Revista “Mapeando conflitos e sistematizando experiências: o debate da luta pela moradia digna na comunidade do Rio Comprido- São José dos Campos” e
2- Proposta de uso e ocupação de espaços livres : o que é ser criança no Rio Comprido.
O processo de elaboração da revista foi coordenado pelas professoras responsáveis pelo projeto e contou com a participação dos alunos e professores da disciplina eletiva oferecida pelo curso de Arquitetura e Urbanismo "Tópicos Especiais em Habitação” sob coordenação do Professor Roberto Grossmann com participação da Profa. Fabiana Felix do Amaral e Silva e da aluna de doutorado Marina Cyrino Forti. Contamos com alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo (FEAU) e Artes Visuais (FEA).
Os trabalhos realizados dividiram-se em duas frentes: a primeira foi a produção da revista, envolvendo a organização do material produzido nos últimos cinco anos e a apresentação de uma proposta para o template da revista. A segunda frente foi a realização da atualização das cartografias sociais, vinculada ao debate da disciplina que abordava o uso de espaços livres em periferias.
Como resultados, tivemos a proposta para a revista “Mapeando conflitos e sistematizando experiências: o debate da luta pela moradia digna na comunidade do Rio Comprido- São José dos Campos” com a definição das matérias, a organização dos materiais de áudio e imagem, e uma proposta gráfica. O lançamento da revista está previsto para o primeiro semestre de 2024.
Outro resultado foi a realização da Proposta de Uso e Ocupação de Espaços Livres: O que é ser criança no Rio Comprido- São José dos Campos. Este projeto apresentou o levantamento e diagnóstico sobre o uso dos espaços livres, além da elaboração de propostas para a ocupação desses espaços no bairro. Essas propostas foram desenvolvidas a partir das cartografias sociais realizadas em parceria com as crianças do bairro, em colaboração com a Escola EMEFI Mercedes Perotti. A composição e supervisão da cartografia contaram com a orientação das coordenadoras do projeto, além da participação dos alunos da disciplina Tópicos Especiais em Habitação, assim como dos alunos do curso de Psicologia vinculados ao projeto Cartografias. A realização aconteceu no dia 6 de maio de 2023 e contou com a presença de cerca de 40 crianças com idades, em média, de 6 a 10 anos. A oficina foi dividida em três momentos: leitura de história, para estimular o pensamento sobre o bairro em si; desenho, em trio, sobre mapa do bairro impresso (tamanho A3), com objetivo de identificar os principais trajetos feitos e o que havia no caminho moradia-escola-lazer das crianças; e, por fim, um desenho livre sobre as perguntas “o que eu mais gosto no meu bairro?”, “o que eu gostaria que tivesse aqui, que não tem hoje?” - desenho este inicialmente proposto em trios, porém ao longo da dinâmica foi solicitado pelas crianças que cada um pudesse fazer o seu individualmente. Foram obtidos 15 mapas e 37 desenhos.
Figuras 1,2,3, Imagens da atividade de cartografia social realizada junto os alunos da Escola EMEFI Mercedes Perotti
1/3
1/2
1/1
1/2
O podcast foi proposto pelas pesquisadoras do projeto e construído em colaboração com o curso de Jornalismo por meio da disciplina Rádio Jornalismo, sob a coordenação do professor Celso Antônio Meneguetti e do aluno de doutorado André Luiz de Toledo. Juntamente com os alunos, eles organizaram a pauta, propuseram as questões e realizaram a edição de conteúdo e áudio. O podcast, juntamente com a revista, será lançado no primeiro semestre de 2024.
Episódio 1: Cidade Desigual: Vulnerabilidades Socioespaciais em São José dos Campos
Neste episódio introdutório, exploramos a proposta do projeto e discutimos as vulnerabilidades socioespaciais na cidade de São José dos Campos. Abordamos os processos desiguais e a preocupante criminalização da pobreza.
Episódio 2: Lideranças e Lutas: Narrativas da Comunidade do Rio Comprido
No segundo episódio, ouvimos as poderosas vozes das lideranças comunitárias, que compartilham experiências sobre o processo de luta e os acontecimentos marcantes no bairro do Rio Comprido.
Episódio 3: Escuta Ativa: O Papel da Escola e Ações na Comunidade
Exploramos no terceiro episódio como a escuta ativa da escola desempenha um papel crucial, apresentando ações significativas junto à comunidade. Descubra como a educação pode ser um agente transformador.
Episódio 4: Metodologias Participativas e Defesa dos Direitos: Construindo o Futuro do Rio Comprido
No último episódio, adentramos nos aspectos metodológicos participativos da composição de um plano de bairro. Destacamos a importância do levantamento participativo e discutimos o papel vital da Defensoria Pública na construção de um futuro mais justo para o Rio Comprido.
Figuras 10 e 11: Registro da gravação do episódio 1 e episódio 4
1/2
No primeiro semestre de 2023, a equipe do projeto esteve envolvida no processo de criação da identidade visual do Núcleo de Pesquisa, assim como das ações, projetos e iniciativas associadas. Esta proposta de identidade visual foi resultado de investigações artísticas e de comunicação conduzidas pelo N.U.C.L.E.O – Núcleo Universitário de Comunicação e Laboratório de Extensão Orientada –, um projeto de extensão vinculado aos cursos de licenciatura em Artes Visuais e tecnólogo em Artes e Mídias Digitais da FEA – Faculdade de Educação e Artes – da Univap. Essas investigações focaram na identidade e nas representações possíveis para o NEPACS – Núcleo de Extensão, Pesquisa Ação e Cartografias Sociais.
Sob a orientação dos professores Ana Maria Botelho e Lucas Mathias Machado, a proposta seguiu metodologias de design e gestão de marca. O produto resultante, composto por signos semânticos, visou representar todos os conceitos envolvidos no trabalho desenvolvido pelo NEPACS, servindo como suporte iconográfico visual para diversas plataformas de contato da marca gráfica.
O Projeto de Identidade Visual NEPACS é uma colaboração intensa entre os alunos participantes do N.U.C.L.E.O, os professores orientadores e os coordenadores de curso. Além disso, representa um exercício de co-criação que busca apresentar novas possibilidades de atuação para os egressos dos cursos mencionados, destacando a arte como um pensamento crítico capaz de orientar os processos de comunicação.
Figuras 12, 13 e 14: Material de construção da identidade visual do Nepacs
1/3
Campanha solidária de Páscoa que arrecadou chocolates para a celebração na escola EMEFI Mercedes Perotti, localizada no bairro Rio Comprido, em São José dos Campos. Essa ação social foi realizada no âmbito do Projeto de Extensão Cartografias Sociais Nepacs/Plur/Univap e contou com o apoio das Faculdades Feau e Fea Univap. A campanha foi organizada pelos alunos da disciplina eletiva, com supervisão do Nepacs. Os participantes contribuíram por meio de pix ou entregando caixas de bis nos postos de coleta, localizados na secretaria da Feau (bloco 10 e bloco 6) e da Fea (bloco 1 e bloco 3) na Univap Campus Urbanova. Cada doação de caixa de bis proporcionou aos doadores um número para concorrer a diversos prêmios oferecidos pelos apoiadores da campanha.
Figuras 15: Material da campanha de arrecadação
Fonte: Acervo de pesquisa, abril 2023
Figuras 16: Material arrecado na campanha
Fonte: Acervo de pesquisa, abril 2023
6- Elaboração e publicação de artigos
Os alunos e professores envolvidos nas atividades sistematizaram as experiências e reflexões, resultando na publicação de artigos e resumos expandidos nos eventos ENEXUM e CONEFEA, conforme listados abaixo.
III ENEXUN -Encontro Latino-americana de Extensão Universitária -UNIVAP
1-O DEBATE DO ESPAÇO PÚBLICO NAS PERIFERIAS: UMA EXPERIÊNCIA DE CARTOGRAFIA SOCIAL COM AS CRIANÇAS DO RIO COMPRIDO - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
Renata Lisboa Faria, Karina Maine Gomes, Letícia Leite de Souza Machado, Marina Cyrino Forti, Fabiana Felix do Amaral e Silva
Resumo: O presente trabalho visa apresentar e discutir a questão relativa aos locais da infância na cidade, tendo como recorte contextual a realidade de crianças moradoras da periferia. O debate em torno das crianças como potenciais agentes de criação e transformação no campo da Arquitetura e Urbanismo, em especial na área do Planejamento Urbano, pautou-se em revisão teórica e discussão de ação prática realizada com crianças moradoras do bairro Rio Comprido em São José dos Campos – SP, na disciplina eletiva Tópicos Especiais de Habitação em parceria com o Projeto “Cartografias sociais e metodologias participativas: por uma análise técnica e comunitária”, que tem atuado junto à comunidade do Rio Comprido desde 2018.Objetiva-se propor o pensamento crítico acerca da formação e estruturação urbana contemporânea, bem como contribuir com novas formas de se pensar e habitar as cidades.
Link de acesso: https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2023/anais/arquivos/RE_0999_1051_01.pdf
2-O PAPEL DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO E DA SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS NOS CURSOS DE ARQUITETURA E URBANISMO: RELATOS METODOLÓGICOS DE DUAS EXPERIÊNCIAS
Fabiana Felix do Amaral e Silva, Marina Cyrino Forti
Resumo: Este artigo aborda a relevância dos planos populares de urbanização no campo da arquitetura e urbanismo, destacando a moradia digna e a participação comunitária. Diferenciando-se do planejamento convencional e ações assistencialistas, essas propostas desafiam desigualdades e promovem conhecimento local. Contudo, a desigualdade entre especialistas e comunidades persiste, dificultando a construção coletiva do conhecimento. O artigo apresenta o processo de curricularização da extensão universitária como um potencial transformador, enfocando a realização de estudos por meio de metodologias participativas com objetivo de destaca a importância de repensar os métodos convencionais de arquitetura e urbanismo. O artigo utiliza estudos de caso para ilustrar a implementação dessas ideias em disciplinas extensionistas e projetos de extensão, valorizando a participação comunitária e a sistematização de experiências. O objetivo final foi promover a colaboração e valorização do conhecimento local e, portanto, redefinir a relação entre universidade, sociedade no processo de produção de conhecimento.
Link de acesso: https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2023/anais/arquivos/1020_1076_01.pdf
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.